quarta-feira, 3 de agosto de 2011

xx Fim xx Ultimos capitulos do Imagine II *-*

Nota da Autora: Eu não pude atualizar ontem à tarde, pois passei mal e acabei indo pro Hospital, mas aqui está. Então antes de tudo eu queria agradecer vocês por todo o apoio que me deram durante mais esse Imagine, toda a paciência que tiveram com meus problemas com datas de postagem... Serio, vocês são foda. Eu fiz o melhor possível pra dar um final que vocês gostem.
Comentem e é isso Angels, é o fim.


 Olhei no relógio quando o avião aterrissou. Uma e meia da tarde. Desviei o olhar pro Cody, que me encarava de olhos inchados e cheios de olheiras. Nós não conseguimos dormir. Cody sorriu fraco, mas não me convenceu. Ele estava acabado. Ergui levemente os cantos da boca na tentativa de reanimá-lo. Ok, eu também estava acabada. Alli ainda não sabia. Ninguém teve coragem de contar pra ela. Eu estava me preparando pra contar, afinal: Restavam dois dias.
 Desembarcamos e quando eu percebi já estávamos dentro do carro, indo pra casa. Cody veio comigo e com o Sammy no banco de trás, meus pais na frente e a Alli, Fred e o resto da família Simpson em outro carro. Cody me abraçava forte, como ele fez nos últimos dois dias sem parar. Sabe quando você sente culpada? Quando você acha que tudo em volta que está acontecendo de ruim, é culpa sua?
 Agora soma quinhentos e multiplica por mil. Sabe o resultado?
Dez vezes pior.
 Meu pai puxou o freio de mão fazendo a gente meter a cabeça no banco. Isso me lembrou quando nós entramos no táxi no aeroporto da Austrália, e o taxista dava uns trancos fortes.
 Abri a porta de casa exausta, meus pés não agüentavam mais meu corpo e meus olhos pareciam pesar quinze quilos cada.
Cocei os olhos com a mão que o Cody não segurava.
- Ta cansada amor? – Cody acariciou meu rosto quando nos jogamos no sofá.
- Muito. – Falei e ele sorriu fraco.
- Quer dormir? – Ele perguntou brincando com uma mecha do meu cabelo.
- Não, eu preciso fazer... – Olhei pra porta onde Alli e Fred surgia sorrindo. – Outra coisa. –
 Cody assentiu e soltou minha mão.
- Quer que eu vá com você? – Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. Ele me deu um beijo e eu fui atrás dos dois pombinhos.
 Fui pra cozinha e não encontrei ninguém, passei pelo corredor, pela sala e fui pra sacada. Alli e Fred brincavam de guerra de areia.
 Eles riam alto e junto. Estavam felizes e visivelmente apaixonados. Senti os braços do Cody me envolver e sorri instantaneamente.
- Desistiu? – Cody murmurou e eu fiz não com a cabeça.
- Não quero interromper eles... – Falei e ele beijou minha nuca.
- Eles não estariam felizes assim se não fosse você. – Cody disse e eu senti um nó de felicidade. Cody continuou: - Você que fez os dois passarem um tempo juntos e não só a deles, mas a do Dylan e do Cole, ele viviam brigando, e agora tão super juntos, como irmãos mesmo. A Emma ta mais feliz, mais viva. Nós temos que encarar os fatos, você mudou a vida de todos, pra melhor. Você fez todos eles mais felizes... –
 Senti as lágrimas escorrerem e Cody rapidamente limpar.
- Nós só temos a agradecer. – Cody terminou e eu virei pra abraçar ele.
 Alli subiu os degraus da escada correndo e rindo, mas parou quando me viu chorando. Fred já sabia de tudo e desfez o sorriso.
- O que foi? O que vocês tão escondendo de mim? – Disse a baixinha com cara de medo.
- Alli... – Cody me soltou pra eu terminar de falar. – Eu preciso falar com você. –

- Pode falar amiga. – Alli disse enquanto eu virava pra fechar a porta. Encostei a cabeça na porta respirando fundo.
- Alli, eu te amo amiga, então isso vai ser difícil pra mim. – Falei e ela engoliu a seco.
- Eu também te amo, então pega o atalho antes que eu pule em você pra te espremer até você falar. – Alli riu sozinha e eu fiz sinal pra ela sentar na cama, e assim ela fez.
- Lembra dos meus tios? Aqueles que eu te disse que são donos dessa casa? – Perguntei e ela assentiu. – Eles... Eles precisam da casa por um tempo. –
- Ah, e você vai se mudar pra outro bairro? Porque se você for eu posso... –
- Alli, eu vou voltar pro Brasil. – A interrompi. Alli parou de falar e os olhos começaram a lacrimejar, as bochechas ficando vermelhas e a boca inchando.
- Quanto tempo? – Ela apertou as palavras com esperança de não chorar. As lágrimas escorreram do meu rosto e eu ergui a cabeça.
- Muito... Muito tempo. – Falei e as lágrimas dela apareceram de tal forma que ela começou a soluçar.
 Alli se levantou e me abraçou com muita força ainda chorando.
- Você não pode ir amiga, não! – Alli dizia desesperadamente e a única coisa que eu podia fazer era abraçá-la.
 Choramos muito.
Duas garotas que construíram uma amizade em seis anos e agora iriam ser subitamente separadas.
 Passamos a tarde deitadas na minha cama, eu no colo dela e nós lembrávamos de todas as coisas que passamos juntas, tudo que realmente marcou os últimos anos. Faltava apenas um ano pra entrarmos na faculdade. E eu não veria minha melhor amiga se formar.


Tive que me despedir da Alli e do Fred.
 Foi a coisa mais difícil que eu já havia feito (até aquele momento) na minha vida. Alli começou a chorar, depois eu, minha mãe e até a Angie.
Foi um rio de lágrimas.
 Entrei em casa secando as lágrimas e fui direto pra cozinha. Eu estava quase desmaiando de tanta desidratação. Tirei a garrafa de água da geladeira e dei um gole. Cody estava tomando banho no banheiro do meu quarto. Abri a porta do meu quarto e fiquei sentada na cama. Lembrei do banheiro do avião e de todas as outras vezes que transamos. Lembrei também da Dona Lurdes. “Vocês não tomam jeito não?” Ela disse no vôo pra Miami. Imediatamente lembrei de outra pessoa: Dulce. “ESCUTCHEI NINA, escuchei.” Dulce berrou fazendo careta na cozinha, quando ela me contou que havia escutado barulhos estranhos no quarto. Não pude evitar o riso que preencheu meus lábios e tive uma idéia louca, mas uma idéia. Levantei e fui até a porta. Coloquei a cabeça pra fora e olhei pros lados pra me certificar de que não havia ninguém naquele andar. Voltei pra dentro e tranquei a porta com a chave. Tirei a camiseta, a calça e me olhei no espelho pra me certificar de que estava... Você entendeu.
 Cody saiu do banho só de boxer e chacoalhando os cabelos molhados. Ele parou na porta quando me viu deitada na cama só de calcinha e sutiã. Sorri deslizando a cama e indo lentamente até ele.
 Coloquei minhas mãos no ombro dele e as soltei, fazendo minhas mãos deslizarem sobre o abdômen nu dele. Ele fechou os olhos ao sentir o meu toque. Juntei nossos corpos e ele segurou minha cintura.
- Seus pais estão lá embaixo. – Ele disse e eu juntei nossas testas.
- Não ligo. – Dei um selinho nele e ele sorriu. – É nossa última oportunidade. –
Ele apertou minha cintura e me levantou. Cruzei as pernas na cintura dele e selei nossos lábios. Ele me deitou com cuidado na cama, sentou em cima das minhas pernas e foi roçando o nariz pela minha pele, como um rastro quente de respiração, passando pela barriga e pelos peitos até chegar nariz com nariz. Nos olhamos no fundo dos olhos tentando aproveitar o momento ao máximo. Ele selou nossos lábios fazendo mais uma vez, aquele momento ser único.

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 Abri os olhos um pouco tonta. Cody dormia como um anjo e eu o abraçava. Demorou um pouco pra eu perceber que o abraçava com força. O soltei levemente e sentei na cama. Peguei um roupão azul marinho e coloquei. Abri a porta da sacada e senti a brisa da noite gelada. O céu estava coberto por nuvens cinza que pareciam que iam desaguar a qualquer momento. Apoiei-me na mureta pra refrescar a cabeça. Todas as coisas que eu passei naquele lugar. Tentei agradecer por tudo e todos, como se eu estivesse falando com todos eles ao mesmo tempo. Olhei pro lado e vi um caderno e uma caneta roxa. Eu acho que devia usá-las quando era menor pra escrever um ‘Diário’, daqueles que a gente começa toda empolgada, mas aos pouco percebe que não consegue se adaptar a escrever naquilo todo dia. Sorri involuntariamente e peguei-os. Abri o caderno e comecei a folhear. Não há nada mais engraçado do que ler as coisas que você pensava ou fazia e achava o máximo quando era menor. Ri de mim mesma ao ler uma parte em que dizia que minha mãe me explicou como se beijava e eu fiquei toda empolgada. Ri alto ao ler minhas bobagens e quase chorei quando vi meus erros de português. Cheguei à última página em que tinha uma confissão. A data era de 28/04/2006, a folha marcava um coração e no meio havia o nome de Cody. Sentei na rede e comecei a escrever.

Fechei a porta da sacada sentindo meu corpo congelar e coloquei o caderno em cima da cômoda. Cody estava do mesmo jeito que antes: Deitado de barriga pra cima.
Sentei no colo dele e passei meus dedos no tanquinho dele. Como dez pedras de gelo escorrendo pelo abdômen. Um sorriso minucioso surgiu no canto dos lábios de Cody eu não pude deixar de sorrir.
- Assim você me deixa mal acostumado... – Ele disse e eu ri sozinha.
- Você já está mal acostumado. – Falei e ele abriu os olhos. Dei meu melhor sorriso pra ele.
- ÁH VEM CÁ VAI! – Cody começou a fazer cosquinha em mim e depois segurou minha cintura e me virou me fazendo deitar na cama do lado dele, que agora estava em cima de mim. Continuei rindo e me contorcendo enquanto ele fazia cosquinha na minha barriga, de repente o sorriso no lábio dele sumiu e só restaram os olhos brilhantes. Ele parou de fazer cosquinha.
- O que foi? – Acariciei a nuca dele.
- Vou sentir tanto a sua falta. – Ele respondeu passando o polegar na minha bochecha.
- Você sabe que eu ficaria se pudesse, não sabe meu amor? – Falei e ele assentiu.
- Tem certeza de que seus tios não podem mudar de idéia? – Ele deitou no meu ombro e eu ri.
- Tenho... – Falei e Cody suspirou.
- Então essa é nossa última noite juntos? – Cody perguntou e eu assenti.
 Senti meu ombro úmido e acariciei o rosto de Cody. Ele estava chorando... Denovo.
- Desculpa. – Sussurrei e ele ergueu o rosto. Ele limpou as lágrimas com força e me encarou.
- Isso não é culpa sua. – Ele disse e eu senti um nó na garganta.
- Eu sei, mas ver você sofrer assim... – As lágrimas escorreram e ele me abraçou com força.
- Eu te amo, muito. – Ele beijou minha testa. – E nunca vou deixar de amar. –
 Cody começou a chorar denovo e eu também.
Passamos a noite abraçados, dizíamos algumas coisas as vezes, mas na maioria delas, dissemos em silencio.



[N.A: Coloque essa música pra carregar: http://www.youtube.com/watch?v=erspkBDsTm0 ]
  
 Sim, o dia chegou.
Olhei pro meu armário vazio e me condenei. Como eu poderia dizer tchau pra um lugar em que eu passei quase metade da minha vida, e detalhe: Foram os melhores anos da minha vida. Como? Você sabe me dizer? Porque eu estava morrendo por dentro.
 Cody estava sentado na cama só me olhando. Sem sorrisos por parte dele, já que eu dava uns sorrisos fracos pra tentar animá-lo, mas parecia que só piorava a situação.
- Você vai ficar bem sem mim? – Perguntei abraçando ele.
 Cody abriu a boca pra falar alguma coisa, mas pensou denovo. Passou os braços pela minha cintura, ainda sentado e deu um beijinho na minha barriga.
- Não sei. – Ele disse e eu beijei a testa dele.
- Me faz um último favor? – Perguntei e ele assentiu.
- Todos. – Ele disse olhando pra cima.
- Tenta, tenta ficar bem. – Falei segurando o rosto dele e ele olhou pra baixo.
- Não sei se consigo. – Ele me abraçou com mais força.
- Mas tenta. – Falei e ele assentiu.
- Por você. – Ele disse e eu assenti sibilando um “Obrigado”.
Eu sabia que aquilo não era um ‘adeus’, era um ‘até logo’. Mas de alguma forma, isso não parecia aliviar a situação. Cada vez que eu tentava melhorar a situação, só parecia piorar. Pensei em tudo, mas nada me fez mudar da idéia de que “Isso era um desastre.”.
Porém, todavia, entretanto: Eu parecia estar tranqüila, mas tudo o que eu sentia era dor. Uma dor no peito que não curava.
 Principalmente quando eu desci as escadas e encontrei toda a galera chorando na minha sala.
 Dylan ergueu a cabeça e me olhou com os olhos molhados.
- Lindona! – Ele levantou e correu pra me abraçar. – Você não pode fazer isso, por favor. –
 Dylan me olhava choroso.
- Eu tenho que ir. – Falei e ele me abraçou denovo.
- Eu te amo ta? – Dylan disse e todos pararam pra olhar pra ele. Até Cody.
- Como assim “AMA”? – Alli disse arregalando os olhos vermelhos.
- Eu gosto dela, sempre gostei. – Dylan disse e Cody me encarou confuso.
- E vocês não me contaram? – Cody perguntou e Emma riu, mesmo que chorando.
- No dia da festa eles se beijaram no jogo da garrafa, mas não passou disso gente, a minha amiga mostrou que ela amava o Cody e o Dylan encarou numa boa... – Emma disse e Dylan assentiu.
- Meu deus, to Barbie na caixa! – Alli disse e pude até rir da situação.
- Sai da frente que aqui tem fila! – Cole empurrou o Dylan e me abraçou com força.
- Ain, meu amorzin, vou sentir saudade! – Falei o abraçando e ele sorriu.
- Brigada. – Ele disse e eu me afastei.
- Hã? – Perguntei e eles riram.
- Brazilian Girl, a gente tem que te agradecer, olha você fez a gente feliz, e isso é tudo. A gente te ama sua vaca! – Cole disse e eu senti as lágrimas caírem.
- Filha, temos que ir. – Minha mãe apareceu na porta. E foi aí que a ficha caiu. Todo mundo começou a chorar e eu tive que entrar no meio e confortar todo mundo. Por mais que não tivesse como confortar. Despedi-me de todos, com direito há muitas lágrimas e abraços com “eu te amo”’.
- Gente, antes de ir... – Sequei as lágrimas e peguei a carta. – Quero que leiam isso aqui depois. –
- O que é? – Fred chorava.
- Só... Uma carta. – Respondi. Alli e Emma soluçavam.
- Ok amiga. – Emma disse me dando um último abraço pela décima vez.
 Cody se aproximou olhando o carro do meu pai estacionar na frente de casa.
- Acho que chegou a hora da verdade... – Falei e ele apenas se inclinou e me deu um beijo.
- Eu te amo. – Ele disse e eu segurei a nuca dele. As lágrimas tomaram conta dos nossos rostos novamente enquanto dávamos um ultimo beijo.
- Eu te amo. – Falei e ele secou minhas lágrimas.
- Eu nunca, nunca mesmo vou te esquecer. – Ele disse segurando firme meu rosto.
- Nunca... – Eu o abracei com força. Mais um beijo, sentindo aquela língua quente na minha boca.
Meu pai buzinou.
- Eu tenho que ir. – Falei e ele assentiu cerrando os olhos pra enxergar por causa das lágrimas que embaçam. Demos mais um beijo.
- EU TE AMO! – O ouvi gritar quando entrei no carro. Abri a janela e a última coisa que vi foram os rostos tristes do melhores amigos do mundo. Os meus amigos.

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- Gente, pára de falar, vou ler a carta em voz alta. – Alli ainda chorava. A chuva caía com toda a força do lado de fora da casa da família Simpson.
 Dylan e Cole, Fred, Emma e até mesmo Cody, que não parava de chorar pelos cantos sentou em volta do sofá.
- “Oi gente, não sei bem como começar a falar sobre isso, provavelmente eu já devo estar bem longe quando vocês lerem esta carta. Já que não sei por onde começar, que tal começar pelo começo?” –.
- Típico dela. – Fred disse sorrindo ao se lembrar da amiga.
- Cala a boca e deixa a Alli continuar. – Dylan fez sinal pra Alli continuar e ela assentiu.
- “Quando entrei na casa do Fred eu sabia que algo grande me esperava, mas não esperava que fosse tão grande assim. Foi lá que eu conheci Dylan, o meu Lindão. Depois Cole, meu amorzin que fala palavrão. Madison, que infelizmente não está aqui, mas eu vou sentir muita falta, Fred por favor, diga isso à ela.” –
- Ta, vou falar. – Fred respondeu como se a amiga estivesse ali.
- Porra, fica quieto moleque. – Cole deu um pedala no Fred.
- “Depois veio Emma, minha menina certinha... EX-certinha né... Safadeenha! Enfim, acho que eu nunca fui tão bem tratada na minha vida, vocês são meio doidinhos, mas eu não bato muito bem da cabeça também.” –
- Muito bem? Ela NÃO BATE bem da cabeça. – Emma disse e todos concordaram.
 Cody ouvia atentamente.
- Voltando... Ah, aqui. – Alli pegou fôlego pra continuar. – “Quando os meninos se mudaram pra Los Angeles, eu descobri uma coisa muito linda. Essa coisa enorme, que eu senti que viria quando entrei na casa do Fred, era nossa amizade. Isso é meio clichê, mas é verdade. Então eu queria fazer meus pedidos pra cada um de vocês...” –
- Lá vem ela. – Dylan sorriu.
- “Cole, pára de estudar tanto e presta atenção na vida menino, saí pra pegar geral, arruma uma namorada e depois outra e outra, mas olha aqui: eu não quero qualquer sirigaita não! Tem que ser decente! Agora Alli, continua assim, linda e amiga de todo mundo. Corre atrás do seu sonho e me liga todos os dias, alias, ME LIGUEM todos os dias, mas a culpa não é minha se a conta vir cara ok?” – Alli secou uma lágrima antes de continuar. – “Fred, toma jeito menino! Porque você não fala logo pra Alli que ama ela e ta completamente apaixonado? Eu sei disso, todo mundo sabe. Menos ela.” –
Alli tirou os olhos do papel e olhou pro namorado, que estava corado.
- “Dylan, você sabe o que fazer, dá uma chance pra outra garota, eu tenho certeza que ela vai te fazer feliz.” –
 Dylan olhou pro lado e viu Emma olhando pra Alli. Ele nunca tinha reparado como ela era tão bonita com aqueles cachos.
- “Emma: Cuida bem do meu Lindão ok? Quero ele inteiro pra revanche de videogame. Cody... Não sei bem como te dizer isso, porque eu estaria mentindo pra mim mesma se te dissesse que vou te esquecer, porque se tem uma coisa que me fez olhar a vida de outra maneira, essa coisa é você. Acho que ninguém nunca me fez tão feliz na minha vida como você, eu te amo, e só te peço pra ser feliz...” –
 Alli parou de ler ao ouvir um soluço do irmão.
Fred deu um “tapinha” no ombro do amigo como consolo.
- “Não sei como expressar meu amor por vocês, então vou terminar com um simples eu te amo, ou até logo. E em hipótese alguma esqueçam que qualquer coisa, eu to logo ali, do outro lado do oceano.” - Alli terminou de ler e colocou a carta no sofá pra poder chorar sem molhar as palavras da amiga.
Todos ali choravam.
- Olha, ela colocou o endereço dela aqui pra gente visitar ela algum dia. – Fred disse olhando o canto da carta.
Cody se levantou e subiu as escadas. Deixou a porta do quarto bater e afogou a cabeça no travesseiro pra tentar abafar o som do choro.
Não funcionou.
- Vou falar com ele. – Fred ia se levantar, mas a namorada fez sinal pra ele parar.
- Ele precisa ficar sozinho, ele sabe o que fazer. – Alli disse e todos assentiram.
A noite seria difícil sem ela.
 Pensando bem... Tudo seria difícil sem ela.

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[ DÊ PLAY NA MÚSICA E ACOMPANHE A LETRA ;)]

Ele achou que conseguiria, mas só achou mesmo. Cody sem conseguir dormir, se levantou da cama e colocou a pantufa de joaninha.
Ele não havia trocado de roupa, ainda de calça jeans e um pólo. Andou lentamente até a janela. A chuva caía com força no chão, fazendo aquele barulho estrondoso. Mesmo assim ela estava ali, ELA estava ali com ele.

He woke up from dreaming and put on his shoes
(Ele acordou de seus sonhos e calçou seus sapatos)
Started making his way past
(Começou sua rotina passada)
Two in the morning
(Duas da manhã)
He hasn't been sober for days
(Ele não tem estado sóbrio há dias)

Cody olhou pra lua cheia no céu e levou a mão ao pescoço.
 Do outro lado da América, <seu nome> fazia o mesmo.
Cody teve uma idéia louca, mas uma idéia.
Não pensou duas vezes antes de pegar uma blusa decente e descer as escadas correndo. Não havia ninguém acordado em casa, mas ele não se importou. Olhou em volta e encontrou o que queria. Pegou a carta da namorada, a carteira e saiu deixando a porta bater.
 A noite em Los Angeles é fria, imagine só com chuva. Cody não pegou guarda chuva, simplesmente correu até o ponto de táxi deixando a chuva cair e entrou no primeiro e único que viu.

Forgive me, I'm trying to find my calling
(Me perdoe, eu estou tentando encontrar meu apelo)
I'm calling at night
(Estou chamando através da noite)
I don't mean to be a bother
(Não quero ser chato)
But have you seen this girl?
(Mas você já viu essa garota?)
She's been running through my dreams
(Ela está fugindo dos meus sonhos)
And it's driving me crazy, it seems
(E me levando há loucura, e parece que)
I'm gonna ask her to marry me
(Vou pedir pra ela casar comigo)

- Aeroporto. – Ele gritou pro motorista ouvir por causa da chuva que era mais alta.
 Do outro lado da América, <seu nome> olhava a janela como se esperasse algo, como se sentisse que algo aconteceria. Andou pelo corredor com o pijama e sentou na área da casa. Casa de Interior de São Paulo tem apenas um portão pequeno e uma área com cadeiras de balanço.

Waking the neighbors, unfamiliar faces
(Acordando os vizinhos, rostos desconhecidos)
He pleads though he tries
(Ele suplica, ainda que tenta)
But he's only denied
(Mas só é rejeitado)
Now he's dying to get inside
(Agora ele está morrendo pra entrar)

 Ela se sentou em uma delas e ficou olhando a chuva cair.
 Cody entrou pingando no aeroporto vazio de Los Angeles. Um telão marcava horário pra duas e dez da manhã. Ele olhou no pulso e viu que marcava duas horas da madrugada.
 Ela estaria dormindo?” Ele pensou.
 Não importa” Ele disse a si mesmo.
 Correu pra bilheteria e comprou o passaporte. A moça da bilheteria apontou pra onde pegar o avião e ele correu. A mãe dele dormindo e ele indo pro...
Vôo para Brasil. Embarcar.” A voz eletrônica disse e ele sorriu. O vôo foi tranqüilo, e rápido. Nem ele podia acreditar no que estava fazendo, ele realmente estava fazendo aquilo?

The neighbors said she moved away
(Os vizinhos disseram que ela se mudou para longe)
Funny how it rained all day
(Engraçado como choveu o dia todo)
I didn't think much of it then
(Eu não tinha pensado muito nisso até então)
But it's starting to all make sense
(Mas agora tudo começa a fazer sentido)
Oh, I can see now that all of these clouds
(Oh, eu posso ver agora que todas essas nuvens)
Are following me in my desperate endeavor
(Estão me seguindo em meu empenho desesperado)
To find my whoever, wherever she may be
(Para encontrar o meu alguém, onde quer que ela possa estar)

I'm not coming back(Forgive me)
(Eu não irei voltar (Me perdoe))
I've done something so terrible
(Eu fiz algo tão terrível)
I'm terrified to speak (I'm not calling, I'm not calling)
(Estou com muito medo para falar (Não estou chamando, não estou chamando)).
But you'd expect that from me
(Mas você esperaria isso de mim).
I'm mixed up, I'll be blunt (You're driving me crazy)
(Estou confusa, vou ser insensível (Você está me deixando louca)).
Now the rain is just washing you out of my hair
(Agora a chuva está apenas lavando você dos meus cabelos).
And out of my mind
(E da minha mente)
Keeping an eye on the world
(Mantendo um olhar no mundo)
From so many thousands of feet off the ground
(A milhares de pés afastada do solo)
I'm over you now
(Eu estou sobre você agora)
I'm at home in the clouds, towering over your head
(Estou em casa nas nuvens, me elevando sobre sua cabeça)

- Estou! – Ele disse e Dona Lurdes sorriu. Sim, Dona Lurdes. Ele precisava desabafar. Como no vôo só havia ele e um gordo que dormia como pedra, Dona Lurdes se ofereceu pra desvendar o paradeiro do menino loiro.
- Então corra, pegue um táxi e aponte o endereço, o senhor saberá te levar. – Dona Lurdes disse quando eles pisaram em território Brasileiro.
E foi o que ele fez. O taxista riu do menino o caminho todo, mas o deixou quase na porta de uma casa.
 Cody deu duas notas de cem que ele havia trocado rapidamente com Dona Lurdes e saiu correndo sem nem saber se tinha troco. Tudo bem, ele não entenderia mesmo.
 Ela sentou no sofá com o leite quente na mão, mas deu um pulo ao escutar um berro na frente da casa.
- PEQUENA! – Cody gritava e ela abriu a porta.
- Ai meu deus, CODY! – Ela deu um pulo e ele sorriu. Ela pensou em perguntar pro rapaz o porquê de ele estar de pantufa, mas conhecendo bem o Cody, não era preciso.
- Eu tenho que te falar uma coisa! – Ele disse e ela saiu na chuva. Os pais dela saíram na porta, e como logo estariam de mudança, os tios que estavam dormindo ali também saíram. Eles falavam inglês, então entendiam tudo.
- Cody, - Ela o abraçou. – O que aconteceu? –
- Eu menti! – Ele disse com um sorriso nos lábios. – EU MENTI –
- MENTIU SOBRE O QUE? – Ela perguntou desesperada.
- EU NÃO VOU CONSEGUIR, NÃO SEM VOCÊ! EU TE AMO. – Ele gritou pra todos ouvirem. Ninguém entendia, mas todos ouviam.
- Cody, você pegou um avião pra vir me falar isso? – Ela disse sorrindo como uma garota boba. Que garota não ficaria? O garoto atravessou a América, duas da manhã, pra vir falar que a amava.
- É, PEQUENA, EU TE AMO, E AO CONTRARIO DO QUE VOCÊ PENSA E EU PENSAVA, EU NÃO VOU CONSEGUIR SER FELIZ LONGE DE VOCÊ, NUNCA! – Cody levantou a namorada no colo e a rodou na chuva fazendo-a rir escandalosamente e dar um beijo no garoto.
 Os vizinhos gritaram alguma coisa ofensiva, mas como Cody não entendeu e <Seu Nome> não deu a mínima, ele ignoraram e continuaram se beijando ali no meio da chuva.
 Uma sirene tocou e a policia chegou fazendo Cody e a Pequena correrem pra dentro em disparada. Enquanto os tios dela conversavam com os policiais, Cody se secava com uma toalha e contavam como foi pro Brasil às duas da madrugada. Por mais que nem ele mesmo soubesse.
- Garotos, - O tio dela entrou na casa com a tia rindo. – Adolescentes são loucos. –
 Todos riram.
- Sobrinha, você não me contou que estava namorando. – A Tia disse e a Pequena corou. Cody riu.
- Namorando e cheia de amigos. – Ele continuou e os tios se entreolharam.
- Pensando bem... – O Tio começou.
- O que? – A pequena arregalou os olhos e Cody sorriu sentindo algo bom.
- Acho que a gente pode adiar a mudança. – A Tia disse e a Pequena pulou nos tios.
- Jura? – Ela chorava de felicidade. Cody estava chocado e de olhos arregalados.
- O menino atravessou a América, por você! – A tia disse e Cody deixou uma lágrima de felicidade escorrer.
- Então, ela volta? – Cody perguntou e os tios assentiram.
 A Pequena pulou no Cody que a segurou no colo e a beijou rodando no ar.
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Já ouviu aquele ditado: Tudo acaba bem quando começa bem?
 Acredite nele.
Tudo foi resolvido.
Os Tios da Pequena a deixaram pelo menos ela ir pra Faculdade em Los Angeles e depois os pais dela voltariam e ela moraria na faculdade, já que nos Estados Unidos eles tem moradia na Faculdade.
Cody ligou pra mãe que quase morreu de susto quando o filho disse que “pegou um avião e foi pro Brasil, mas já tava voltando.”.
Ela voltaria pra Los Angeles e ficariam com as pessoas que ela realmente ama.
Dona Lurdes pulou de felicidade quando ficou cara a cara com os dois se beijando no avião. Obvio que deu aquela bronquinha, mas não deixou de sorrir e dar parabéns pelo amor dos dois.
Ela? Sentia-se mais viva do que nunca, sentia que tudo o que ela queria estava ali do lado dela, sentiu que agora, ela era realmente feliz e realizada.
 Ela olhou pro Cody e sorriu. Ele retribuiu o sorriso e a abraçou mais forte ainda.
- Eu não te falei que você ficaria bem? – A pequena disse e ele riu.
- Realmente, você tinha razão. – Ele a beijou. A língua dele aquecia a dela de tal forma que ela nunca havia sentido. Sim, eles se amavam.
Os dois dormiram abraçados novamente, olhando a lua juntos.

Foi ali que eles tiveram a certeza de que nada, nada nesse mundo, separaria o amor dos dois.

Fim.

Nota da Autora:
~~Chorando~~
O que acharam?
Fiz o melhor que pude.
Eu coloquei a música pra dar uma emoção há mais, e eu já amava essa música, então coloquei a letra (que eu sabia de cor).
COMENTEM .

17 comentários:

FC "Oh My Cody" disse...

[aaaaaaaaaa] Continua isso,aah mais vc não vai terminar nãooo !! :'(
Chorando²

Cabriteusa disse...

foooi perfeito, sem duvidas,chorei muito aqui!
pena que acabou. :(

Gabriela Ananda disse...

Ameei .. tipo Fooi perfeito²... vc nãao pode acabaar.. buááa :'(

」Luiza Fernandes ∞ disse...

Chorando mto .. Ontem eu estava lendo e chorando quando eu cheguei na metade da historia a luz acaba, pow eu quase dei um infarte, xinguei a companhia de luz de tudo quanto é nome ..
Tôo mto triste pq a historia acabou, mto triste msm, queria mto que continuasse, essa historia é mto perfeita pra acabar ;'(

」Luiza Fernandes ∞ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kethellen Cristina disse...

Eu to chorando até agoora,por favoor não termina não,continuaa te implorooo !!!
Amei muuito,muuuuuito mesmo s2s2
Foi mais que perfeito,foi mais que tudo =)

」Luiza Fernandes ∞ disse...

Dalila voc tem um dom de escrever imagines/historias pq é mto perfeito o jeito que voc lida com as palavras, Parabéns ..
[AAa]Lembrando .. hj é niver do Dylan e do Cole .. Parabéns para eles ..

Gabi disse...

Dalila por favor continua eu te imploro essa história é perfeita e aconteceu comigo a mesma coisa que aconteceu com a Luiza a luz acabou e eu fiquei irada aí hoje eu terminei de ler e quero muito que vc continue não vou aguentar ficar sem essa história.

Gabi disse...

aaaa mais uma coisa acho que faltou uma coisa nessa história.......a continuação.

DiovannaB. disse...

Eu começei a chorar no meio do Imagine eu amei love,serinho vc abalou,eu to muito emocionada amei mesmo

Duda disse...

chorei mares akew aaaaa, vc vai fazer outra história? Diz sim...\o/

Myself! disse...

Mto mara''
Viciei!
Chorei Mtoooooo'
Dah uma olhada no meu blog imagine:
http://sonhandoalone.blogspot.com/2011/08/moment-of-angel-part-4.html
Vlw

nathalia disse...

amei pena que acabou

Anônimo disse...

vocês vão rir de mim se eu falar , que eu tô chorando ? Cara que lindo

Julia Zagonel disse...

to chorando muito serio aiin *-*

Unknown disse...

to chorando!! mto perfeito!!! :')

Anônimo disse...

adorei estou ate chorando!!! seus imagines estao perfeitos.