sábado, 27 de agosto de 2011

Volta do Imagine II - Cap. 1 | ATUALIZAÇÃO |


Dois meses atrás X

Cody saiu do carro dando pulos de felicidade, eu ia abrir a porta, mas nem deu tempo, Cody já havia aberto e me puxado pra fora do carro.
- CALMA AÊ CABRITO REBELDE, PRA ONDE TU VAIS FÍ? – Berrei enquanto ele corria me puxando. Eu ia batendo em tudo quanto é coisa. Cody riu gostoso e diminuiu a velocidade.
- Pra onde você acha cabrita? – Ele perguntou e eu ri. A gente continuou correndo até chegar à casa do Fred. Cody ficou de frente pra porta e pediu pra eu esperar um pouco, pra fazer uma surpresa eu fiquei longe da porta, distante da vista de qualquer um da casa. Cody se chacoalhou, abriu os primeiros botões da camiseta, bagunçou o cabelo e tocou a campainha todo desajeitado.
“Se liga na atuação do Cabrito!” pensei.
 Fred abriu a porta em clima de luto. Cabeça abaixada, nenhum sorriso e animação zero. Cody parecia imitar Fred, ou seja, os dois pareciam zumbis. Os dois trocaram algumas palavras, Cody estalou o dedo atrás da camiseta.
Eu fui atingida por uma idéia, e saí em disparada dali. Cody fez uma careta ao me ver correndo inclinada pelo jardim do vizinho do Fred e disfarçou depois. A ultima coisa que vi foi Cody entrando na casa.
 Fui pra parte de trás da casa do Fred. Uma das desvantagens das casas dos Estados Unidos é o fato de não ter portão, lá, no máximo uma cerca de um metro! Já imaginaram, no Brasil, as casas sem portão? É, tem coisas que até eu não consigo imaginar. Dei a volta na piscina e encostei a cabeça na porta de vidro da cozinha na chance de tentar ver alguma coisa. Ninguém na cozinha. Virei a maçaneta, mas a porta não abriu. “SAKOLA!” pensei, ou eu falei? Não sei. Fred nunca fechava essa maldita porta, e só porque eu resolvo fazer uma surpresa, ele fecha. Tentei mais algumas vezes só por insistência. Olhei pros lados e só vi uma solução.
 Subi em cima da maquina de lavar, coloquei um pé na mureta e o outro no telhado da sacadinha. Quem passasse por ali devia achar que eu estava invadindo a casa do Fred, mas espera aí, de fato: Eu estava invadindo a casa do Fred! Mas com essa cara de meliante que eu tenho, eu seria até presa, já pensou? “Garota de dezoito anos é presa por invadir casa”? Meus pais berrando, faculdade indo pro lixo, dois anos de cadeia, dormir no chão e comer sobras! Será que na cadeia tem Wi-Fi liberado? Continuei escalando até chegar à janela do quarto dos pais do Fred. Passei uma perna pro lado de dentro.
- Não olhe pra baixo, não olhe pra... CARAÍ! – Eu berrei e depois tampei a boca com as mãos, mas logo voltei às pro muro pra não cair. Respirei fundo e me inclinei pro lado de fora do prédio, dei mais uma olhada na altura, Cody me procurava no jardim. Estalei o dedo e assoviei pra ele ouvir, dito e feito, Cody olhou pra cima e arregalou os olhos. Fiz joinha pra provar pra ele que eu não estava fora de mim (ou estava?) e me concentrei em sair dali logo. Ofeguei algumas vezes antes de jogar meu corpo pra fora do prédio e depois me jogar no chão do quarto. Amassei meu peito com o baque no carpete verde, o que devo dizer que amaciou minha sutil e nada barulhenta queda. “Fred me paga!” levantei do chão amaciando o peito, os homens não têm noção do quanto dói uma batida no peito.
 Dei um pulo ao ouvir passos na escada.
- O que o Cody tem? Ele ta estranho... – As vozes eram distantes, mas se aproximavam cada vez mais. Olhei pros lados quase tendo um infarto e corri pra debaixo da cama.
- Estranho? Estranho como? – Outra voz, agora eu já podia diferenciar, as duas vozes eram masculinas. Saí debaixo da cama com um pressentimento ruim e entrei no armário da mãe do Fred. Eram homens, então não mexeriam ali... Ou mexeriam?
- Sei lá, parece feliz. Eu até o vi sorrindo! – A porta do quarto foi aberta. A porta do armário tinha um espaço que dava pra ver o quarto todo, entre a abertura das duas portas.
- E daí cara? – Cole perguntou dando ombros e se jogando na cama.
- Como assim e daí? A namorada dele acabou de ir embora e ele sorri? Tipo SORRI? – Dylan dizia inconformado. Dylan estava acabado também. Ainda lindo, mas acabado.
- Ele deve estar tentando superar... – Cole coçou o saco. Dylan procurava alguma coisa, mas não achava, então encarou o irmão que nem precisou olhar pro Dylan pra saber o que ele procurava, apenas apontou pro canto, atrás da porta. Fui pro outro lado do guarda-roupa pra ver o que havia ali. Eram várias mochilas, eles deviam estar passando a semana na casa do Fred, ele havia dito que os pais viajariam denovo. Pelo que parece todos estavam ali, a roxa só podia ser da Alli. Dylan fechou a porta.
- Superar? Faz dois dias que ela foi embora! Eu não supero nem um chocolate vencido que minha mãe compra em dois dias! – Dylan pegou uma mochila e colocou em cima da cama.
- Ah cara, vai que ele já ta em outra né? – Cole falou e Dylan virou a cabeça pra encarar o irmão.
- Outra? É do Cody que estamos falando maninho! – Dylan disse revirando os olhos, tirando uma roupa da mochila e jogando a mochila pro canto denovo.
- Mas eu nunca vi o Cody sofrer por uma garota. – Cole disse pegando uma revista que estava jogada por ali.
- Não é uma garota, é a (Seu Nome), além do mais todo mundo sabe que o Cody ama ela mais do que tudo, ele não superou ainda, não é possível! – Dylan bateu o pé e fez negação com a cabeça.
- Você só diz isso porque ainda não a superou... – Cole disse e Dylan assentiu olhando pro chão.
- E você superou? – Dylan perguntou mudando de assunto. Foi uma boa tentativa, mas não deu certo, o irmão bateu na mesma tecla. Cole jogou a revista pro lado pra olhar pro irmão enquanto falava.
- É diferente, eu não superei a minha amiga ter ido embora, você ao superou o seu amor ter ido embora! – Cole gesticulou exageradamente pra falar. Dylan respirou fundo e desviou o olhar pra um ponto qualquer.
- Já falei que não gostava dela... –
- Já falei que você não me engana. – Cole retrucou o irmão. Assim como o Dylan, eu dei um pulo quando a porta foi aberta.
- Interrompi? – Cody perguntou olhando pros dois irmãos que se encaravam.
- Não, não, a gente tava falando sobre... – Dylan disse tentando disfarçar o fato de que estavam falando sobre o Dylan e como ele me amava.
