sábado, 2 de julho de 2011

IMAGINE II - ATUALIZAÇÃO


Três meses depois...

Acordei com um barulho ensurdecedor e dei um pulo da cama. Capotei escada abaixo, já vestida e corri pra cozinha.
- Bom dia Dulce! – Dei um beijo na bochecha da nossa empregada, quase como uma segunda mãe essa aí. Sentei no banquinho do balcão e dei uma mordida monstra na maçã verde que enfeitava a mesa.
- Bom dia querida, - Dulce disse com aquele típico sorriso mexicano no rosto. – Não esqueça de dizer ao Niño que la lasana o aguarda -
 Dulce nasceu no México, mas teve que vir para Los Angeles por algum motivo, e meus pais a contratou quando eu tinha dois meses de sobrevivência. Ela era bem legal, principalmente com Cody, que vivia chantageando a coitada pra tudo.
 Peguei minha mochila e já fui saindo.
 O tumulto de sempre na frente da escola e depois de enfrentar muita gente, eu entrei.
- BOM DIA AMIGA LINDA! – Alli começou a caminhar comigo pelo corredor. – O dia ta tão lindo não é? –
- Bom dia... – Ergui uma sobrancelha. – Parece que as trevas resolveram atacar hoje de tão feio que ta o céu Alli... –
- De qualquer maneira, o dia está L-I-N-D-O! – Ela passou a mão como magia na frente do rosto.
- Por quê? – Perguntei me encostando pra abrir o armário.
- Logo mais você vai saber querida, logo mais! – Ela sorriu e saiu andando. Abri o armário. Tinha duas prateleiras, na de cima os livros que eu gosto de ler e mais algumas coisas do tipo perfume, chocolate, etc. E na de baixo tinha as apostilas e cadernos, mas na porta do armário tinham fotos, uma foto minha com Fred (nós equilibrávamos duas batatas fritas do McDonalds debaixo do nariz), uma com a Alli (com o beiço cheio de Milkshake) e uma com o Cody, na praia (ele beijando minha bochecha e eu rindo pacas).
 Alias, Fred havia se mudado pra nossa escola, já que ele veio morar com a irmã. Alli estava nas nuvens, mas por quê? Fred já estava na escola, as notas estavam boas, o que mais poderia acontecer?
 Fechei o armário e tomei um susto com o ser loiro encostado do lado sorrindo pra mim.

