quarta-feira, 27 de julho de 2011

§ FINALMENTE ATUALIZAÇÃO §

 Um relâmpago iluminou rapidamente os olhos brilhantes e cheios de medo de Cody.
- Eu sei que é um medinho bobo de criança, mas... – Interrompi Cody com um beijo.
Selei nossos lábios com carinho, o beijo foi calmo. Afastei meu rosto e passei a mão no rosto do Cody, passei toda a confiança que podia. Ele suspirou.
Pra minha (ou nossa) surpresa, Cody segurou minha mão novamente e seguiu caminhando e me puxando pelo corredor.
- É aqui. – Ele empurrou a porta. O quarto estava iluminado por um abajur fluorescente.
- Deve ter na gaveta dele, tem tudo aqui. – Cody disse soltando a minha mão. Olhei em volta. Nossa tudo aquilo era um quarto?
 Entrei no banheiro, só pra olhar mesmo. Esse não era iluminado.  Um degrau separava a banheira do resto do banheiro, pena que eu não sabia disso antes.
 Pisei em falso. Virei o pé e por pouco não caí no chão. Antes tivesse caído. Seria melhor.
- AÍ PORRA! – Gritei. Ouvi Cody soltar tudo o que estava segurando e correr pro banheiro. Olhei pra porta e vi Cody me olhando assustado.
- Pequena? – Ele disse sem conseguir me ver. – To entrando. –
- Cuidado! Tem uma porcaria de um degrau aqui! – Falei sentindo uma dor imensa.
- Amor, é você né? – Cody disse assustado. Eu podia sentir o medo na voz dele.
- Sou... AÍ! – Falei sentindo as lágrimas se formarem.
- O que aconteceu? – Ele perguntou sentando do meu lado.
- Eu ia meter a cara no chão e acho que quebrei o braço. – Falei e ele não falou nada. Deve ter assentido. – Me ajuda a levantar? –
- Calma aí! – Ele correu pra fora do banheiro e voltou segurando uma lanterna. – Ai meu deus! – Ele disse preocupado.
 Colocou a lanterna na boca, envolveu minhas pernas com um braço e segurou minhas costas com outro. Levantou-me como se estivéssemos em lua de mel. Ri sozinha.
 Saí do quarto sendo carregada. Cody me carregava como se eu fosse uma pena. Olhei o rosto dele, tão preocupado, com a lanterna na boca e descendo as escadas.
- O QUE ACONTECEU? – Dylan gritou já vindo em direção do Cody.
- Tomei um rola... – Falei. – Pode me colocar no chão amor, quebrei o braço, minhas pernas estão bem. –
- Certeza? Eu posso te carregar até o sofá, não! Eu VOU te carregar até lá... – Cody disse e depois foi até o sofá. Colocou-me sentada.
- Obrigada amor, mas é só uma dorzinha de nada... – Falei e ele franziu a testa em negação.
- “Dorzinha de nada”? Vou pegar o gelo! – Cody deu um pulo.
- Quer alguma coisa? Um suco, uma água, um bolo, um miojo, uma salada, um refrigerante, vitamina, talvez um café, ou... –
- Não precisa Dylan, serio, vou ficar bem! – Respondi sorrindo. – Dá pra tirar essa porcaria de lanterna da minha cara? –
- Desculpa – Dylan respondeu rindo.
- Aqui amor. – Cody voltou carregando uma sacola com gelo arrumou a almofada e me deitou. – Isso vai aju... –
- AAAAÍ! – Berrei e ele fez cara de assustado.
- Ta melhorando? – Dylan perguntou e eu bufei.
- Não, mas vai melhorar. – Respondi sorrindo. Fred e Emma desceram as escadas correndo.
- O que aconteceu? – Emma perguntou preocupada.
- Aquela porcaria de degrau no banheiro do Fred machucou minha pequena! – Cody disse fazendo carinho no meu rosto.
- Não ta doendo, calma! – Respondi e todos me olharam assustados.
- Você não ta sentindo dor? – Cody fez uma cara estranha. Por que eles estavam assim?
- Não... – Falei e eles se entreolharam. Emma se abaixou e fez alguma coisa no meu braço.
- Você sentiu isso? – Ela perguntou e eu franzi a testa.
- Sentir o que? – Respondi e Dylan tirou o celular do bolso.
- Alô, emergência? -

