terça-feira, 8 de novembro de 2011

ATUALIZAÇÃO | Capitulo 13 & 14 | ALELUIA!


Continuação – True Løve | CAP 13 e 14

 - Eu estou grávida. –
Eu não tinha a menor ideia de qual seria a reação de Cody. Pensei em fechar os olhos pra evitar os olhos verdes brilhantes dele, mas meu cérebro não me obedecia.
 Optei por encarar o piso de madeira.
Cody ainda não havia dito nada e pelo barulho desconfortante do ponteiro do relógio, haviam passado três minutos. Uma hora ou outra eu teria que olhar pra ele pra entender o que se passava.
 Ok, deixa pra depois.
Creuza estava sentadinha como se aguardasse a reação de Cody comigo.
- Mas… - Cody se levantou e ficou de costas pra mim, olhando a janela. – como assim? –
 Essa era uma boa pergunta.
- Não sei… provavelmente a camisinha deve ter furado ou sei lá. Eu devo estar a uns sete meses – Falei sentando em perninha de índio.
- Isto é… - De todas as reações possíveis em que pensei enquanto acabava com a água quente do chuveiro, ele resolveu fazer a única que eu não havia nem imaginado. Chorar.
Ele soluçou entre lágrimas, ainda de costas pra mim.
 - MARAVILHOSO! – Cody virou e me encarou sorrindo.
Tive a leve impressão de ver Creuza dar um pulo de susto.
 Os olhos dele brilhavam muito mais do que o normal, se eu apagasse a luz, ele iluminaria o quarto. Talvez a república.
 Como assim? E todos os planos que ele havia feito pros anos seguintes? E a vida que ele queria pra depois?
Eu tinha no mínimo cinqüenta perguntas esbarrando umas nas outras na minha mente e a única coisa que pude dizer foi:
- Hã? –
Cody riu e se aproximou um pouco mais, me fazendo olhar pra cima.
- Eu vou ser pai! – Cody me puxou pra cima me fazendo ficar de joelhos na cama. – E você mãe! Isso é incrível! –
 Cody me abraçou com força.
Esse menino está bem?
- Cody, fumou? E a faculdade? – Perguntei ainda perplexa.
 Ele se afastou pra pensar.
- Bem, o bebê só vai nascer depois da formatura amor. – Cody disse como se fosse obvio. Ok, era realmente obvio.
 Ele estava eufórico. Cody precisava se acalmar.
- Cabrito, senta aqui. – Bati levemente na cama.
Ele sentou sem tirar os olhos de mim.
- Quer beber alguma coisa? Eu indico água com açúcar… - Falei quase me levantando.
 Ele riu um pouco e me puxou de volta.
- Pequena, escuta. – Cody pegou minhas mãos e envolveu com as dele.
- Certeza que não quer? – Perguntei e ele negou rindo.
- Só escuta. Eu sei que esse não era o melhor momento pra você ficar grávida, sei que você deve estar confusa e se sentindo estranha, provavelmente com medo do futuro, mas… - Ele adivinhou tudo. – Eu to aqui e a gente vai passar por essa. –
- Mas Cody, uma criança dá trabalho, gastos, você vai ter que mudar todos os seus planos de vida. – Falei e ele negou com um sorriso no rosto. Não me entendam mal. Eu sei: é vida. Mas uma criança vai muito além de amor e carinho. Como dizia minha querida mamãe: “carinho não enche barriga”.
- Quer saber quais são meus planos? – Cody perguntou e eu assenti curiosa. – Nós vamos nos formar na profissão que nós sempre sonhamos nesse ano, quando a criança nascer a gente já vai ter a nossa própria casa, pode ser aqui em Los Angeles, no Brasil, enfim aonde você achar melhor… – Cody parecia estar pegando fôlego pra continuar.
- Eu posso digitar meus livros em casa. – Falei positiva. Ele sorriu ao me ver entrar na onda.
- E eu posso trabalhar em um horário bom, assim você vai ter um horário só pra digitar. – Ele disse e eu assenti rindo.
- Você faz com que tudo pareça tão fácil. – Falei acariciando o rosto dele.
 Cody olhou pras nossas mãos, um pouco mais sério, depois ergueu o olhar e sorriu.