- A gente podia ir ao cinema hoje né? – Cody fez beicinho. Nós estávamos caminhando pra sala de mãos dadas, e como sempre, todos nos olhavam.
- Sei não... – Olhei pra cima e ele ergueu as duas sobrancelhas. – Preciso estudar pra prova! –
- Precisa nada sua nerd! – Fred colocou a cabeça no meio das nossas.
- Moleque, tu quer me matar de susto? – Cody ergueu as sobrancelhas.
- Te assustei amorzinho? – Fred fez biquinho e Cody deu um tapa no amigo. Ri alto.
- Fred, ta me traindo? – Alli apareceu na nossa frente de braços cruzados e de olhos arregalados.
- Não é o que você ta pensando! – Fred disse com voz afetada e ela riu, passou ENTRE eu e Cody e deu um beijo nele.
- Que nojo. – Cody murmurou e eu ri.
- É mesmo, muito nojento! – Segurei o rosto dele e a última coisa que vi antes do beijo foi o sorriso malicioso surgindo no rosto dele.
- Hey, os pombos vão entrar ou não? – A professora surgiu na porta. – Tamo ino prô, tamo ino! – Cody disse entre o beijo e ela cruzou os braços. Acabamos cedendo pro olhar da Professora Pinta. Ela tem uma pinta bem no meio da testa, ou seria verruga?
- MUITO BEM ALUNOS, TODOS SENTADOS! – A professora disse umas cinco vezes até todos sentarem. – Eu passei lição de casa? –
- PASSOU!- Um nerd gritou da primeira carteira.
- X9! – Fred gritou do fundão e o nerd recebeu uma chuva de bolas de papel.
- Parem! – A professora berrou. – Vou passar olhando cada uma das apostilas, mas antes, tenho uma notícia! –
- É agora! – Alli sussurrou e tanto Cody, quanto eu, fez careta de “o que ela ta falando?”.
- Temos novos alunos! – A professora disse apontando pra porta.
- AI MEU DEEEEUS! – Dei um pulo da carteira ao ver Dylan, Cole e um molequinho estranho pisarem na sala. Eles sorriram pra mim, Cole largou a mochila no chão e abriu os braços. Corri e dei um pulo nele que acabou caindo. O moleque estranho nos olhava assustado.
- Oi pra você também! – Dylan fez voz afetada e eu me levantei do Cole e pulei nele também.
- Fala malandro! – Cody já estava dando porrada no Cole quando eu soltei o Dylan, que ficou abraçado comigo, sem me soltar, só me encarando pendurada no pescoço dele.
- Ta Lindona em Brazilian Girl! – Dylan sussurrou e eu ri alto. Cody limpou a garganta e nós viramos.
- Fala ae Dylan! – Cody falou baixo e ficou me olhando.
- Que foi? – Falei assustada e depois que percebi que estava atrapalhando o reencontro das donzelas, me afastei e deixei eles se darem porrada.
- Crianças... Chega né, tão atrapalhando! – A professora Pinta surgiu assustando Dylan e Cole que deram um pulo. – Sentem, tenho um trabalhinho pra passar... –
- Aff professora, JÁ? – Dylan bufou e foi com o Cole pro fundão.
- Isso aqui já foi mastigado? – Dylan encarava a sopa de legumes, incrédulo. Ri e dei uma mordida na maçã.
- Vocês comem isso todo dia? – Cole estava um pouco verde só de olhar pras almôndegas no prato de plástico em cima da bandeja.
- Eu como. – Fred, o esfomeado, disse.
- O que você não come Fred? – Alli revirou os olhos. Fred fez cara de ofendido.
- Eu não como MUITA coisa! – Ele disse de boca cheia e Alli riu.
- Esses dias eu vi você comendo o prato Fred! – Cody disse e eu ri alto.
- E você Brazilian Girl? – Cole disse vendo que eu não peguei nada.
- Eu trago frutas todo dia. – Mordi a pêra. Sim, a maçã já tinha acabado.
- Olhem, que saudável. – Alli fez voz afetada e eu ri boba.
- É dieta? – Dylan disse e eu me assustei. Eu precisava de dieta por acaso?
- Não... – Falei meio assustada ainda.
- A ta, porque você não precisa disso não! – Dylan disse e sorriu depois. Eu provavelmente corei, já que Cody me olhou estranho.