Olhei denovo pro meu braço engessado.
Eu não senti dor porque eu não sentia nem meu braço.
A emergência chegou rápido, Cody foi junto comigo pro hospital. Meus pais já tinham sido avisados, pedi pra que eles não viessem afinal não era nada. De qualquer maneira eles falaram com o Cody, com a secretaria e com o doutor pra se convencerem a não ir.
- <Seu nome>, - Uma mulher de branco abriu o quarto e eu olhei pra ela. – Pode deixar entrar? –
- Pode. – Falei sorrindo. Ouvi um estrondo na porta e a mulher bufou ao ser empurrada.
- Um de cada vez! – Ela disse. Ri já imaginando o que seria. Cody esperou ela passar e depois entrou.
- Ai meu deus, como você ta? – Cody segurou meu rosto e me deu um selinho. Começou a olhar pra mim desesperado. Melhor eu responder logo.
- Calma, eu to bem. Já falei que não sinto nada. – Respondi.
- Esse é o problema. O que o doutor falou? – Ele beijou a minha testa. Cody ergueu uma sobrancelha.
- Nada ainda. – Respondi e ele suspirou.
- Você vai pra sua casa amor? Fiquei sabendo que seus pais viajaram sexta-feira – Cody brincou com uma mecha do meu cabelo.
- Vou, quer ficar comigo lá? – Perguntei e ele sorriu.
- Lógico pequena. – Ele se aproximou pra me dar um beijo, mas fomos interrompidos pela porta do quarto. Um homem bonitão apareceu de jaleco branco. Moreno, alto, olhos verdes e topete desarrumado.
- Ora, tenho notícias boas e ruins, qual você quer primeiro? – O doutor disse levantando a prancheta e se sentando do meu lado.
- Mistura. – Respondi me virando pra ele.
- Você vai poder ser liberada hoje ainda, mas vai ter que fazer fisioterapia por pelo menos dois meses. – Ele disse e eu bufei.
- Aff, serio? – Perguntei e ele riu.
- Pois é, e vai ter que me visitar várias vezes também. – O doutor disse fazendo careta. “Isso não vai ser tão ruim...” pensei. Cody me encarou como se tivesse lido meus pensamentos e eu ri.
- E vai demorar pra ela tirar o gesso doutor? – Cody perguntou e o doutor analisou a prancheta.
- Se ela fizer tudo direitinho: Duas semanas. – Ele disse e eu suspirei aliviada.
- Ainda bem! – Falei e ele sorriu.
– Você tem pra onde ir minha linda? – O doutor perguntou. Cody ergueu as duas sobrancelhas.
- Tenho sim doutor. – Respondi e ele assentiu.
- Então, você está liberada. – Ele disse me dando um beijo na bochecha e saindo dali.
- “Você tem pra onde ir... Minha linda?” – Cody fez voz afetada e eu ri alto.
- Deixa de besteira! Ele tem idade pra ser meu pai. – Falei e ele arregalou os olhos.
- Então você pensou na possibilidade? – Ele retrucou de boca aberta.
- Vamos sair daqui. – Respondi e ele riu. Cody segurou minha cintura, tão forte que me erguia conforme os passos. Abriu a porta e deixou-a bater quando saímos.
- Cody, meu braço que está engessado, minhas pernas estão bem. – Falei e ele me soltou rindo.
- AMIGA! – Alli berrou e eu dei um pulo. Ela se lembrou de ser menos escandalosa quando o hospital inteiro já havia parado pra encarar ela. – Opa, desculpa... –
 Angie e Brad se levantaram.
- Que susto, quando Cody me ligou desesperado achei que você tava morrendo! – Angie disse me dando um beijo e eu ri.
- Por pouco quem não fica internado é o Cody. – Brad disse e eu olhei pro Cody, todo corado.
- Ownt, que linds! – Apertei a bochecha dele que riu que nem criança.
- Vamos então? – Angie disse e eu assenti.
 Fomos até o carro conversando. Entrei no carro e me lembrei que passei a noite inteira acordada. Cody segurava minha mão (a que restou) e olhava a paisagem. Sem falar uma palavra me aconcheguei e deitei a cabeça no ombro dele, colocando o rosto na curva do pescoço. Fechei os olhos e senti os braços dele me envolvendo de lado e puxando ainda mais pra perto. Fiquei apenas inalando aquele perfume gostoso durante um tempo e depois acabei dormindo como um anjo. Ou seria com um anjo?