- Patos. – Cole complementou e Cody ergueu uma sobrancelha.
- Ah ta... E vocês querem que eu saia pra vocês continuarem falando desses patos? – Cody ironizou e os três riram.
- Não precisa não... – Cole voltou a folhear a revista e Cody se jogou na cama.
- Onde ficam as toalhas? – Dylan perguntou e Cody se levantou, comecei a ofegar quando percebi que ele vinha na minha direção. Cody abriu uma porta e enfiou a cabeça dentro do armário. Tampei a boca dele e ele arregalou os olhos quando me viu. Ficamos nos encarando por um tempo até eu destampar a boca dele e ele respirar fundo pelo susto, eu acho.
- Tu vai fabricar a toalha aí mané? – Cole disse gozando com o Cody que pegou a toalha, virou e fechou a porta.
- Vou tomar banho. – Dylan pegou a toalha e foi pro banheiro do quarto.
- Vou descer! Vamo? – Cole olhou pro Cody que fez não com a cabeça.
Cole saiu devagar e Cody deu um pulo pra fechar a porta. O chuveiro começou a fazer barulho e o Cody correu pro armário.
 Saí do armário e pulei na cama.
- Ufa, ali é quente sabia? – Perguntei e ele riu.
- Tu quer me matar do coração cabrita? – Ele perguntou e eu ri.
- Cabrita? O apelido pegou? – Zoei. Ele assentiu e deitou em cima de mim.
- Pegou! Agora você é minha cabrita. – Cody me deu um selinho rápido.
- E você meu cabrito. – Devolvi o selinho.
- Acho que somos o casal mais romântico da Califórnia. – Cody disse com voz afetada e eu ri alto.
- Shh! – Cody tampou minha boca. Ele tirou a mão de cima da minha boca e deslizou pra minha nuca. Juntei nossos lábios e esperei ele pedir passagem pra língua. Quente.
 Quando a temperatura entre eu e o Cody já estava pelando, ouvi o chuveiro parar.
- Cody... – Ofeguei e ele continuou deixando chupões no meu pescoço.
- Hm... – Ele murmurou sem parar.
- O Dylan ta vindo. – Falei distanciando Cody.
- Calma, ele ainda vai trocar de roupa e... – Cody foi interrompido pela maçaneta sendo aberta. Dei um pulo, saí debaixo do Cody, deixando-o todo amassado ali e entrei no armário denovo.
- AAAH, MAS AGORA QUE A BRINCADEIRA TAVA FICANDO BOOA? – Cody gritou e Dylan ergueu uma sobrancelha.
- Brincadeira? O que tu tava... Se tava se masturbando? AQUI? – Dylan arregalou os olhos e eu segurei o riso.
- Não, é que eu tava... – Cody tentou se explicar, mas a risada do Dylan interrompeu.
- Isso fica entre nós, amigão. – Dylan deu um tapinha no ombro do Cody que mandou um olhar medonho pro armário, quero dizer: pra mim.
 Dylan estava com a parte debaixo enrolada por uma toalha branca. Cody olhou pro amigo e depois pra mim.
Dylan começou a tirar a toalha, mas Cody interrompeu.
- CARA! – Dylan deu um pulo com o grito do Cody. – Se troca no banheiro. –
- Pra que? Vai ficar excitada amor? – Dylan zombou do Cody e pela primeira vez naquele dia eu o vi sorrindo.
- Não, mas é que... –
- Afe viu, deixa de ser mulherzinha, - Dylan arrancou a toalha e eu arregalei os olhos. Ok sou comprometida, não cega! Mas em respeito ao meu namorado, não vou descrever o MINIDYLAN, quero dizer... Grande Dylan. Respirei fundo pra não dispersar. Cody não parava de olhar pro armário. Fiquei olhando pro Dylan, consciência pra que te quero? Desviei o olhar pro Cody. Quando o voltei pro Dylan, ele já estava de cueca. Suspirei aliviada.
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 Cody e Dylan saíram do quarto e eu saí atrás. Passei por todos os cômodos até chegar na sala. Se lá fora o clima era de luto com o Fred, dentro a Alli era o defunto. Alli estava jogada no meio da sala, de blusa e toca. BLUSA E TOCA, EM LOS ANGELES! Isso é suicídio. Cole e Fred estavam comendo. Dylan e Cody conversando no canto da sala. Emma tentava animar Alli que apenas fazia não com a cabeça.
 A cena era de chorar.
 Dei mais alguns passos a frente, ficando visível para todos na porta da cozinha para a sala.
Cruzei os braços e esperei alguém notar minha presença.
 Fred deu uma garfada no arroz, olhou pra mim rápido e desviou o olhar, mas assim que viu algo estranho ergueu a cabeça novamente, como um susto, ele arregalou os olhos e abriu um sorriso.
- BRAAAZILIAN GIRL! – Ele gritou saindo em disparada da mesa e pulando em mim. Dylan e Cole foram os primeiros a acordar do mundo da lua. Cole me abraçou com tanta força que eu quase cuspi meu pulmão e Dylan nem se fala.
- AI MEEU DEEEUS! – Alli deu um pulo. Olhou pro Cody e depois pra mim. – ISSO É COISA SUA NÃO É? –
Alli correu até mim, fez questão de pegar a gola do Dylan que me agarrava e fazer o menino voar pra parede, pra depois me abraçar.
- SURPRESA! – Cody gritou se aproximando.
- Mas quem? Como? Onde? Por quê? Quando? ALGUÉM ME RESPONDE! – Emma empurrou Alli e me abraçou com muita força, quase me levantando.
- Calma que eu explico tudo... – Falei sorrindo. Era impossível não sorrir, estar ali novamente era tudo o que eu queria.
- Desenrola carretel! – Cole disse e eu sentei no sofá. Todos sentaram em volta pra ouvir toda a historia.
 Contei tudo. Contei do Cody gritando no meio da rua, da policia na minha casa, dos meus tios falando que eu poderia voltar! Dos meus pais me deixando ir sozinha pra Los Angeles, da invasão na casa do Fred, do quarto dos pais do mesmo, mas é claro que não contei do Dylan pelado, tudo isso com comentários bobos e risadas desnecessárias.
- E aonde tu vai morar enquanto isso? – Emma perguntou ainda rindo dos comentários do Fred.
- Ah, na casa do Cody, a gente vai começar a faculdade daqui dois meses... – Falei e eles assentiram. Pra quem não sabe, nos Estados Unidos, quando as pessoas vão pra faculdade, a faculdade tem uns dez prédios ao lado e os alunos podem ou não, morar lá. No meu caso eu iria morar. No Brasil também tem, mas é só pra quem não tem renda pra pagar um hotel. Brasileiro é uma merda mermo.
 Ficamos nos encarando por um tempo.
- Sentimos sua falta... – Dylan disse e todos assentiram.
- Vocês não vão se livrar tão fácil de mim! – Fiz careta e todos riram.
- Esperamos que não mesmo! – Cody disse e eu ri.
 Eu não sabia como ficaria na faculdade, se seria muita responsabilidade, ou seria tranqüilo como o Ensino Médio, mas sei que com essas pessoas do meu lado, nada seria ruim.