- Olha lá, o outro aluno novo. – Fred disse de boca cheia denovo e recebeu um soquinho da Alli. Inclinei-me pra achar o moleque estranho.
- Tadinho... – Murmurei alto o suficiente pro Cody ouvir e parar de comer o sanduíche pra ver o Moleque Estranho sentado sozinho numa mesa do lado da cantina, pior, do lado do lixo da cantina.
- Moleque estranho... – Cole sussurrou, eu peguei um pote de plástico e levantei da mesa.
- Aonde você vai pequena? – Cody segurou meu braço e eu sorri ao ouvir meu apelido. Mas só ele me chama assim.
- Já volto meu amor. – Eu sussurrei só pra ele ouvir e ele arqueou as sobrancelhas claras. – Eu volto. –
Ele me soltou e assentiu, como um “Eu confio em você”.
 Saí em passos largos e concretos, mas quanto mais chegava perto, mais a indecisão tomava conta de mim. E se ele fosse psicótico? E se ele fosse um espião? E se ele quisesse nos matar?
Ou pior: E se ele fosse da máfia? 
Aff, to passando muito tempo com o Cody, essas paranóia é tudo dele.
Fiquei do lado da mesa dele. O cheiro de lixo dali era insuportável, mas fora a única mesa que sobrou pra ele. Tadinho. Ele parou de encarar o purê mortal da cantina e olhou pra mim com aqueles olhos grandes e pretos. Pretos brilhantes, muito brilhantes.
- Oi? – Falei e ele fez uma cara fofa.
- Oi... – Ele sorriu e eu também.
– Ta afim de umas uvas? –
 Ele encarou o purê, depois encarou o pote na minha mão.
- Qualquer coisa que não cole na parede do meu intestino, serve! – Ele fez sinal pra eu me sentar.
- Então, qual é o seu nome? – Falei abrindo o pote e já pegando uma uvinha Itália verde.
- Cristian Corázon... – Ele falou pegando uma uva, mas completou depois. – Mas me chama de Puck! –
- Cristian? Você é do México? – Falei e ele riu.
- Espanha... - Ele disse e uns minutos de silêncio aconteceram.
- Éh, uma garota linda como você não deve estar sozinha... - Ele falou coradinho e eu ri. – Esse anel... –
- Meu namorado que me deu... – Falei lembrando de Cody e logo observando as crateras verdes direcionadas pra mim, lá de longe, da mesa. Puck abriu um sorriso torto. Pensei ter o ouvido dizer “Que pena”, mas ignorei.
- Sabe, não acho certo você ficar aqui, nessa mesa. – Falei pegando a penúltima uva. Ele me encarou de sobrancelhas juntas. Nós já estávamos em pé.
- Por quê? – Ele disse pegando a última e tapando o potinho.
- Você não precisa ficar aqui, serio mesmo. – Falei e ele riu. – Porque não senta lá, comigo e com minha galera? –
Apontei pra nossa mesa, aonde todos nos olhavam.
- Não sei se é certo... – Ele disse meio que com vergonha.
- Como não sabe? Vamos aí você já conhece o povo e...  – Tentei puxa-lo, mas ele resistiu.
- Olha, vou pensar ok? – Ele disse e eu parei de fazer força.
- Vai mesmo? – Perguntei cruzando os braços. Ele assentiu e suspirou.
- Mas bem que seria legal você lanchar comigo amanhã denovo né? – Ele disse com aquele olhar de piedade e eu cedi.
- Ok, eu lancho, mas você vai pensar bem ok? – Disse e ele assentiu. Fomos cada um pro seu lado.
Fiquei de frente pro Cody que me olhava com preocupação.
- Eaê? É da máfia? – Alli disse e não pude evitar os olhos revirando. É de família essa paranóia mesmo.
- Não, ele é gente boa. – Falei enquanto eles levantavam. O intervalo estava acabando.
- Porque não chamou ele pra lanchar com a gente? – Fred ainda mastigava. Olhei pra mesa e vi que Fred comeu não só o próprio lanche, mas o de Cole e Dylan também.
- Ele ficou com vergonha, mas disse que vai pensar... – Falei e Alli sorriu.
- Que fofinho! – Ela disse e Fred deu um pulo e logo segurou a mão da namorada. – Ciumento. – Ela sibilou e eu ri. 
 O sinal tocou e nós voltamos pra sala. Aula de matemática, deus dai forças.