- Sua mãe é um amor sabia? – Falei rindo e ele assentiu.
- Pensei que ela não fosse deixar, mas foi tão fácil. – Ele disse sentando no sofá. A Angie deixou de primeira que o Cody dormisse o fim de semana na minha casa, sozinho comigo.
- Ainda bem, não queria ficar sozinha! – Falei me sentando do lado dele.
- E eu queria passar um tempo contigo. – Cody disse fazendo carinho no meu rosto. Ele deitou e eu deitei em cima dele tomando cuidado com gesso.
- É também. Sabia que você não me deu um beijinho hoje? – Falei com cara de ofendida e ele riu.
- Desculpa, é que o doutor interrompeu... “MINHA LINDA”! – Cody fez voz afetada última parte e eu ri alto. Ele segurou minha cintura com força e me pressionou com cuidado contra o corpo dele. Rocei a ponta do meu nariz no dele e ele sorriu. Ele inclinou o rosto juntando nossas testas. Misturamos nossas respirações por um tempo, sentindo os dois ares quentes juntos. Dei um selinho demorado nele que sorriu sem mostrar os dentes e subiu a mão pra minha nuca. Segurou-a acariciando, e me puxou. Ele pediu passagem pra língua e deixei. As nossas línguas se tocaram como um choque térmico. Eu sempre fui gelada. Todos meus amigos que seguravam minha mão, ou algo assim diziam “Nossa, que gelo.”. Eu nunca pensei que seria tão bom; tão aconchegante e confortável ter o corpo gelado sendo esquentado por alguém tão especial.
 Rompi o beijo e me sentei quando ouvi a porta sendo aberta.
- Nina o que acontecer? – Dulce fechou a porta com a bunda, já que as mãos estavam ocupadas com sacola do mercado. Cody se levantou e pegou algumas sacolas da mão dela pra levar pra cozinha.
- Quebrei o braço. O Cody vai passar o fim de semana aqui ta? – Falei e ela ergueu uma sobrancelha.
- Os pais da nina sabem? – Ela disse e eu ri.
- Ainda não, mas não se preocupe. A gente vai ficar quietinho. – Respondi e ela fez cara de incerteza, mas sorriu depois.
- Está bien, mas nada... – ela se aproximou conferindo se ninguém ouvia – Daquilo. –
 Ri sozinha.
- Ok Dulce. – Respondi. Cody veio correndo da cozinha e me abraçou de lado.
- Quer subir? – Perguntei e ele assentiu.
 Subimos rindo de alguma besteira. Entramos no quarto e nos jogamos na cama.
- Vídeo Game? – Falei e ele assentiu. Coloquei “Mortal Kombat” e os controles. – Vou ganhar de você com uma mão só! –
- Quero ver! Quem perder faz a janta. – Cody me lembrou de que Dulce não trabalhava de fim de semana.
- Feito! – Aceitei o desafio.

Vinte minutos depois...

- RÁDUGUEEET! – Gritei dando o golpe mortal no personagem do Cody, que caiu jorrando sangue.
- NÃO VALEU! – Cody disse dando um pulo e eu ri.
- Já era. – Respondi e ele fez não com a cabeça.
- Revanche. Melhor de duas. – Ele disse e eu ri.
- Vai perder denovo! – Retruquei e ele riu.
- Vamos ver. –

Meia hora depois...

- KÁTATUGHEET! – Dei o golpe. Esperei aparecer o “Game Over” pro Cody e levantei pra fazer o movimento de vencedor junto com meu personagem. Cody fez biquinho e eu sorri. – TADINHO! –
- Perdi três vezes de você! – Ele disse e eu o abracei deixando a cabeça dele no meu ombro.
- Tudo bem, isso não te faz menos homem, amor. – Falei e ele riu alto. – De qualquer maneira, eu faço a janta. –
 Ele mostrou os dentes.
- Serio? – Ele disse alegrinho.
- Lógico, se fosse pra comer sua comida eu teria ficado no hospital tomando canja... – Falei abrindo a porta. Ele fez cara de ofendido e passou.

- Ta pronto? – Cody berrou pela centésima vez da mesa de jantar da sala.
- NÃAO! – Retruquei pegando o molho e jogando na panela.
- E agora? – Ele gritou e eu bufei.
- Você ta com tanta fome assim? – Perguntei e ele riu.
- ♫ TO COM FOMEE, QUERO LEEITE... NA NA, NA NA, QUERO CROQUETE, COM MAIONESE, EU TE APRENSENTO A LARICA DOS MULEKE - Cody cantou e eu ri. [Larica Dos Muleque – música no youtube]
- Preparado pra provar o melhor macarrão feito na terra? – Perguntei gritando da cozinha.
- SIIIIIM! E MUITO. – Cody berrou. Ele não tinha parado de reclamar de fome enquanto eu preparava o suco de manga natural e o macarrão à bolonhesa especial da vovó Bright. Essa véia cozinha muito. Não a conheci, mas gostaria.
 Tirei a panela do fogo e levei-a até a mesa, onde encontrei Cody com o guardanapo encaixado na gola da camiseta e segurando os garfos em pé.
- Não dá face da terra, mas quem sabe da América... – Falei colocando os pratos. – Ou talvez só de Los Angeles... Ou... –
- SERVE LOGO ESSA COMIDA MULÉ! – Cody me fez dar um pulo e eu ri. Tirei a tampa e Cody respirou fundo sentindo o cheiro da massa.
- Sirva-se. – Falei e ele (num movimento quase ninja) roubou o pegador da minha mão e tirou metade da panela pra colocar no prato. Cody enfiou uma garfada gigante na boca que me fez até sentir vergonha alheia.
- O que achou? – Perguntei apreensiva. Cody engoliu tudo.
- Ainda bem que você não cozinha pra viver. – Cody disse e eu arregalei os olhos. – Porque se cozinhasse eu já estaria um velho barrigudo e obeso. –
 Respirei aliviada.
- É agora que eu jogo toda essa panela na tua cabeça né! – Peguei a panela e ameacei. – Que susto, já pensou você não gosta? –
Cody riu de boca cheia.
- Agora vou comer, porque deu trabalho tudo isso. – Falei enfiando a garfada na minha boca.

 Acabamos com toda a macarronada.
Cody colocou os pratos na pia e eu os copos.
- Nunca comi tanto. Acho que só vou comer amanhã, ou talvez nem isso. – Cody fazia drama. Abri o congelador.
- Quer sorvete? – Perguntei.
- Quero. – Ele retrucou sem nem pensar. Peguei o pote e duas colheres. – Eu te levo amor. –
 Ri sozinha enquanto Cody me carregava de cavalinho até o sofá. Já estava de noite. Abri o pote e dei uma colher pra ele.
- Que canal? – Perguntei pegando o controle.
- Faz um Tour. – Cody responde e eu fui passando canal por canal.
- PLAYBOY TV! – Cody berrou de boca cheia e eu ri.
- Assiste? – Perguntei olhando aquela putaria.
- As vezes, é impressionante! Umas posições que nossa... – Cody disse deitando no meu colo.
- Cody Robert Simpson, você assiste Playboy TV pela elasticidade das coelhinhas? – Perguntei e ele riu.
- É ué. – Ele disse e eu apertei o botão do canal com força. Cody olhou pro controle e depois pra mim. – Ficou com ciúme? –
- Eu? Não. – Falei e ele riu.
- Amor, - Cody se arrumou no sofá ficando de frente pra mim. – Você gosta de beijo gelado? –
 Lancei um olhar sapeca pro Cody que sorriu e me beijou. Tudo gelado. Nossa senhora. Um arrepio subiu minha espinha, passou pela barriga e foi até o cérebro. Congelou como uma raspadinha engolida ao contrário (?). Cody me beijou com força, explorou cada canto da minha boca, parecia uma escova de dente Colgate (Créditos pra Thay).
 Desgrudei nossos lábios sentindo falta de ar. Eu e Cody ofegávamos. Nós estávamos morrendo de vontade, mas não podíamos fazer aquilo. Não com o meu braço engessado.
 Olhei pro meu braço engessado e me condenei por tomar um rola no banheiro do Fred. “Porra de Degrau” resmunguei mentalmente. Cody pareceu ler minha mente ao fazer uma careta.
 - Deixa pra próxima. – Falei e Cody suspirou, deitando novamente no meu colo. Coloquei na Warner e ficamos assistindo Supernatural.
Acabamos dormindo.


- EMMAAAA, VAMBORA ANIMAL DE TETA! – Gritei no portão da Emma. Ela havia me feito esperar uma hora na cerca que separava a casa da rua. Era três da tarde de segunda-feira.
- OOOE FILADAPUTA, JÁ DISSE QUE TO INU! – Ela retrucou já fechando a porta.
- Oi amiga. – Falei dando um beijo na bochecha dela. – Preparada? –
- Preparadérrima. – Ela disse colocando os óculos escuros e ajeitando os cachos. – E você? –
- Eu nasci preparada minha filha. – Respondi colocando os óculos também.
- Ué, cadê o carro? – Emma perguntou olhando a vaga vazia. Ri perversa.
- Aqui é zica da Paraíba, nóis vai de Bus... BUSÃO. – Respondi e ela riu alto.

Chegamos à Highway School morrendo de cansaço. A escola era longe de tudo. A escola era construída pra cima e toda grafitada colorida.
 Entramos na escola batendo o All Star. Eu estava com um short jeans escuro, um all star cano médio preto e uma camiseta roxa decotada e com desenhos. Levantei o óculos e deixei em cima da cabeça. Ignoramos os olhares curiosos das pessoas, e principalmente dos garotos e entramos na secretaria.
- Bom dia garotas, o que desejam? – Ouvimos uma voz vinda de trás do balcão. Chegamos mais perto e uma mulher loira, de cabelo preso e sorriso contagiante nos olhou curiosa.
Emma levantou o óculos e se apoiou no balcão.
- Cristian Corázon. – Emma disse e o sorriso da secretária sumiu.
- O que ele fez? Ele está aqui? – A loira disparou em perguntas.
- Não, nada disso. Precisamos saber de tudo sobre ele. – Falei e ela juntou as sobrancelhas. Ficando mais séria.
- Não posso revelar nada sobre os alunos. Expulso ou não, não é da conta de vocês. Agora vão! – Ela apertou o botão de fechar o portão da escola. Emma ia abrir a boca pra implorar algo, mas eu a interrompi.
- Ok, nós iremos. Mas podemos pelo menos dar uma volta pela escola? – Perguntei e ela assentiu, aliviando a expressão.
 Saímos da sala batendo pé. Emma me parou no fim do corredor.
- Como assim, “ok”? – Ela disse indignada e eu ri.
- Em uma escola, só existe uma pessoa que sabe de tudo e não regula informações... – Falei e ela ergueu as duas sobrancelhas.
- Quem? –