X Agora X


 Capitulo 1 X Apresentações, explicações & Reencontros:
Meu salto alto batia constantemente no chão. Virei-me e encarei o espelho. “Estagiária - Los Angeles Recorde” é o que meu crachá marcava. A Faculdade me deu a chance de não só trabalhar, mas escrever para uma das maiores revistas dos Estados Unidos. Eu já estava a duas semanas no cargo. Eu não preciso usar uniforme, pois só trabalho no período da manhã, então eu costumo ir de calça skinning, uma camiseta qualquer e o salto alto indispensável. Ajeitei o rabo de cavalo desajeitado, mas lindo e virei pra esperar a porta abrir. A porta se abriu e eu saí do elevador batendo o salto até a bancada pra bater ponto. Todos os dias têm que “Bater Ponto”, que simplesmente é assinar uma ficha quando você chega e quando você sai, pra provar que você realmente foi trabalhar. Apoiei-me na bancada alta e esperei Marie desligar o telefone. Marie é a faz tudo da Editora. De café até relatórios pros presidentes. E ela gosta. Costumo sair pra comer alguma coisa no horário de almoço com ela, eu me apeguei, já que ela foi a primeira a se apresentar pra mim quando eu cheguei, e com as conversas, risadas e tudo mais, eu acabei gostando dela, não chega a ser uma amiga, mas digamos que um dia, ela será.
- Oi Brazilian Girl... – Marie colocou o telefone no gancho. Fred costuma me levar pro trabalho, já que Alli trabalha no prédio ao lado, um dia ele resolveu subir e berrou quando foi se despedir “FLW BRAZILIAN GIRL”. Depois disso, tirando meu chefe demoníaco, todos me chamam assim.
- Oi Marie, tudo bom? – Perguntei enquanto ela pegava a ficha.
- Como sempre, e você? – Ela respondeu entregando a ficha com um sorriso no rosto. Marie esta sempre bem e se um dia ela me disser que esta mal, é porque realmente algo está muito errado.
- To ótima, ele já chegou? – Perguntei fazendo careta.
- Já sim, melhor você correr. – Ela apontou pra sala do chefe.
Assinei, coloquei data, as horas e entreguei a ficha pra ela.
- Bom trabalho – Sorri pra Marie que assentiu.
- Pra você também. – A ouvi dizer enquanto caminhava até meu espaço.
 Em volta do pátio havia cerca de vinte salas com parede de vidro, para os cargos mais importantes. E o pátio era divido em espécies de espaços, como madeiras em jogo da velha. Cerca de setenta espaços ocupavam o lugar, o meu ficava bem em frente à sala do chefe, Sr.Sullivan. Um homem charmoso, aquele tipo de velho rico galã de novela, que todas as moçinhas se apaixonam e disputam, mas no final ele morre. Trágico. Cabelo cinza, olhos escuros e uma imponência de dar medo. O cara é chato, exigente e autoritário, na maior parte das vezes egoísta, mas sendo chefe de uma editora, isso não me surpreende.
 Sentei na minha cadeira e liguei o computador. Meu espaço continha o computador, telefone, pilhas de papeis que eu tinha que ler e revisar a gramática, ou responder os recados dos leitores e providenciar melhoras. Minha caneca em forma de vaquinha e uma foto minha com toda a turma. A porta do Sr.Sullivan se abriu e eu imediatamente peguei uma caneta e um bloquinho. Com certeza ele pediria alguma coisa. Eu disse pedir? Mandar é o termo correto. Na verdade, “imediato”, “agora” e “é pra ontem” são os termos que ele mais usa. Quem saiu da sala não foi ele, e sim a secretaria Brittany, aquela mulher me da nos nervos. Sempre me contestando, mandando, gritando, arrumando defeito... Só o Sr.Sullivan pode fazer isso, mas não, como ela transa com ele, ela tem impunidade e pior: tem proteção. Ela devia ter uns vinte e dois anos, cabelo liso, loiro e longo, até a cintura, sorriso falso, sobrancelha erguida, assim como o nariz em pé, uniforme colado e olhar mortal. Fim da descrição, ela está caminhando até meu espaço agora. Se segura.
- Brazilian Girl, o Senhor Sul quer te ver. – Ela disse com a voz fina e irritante. Quem ela pensa que é pra o chamar de “Sul”? Ah, me esqueci, a amante dele. – E não esqueça o café... -
 Assenti e esperei ela sair rebolando pra me levantar da cadeira. Caminhei até a maquina de café. Quente, metade do copo, sem açúcar, mas com uma colher de mel. Olhei pra Marie que fez joinha me olhando de cima abaixo e bati na porta.
- Entre. – A voz grossa disse. Abri a porta, mas não entrei. Ele estava sentado de costas, na poltrona.
- Sr.Sullivan, me disseram que o senhor quer me ver. – Falei e ele fez sinal para que eu entrasse. Coloquei o copo na mesa e ele se virou com a poltrona.
- Sim, eu quero lhe contar uma coisa Senhorita (Seu Sobrenome). – Ele tomou um gole do café e apontou para a cadeira. Sentei-me e cruzei as pernas, esperando ele terminar o outro gole do café.