  • Mapa da sala:


(Esse capítulo vai ter uma continuação após o Capitulo Três, então considerem que ele é o “As Famílias – Parte 1”).

SET SPEEDY, LET ROCK THIS PLACE, ON THE SATURDAY, WE CAN
DANCE FOREEEVEEEEER

A casa tremia com o som alto da banda Allstar Weekend cantando o refrão de Dance Forever vindo do som do quarto do Cody. Eu estava de pé no meio do quarto, com uma camiseta do Cody, e pra não deixar a parte de baixo vazia, com uma boxer preta.
- AND WHEN THE MUSIC STOPS WE CAN WAIT, FOR ANOTHER DAY, WHEN WE WILL DANCE FOREVER, - Cantei bem alto e Cody me olhava sorrindo deitado na cama de lado, só com uma Boxer branca. Fiquei ali dançando que nem boba até música acabar.
- O que achou da minha performance? – Eu estava ofegante de tanto pular ao lado da cama e com a camiseta aberta, deixando o sutiã aparecer.
- Vem cá vai! – Cody segurou minha cintura e me puxou.
E eu caí em cima dele rindo. Ele passou uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha e me beijou. Ui, aquela língua quente me esquentando mais ainda.
- Ta quente aqui né? – Parei o beijo pra falar e ele riu.
Cody sentou e eu fiquei sentada em cima dele, de frente pra ele com uma perna de cada lado do corpo dele. Passei a mão no rosto dele e ele suspirou.
- O que foi? – Perguntei notando algo de diferente no olhar dele.
- O Fred falou assim que o moleque estranho gostou de você. – Ele falou baixinho e corando. Levantei o rosto dele com a mão e sorri.
- O nome dele é Cristian, – Falei e ele ergueu a sobrancelha. – Mas não foi bem isso não... -
- Foi o que então? Eu vi! Ele apontou pro seu anel e depois você olhou pra mim com cara de “Eu tenho namorado” – Ele disse indignado e eu fiquei calada por um tempo. – Foi isso não foi? –
Assenti.
- Mas ele não disse nada demais, e nem eu. – Falei e ele sorriu fraco.
- Mas deixemos isso de lado, tenho um convite muito especial pra você – Ele disse me abraçando e me puxando mais ainda pra ele. Sorri confusa.
- Diga e eu verifico na minha agenda. – Eu falei toda pomposa e ele fez bico.
- Todo mês minha família vai num restaurante dahora que fica lá no centro, de frente pra praia. – Ele disse e eu assenti, temendo o que viria depois.
- E esse mês, eles queriam que você fosse. – Cody disse se inclinando pra trás temendo a resposta. Suspirei.
- Mas e se eu fizer “burrada”? - Falei fazendo careta.
- Tudo bem ué, todo mundo já fez caca na vida. – Ele disse e eu ri.
- Ok, eu vou. – Falei e ele sorriu de ponta a ponta. – Quando é? –
- Semana que vem, mas bem que você podia ficar hoje aqui em casa né? –
- Melhor não, a Dulce disse que você tem que ir lá na minha casa pra provar a tal “lasana misteriosa”... – Falei em espanhol e ele riu. Minha mãe trabalha quase ao lado da nossa casa, então qualquer coisa que aconteça ela está sempre lá em casa. Ao contrário do meu pai, que trabalha no escritório ao lado da cozinha, come que nem o Fred esse aí. A Dulce é quase minha mãe, por isso gosto tanto dela. Quando eu tinha cinco anos e eu vim com meus pais pra Los Angeles, mas isso não vem ao caso, onde eu estava? Perdi o foco. Ah, a lasanha.
Meu pai conheceu o Cody, e ele teimou e teimou em fazer uma lasanha pro Cody provar a receita secreta da vovó Brigth.
- Que bom, adoro ir à sua casa amor, é divertido... Então eu posso ir lá amanhã? – Cody perguntou e eu abri um sorriso. As visitas de Cody na minha casa eram sempre boas, sabe? A Dulce toda simpática, meu pai e o Brad Simpson conversando sobre tudo quanto é coisa, minha mãe elogiando Cody de todas as formas possíveis pra Angie, e nossos irmãos? Nossa se divertem tanto. Bem, eu e Alli nem preciso falar nada né?
A gente diz que “ele vai visitar”, mas sempre vai todo mundo.
- Lógico que pode. E dessa vez leva o Tom porque o Sammy ta morrendo de saudade – Falei e ele sorriu.
Sammy é meu irmãozinho menor. Têm cinco anos. Ele e o Tom são grandes amigos.