- Confie em mim, nós vamos ser o casal mais feliz do mundo. – Cody olhou no fundo dos meus olhos.
 Ele estava certo. Não havia o que temer… quero dizer, havia, mas não precisava. Como tudo o que aconteceu entre nós, a gente levantaria a cabeça, chacoalharia as penas e superaria mais esse desafio. Cody estava comigo e isso era o que importava. Eu estava carregando uma criança dentro de mim, uma criança que era fruto do nosso amor.
- Vamos. – Cedi concordando e ele se levantou me puxando pra cima.
 O abracei com muita força e depois distanciei só a cabeça pra poder olhar nos olhos dele. Acariciei os lábios dele com a ponta do dedo e sorri.
- Eu vou te amar pra sempre. – Falei e ele fechou os olhos como se a frase estivesse ecoando em sua mente.
- Pra sempre. – Ele acariciou o colar de meia lua.
- Vem cá. – Passei minha mão pra nuca dele e ele riu bobo.
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 - Tenho que contar pra Alli né? – Falei deixando a mochila no canto da sala.
 Creuza fez bé e eu assenti.
- Antes… comida! – Coloquei um pouco da comida para Cabras no potinho dela.
 Ela se aproximou e passou a cabeça em minha perna, como carinho.
- Own, também te amo Creuzinha, agora come pra gente visitar a Tia Alli. – Falei sentando pra esperar ela comer.

Creuza dava pulinhos e se distraia com as pessoas que passavam pelo campus. Continuei caminhando até a republica de Alli.
Ela teria um treco. Ela morreria. Ela ia dar um ataque de pelanca. Não nessa mesma ordem, mas ela faria.
 Peguei Creuza no colo com um pouco de dificuldade, ela já estava grandinha, e apertei o botão do andar de Alli.
Ri sozinha imaginando a reação da puta. Quero dizer, Allison.
 Bati na porta cinco vezes com força.
- ESPERA AÊ! – Ela berrou e alguns sons de cadeados foram soando.
- BOMBA! – Falei assim que encontrei uma Alli toda bagunçada me encarando. Ela arregalou os olhos e me puxou pra dentro.
- CONTA CONTA CONTA CONTA! – Ela pulava na minha frente.
- Senta. – Falei e ela respirou fundo sentando na cama.
- É tão bombástica assim? Tenho que sentar? – Alli falou cruzando as pernas e segurando o coração.
- Lembra que você disse que quando a gente ficasse grávida nós contaríamos? – Perguntei e ela assentiu. Dois segundos de silêncio e uma troca de olhares vieram em seguida.
 Ela tampou a boca e parou de respirar ao sacar a situação.
- Respira! – Gritei ao vê-la roxa.
- AI MEU DEUS! – Alli pulou e me abraçou. – VOCÊ TA GRÁVIDA! –
- TO! – Berrei pulando.
 Só quem tem sabe a diferença de contar uma coisa pra um colega e a mesma coisa pra amiga. São reações totalmente diferentes.
- O CODY JÁ SABE? – Ela gritou e eu assenti.
- Contei ontem! – Falei empolgada.
– Ai amiga! – ela secou algumas lágrimas.
- AWWN, NÃO CHORA! Você não vai poder chorar quando for batizar ela… - Falei discreta e ela ergueu a cabeça pra me encarar.
- Hã? – Alli parecia não acreditar no que tinha ouvido.
- Você entendeu. – Falei e ela sorriu.
- Eu vou… - Ela começou e eu ri da emoção dela.
- Ser a Madrinha. – Falei e ela deu um pulo.
- ÁÁÁH! – Alli berrou e eu berrei junto.
 Creuza estava ficando surda.
- E sua mãe? – Alli falou e eu paralisei.
- Minha mãe… - Sussurrei.
 Eu havia esquecido de contar pra minha mãe. MINHA MÃE! Como assim?
- Você não pode contar por telefone amiga, vai ser muito chuchu. – Alli falou ainda sorrindo, mas com voz afetada.
- Eu sei… acho que vou pedir pra ela vir. Afinal, a formatura já ta chegando também não é mesmo? – Falei mais pra mim mesma e Alli, que sabia disso, só assentiu.
- Melhor você ligar agora, já ta escurecendo e sabe né. – Alli se referiu ao fuso horário e eu assenti me levantando.
- Depois você vai lá à república ok? – Mandei enquanto pegava a coleira da Creuza.
- Lógico, a gente tem que fazer o chá de bebê, comprar uma casa… - Alli fez praticamente uma lista do futuro e se despediu de mim.
 “Engraçado” pensei enquanto Creuza me guiava para casa. De acordo com minhas contas, minha última transa com Cody fora há sete meses, antes da gente se separar, eu namorar com Bryan e tudo. Então eu estava no sétimo mês e não havia nem uma barriguinha. Eu estava um pouco inchada, é claro, mas estava parecendo que eu havia comido demais, não que eu estava grávida.
Senti meu bolso vibrar e troquei a coleira de Creuza de mão para atender.
 Mãe é sempre uma coisa inacreditável não é mesmo? Acho que toda Mãe: é Mãe Dinah.
- Alô, filha? Tudo bom? – Mamãe disse e eu ri sozinha.
- Oi mãe, tudo ótimo, e a senhora? – Perguntei olhando Creuza.
- To bem também, todo mundo por aqui está e… - Minha mãe foi interrompida por gritos do meu irmão dizendo: “MANDA OI PRA ELA, DIZ QUE EU FIZ UM DESENHO PRA ELA!”. – Fala com ele? –
- LÓGICO! – Berrei atraindo alguns olhares. O telefone deve ter caído, já que escutei um estrondo e um pedido de desculpas.
- MAANA! – Sammy gritou e eu ri.
- SAMMY! – Berrei de volta e lembrei que tinha que pedir algo muito importante.
- Eu fiz um desenho pla vucê. – Sammy e aquele maldito ÉLI.
- Jura? Porque você não trás aqui pra eu ver? – Perguntei e ele riu.
- Ah, porque é longe. – Ele respondeu obvio.
- Pede pra mãe te trazer, assim eu mato a saudade de você. – Falei e ele gritou de animação.
- MÃE, MÃE, MÃE, A MANA TA CONVIDANDO A GENTE PLA IR PRO LOS ANGELES VER ELA, VAMO? – Afastei o telefone enquanto ele berrava.
- Deixa eu falar com a mãe mano. Beijos. – Falei e ele riu de alguma coisa.
- Ok mana, até logo. – Ele falou animado e minha mãe ordenou que ele devolvesse o telefone.
- Filha? –
- Oi mãe, to aqui. – Respondi enquanto ria de Creuza. Ela estava sentada me encarando sentadinha, como se esperasse que eu desligasse o telefone.
- É sério? – Ela perguntou. Eu podia ver o sorriso dela na minha mente.
- Claro, tenho uma coisa pra te contar… - Falei e ela ficou em silêncio.
 Será que ela sabia?
- Ok filha, então semana que vem a gente vai ta? – Ela disse e eu pulei de felicidade.
- Ok mãe, to esperando. – Falei. Despedimos-nos mandando beijos e eu desliguei o telefone toda feliz.
- Eles vão vir! – Falei e Creuza pulou em mim.
 Creuza tem se tornado minha segunda melhor amiga. Ela realmente conversa comigo com olhares.
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 Encontrei Cody jogado entre papeis. Cole não estava na republica, só havia Cody e uma pilha de anúncios de casas. Encostei a porta e caminhei sem fazer barulho até ele. Creuza ficou deitada na porta brincando com uma bolinha.
 Cody estava capotado em cima de um anuncio de uma casa aparentemente perfeita, parecia a casa da Barbie de tão linda. Ele estava sorrindo. Devia estar sonhando com algo muito bom.
 Passei minha mão sobre o cabelo dele entrelaçando alguns fios nos meus dedos. Ele respirou fundo e sorriu.
- Amor? – Ele sussurrou e eu ri.
- Oi… quer deitar? – Perguntei ajudando ele a se levantar. Ele riu.
- Me parece uma proposta muito atraente. – Ele disse e eu ri alto.

 Deitamos na cama rindo dos tropeções que ele sofreu até chegar ali. Cody me abraçou com força, juntando nossas testas.
Sorri e ele retribuiu.
- Sabe que eu sonhei com você? – Ele falou e eu dei um selinho nele.
- E foi bom? – Perguntei deitando minha cabeça no ombro dele.
- Que parte do “com você” você não entendeu? – Ele falou e eu dei um soquinho no ombro dele. – Tudo com você é bom. –
 Eu suspirei e ele me olhou de sobrancelhas juntas.
- O que foi? – Ele me puxou para ainda mais perto.
- Meus pais estão vindo pra cá semana que vem, a gente tem que contar pra eles. – Falei e ele riu.
- A gente junta seus pais com meus pais e conta. Vai ser divertido e eu posso cozinhar com seu pai denovo… - Ele disse e eu gargalhei.
- Bons tempos. – Ri um pouco. – Alias! – Dei um pulo. – Tenho ultrasson marcado pro fim da semana que vem! –
 Falei e ele abriu um sorriso de empolgação.
- AAAAH pára assim você me deixa ansioso. – Ele me fez rir. – Eu tava olhando algumas casas, achei a perfeita. –
 Eu não precisava perguntar qual era, é obvio que era aquela.
- Cody… a-aquela é muito cara. – Falei e ele olhou pro chão.
- A gente vai conseguir. – Ele disse e eu ri irônica.
- Não faz isso! É disso que eu tenho medo. – Falei saindo de cima dele e sentando na cama.
- Eu só quero o melhor pra vocês. – Ele disse e eu neguei.
- Você ta esquecendo de você! – Falei um pouco mais alto e Creuza ergueu o olhar.
- Eu to tentando, mas eu amo bem mais vocês. – Ele disse e eu dei um meio sorriso.
- Tenta mais, por favor. – Falei e ele assentiu me puxando de volta.
 Eu não me queria sentindo culpa pelo Cody ter parado de estudar. Ele ainda tinha dois meses (assim como eu) de aulas e essas ultimas semanas de provas eram decisivas.
- Já disse que te amo hoje? – Ele perguntou e eu sorri.
- Já… umas dez vezes. – Falei o fazendo rir.
- Bom, quer ouvir denovo? – Ele perguntou umedecendo os lábios e eu juntei nossos narizes.
- Nunca é demais. – Falei sorrindo.
- Eu.te.amo. – Ele passou uma mecha do meu cabelo pra trás da orelha.
Segurei a nuca dele com as duas mãos e inclinei um pouco a cabeça pro lado. Cody estava com os lábios úmidos, me deixando com muita vontade de beijá-lo. Cody fechou os olhos pra sentir minha língua contornando os lábios rosa dele com calma e depois entrar na boca dele. Ele não colocou a língua na minha boca, apenas chupou a minha língua e voltou a cabeça pra trás.
 Abri os olhos sorrindo.
- Hey, me dá! – Fiz bico e ele riu.
- Vemk –
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- Ora, digam! – Meu pai disse rindo da minha careta de desespero. Ok era mais confusão do que desespero.
 Meus pais haviam chegado há três dias e só então tivemos coragem de marcar a bendita Lasanha. Como sempre, o jantar não foi bem sucedido em termos de receita da Vovó, mas desta vez, estávamos prevenidos.
 A ultima fatia de pizza já havia sido devorada por Tom e Sammy.
Cody mandou um olhar sapeca quando eu travei pra falar. Nossos pais ainda estavam reunidos na mesa de jantar e eu havia acabado de chamar a atenção deles pra me ouvir. Cody se levantou e segurou minha mão.
- Eu estou… grávida. – Falei e fechei os olhos. Quando os abri tive que segurar o riso por causa das caretas de choque do pessoal. Nossas mães estavam com uma expressão mista de AIMEUDEUSUMBEBÊ com AI-MEU-DEUS-MINHA-FILHINHA-GRÁVIDA. Nossos pais estavam mais pra MEUFILHÃO/MINHAPRINCESA. E as crianças e Alli continuaram nos encarando risonhos.
- Falem algo. – Cody disse e eu sorri.
- PARABÉEEEEEEEENS! – Minha mãe “A escandalosa” berrou se levantando.
 Ok, ela já sabia. Mãe é mãe.
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 Nós estávamos indo de caravana pra sorveteria, já que do nada me deu uma vontade de sorvete de limão em massa com cobertura de morando e com aqueles canudinhos comestíveis.
 Cody estava segurando minha mão com força e parava de dois em dois minutos pra perguntar se eu estava bem. Ele não me deixava pisar nem nas rachaduras do concreto da calçada com medo de eu cair. Nossos pais faziam perguntas absurdas, mas reagiam muito bem. Todos eles.
 Sammy e Tom estavam correndo na nossa frente e brincando com uma bolinha azul, que volta e meia inventava de sair do rumo e fazer a gente parar.
- Tudo bem pequena? – Viu? Ele fez denovo.
- To sim cabrito. – Falei e ele assentiu olhando os buracos da calçada.
 Creuza estava saltitando junto com as crianças me fazendo rir. De todos os presentes que eu já ganhei na minha vida, nada foi melhor do que Creuza. Ela era mais do que uma cabra doméstica, a gente conversava.
 Chegamos à sorveteria e juntamos várias mesas pra caber toda a família. Fizemos os pedidos e esperamos.
- Alguém explica porque essa cabra tem uma cadeira só pra ela? – Brad disse rindo alto.
 Desviei o olhar pra Creuza sentadinha na cadeira dela ao meu lado. Acariciei o pelo macio e branco dela rindo.
- Não é SÓ uma cabra. – Cody disse e eu assenti.
- É: A Cabra. Ela até faz parte da turma. – Alli falou e todos riram.
- E não é “Cabra”, ela tem nome! – Falei pro sogrão e ele ergueu as duas mãos como se estivesse pedindo desculpas.
- Os pedidos. – A moça colocou a bandeja em cima da mesa e todos pegaram seus potinhos.
- Filho, e o desenho da mana? – Minha mãe perguntou e Sammy deu um pulo.
- AAAH, MANA, EU FIZ UM DESENHO PLA VOCÊ! – Sammy disse atraindo os olhares de todos na mesa. Ele se embaralhou um pouco tentando tirar alguma coisa do bolso e então estendeu um papel dobrado em mil partes.
- Deixa a mana ver. – Peguei o desenho e abri.
 Sorri.
- Esse sou eu? – Cody perguntou curioso e Sammy assentiu.
- E essa aqui segurando sua mão é a mana, ali atrás é a futura casa de vocês! – Sammy disse empolgado e Cody me encarou sorrindo.
- O que é isso aqui? – Alli apontou pro canto do desenho.
- AAH, é a Creuza ué. Ela ta na casinha dela. – Sammy pegou uma colher de sorvete e eu baguncei o cabelo dele como carinho.
- A mana amou! É o desenho mais lindo que ela já viu. – Ok, não me chamem de louca, tenho mania de falar em 3° pessoa com meu irmão.
 Sammy sorriu feliz e voltou a brincar com o potinho de sorvete.
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 Nós estávamos voltando pra casa dos Sr. Simpson. Cody estava fazendo a mesma coisa que na ida pra sorveteria, mas não estava me incomodando.
 Sammy estava entretido com o resto do sorvete que ele tinha no potinho e então aconteceu.
 Eu estava distraída com os olhares e comentários já paternos de Cody, quando um barulho ensurdecedor invadiu os meus ouvidos. Um carro enorme com farol de milha estava vindo há duzentos por hora no fim da avenida.
 Tudo foi muito rápido.
Dei ombros e em um olhar distraído vi meu irmão parado no meio da rua, na qual ele já deveria ter atravessado, mas o Allstar vermelho atrapalhou e então ele se abaixou para amarrar.
- Caralho. – Sussurrei vendo que o carro estava muito perto. Tão perto que qualquer grito não sairia a tempo.
 Por impulso virei o rosto e fechei os olhos.
- NÃO! – Cody soltou minha mão e correu.
Algo havia batido com força no pára-choque do carro.
 Corri até o meio da rua e senti meus olhos encherem de lágrimas em menos de dois segundos.

#Continua

Autora: Esses dois capítulos foram só para preparar vocês pro nascimento do bebê na próxima atualização.
 Sim baby’s, a próxima atualização vai ter três capítulos e o Fim do Imagine. O fim.
 Já vou garantindo que não haverá continuação.
Tive uma sequência de problemas seguida por um colapso na parte do cérebro que me fornece criatividade. DESCULPA GENTE D:
AAAAAAAAAAAH to tão ansiosa pra postar o final... Enfim, comentem se ainda amam a tia J KODPSKDOPA Caso não me amem ainda... Comentem também.