- Então? – Perguntei enquanto ele apenas me encarava.
- Então o que? – Ele retrucou.
- Qual é o assunto da minha visita ao seu escritório? – Falei delicadamente, qualquer alteração no tom pode resultar em um dedo apontando pra minha cara e um “Você está: Demitida”.
- Oh sim, me desculpe. – Ele se arrumou na poltrona. – Você, mais do que ninguém, sabe que nós recebemos muitas criticas nesta editora. –
Assenti.
- E ultimamente, os seus textos estão recebendo uma maior quantidade de criticas positivas. Em alguns lugares as pessoas estão até perguntando se seus textos podem ser comprados avulsamente na revista... – Ele disse surpreso. Reprimi o sorriso e engoli o “Sou foda” que subia minhas cordas vocais. Fiz sinal para que ele continuasse.
- Eu me surpreendi com os comentários dos meus sócios, e li seus textos. Você tem muito talento para isso, precisa de mais espaço, mais páginas talvez... –
- Aonde o senhor quer chegar? – Perguntei de sobrancelhas juntas.
- Eu vou te promover, vou te dar a chance de virar uma das nossas principais escritoras, amanhã mesmo você terá um espaço novo, no final do pátio, com todos os outros escritores da revista. Inicialmente, procure o Matt, ele dividirá a coluna dele com você. – O senhor Sullivan se levantou e caminhou até a porta. Eu estava paralisada. Duas semanas e uma promoção? Era inacreditável.
 Ele abriu a porta e eu me levantei entendendo o recado. Fiquei de frente pra ele.
- Obrigada. – Sorri estendendo a mão pra ele. Ele apertou minha mão, mas não sorriu.
- Eu estou de dando uma chance Senhorita (Seu Sobrenome). – Ele disse sério.
- Não vou desperdiçá-la. – Respondi me retirando da sala. Ele fechou a porta e eu não pude deixar de sorrir. Caminhei até meu espaço e comecei a ajeitar minhas coisas, minhas pastas, para amanhã trocar de espaço.
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Olhei no Champion branco no pulso e dei um pulo. Desliguei o computador, peguei alguns papeis e fui até o balcão de Marie.
- Oi. – Coloquei os papeis no balcão.
- Hm, olha a promovida aí. – Ela sorriu e eu retribuí.
- Não to nem acreditando, você conhece o... –
- Matt? – Marie adivinhou.
- É, ele mesmo. – Falei pegando a ficha.
- Ele é gente boa, sincero e talentoso, é gay, então é bem extravagante, você vai conseguir achá-lo rapidinho. – Marie pegou a ficha de volta. O interfone tocou e ele fez sinal pra eu esperar.
 Olhei pro elevador e depois pro relógio. Marie colocou o interfone no gancho sorrindo.
- O teu cabrito ta te esperando. – Ela zombou e eu mostrei a língua.
- Até amanhã linda, bom final de dia. – Falei e ela assentiu mandando um “Pra você também.”.
 A porta do elevador estava fechando.
- SEEEGUUUURAAAA! – Berrei e uma mão parou a porta. Entrei no elevador rindo.
- Obrigado! – Falei e depois percebi.
- Não por isso. – O garoto de cabelos castanhos, olhos claros e uns dezenove anos falou sorrindo. Ele se parecia muito com alguém, mas eu não sabia quem. A porta se fechou e eu apertei o térreo.
O silêncio era perturbador. Quinze andares.
- Será que chove? – Ele perguntou e eu o encarei com cara de “Aff”. Ele riu. – Ok, péssima idéia. –
- Bota péssima nisso meu amigo. – Falei e ele riu. – Sou (Seu Nome), mas me chama de Brazilian Girl. – Sorri e estendi a mão.
- Johnny, mas me chama de John. – Ele apertou minha mão.
- Johnny? John Sullivan? – Perguntei de olhos arregalados e ele assentiu.
- Sim, filho do dono desta joça toda. – Ele disse com voz afetada e eu ri.
- Prazer em conhecer, as garotas lá de cima falam muito de você. – Falei e ele sorriu.
- Você trabalha aqui? – Ele perguntou e eu assenti.
- Há duas semanas, mas sim... Eu nunca te vi aqui – Falei e ele riu.
- Eu venho pouco aqui, mas acho que vou ter que começar a vir aqui mais vezes. – Ele disse com expressão séria.
- Por quê? – Perguntei curiosa.
- Meu pai quer que eu assuma os negócios. – Ele suspirou e eu ri. A porta do elevador se abriu.
- Então até a próxima John. – Falei dando um beijo na bochecha dele.
- Até Brazilian Girl. – Ele deu tchau e eu saí caminhando até a porta.
 O pátio era enorme, com catracas e vários seguranças.
Passei meu crachá em cima da catraca e passei pro outro lado. Caminhei mais um pouco até a porta automática de vidro, aquelas que a gente brinca que sabe fazer mágica no shopping. Cody estava de frente pra mim. Desci alguns degraus, mas quando faltavam uns três, pulei no Cody que me segurou rindo.
- Ah, minha cabrita! – Cody me colocou no chão e selou nossos lábios. Ele pediu passagem pra língua e eu logo dei. Apoiei meus braços em cima dos ombros de Cody, que segurava minha nuca com uma mão e minha cintura com a outra. A língua dele queimava minha boca e a sensação era ótima. Cody desceu a outra mão pra minha cintura também e a envolveu com os dois braços, me puxando pra cima e me rodando no ar. Desgrudei nossos lábios.
- Bom dia coisa linda! – Falei dando alguns selinhos nele.
- Ótimo dia! – Ele me corrigiu e eu ri.
- Vamos? – Perguntei e ele me olhou risonho.
- Que pressa é essa mulé? – Ele perguntou e eu ri.
- Hoje tenho umas aulas mega importantes! – Falei empolgada e ele assentiu.
- Eu também, mas calma, Não Criemos Cânico. – Cody imitou o Chapolin e eu ri.
 Eu saí da infância, mas a infância não saiu de mim.
- Ta com fome? – Perguntei e ele fez bico.
- To, mas to sem grana. – Ele fez cara de choro e eu ri.
- Também to, topa uma coxinha na Lanchonete do Léo? – Perguntei e ele riu.
- Topo! Mas antes... – Ele disse e eu já virei pra ir andando, mas ele me puxou de volta. – Mais uma beijoca! –
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 Dei uma mordida monstro na coxinha, fazendo Cody rir assustado.
- Se eu soubesse que você tava como tanta fome, tinha até passado no pasto Cabrita! – Cody zombou e eu mostrei a língua (Com a boca cheia, eta delicia!).
 Senti o telefone vibrando no meu bolso e dei um pulo. Peguei o celular com a mão toda suja e atendi de boca cheia mesmo.
- Alo... Ka? – Falei e Alli riu do outro lado da linha.
- Amiga, onde se ta? – Alli perguntou rindo de alguma coisa, provavelmente de alguma graçinha do Fred.
- To comendo aqui, com o Cody. – Falei mastigando.
- O que vocês tão comendo? – Alli perguntou curiosa.
- Coxinha. – Respondi e ela fez “Aff”.
- Pobre é o cão mermo né? – Ela disse e eu ri.
- O que você quer afinal? – Perguntei rindo.
- Nada não, tava entediada. – Alli disse com voz de choro e eu ri.
- Vai matar esse tédio com o Fred, beijo. Tenho uma coxinha me seduzindo aqui. – Falei e ela riu alto.
- Ok, até a Facul. Beijo. – Alli disse e desligou o telefone.
- O que ela queria? – Um Cody todo sujo de Ketchup e de boca cheia disse. Fiz careta.
- Nada não amor, pode comer. – Falei rindo da cara dele.
- O que foi? – Ele perguntou. Até o nariz estava sujo de Ketchup. Soltei uma gargalhada e ele me encarou sério. – Ta rindo de mim? –
- NÃÃÃÃÃÃO! Magina amor, toma se limpa. – Entreguei um guardanapo pra ele que não entendeu.
- Boiei. – Cody disse fazendo bico e eu fiz carinho no cabelo dele.
- Não foi nada... – Falei ainda rindo.
- Ok, acabamos de comer, vamos? – Cody perguntou e eu me levantei.
- Vamos! – Ele se levantou e me segurou pela cintura.
Paguei as coxinhas e nós fomos caminhando até o Mitsubishi do Cody. Sim, Brad havia dado de presente para o filho, nada mais, nada menos do que um Mitsubishi Vermelho monstruoso.
- Olha meu bebê! Oi Bruce, foi tudo bem? Alguém judiou de você? – Cody falava.
- Eu ainda vou sentir ciúmes desse carro... – Falei entrando no Bruce e ele riu.
- Não sinta, os dois tem espaços iguais no meu tumtum. – Cody disse acariciando o volante. Coloquei o cinto rindo.
- Nossa, me sinto bem melhor agora. – Falei e ele riu alto.
 Cody dirigi bem, como todo homem, ele adora xingar o transito, mas nada descontrolado. Eu, com minha moto, alias eu tirei uma Carta Mista, serve para carro e moto. Eu tenho uma moto, mas depois falo dela.
Chegamos à Faculdade rindo do povo da rua, ele colocou na vaga e saiu do carro correndo pra abrir a porta pra mim.
- Já falei que não precisa amor! – Falei quando ele abriu a porta.
- Mas eu faço questão! – Ele disse segurando minha cintura com uma mão e com a outra acionando o alarme.
 Eram dez prédios de um lado e mais dez do outro, cada um com vinte andares e 25 pessoas por andar, umas quinhentas por prédio e dez mil pessoas no total (Cálculos reais. Pode pegar a calculadora se quiser). Eu moro no último prédio, o que me faz caminhar toda noite um corredor de um quilômetro de prédios. Cody termina o horário de aulas uma hora mais tarde do que eu, o que me faz andar sozinha à noite. Os prédios são divididos em um prédio só de homem, outro só de mulher, outro de homem... E assim vai pra não gerar muita putaria, se é que me entende. Cody mora no do meu lado. Emma e Alli moram no primeiro, Dylan e Fred no outro corredor e Cody e Cole no do meu lado. Aqui vai uma lição: Funciona assim, cada prédio é chamado por uma letra e um número, e cada andar é chamado de República e por um nome criativo que alguém do andar inventa e os outros moradores do andar concordam.