O mesmo tumulto de sempre na frente da escola. Eita povão!
- Buenos Dias mi amiga! – Pulei na Alli.
- Bueno? Duas aulas de Biologia no laboratório... E você diz Bueno? Você andou passando lá em casa né? – Ela disse se referindo à minhas noites no quarto do Cody. Ri lembrando de algumas bobagens.
- Prefiro não comentar... – Falei abrindo o armário. – O Fred ta ali. –
 Apontei pro garoto no bebedouro e ela foi pulando até ele.
Fechei o armário e tomei um susto.
Qual é? O que esse povo tem...
- Oi garota das uvas. – Puck disse sorrindo. Sorri também. Ele não sabia o meu nome.
- Oi Puck, como tão as coisas? – Perguntei ainda parada ali.
- Tão indo... Vai lanchar comigo hoje? – Ele perguntou com aquele olhar de piedade. Droga de brilho no olhar. Será que eu causo isso também?
- Vou sim, mas só hoje, e você pensou sobre comer com minha galera né? – Fiz biquinho e ele riu.
- Vou pensar no seu caso! – Ele disse e eu ri com a careta que ele fez. Ouvimos uma tosse e ele virou. Cody nos olhava de sobrancelha erguida, um sorriso falso tentava se formar, mas estava na cara que ele não queria que Puck estivesse ali. Isso ia dar um baita de uma confusão ainda.
- Ah, oi... – Puck disse meio que estranhando o garoto que o encarava sem pudor. – Sou Cristian. –
- Sou o namorado dela. – Cody disse e Cristian ergueu uma sobrancelha.
- Oi pra você também Namorado Dela. – Puck disse e eu congelei. Ele estava provocando os nervos do Cody. Senhor protege o Puck senão o Cody comete um homicídio ali mesmo.  
Um silêncio tomou conta de nós três, mas Puck quebrou o silêncio.
- Bom, pelo jeito que você me encara, deve ser o Cody, então eu vou indo... – Puck disse e se virou e me deu um beijo na bochecha. – Te vejo no lanche Garota das Uvas. –
- Até Puck. – Falei meio corada pela situação. Puck se virou e fez um “tchau” com as mãos, bem discreto, já que ele deve ter percebido que iria apanhar também e saiu andando.
 Cody ficou me encarando e olhando pra trás, analisando a situação.
- O que ele tava fazendo aqui? – Cody disse sem sair do lugar.
- Oi amor. – Falei com voz afetada pra ironizar o fato de que ele nem me disse Oi e já saiu metendo coice no Puck. Cody abaixou a cabeça como um desculpa e eu sorri. – Ele veio perguntar se eu ia lanchar com ele hoje... –
- E você disse? – Cody ergueu a cabeça e me encarou de perto, já que eu estava bem de frente pra ele.
- Disse que sim, pela última vez, já que o intervalo eu só passo com o meu amorzinho. – Falei e ele sorriu.
- Quem é seu amorzinho? – Cody me abraçou. Sorri involuntariamente e dei um beijo nele.
- Adivinha? – Eu disse sorrindo e ele corou.
- Sou eu né? – Ele falou com voz de criança e eu ri alto.
- É sim, só você. – Nós nos beijamos ali no meio.
- Vão pra cama! – Ouvi Cole dizer e parei o beijo pra olhar pra eles. Cody riu e não parou de me abraçar.
- Não é uma má idéia. – Cody disse recebendo um soquinho de mim. Olhei pros lados, mas não achei quem eu queria.
- Cadê o Dylan? – Falei e Cole fez cara de choro.
- Você não gosta de mim né? – Ele brincou e eu larguei o Cody e fui até ele, o abracei.
- Claro que gosto Colezinho do meu coração! – Falei rindo e ele parou de fazer cena e me abraçou.
- Bom mesmo! – Ele disse e eu ouvi um pigarro.
- Eu me atraso por cinco minutos e você já me troca por ele? – Dylan disse fazendo cara de choro. Larguei o Cole e fui pro Dylan.
- Não te troquei não amorzinho! – Falei e Cody gritou:
- HEY, AMORZINHO SOU EU! –
Puxei Cody com a outra mão e fiquei abraçando os dois.
- Você é meu amor, - Olhei pro Cody que mostrou a língua pro Dylan.
- Há! – Cody disse e eu virei pro Dylan.
- E você é meu amorzinho! –
- HÁ! – Dylan mostrou a língua pro Cody. – CHUPA! –
- DYLAN SPROUSE! – Gritei com o Dylan que se encolheu.
- Sorry... – Ele sibilou e eu ri.
- Hello people! – Alli chegou de mãos dadas com o Fred.
- Olá. – Respondemos e Fred riu.
- Cole ta tão avulso né! – Fred disse e eu olhei pro Cole, sozinho ali do nosso lado, enquanto eu abraçava Dylan e Cody.
 Cole simulou um choro de bebê e Dylan riu.
- Alguém pega o pote de sorvete pro encalhado aqui? – Dylan apoiou o irmão.
- OOOOWNT, TADEENHOOO! – Alli disse e Fred franziu a testa. – VEMK! –
 Alli puxou Cole e o abraçou de lado.
Agora ela com Fred e Cole e eu com Dylan e Cody. Ui.
- Vamos indo pra sala? – Cole disse e eu fiz careta.
- Aula de quê? Inglês, Professora Pinta! – Eu mesma me respondi. Que coisa bonita de se dizer.
- Aff, e depois do lanche tem mais uma de matemática e DUAS de Biologia no laboratório... – Fred disse e Dylan fez careta sem nem mesmo saber que era o Professor. Começamos a andar ali no meio daquele monte de gente.
- Ouvi dizer que o Professor Calvície (apelido do nosso professor de Biologia, por ter meia careca na cabeça) vai passar um trabalho em dupla denovo... – Alli disse. Um dia vou saber de onde minha amiga extrai tanta informação dos trabalhos.
- Serio? Que cu. – Cole disse fazendo careta. Minha vez de falar:
- E eu que a Professora Chatice (pra quem não lembra, é a professora de História do primeiro capitulo) vai passar um em dupla também. – Eu disse e foi a vez do Cody fazer careta.
Chegamos à porta da sala e eu soltei o Dylan.
- Dá um beijinho antes de entrar... – Falei pro Cody que riu e colocou a mão na minha nuca. Encostou nossos narizes e depois foi pra trás, se insinuando, e depois me beijou mesmo. Coloquei minhas mãos debaixo da camiseta do uniforme dele e ele passou a mão na minha coxa.
- EEETA! – Ouvi Alli gritar atrás da gente. – ÓIA A PUTARIA AQUI MINHA GENTE, ESSE É UM AMBIENTE DE FAMÍLIA! –
 Nós rimos alto, principalmente pelo fato de ela disse aquilo após tirar a mão da bunda do Fred, que beijava ela com força.
- Isso mesmo Senhorita Simpson, - A Professora Pinta apareceu na porta. – Entrem. –
 Entramos na sala e fomos pro fundão de sempre.
- Queridos alunos, eu passei lição de casa? – A professora disse e eu vi Fred já arrancando uma folha e formando uma bolinha de papel. O nerd olhou pros lados, se encolheu na carteira e assentiu, discretamente pra professora.
- X9! – Dylan entrou na brincadeira e a chuva de papel aconteceu novamente. Ouvi uma risada fofa atrás de mim e olhei Puck.
- É sempre assim? – Ele disse sorrindo.
- Rotina. – Respondi e nós rimos. Dylan virou e parou o braço no ar, com a última bolinha de papel, pra ficar olhando pra mim, depois pro Puck, que falava comigo.


