quinta-feira, 7 de julho de 2011

| Imagine II § Capitulo: Máfia Espanhola – Continuação. |

Capitulo: Máfia Espanhola – Continuação.

- Como assim em branco? – Dylan perguntou sem entender. Eu também não estava entendendo. Não era possível.
- Eu já disse! Branco como leite, branco como branco, branco como dente é... BRANCO! – Retruquei e continuei andando de um lado pro outro.
- Mas ele é um cidadão! – Dylan deu um pulo. – Isso quer dizer uma coisa: -
Encarei Dylan de sobrancelha erguida e as duas mãos na cintura.
- ELE NÃO É DA MAFIA DYLAN! – Dei um pulo e ele caiu no sofá da minha sala.
- Se você diz... – Dylan levantou os ombros.
- Eu ainda não entendi. – Emma mostrou a voz pela primeira vez na conversa. Emma é filha da diretora, faz curso de psicologia, tem cabelos longos (castanhos como os olhos claros e cacheados) e vive anotando tudo que a gente fala pra estudar nossos sentimentos. É uma ótima companhia pra festa, estudos e mora na esquina.
- Vocês invadiram a sala da minha mãe, só pra isso? Por que não falou comigo? Eu perguntava! – Ela franziu a testa e eu bati a mão na testa.
- Sabe que isso nem passou pela nossa cabeça? – Dylan fez cara de pensativo e Emma riu. Sério, essa menina tem uma queda pelo Dylan, ri de tudo que ele fala. Alias se não fosse ela, não sei o que seria de mim. Ela estava na sala da secretaria quando a mãe dela me pegou no flagra, e convenceu a diretora a deixar passar. Ufa!
- Mas enfim, a folha dele estava em branco? – Ela se levantou e eu me sentei.
- Branquérrima! – Respondi e ela respirou fundo. – O que foi? –
- Certeza que ele não é da máfia né? – Emma perguntou e eu cruzei os braços. Dylan riu e assentiu ao mesmo tempo.
- TENHO! – Berrei e ela riu.
- Então só tem um jeito... – Emma respirou fundo e me olhou nos olhos.
- Qual? – Dylan perguntou e Emma corou. Ela ia falar, mas o celular dela tocou. Esperamos ela desligar, ela fez uma careta.
- O que aconteceu? – Dylan foi mais rápido.
- Minha mãe ta me chamando pra ajudar ela... – Ela disse pegando a blusa.
- Ajudar com o que? – Perguntei de sobrancelhas juntas.
- Não ficaram sabendo? – Emma parou de se arrumar e sentou depois de ver nossas expressões de brisa.
- Nos últimos dias alguém tem pichado toda a escola, e a gente ta tentando descobrir quem foi... – Emma disse. Olhei pro Dylan que estava de boca aberta. Eu não me impressionei. Vim do Brasil, lembra? Se você é brasileiro, sabe do que eu estou falando, mas pra Los Angeles, aquilo evoluiu. Ou decaiu? Enfim, nunca havia acontecido aquilo.
- É melhor você ir então! – Falei e ela assentiu. Deu um beijo na bochecha do Dylan e depois um em mim.
- Depois a gente conversa, detetives. – Emma disse batendo continência e eu ri.
- Agora que estamos a sós... – Dylan me abraçou de lado na porta da minha casa com um sorriso malicioso e eu ri. Não tinha ninguém na rua e então eu não o empurrei, por compaixão de amiga.
- Vai plantar coqueiro que não dá coco, Dylan! – Falei entrando e ele me seguiu.
- Quer fazer o trabalho? Alias descobriu o trabalho? – Perguntei abrindo a geladeira. Ele pulou em cima da mesa.
- Não... Quer ver um filme? – Ele perguntou e eu assenti.
Passamos a tarde no sofá da minha casa à base de pipoca, coca-cola e Harry Potter. Acabamos dormindo nas “Relíquias da Morte-Parte 1”, depois de um longo debate sobre como ficou ruim comparado ao livro. Tão ruim que acabamos dormindo. 

Eu nem tinha descido as escadas totalmente quando Dulce me viu.
- Buenos dias nina! – Dulce sorriu enquanto cortava cenoura. – Preparada? –
- Bom dia, Pra quê? – Retruquei rápido e ela apontou pro calendário. Cheguei mais perto pra ver: Dia da lasanha.
- Hoje o niño vir em su casa preparar lasanha para a família de nina, junto com su papa. – Ela disse com o nítido sotaque. Como eu pude esquecer?
- Que medo. – Já to até vendo a casa pegando fogo. Ai senhor. O Cody só sabe no máximo colocar cereal numa tigela, NO MÁXIMO!
E meu pai nem gelo faz direito, pode ver no congelador.
Se não fosse Dulce, eu seria uma menina gorda e desnutrida, de tanto pedir comida no Fast Food no restaurante do centro.
- FILHA! – Meu pai apareceu e eu pulei nele.
- Pai! Você acordado há essa hora? – Perguntei já no chão.
- Tenho que ir ao mercado comprar as coisas pra grande noite. – Ele disse empolgado.
 “Díos mios, salva mi cocina!”.
Eu ouvi a Dulce sussurrando baixinho. Olhei pra Dulce que fez careta e ri.
- Não vai se atrasar filha? – Meu pai disse e eu dei um pulo.

Dessa vez o tumulto não estava na frente da escola, e sim dentro dela.
 Todos estavam encarando a parede do bebedouro. Entrei no meio da multidão e depois de pedir muita licença cheguei à frente e encontrei uma Alli perplexa, ao lado dela um Fred, um Cody, um Cole, um Dylan e uma Emma de queixo caído. Fiquei ao lado de Cody que encarava a parede sem palavras. Alli me viu e apontou pra frente.
Olhei pra parede e minha respiração falhou.
 A parede antes branca agora era colorida apenas pelas palavras “Cody, seu cuerno” feitas pelo tal pichador. A pichação pegava a parede inteira, impossível de não ver.
 Não precisei perguntar, observar por horas e muito menos pesquisar. Saí dali em disparada procurando ele.
O encontrei sentado na mesa do lado da lixeira. Aproximei-me e bati a mão em cima da mesa.
- Oi garota das uvas! – Ele disse como inocente.
- Foi você! – Falei incrédula e ele riu.
- Eu o que? – Ele ergueu as sobrancelhas. O lugar estava vazio, nem as tias da cantina estavam ali. Só nós dois, a sós.
- Não me faça de boba! Eu cheguei a pensar que você fosse gente boa! – Respondi com um nó na garganta.
- E quem disse que não sou? – Ele disse e eu soltei um “Oh” rápido.
- Você pichou que meu namorado é corno no meio da escola! – Retruquei já gritando.
- Você está me acusando sem provas. – Ele falou tranqüilo e eu me segurei pra não enfiar um tapa no meio da fuça dele.
- Você escreveu “Cuerno” não “Corno”, você é o único Espanhol dessa escola Puck! E se não for, é o mais misterioso, qualé, você não tem Histórico de Cidadão! – Gritei e ele riu.
- Você leu meu histórico? – Ele disse se levantando.
- Eu leria, – Falei agora olhando nos olhos dele. - se ele existisse! -
- Então você realmente se interessou por mim, isso ta ficando bom... – Ele disse, eu respirei fundo e dei as costas pra ele, mas parei no caminho.
- Só me diz, por quê? – Me virei pra ele novamente. – Eu fui tão simpática contigo, e você retribui assim? –
- Exato. Você foi. Mas e ele? Nem me conheceu e já foi tirando conclusões entrevias! - Ele respondeu e eu balancei a cabeça não acreditando. Ele se aproximou um pouco mais. - E eu só disse a verdade. –
- O Cody não é corno! – Retruquei encarando ele.
- Ah, não? – Ele respondeu e imediatamente colocou a mão na minha nuca e depois a língua na minha boca. Empurrei-o e meti o tapa que eu tanto queria no rosto dele. Cheguei a deixar a marca dos cinco dedos no rosto branco dele.
Ele passou a mão no rosto e me olhou com fúria.
- Você vai me pagar... – Ele disse e eu dei as costas.
Como diria Renato Russo: “Não boto bomba em banca de jornal, nem colégio de criança eu não faço não, e não protejo general de dez estrelas que fica atrás da mesa com o cu na mão.”.
Era isso, se ele, o tal “general”, queria fazer algo idiota e assistir depois, que fizesse. Mas mexer com meus amigos? Nem ferrando.
- Vamos ver quem paga primeiro então! – Falei chegando à porta. Tomei um susto com a Bella na porta da cantina, ela tinha ouvido tudo, ótimo, mais uma. Saí dali borbulhando em raiva e esbarrando em tudo, inclusive na Thorne que me olhou sem expressão. Olha, eu preferia quando a Thorne me atormentava do que quando o Puck chegou. Prefiro ela em cima do Cody ao Cristian. Serio mesmo. O Cristian podia ter ferrado o Cody serio com a diretora. Ela não entende nada, e podia culpar o Cody, ou chamar a senhora Simpson pra ir à escola.
 Parei e me encostei-me ao armário. O sinal já tinha batido, era melhor ficar por ali mesmo até a segunda aula. Faltavam dez minutos e eu precisava de ar. Ouvi um barulho e entrei no banheiro com medo de ser a diretora.
Lavei o rosto e me apoiei na pia pra ficar me encarando no espelho.
Como eu pude?
O Cody me pediu, me implorou na verdade. E pior, ele ainda estava brigado comigo e eu não fiz nada sobre isso porque achei que estivesse certa, que dessa vez eu acertasse nas pessoas. Mas denovo eu errei. E agora eu não sabia mais se o Cody ainda me queria como namorada, nem sabia se ele apareceria na minha casa à noite. Só sabia que meu mundo tinha desabado, mas não em cima de mim, mas em cima do Cody.
A água pingava no meu rosto, mas eu não sabia diferir o que era água e o que eram lágrimas.
Eu amo o Cody. De uma forma inacreditável. Eu só queria poder dizer no meio daquela bagunça o quanto eu o amo, mesmo que meu amor por ele seja indescritível.
O sinal tocou e o banheiro foi invadido pelas garotas. Sequei as lágrimas e saí dali antes que alguém me dedurasse.
- Amiga? – Ouvi a voz de Alli e virei pra parede. Ela ia sacar tudo se me visse. Dei passos largos até a sala e ali fiquei enquanto ninguém vinha.
Senti uma mão no meu ombro, mas eu sabia que não era a Alli pelo perfume.
- Dylan! – Eu virei e abracei-o.
- O que foi lindona? – Ele ergueu meu rosto com as duas mãos. As lágrimas caiam denovo.
- O pichador! – Falei entre as lágrimas.
- O que tem ele? – Dylan olhou no fundo dos meus olhos.
- É O PUCK! – Gritei e ele parou de me olhar e me abraçou. Abraçou-me forte. Passou toda a confiança possível.
 As pessoas começaram a entrar na sala, mas eu não queria sair dos braços de Dylan. Não me entenda errado, ele se tornou muito importante pra mim, só quem tem um melhor amigo, sabe do que eu to falando. Quando seu mundo desaba: ele é o primeiro, a saber, às vezes nem ”a saber”, mas a sentir suas lágrimas, seu abraço, é.
- Amiga? – Ouvi Alli. Dylan secou minhas lágrimas discretamente. Virei pra encarar Alli e vi que Cody observava de longe. – Amiga, eu te procurei por todo o lugar! O que aconteceu? –
- Nossa, até você cabulando aula Brazilian Girl? – Fred disse e todos riram menos eu. Cody juntou as sobrancelhas lá no fundo. Ele percebeu. Abaixei a cabeça e me sentei.
A aula passou vagarosamente como nunca tinha passado. Não ouvi uma palavra que o professor disse. Eram duas aulas seguidas. Duas horas de tortura. Mas a tortura aumentou quando a porta da sala se abriu entre a primeira e a segunda aula.
- Com licença professor. – Ele disse e o professor assentiu. Puck veio da porta até o seu lugar me encarando de forma... Deliciosa. Como se algo estivesse prestes a acontecer, como se tudo aquilo fosse ficar ainda mais divertido pra ele. Não consegui tirar os olhos da expressão dele. O sorriso se formando no canto dos lábios. Um nó na garganta surgiu e eu tentei segurar o choro, o que adiantou, mas um soluço escapou da minha garganta e Cody virou. Olhei nos olhos dele que ficou me encarando, absorvendo tudo o que eu queria dizer. Voltei a olhar pro meu caderno em branco e ele pra frente.
Fui ao banheiro e quando voltei tinha um papel em cima da minha mesa. Abri.