 Interrompi a tia da Cantina e me apoiei no balcão de mármore pra ouvi-la.
- Esse capeta? – Ela disse e Emma riu alto. – Esse menino era o porreta da escola. Batia em todo mundo. –
- Nossa, mas por quê? – Emma foi mais rápida. Apertei o gravador.
- Ele é todo envocado, gosta de ver as pessoas sofrerem, mas tudo tem motivo. O dele ninguém sabe. Mas ele estava proibido de entrar em Los Angeles. - A tia disse colocando os pratos no balcão.
- Por quê?- Perguntei e ela se aproximou como Dulce faz quando fala de sexo.
- É filho do Andrea Smith Corázon. – Ela respondeu e Emma deixou o queixo cair levemente.
- SERIO? – Emma arregalava os olhos cada vez mais.
- Quem é “André Smith”? – Perguntei sem informação. Emma agradeceu a moça e nós saímos em direção à rua.
- Desenrola carretel. – Falei e ela respirou fundo.
- Senta, o babado é forte. –

Capotei escada abaixo e fui direto pra cozinha.
- BOM DIA, BOM DIA, BOM DIIIIIIIAAAAA - Cantei pra Dulce que riu.
- Pra que tanta felicidade Nina? – Dulce disse cortando cenoura. Sabe que só agora notei: Onde ela usa essa cenoura toda?
- Hoje eu vou fazer o Cristian, ou Puck, se esse for o nome verdadeiro dele, se arrepender de ter mexido com: BRAZILIAN POWER GIRL! – Eu fiz muque e ela riu.
- Nossa, depois me conta tudo. Seus pais vão vir mais cedo, disseram que tinha que falar sobre algo com você. – Dulce disse e eu murchei.
- Serio? – Perguntei com medo. Da ultima vez que ouvi isso nós nos mudamos pra Los Angeles.
- Muito serio nina, não se atrase. – Dulce apontou pro relógio com a faca. Peguei meu lanche (lê-se: Salada de Frutas) e coloquei na pequena bolsa que eu carregava, já que tudo era guardado no armário da escola. Coloquei no ombro e fui até o calendário.
Risquei mais um dia e não pude evitar o sorriso.
- Acredita Dulce? Penúltimo dia de aula. – Falei quase que sozinha.
- É nina, o ano passou rápido. – Ela disse e eu assenti.
- Amanhã é o último dia de aula, e o começo das férias. – Falei com os olhos brilhando.
– Já consigo me imaginar em Miami, com o Cody, praia, festa, peru, Natal, festa, Ano novo, festa, romance... FESTA! – Dei um pulinho e Dulce sorriu.
- Vai se atrasar Nina, Hasta! – Dulce disse apontando com a faca pra porta.
- HAASTA! – Imitei Dulce e corri pra rua.

Cheguei na escola e já corri até a Emma.
- BUENOS DÍAS NINA! – Gritei e ela sorriu.
- Pronta para a revanche? – Ela pegou o gravador e os papeis do armário. Mordi o lábio e fiz cara de safada.
- Nasci pronta. – Falei. Ela riu e nós corremos pra secretaria.
- Epa, aonde vão meninas? – A secretaria falou e nós nos encaramos.
- Diretoria, é urgente. – Falei fazendo cara de desesperada.
 A secretaria nos encarou por um tempo e apertou o botão do telefone. Algumas palavras trocadas em código com a diretora e ela colocou o telefone no gancho.
- Entre, ela vai atender vocês. – Ela disse e nós assentimos.

Entramos na sala quase tendo um treco.
- O que dese... Filha? – A diretora disse olhando pra Emma.
- É mãe, é serio. – Emma disse e a mãe dela fez sinal pra gente se sentar.
- O que precisam me dizer? – A diretora disse e eu respirei fundo.
- É sobre o P... Cristian, Cristian Corázon. – Falei e ela fez sinal pra gente continuar.
- Ele é filho do Andreas Smith Corázon. – Emma disse e a mãe dela arregalou os olhos.
- O matador da Máfia Mexicana? – A diretora disse e eu a interrompi.
- Espanhola. – Falei e ela fechou a boca ao notar o queixo caído.
- Meu deus, vocês tem provas? – Ela disse e eu sorri.
- MUITAS! – Coloquei os papeis em cima da mesa e ela foi olhando.
Emma bateu um Hi-5 comigo e voltou a olhar pra mãe.
 Cristian Smith Corázon, eu só tenho uma palavra pra te dizer:
Ganhei.
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- Lindona! – Dylan me parou no corredor quando o sinal bateu pra ir pra casa. – Não fala mais com os pobres não? –
 Ri dele e o abracei.
- Desculpa, andei meio ocupada. Mas porque você não me leva hoje em casa? – Perguntei e ele negou com a cabeça.
- Melhor não, o Cody vai querer fazer isso. – Dylan disse corado e eu sorri.
- Mas... –
- Mas nada, eu entendo. Alias amanhã eu apareço na sua casa ok? – Ele disse e eu sorri.
- Feito então. – Respondi dando um beijo na bochecha dele. Recuei e dei as costas, mas parei no meio do caminho. Virei e segurei braço dele. – Lindão!-
 Ele riu.
- Pensei que não me chamaria assim! – Ele disse sorrindo e eu ri.
- AHTÁ! – Falei me virando. – Até amanhã. –
- Até. – Ele respondeu e eu continuei andando. Reconheci minha amiga com o Fred.
- OOE! – Gritei e eles me olharam sorrindo.
- Pensei que não falaria mais comigo sua vaca! – Obviamente Alli disse. Ri e cumprimentei os dois.
- Vocês sabem que eu amo vocês. – Falei e o Fred me abraçou de lado.
- Eu vou pra Miami também! – Ele disse e eu sorri. Melhor que isso? Só Lasanha.
- AAAH, VAI SER INCRIVEL! – Berrei e os dois riram.
- Amanhã a gente se fala, vou correndo pra casa. – Falei e os dois assentiram. Despedi-me e fui até o bebedouro.
- GOXTOSO! – Meti a mão na bunda do Cody.
- Opa! – Ele disse se virando. – Vemk dlç! –
 Ri e beijei Cody.
- Posso te levar pra casa? – Ele perguntou e eu ri. “O Cody vai querer fazer isso” imitei o Dylan mentalmente.
- Lógico, mas meus pais tão lá, e querem conversar comigo. – Falei já caminhando de mãos dadas com ele pra fora da escola.
- Ok, senti a indireta. – Cody disse fazendo voz afetada e eu ri.
- Parece ser sério. – Falei e ele fez biquinho.
- Quer sorvete? – Ele disse e eu fiz cara de brava.
- TO FALANDO QUE É SERIO HOMI! – Eu berrei e ele riu.
- Pensei que você ia querer descontrair um pouco! – Ele disse e eu sorri.
- Deixa pra outra hora. – Falei e ele sorriu.
- Às sete? – Ele disse e eu sorri.
- Perfeito. – Retruquei.
 Fomos conversando de mãos dadas até minha casa e depois ele foi pra dele. Abri a porta da minha casa e encontrei meus pais sentados no sofá. Minha mãe desligou a televisão e me encarou.
 Beijei a bochecha dos dois e me sentei na poltrona.
- Filha, temos um assunto sério pra falar com você. – Meu pai disse e eu estremeci.
- É sobre...

Continua*



Autora:

Pípou: EU VOLTEI.
Titia Lilah.
Gostaram? Tem só mais quatro capítulos acreditam?
JÁ!
Já pedi desculpas, mas queria agradecer o apoio também.
SENTI MUITAS SAUDADES DE VOCÊS! MUITA MESMO.
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4 comentários:

FC "Oh My Cody" disse...

só mais quatroo? Depois vc para? *o*
Adoreeeei amor ^^

Kethellen Cristina disse...

É sobre ? AAAAAAAAAH
Não me deixa na curiosidade aquii !!
Continuaa ameei demaais..
s2s2

Unknown disse...

parecia uma escova de dente Colgate (Créditos pra Thay) ameeii,tuh leu o meu imaginee ? kkkk,eu tirei isso naum sei daonde,kkkk !

」Luiza Fernandes ∞ disse...

Aaa, como assim o imagine já vai acabar.. Não creioo ..
Amei a historia ta mto lindaa ..