- Lindona? Lindona? Mano, se ta surda mulé? – Eu ouvi Dylan sussurrar do meu lado, mas ignorei porque a professora estava olhando. Recebi uma bola de papel na cabeça e olhei pra cara dele com ar de reprovação.
- Caralho, quié? – Respondi furiosa, Cody, Alli, Fred, Cole e Puck, escutavam a conversa discretamente, mas praticamente com um satélite na cabeça. Sabe a historia do “As paredes tem ouvido”? Mais ou menos isso aí.
- LÊ! – Ele apontou pra bolinha de papel. Era um bilhete... Tendi.
Desamassei o papel e tentei ler o que ele escreveu.

Não sei o que mais me surpreendeu: o ato de que Dylan prestou atenção na Thorne, ou de que a letra dele era incrivelmente linda. Virei à folha pra responder.


Amassei e taquei a bolinha na cabeça do Dylan com força. Cody virou e me encarou.
- Ta tudo bem? – Cody perguntou preocupado. Assenti e ele sorriu fraco e virou.
Fiquei encarando a professora, fingindo que estava prestando atenção.
Realmente, a pinta era tão grande que não tinha uma pinta na professora, tinha uma professora naquela pinta. Points resolveria aquilo, no comercial diz que as verrugas até tremem quando fala Points. Aposto que se eu gritar Points a professora vai vibrar.
 Mas não era isso que eu estava pensando, será que Puck estava de maldade comigo? Não. Ele só queria ser meu amigo, já que eu era a única com quem ele se deu bem, ou TENTOU se dar bem. Eu também estava achando algo muito estranho nessa história. Olhei pra Bella que me encarava com um sorriso malicioso no rosto e deu um pulo ao me ver olhando ela e se virou pra frente. Definitivamente tem algo de mui...
- Porra! – Sussurrei ao levar uma bolada de papel na cabeça.
Abri o papel.


O sinal tocou. Olhei a folha pela última vez e coloquei debaixo do caderno. Levantei e saí andando.
O Dylan estava até um pouco certo sobre algumas coisas.
Uma verruga não teria aquela cor...
Mas o Puck será?
Da máfia ele não era. Era da Espanha.
Ele não é mais o “Moleque Estranho” é o “Moleque Mistério”. E se ele tivesse feito algo de ruim na outra escola? Ele realmente era estranho. Eu cheguei a descrever ele? Cabelos pretos como a noite, olhos escuros e brilhantes como rubis, branquelo, mas tinha tatuagens espalhadas pelo corpo. Umas quatro eu diria. Nada de cabritos sendo engolidos não, só uma estrela no peito (dava pra ver pelo decote da blusa do uniforme), uma tatuagem indescritível em cada tornozelo e uma no pescoço (um dragão) que ia descendo e descendo, onde será que acabava?
- AAAAAH! – Gritei ao me virar e dar de cara com o Mafioso.
- Eita, o que foi? – Puck disse arregalando os olhos.
- Nada, desculpa. – Falei arfando.
- Vem! Aquela mesa ali ta liberada. – Ele me puxou pra mesa do canto. – Não ficamos perto do lixo e... –
 Ele parou de falar e ficou me encarando.
- O que você tem? – Ele disse franzindo a testa.
- Por quê? – Respondi rápida, eu precisava arrancar informações do suspeito.
- Você ta me olhando diferente, te fiz alguma coisa? – Ele perguntou ainda de testa franzida.
- Não, não, só sono. – Respondi enfiando a uva na boca. – Mas então, o que te trouxe à Los Angeles no final do ano letivo? –
 Ele riu.
- Bem, não gosto de falar disso não. – Ele respondeu e eu fiquei ainda mais tensa. COMO NÃO GOSTA DE FALAR DISSO?
- Ah, mas você já conhecia alguém daqui? – Perguntei novamente com cara de inocente e ele riu.
- Sim. –
- Quem? – Retruquei rápida.
- Não posso falar, mas você bem que poderia parar de falar essas coisas né? Acha que eu sou da máfia por acaso? – Ele perguntou e eu congelei. Eu poderia ter dito “Sim eu acho que você é da máfia, e veio aqui pra matar o Cody, me seqüestrar, levar pra um lugar escuro, deixar a Thorne me matar sem testemunhas, e depois abraçar a Bella e dar a gargalhada do Mal.”, mas me contentei com um simples:
- Magina! – Falei e ele riu.
 Ficamos conversando de boa ali e os únicos assuntos extraídos foram:
Ele tem um poodle branco chamado Pipoco; Adora gatos peludos; Tem uma irmã mais velha; Tem poucos amigos; Sofreu bullyng; A tatuagem vai até o começo da coxa; Odeia esportes, principalmente futebol; Solteiro. Mas algo me chamou mais atenção: Ele sabia tudo sobre mim. Do meu nome até cor favorita. E eu nem havia dito meu nome.
Que tipo de mafioso tem um poodle branco? NENHUM. Ele só estava na escola porque algo aconteceu na outra que o deixou pra baixo e se mudou de casa, por coincidência entrou no McKinley High e nos conhecemos. Fim.
Levantei da mesa acompanhada de Puck e fui pra mesa da minha galera.
- Gente, - Falei e todos olharam pra mim e depois pro Puck, vermelho atrás de mim. – Esse aqui é o Cristian. –
- Puck! – Ele disse rápido e eu o puxei pra frente. Meu deus, que moleque vergonhoso.
- Fala ae Puck! – Cole fez um toque improvisado com o Puck, que depois cumprimentou Alli, Fred, Cody virou a cara, mas disse Oi, e Dylan não estava lá.
- Puck, porque você não lancha com a gente amanhã? – Fred disse de boca cheia e eu ri.
- Liga não, ele só sabe comer. – Falei torto pro Puck que riu.
- É mesmo, nóis é pobre mais é limpinho. – Cole disse e todos riram. Menos Cody que se manteve ocupado demais encarando o purê.
- É mesmo. Amanhã! – Alli disse e ele sorriu e assentiu.
- Ta bom! – Puck disse e Alli comemorou. Fiquei me perguntando onde estaria Dylan, mas algo me chamou atenção: Cody bufou de raiva lá do fundo.