Alli e Emma moram:
 Prédio (Feminino) A1, República Só Peitões.

Dylan e Fred moram:
 Prédio (Masculino) B5, República Cheiro de Testosterona.

Cody e Cole moram:
 Prédio (Masculino) A9, República Nóis Trupica Maí Nun Caí.

Eu moro:
 Prédio (Feminino) A10, República 20Seduzir.

 Cody foi até a republica dele pegar uns papeis e o violão, já que ele faz a Faculdade de Música e eu fui pegar meus livros, já que faço Faculdade de Leitura. A maioria das pessoas nunca ouviu falar em Faculdade de Leitura, então: é uma faculdade para futuros escritores. Alli faz Moda, o que a deixa por dentro de tudo e Emma de Psicologia, por isso ela anda com um caderno, pra ficar anotando a reação das pessoas, e ela entende. Cole faz de Administração (ADM), o que o deixou ainda mais nerd, se é que é possível. Fred de Biologia, o que explica a nova mania de corpo saudável e natureza dele e Dylan de Medicina, o que o faz usar roupa social sempre.
O elevador abriu e eu saí batendo o salto até o prédio do lado. Cody apareceu com o violão nas costas e sorrindo.
- Vamos antes que a gente chegue atrasado! – Falei segurando a mão dele com a mão livre. Fomos caminhando de mãos dadas. A Faculdade de verdade, ficava um pouco longe dos prédios por ser muito grande.
A universidade tinha uma área verde em volta do prédio das salas que mais parecia um castelo, havia corredores cobertos com divisões de colunas esculpidas maravilhosamente. A Faculdade inteira é marrom, uns tons opacos de vermelho e uns de bege. Cores que eu não julgo serem bonitas, mas naquela ocasião ficaram lindas. Entramos na faculdade, passamos pelas catracas com nossos cartões de estudantes e ficamos um de frente pro outro. O pátio já estava cheio de alunos com instrumentos, cadernos, laptops e tudo que você conseguir imaginar.
- No intervalo? Lugar de sempre? – Cody perguntou e eu assenti.
- A Máfia toda. – Falei e ele riu. No intervalo a galera se reunia sempre no mesmo lugar do campo.
- Ok, até mais tarde minha cabritinha... – Cody envolveu minha cintura e me deu um selinho demorado. Segurei a nuca dele e pedi passagem pra língua. Ele deu, lógico. Ficamos nos beijando até que o sinal tocou. Desgrudei nossos lábios e ele fez bico.
- Já to com saudades. – Ele disse e eu ri.
- Eu também, mas é melhor a gente correr. – Falei vendo que o povo já estava indo pras salas.
- Ok. – Cody me deu mais um selinho e virou-se. Fiz o mesmo e fui caminhando pra minha sala. As salas ficavam nas portas que tinham ao longo do corredor com as divisórias esculpidas.
- Oi vadia. – Tom pulou na minha frente. Camiseta rosa, calça skinning demais e allstar rosa. Preciso dizer? Gay.
- Oi mona, como que tão as coisas? – Perguntei dando um beijo na bochecha dele e continuando a caminhar.
- Tudo ótimo, céu de purpurina, e você? – Ele gesticulava exageradamente, quase batendo em quem passava.
- ÓTEMA, fui promovida! – Dei um pulinho. Droga, eu não contei pro Cody.
- UHUL, Que tal um chop pra comemorar? – Tom era viciado em bebidas alcoólicas. Entramos na sala e fomos subindo os corredores de escadas. As salas da Faculdade são como o cinema, inclinados e embaixo uma lousa de canetão pro professor que fala gritando.
- Em plena Terça-Feira? – Perguntei rindo e ele assentiu. Sentamos na terceira fileira, pra poder ouvir o professor.
- Qual é o problema? – Ele perguntou dando ombros.
- E o senhor Peter? Acha mesmo que ele vai permitir? – Perguntei e ele deu um tapa na testa, lembrando do Senhor Peter. O Senhor Peter é o encarregado do Prédio A10, ele tem que supervisionar todos os alunos deste prédio pra que eles não saiam nunca. Só é permitida a saída em fins de semana, assim como os meninos só podem entrar nos prédios das meninas e as meninas nos dos meninos de fim de semana.
 Ou seja: Fim de Semana é Putaria Liberada.
 Fiquei sabendo que esse é o nome de uma República nos prédios. Todo sábado tem festa, às vezes as festas vão de sábado até domingo a noite, mas como tem muito dever, seminários, etc. Sempre rola um desespero no domingo.
- Ah, esqueci daquele velho chato, resmunguento e calvo. – Tom cuspiu os xingamentos me fazendo rir.
- Pois é! – Falei vendo o professor entrar.
- Bom dia alunos! Primeiramente, se alguém não quer ver a aula, pode sair. – O professor disse. Uns quatro alunos preguiçosos saíram e o professor fechou a porta quando viu que ninguém mais iria sair.
- Então sem mais vagabundos, começaremos a aula. – O professor disse sorrindo.
Na Faculdade, você só assiste a aula se quiser, o problema é seu. Como diria o professor “Tudo que eu estou te explicando, eu sei de cor, se você não quer ouvir, o problema é seu, não altera minha memória e muito menos minha inteligência”.

Nós estávamos no meio da aula quando Tom resolveu me incomodar.
- Você sabia que vai entrar um aluno novo na Faculdade de Leitura? Na nossa sala. – Tom disse como se eu estivesse interessada.
- Hm, e daí? – Falei terminando de escrever minha redação e tentando ouvir a explicação do professor.
- Como assim “e daí?”? – Tom sussurrou. – E daí que as línguas bândidas dizem que ele é um bofe ótimo querida. –
Eu encarei Tom.
- Como sabem disso? – Perguntei baixinho.
- Ora, sabendo. Dizem até que ele veio de terno. – Tom disse e eu ri.
- Não é porque uma pessoa usa terno, que ela é bofástica. – Falei e ele ergueu as duas sobrancelhas.
- Bofástica? Nem eu falo esse tipo de gíria, que coisa mais gay – Tom disse e eu ri.
- Usar terno em qualquer tipo de lugar não te torna Bofástico, te torna da Máfia... – Falei e ele riu.
– O que importa é: Torce pra ele ser gay, porque se for querida... –
- Sr.Fletcher? – O professor chamou Tom, que deu um pulo na cadeira.

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- AAAAAAAAAH NÃO ACREDITOOOON! – Alli pulou em mim.
- Parabéns pow! – Fred disse de boca cheia.
 Estávamos sentados na grama comendo o que a gente compra na cantina todo dia.
- Duas semanas e uma promoção! É incrível. – Dylan disse sorrindo.
- Parabéns meu amor, vemk comemorar! – Cody pulou em mim e me beijou.
- Esses dois parecem que vieram do México de tão picantes, credo! Tudo é motivo pra se pegar! – Tom disse e todos riram.
- Ce não viu nada querido, eu descobri que eles estavam namorando quando encontrei os dois abraçados pelados na cama... – Alli disse e Tom fez “oh”.
- Como se vocês fossem mais quietinhos né Alli! – Parei o beijo pra falar e Cody riu.
- Mas é diferente ok? – Alli disse e Fred ergueu uma sobrancelha.
- Diferente? Onde? – Fred falou e Alli fingiu estar brava.
- Come! – Alli pegou o pão e enfiou na boca do namorado, que riu.
- Esse fim de semana vai ter festa? – Emma perguntou largando a caneta do caderno de anotações.
- LÓÓÓGICOOO! – Tom berrou fazendo escândalo.
- Onde? – Cole perguntou e Tom deu ombros.
- Sei lá, mas vai ter e se não tiver, eu faço. – Tom disse dando um Hi-5 com Emma.
- Tom, casa comigo? – Emma fingiu estar emocionada com o fato de Tom ser tão viciado em festas quanto ela.
- Credo Emma, sou gay! Mas se não fosse, eu casaria. – Tom disse e Emma simulou um choro.
- Ta tão sozinha a ponto de pedir um gay em casamento Emma? – Alli perguntou e todos riram.
- Pior que to. – Ela disse e Alli riu alto.
- Brazilian Girl, será que não tem nenhum bofe pra ela lá no seu trabalho pra Forever Alone aqui não? – Dylan disse e eu fiz cara de pensativa.
- Hm, na verdade tem. O nome dele é John, filho do dono da editora, o conheci hoje... – Falei e Emma fez cara de senhora rica.
- Vai se sentindo. – Dylan fez voz afetada pra Emma.
- Vixe fi, sou madame agora ~~joga cabelo~~ - Emma disse e todos riram.
- E o bofe é bofástico? – Tom perguntou e todos o encararam. – O que? Não me olha assim, foi a Brazilian Bith que inventou a gíria. –
- Bofástico... Olha há que nível nós estamos... – Cody fez negação com a cabeça.
- Ele é? – Emma perguntou e eu fiz cara de “Que?”. – BOFÁSTICO, O BOFE É BONITO? –
- Hm... – Comecei e Cody me encarou. – Não... –
 Cody sorriu.
- O BOFE É L-I-N-D-O! – Berrei fazendo voz afetada e todos riram, até Cody.
- Opa, então xá comigo! – Emma disse fazendo pose e Tom fez também.
- E se ele não Xá Contigo Emminha, passa e XÁA COMIGO! – Tom berrou e todos riram.
- ELE NÃO É GAY! – Eu berrei e o Tom fez cara de ofendido.
- E QUEM DISSE QUE EU SOU? – Ele disse fazendo todo mundo rir.
- Com essas roupas Tom, todo mundo que olha já sabe! – Dylan disse rindo e todos concordaram.
- OLHA AQUI, ISSO É BULLYNG! – Tom berrou fazendo cara de ofendido.
- ENTÃO CATA LÁ O PÓ QUE NÓIS FAZ CAFÉ! – Cody berrou e todos riram. #Sóprosfortes
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As últimas aulas passaram voando. Várias tarefas pra casa e nenhum tempo. Pelo menos, é o que parece. Peguei meus livros e fui caminhando com o Tom e sua monótona tagarelice pro meu prédio. De Terça-feira Tom pode ir comigo, pois a gente tem as mesmas aulas. Fomos conversando até chegar à parte escura, foi quando eu vi um carro diferente chegando. Era grande, e preto. Meio máfia.
- Quem é aquele? – Perguntei interrompendo Tom que falava empolgado de algo. Se bem que ele fala empolgado de tudo.
- O Bofástico. – Tom disse com meio sorriso e arrumando o cabelo.
- O novo? – Perguntei e Tom assentiu.
- O próprio. – Tom disse e eu ergui as duas sobrancelhas.
- Eu tenho a impressão de que já vi esse carro... – Falei e Tom me encarou.
- Você ta doida amiga, anda, vamos logo. – Tom disse e nós saímos correndo pra dentro do prédio.
 Tom é meu colega de quarto. Ele conseguiu provar, se bem que eu não achava preciso, só de olhar já dava pra saber, que ele é gay e acabou tendo que ficar no Prédio Feminino.
 A porta do elevador se abriu, deixando a vista uma placa com letras grandes e vermelhas cheias de purpurinas (preciso dizer quem fez?).