 O sinal bateu e eu dei um pulo da cadeira. Saí correndo, primeiro do que todo mundo, parecia uma criança da quarta serie no dia da merenda #Brasilfeelings. Não havia nada, só um rastro de tinta que ia até a porta da escola, como uma flecha para onde seguir. Corri pra fora da escola, tinha certeza que havia algo lá, aonde a seta tinha indicado. O maior muro da escola, aquele que dividia a escola da calçada tinha uma pichação. Atravessei e olhei o muro sem entender: “Brazilian Girl, sua vadia.”.
Todos os alunos saíram da escola pra ver a minha humilhação pintada na parede. As lágrimas surgiram. Em meio à multidão e ao embaço das minhas lágrimas vi Cody me olhando com os olhos verdes vazios, cheios de um sentimento que eu não consegui identificar antes que as pessoas começassem a me julgar. Virei-me, eu estava de frente para todos daquela escola, todos que me encaravam cheios de malicia, como se o pichador realmente tivesse razão. Alguém gritou “Vadia” lá no meio, e todos começaram a gritar também. Um aperto no coração de ver todas aquelas pessoas assim, gritando “Vadia, vadia, vadia” pra mim. Olhei pro rosto de cada um que gritava, pro rosto de todos, memorizando cada um deles, até chegar nele, Puck que sorria de ponta a ponta do rosto e deu as costas pra mim. Eu estava vermelha, soluçando de tanto chorar. Vi Cody virar também. Ele simplesmente saiu dali. A multidão ainda gritava meu novo apelido. Alli veio correndo até mim e me abraçou.
- Vamos sair daqui... - Ela me puxou pra fora daquilo, e mesmo assim não pararam de gritar, só quando eu realmente saí dali, eles pararam. Entramos na escola que estava vazia, só se ouviam meus soluços e gritos de ajuda.
- O que é isso? – Alli sussurrou pelo que eu conheço minha amiga, estava falando com ela mesma. Segurei a mão dela e fui seguindo os gritos, até chegar à cantina.
- FILHO DA PUTA! – Cody dava socos no Puck, que já jorrava sangue tanto pelo nariz quanto pela boca.
- CODY! – Soltei tentando fazê-lo parar, mas não adiantou. Puck caiu no chão e Cody continuou batendo nele, chutando com uma raiva que eu nunca vi antes, nem quando ele invadiu o quarto de Danny ele estava com essa raiva. As lágrimas só aumentavam e cada segundo parecia eterno pra mim.
- BATE MAIS CODY! – Alli gritou e eu olhei incrédula pra ela. Dylan apareceu no meio da confusão e foi pra cima do Puck também. As lágrimas estavam parando de escorrer. O Fred apareceu.
- Mais um pra meter o cacete! – Alli disse e eu ri fraco. Os três chutavam o Puck com tanta força que a gente acabaria no C.S.I daquele jeito.
 A diretora apareceu pra botar ordem.

Fred e Dylan se livraram da culpa por não terem começado a briga, Alli estava contando tudo pra Emma no pátio. Os alunos voltaram pra aula normalmente, menos quem presenciou a cena e eu. Que estava sendo aconselhada pela Conselheira da escola. Desculpa, mas ela não ajudou em nada. Esse papo de não ligar pros insultos só funcionava até a quinta serie, ou nem lá. Saí da sala da conselheira e dei de cara com o Dylan.
- Oi Lindão. – Falei parando na frente dele que não disse nada, só me abraçou. Retribui o abraço.
- Conta comigo lindona, pra tudo! – Ele disse me soltando e arrumando meu cabelo. Eu não pude acreditar no que vi, ele estava: Chorando.
- Não chooooraaa! – Falei sentindo meus olhos lacrimejarem.
- É que se eu não tivesse te metido nisso, nada teria acontecido! – Ele disse escondendo as lágrimas.
- E eu não saberia que é o Cristian! Anda, seca essas lágrimas e vai falar com Emma! – Falei e ele ergueu a cabeça.
- Você não existe mesmo né? – Dylan disse e eu olhei pros lados.
- Claro que existo, to bem aqui não to? – Falei e ele riu. Limpou as lágrimas e se despediu.
- Depois a gente se fala. – Ele deu um beijo na minha testa e eu virei pra ir embora.
- Lindona, - Eu virei ao escutar Dylan me chamar. – o Cody ta no corredor da diretoria... –
 Assenti e agradeci. Esperei ele sumir da minha vista e criei coragem pra ir falar com o Cody.
 O clima estava tenso no corredor da diretoria. Fred e Dylan não se machucaram porque chegaram quando Puck já estava no chão, mas no rosto de Cody dava pra ver que a briga foi feia. Um machucado na testa sangrava sem parar e outro no nariz já tinha parado.
Sentei ao lado dele que tentava a todo custo limpar o machucado, mas não dava certo.
Quando ele notou que eu estava ali parou de tentar limpar o machucado e ficou encarando o chão. O silêncio dominou por alguns minutos.
- Você não precisava ter feito aquilo. – Falei encarando o chão esperando uma resposta, mas nada aconteceu. – Você tava certo, me desculpa, denovo. –
 Ele suspirou e voltou a tentar limpar o machucado.
- Isso não foi culpa sua. – Cody disse e eu respirei fundo, pra não chorar.
- De qualquer maneira, se eu não fosse tão burra e teimosa, a gente ainda estaria junto... – Respondi e ele ergueu uma sobrancelha.
- Mas e o Dylan? – Ele disse ainda tentado limpar o machucado com o soro.
- O Dylan o que? – Perguntei incrédula. Ele estava pensando que eu e o lindão estávamos...
- Vocês estão juntos não estão juntos? – Ele perguntou de testa franzida. Arregalei os olhos.
- Não! – Falei olhando ele, que ainda tentava limpar o machucado. Ele respirou fundo e continuou falando:
- É que ele anda freqüentando muito sua casa, e... –
- Me dá isso aqui vai! – Peguei o soro e o algodão da mão dele. Ele virou e eu fiquei do lado dele. Abri o soro e coloquei no algodão.
- E vocês não se desgrudam nem de fim de semana. – Ele continuou e eu ri.
- Ele tava indo lá em casa pra gente arrumar um jeito de descobrir quem realmente era o Puck... – Falei e ele riu.
- Pra que? –
- O Dylan cismou que o Puck era da máfia, e eu queria saber como ele sabia tanto de mim sem eu falar, e até agora não sei... – Falei fazendo careta e ele sorriu.
- Aí! – Ele praticamente berrou e segurou minha cintura com força. Passei a outra perna pro lado e fiquei sentada de frente no colo dele, meio em pé pra ver o machucado de cima. Continuei limpando até sentir a respiração do Cody se misturando com a minha.
 Olhei nos olhos dele que brilhavam denovo.
- Eu senti tanto sua falta, pequena! – Cody passou a mão pelo meu braço e depois segurou minha nuca. Abaixei-me pra ficar na mesma altura que ele. Só de ouvir meu apelido sair da boca dele eu me arrepiei, uma felicidade tomou conta de mim.
- Você vai me dar outra chance? – Perguntei segurando as lágrimas de felicidade. Ele assentiu sorrindo e eu sorri também.
- Mesmo duvidando de mim? – Perguntei afinal, ele duvidou de mim, e COM motivo.
- Sem você eu duvido até de mim! – Ele respondeu grudando nossas testas.
 Aproximei nossos rostos mais ainda e dei um selinho demorado nele, recuei o rosto, mas Cody segurou meu rosto e pediu passagem pra língua. Senti aquela língua quente novamente, e foi aí, quando eu não me importei com mais nada que estava acontecendo em minha volta, quando o meu amor voltou pros meus braços, que as lágrimas de felicidade saíram.

Continua...

2 comentários:

amanda disse...

q lindo ameeeeeeeeeei mt

Gabriela Ananda disse...

[aaaa] Continuaa.. amoo esse Imaginee..