O sinal tocou e todos se levantaram pra ir pro laboratório. O Professor Calvície não suporta atrasos e muito menos brincadeira. Era aquele tipo de professor General. Dava aula de Ed. Física e nas horas livres Biologia depois que parou de lecionar uns soldados do exército Californiano, mas não tira o apito do pescoço lembra? Já disse isso uma vez.
Coloquei o braço na frente, não deixando Cody passar. O professor não estava na sala ainda, eu tinha uns cinco minutos.
- Que foi amor? – O encostei à parede.
- Não gosto do Cristian. Algo nele me irrita. – Ele disse de cara fechado pra mim. – E você não lanchou comigo por causa dele! -
- Eu já disse, foi a última vez que eu fiz isso! – Falei com um nó na garganta. Ele estava seco, seco e grosso.
- De qualquer forma, agora vocês têm uma relação. E não venha me dizer que ele não te olha diferente! – Ele disse e eu me afastei. Ele respirou fundo e continuou.
- Você lembra como acabou a história da última vez que aconteceu isso? – Ele disse e o nó aumentou ao me lembrar da festa do Danny, depois de lavar o carro dele e... Não posso lembrar disso. Não mesmo.
- Você vai brigar comigo só por isso? – Perguntei segurando aquela coisa insuportável na garganta.
- Se “Só” significa que você ta conversando com uma pessoa que eu não gosto, já pedi pra você parar e você não pára, mesmo que eu esteja completamente preocupado: Sim, estou SÓ por isso. – Ele disse e eu virei ao sentir um cutuco.
- Aula. – O Professor disse estranhando nosso comportamento e antes que eu pudesse abrir a boca pra falar um “A gente conversa depois”, Cody já havia saído dali e entrado. Entrei também segurando o choro e sentei na primeira bancada, como sempre.
O professor apitou.
- ALUNOS, hoje terão uma nova tarefa. – O professor disse tirando algumas folhas de uma pasta. Fiquei encarando Cody.
Apesar ser apenas dois meses de namoro, tenho quatro anos de experiência em Cody Robert Simpson, quero dizer eu poderia me formar em Simpsonlogia se existisse essa matéria, eu entendo o que ele sente. E naquele momento, ele estava tenso. Mais precisamente: Triste. Ele realmente não queria ter brigado comigo, mas ele percebeu que a única maneira de me fazer parar de falar com o Puck, era esse, colocar-se no meio.
Naquele momento eu prometi a mim mesma, que chega de Cristian Corázon na minha vida. Eu o despistaria com qualquer desculpinha esfarrapada e pediria desculpas ao Cody. Voltei o olhar pro professor ao me decidir.
- Então, essa é a tarefa! – Ele já havia explicado tudo? Droga tomara que meu parceiro saiba. – Agora vamos às parcerias! –
 Esperei chegar ao meu nome e sorri ao ouvir: “<Seu Nome> e Dylan” sair da boca do professor.
 Dylan veio correndo até minha bancada.
- Que sorte a sua Lindona, considere uma Mega Sena ganha. – Ele disse e eu ri.
- Você ouviu a tarefa? Eu boiei. – Falei e ele arregalou os olhos.
- VOCÊ? – Ele disse pasmo.
– Fico andando com pessoas de má influência e acabo assim! – Falei e ele fez cara de ofendido, mas riu depois.
- Não ouvi não, depois a gente pergunta pro Cole, ele ouve tudo que o professor fala, é estranho, eu sei... – Ele mandou uma careta pro Cole que retribuiu com um dedo do meio. – Eu fiquei focado em outra coisa, nisso. –
 Dylan colocou um envelope em cima da bancada na minha frente.
- O que é isso? – Perguntei com medo de ser uma bomba, ou maconha medicinal, vai saber né.
- Quando um aluno se matricula numa nova escola no meio do ano, existem dois documentos que se arquivam em gavetas, o “Histórico do Cidadão” que fica guardado a sete chaves pelo segurança civil do bairro e o “Histórico Escolar” que fica guardado pelo gordinho que dorme que nem pedra. – Dylan disse e eu assenti.
- E daí? – Perguntei e ele fez sinal pra eu esperar.
- E daí que esse é o Histórico Escolar do Puck, o guardinha saiu pra comprar rosquinha no intervalo e eu peguei! – Ele disse e eu arregalei os olhos.
- Dylan Sprouse, e se eles descobrem que você pegou algo tão importante assim? Você SE FODE. – Eu disse indignada e ele fez a cara de “aff”.
- Primeiro que se fosse importante não seria vigiado pelo dono da lanchonete da esquina, segundo que se eu me fuder foi apenas a reação de uma ação muito bem planejada, agora ABRE LOGO! – Ele disse e eu mostrei a língua.
- Dylan, eu não posso! – Falei um pouco mais alto e ele fez sinal de silêncio.
- Por quê? – Ele arregalou os olhos.
- Acabei de prometer a mim mesma que nunca mais me meteria na vida do C. Corázon... – Respondi como se fosse obvio. Sabia que as promessas feitas a nós mesmos são mais difíceis de descumprir do que as feitas aos outros? É um fato.
- Então você não quer saber de onde ele veio? – Ele disse e uma pontada de curiosidade me atingiu. Ele tinha razão, eu precisava saber de onde veio, ou melhor: Por que saiu. Bufei e peguei o envelope. Era agora que eu ia descobrir toda a verdade sobre o Puck.
Passei o dedo embaixo da aba e quando fui tirar o papel, um apito alto foi soprado.
- <SEU SOBRENOME> O QUE É ISSO? – O professor gritou e já veio em minha direção pegar o envelope. Pegou da minha mão e olhou o que tinha dentro. – JÁ PRA DIRETORIA, OS DOIS! –
- Mas... – Eu ia abrir a boca pra falar alguma coisa. Tarde demais. Quando dei por mim já estava na sala de espera da diretoria. Era um corredor enorme, cheio de banquinhos e portas. Uma dessas estava totalmente vigiada por cara maior do que a própria porta, com uniforme da policia e cara fechada.
Quer saber?
Entrei de vez na dança. Peguei meu caderno e desenhei o corredor que eu estava, a porta e até o segurança, representado por um bonequinho feito de quatro pauzinhos e uma bola como cabeça.