República do sétimo andar.
 Lavo, passo, faço miojo e 20Seduzir.
Bem-Vindo (a)

Entramos no nosso quarto. Tom se jogou na cama e eu fui desviando de roupas dele até chegar à minha, do lado da janela.
Tomamos banho, algumas cervejas enquanto fazíamos deveres e decidimos dormir era uma da manhã. Já de pijama deitei na minha cama e fiquei olhando na janela. O garoto novo estava sentado embaixo de uma árvore, olhando pro nada. Fiquei de joelhos na cama pra poder ver melhor, abri a janela sentindo a brisa fria de Los Angeles, apoiei o braço na janela e a cabeça no braço. Fiquei encarando o garoto, eu o conhecia, tinha certeza. Inclinei-me e peguei um Toddynho no frigobar.
 Coloquei o canudinho e continuei o encarando.
 Quando terminei de tomar, deixei a caixinha apoiada na janela, foi aí que o vento fez a caixinha voar da janela e ir pro chão, ao lado do garoto.
Então eu vi.
 O garoto ergueu a cabeça e olhou pra mim. O vento gelado agora não se comparava ao frio que percorreu minha espinha ao ver aquele sorriso se formando, malicioso, diabólico talvez. Respirei fundo. Devia ser a sombra da arvore que tampava a luz do rosto dele. Eu não podia estar certa, não podia ser ele.

X Continua X

EU VORTEEEI *-*
Como vocês estão? Vou direto ao assunto: O QUE ACHARAM? EHM, EHM?
Esse capitulo foi só de “apresentação, explicação & reencontro”, acredita? Tem tanta idéia rebolando na minha cabeça.  Esse capitulo não teve capa pq o Blogspot ta um cuzin e nao quer colocar a foto.
E aí, alguma idéia de quem seja o Bofástico, ou porque você ficou tão assustada ao ver ele?
Uma dica: Nunca apareceu no Imagine, personagem novo.
Então pensem aí e me digam o que vocês acham que ele já fez pra vcs, e olha, não foi coisa boa não.
COMENTEM EM HOMENAGEM AOS VELHOS TEMPOS ANGELS *----*

5 comentários:

Kethellen Cristina disse...

OMG,OMG,OMG,OMG .. Que saudadees !!
AAIN,o que ele ja fez?Sei lá =S KKKK'
Ameei,ameei,ameeeei s2s2
Continuaa ^^
Curiosa.

FC "Oh My Cody" disse...

Tuu vorto memo em minina?
Ah,nem sei quem é o vagabundo dessa vez..
Só sei que nada sei.
Ok,eu sei que eu quero que vc continue logo fiia!
2Bjeijos ♥

nathalia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thais disse...

Meeeeeeeu Deus vc queer me mataar Tiaa Lilaah ? Tá muitoo boooooooooooooom !!!! Continuuuua pooor favoor !!! Eu acheei que o boofe era o christian maas vc falou q ele nunca apareceu então vc me deeixou maais curiosa ainda

Gabriela Ananda disse...

OMG.. eu tenho um palpitee.. ele é um ex meu, que me batiia.. kkkk'
Ta, primeiro eu achei que fosse o christian, mais cmo , vc falou que nunk apareeceu.. então , esse foi meu palpitee..
Continuaa, logoo Tia Lilaah, ta perfeitoo.. !!
hehe'