Dylan colocou o dedo em cima do desenho.


- Então é isso? – Perguntei e ele assentiu.
- Amanhã. – Ele respondeu sorrindo.
- To me sentindo um detetive! – Falei toda empolgada e ele riu.
- Fechou então. Amanhã a gente descobre quem realmente é Cristian Corázon. – Ele respondeu e eu ri, ainda empolgada.

 O outro dia chegou e eu não me agüentava de curiosidade.
Tente me entender: Um aluno novo entra já interessado em mim, é misterioso, tem uma atração inacreditável, sabe tudo sobre mim e eu nunca o vi na minha vida. Eu precisava saber quem ele era.
 Entrei na escola e dei de cara com um ser de óculos escuros e luvas pretas.
- Que porra é essa Dylan? – Perguntei. Ele segurou meu braço e me puxou pro canto.
- To despistando. – Ele disse e eu ergui uma sobrancelha.
- Claro porque um aluno de óculos escuros e luvas no meio de uma escola cheia de gente com uniforme: Não chama atenção. – Respondi e ele murchou.
- Tem razão. – Ele se empinou novamente. – MAS ISSO É DAHORA! –
- E ai, tudo em cima? – Perguntei me referindo ao plano.
- Tudo sim, agora disfarça. – Ele respondeu.

As aulas passaram mais rápidas do que nunca.
Hora do intervalo. Essa era a hora. Passei pelo Dylan e cutuquei-o.
- Começa. – Ele disse e eu ri com a síndrome do Detetive.
 Passei pelos corredores correndo até chegar ao último armário. Encostei-me ali. Verifiquei o lugar em que a diretora estava.
Cinco, quatro, três, dois... O alarme de fogo tocou e tanto a diretora, quanto o policial passaram correndo. Eu tinha exatos cinco minutos.
Corri como nunca achei que correria, até chegar a porta da sala dos documentos, abri ela e dei de cara com uma parede inteira coberta por uma estante cheia de gavetas. Fui direto procurar o “A-C”, estava no alto. Abri quatro gavetas como escadinha e subi. Ouvi a porta batendo na secretaria. Abri a gaveta, passei vários nomes, inclusive o de Alli, mas achei o Cristian. Agora o da diretoria. Peguei o envelope e não me agüentei. Passei o dedo na aba, abri e tirei a folha. A porta da sala dos documentos foi aberta pelo policial, olhei pra ele, mas a curiosidade estava me matando. Encarei a folha.
- Não é possível. – Sussurrei de olhos arregalados.

Continua...

2 comentários:

」Luiza Fernandes ∞ disse...

Amei, Morrendo de curiosidade aquii ... #Continuaa '

Isabella Lourenço disse...

meu Deus, dance forever. Comecei a cantar que nem uma louca.
WE CAN DANCE FOREVER, FOR-EEEE-VER, FOR-E-EEEEVER (8)
Coloquei até a musica para tocar enquanto leio.
amei (: