(Thanks God Is Summer – Graças a Deus é verão.)
- Amor… amor… AMOOOR! – Cody berrou e eu dei um pulo.
- Fala Cabrito. – Falei e ele se inclinou.
Acho que a sala inteira estava escutando a conversa.
- Ta a fim de ir ao cinema hoje? – Ele parecia empolgado.
Fiz uma careta de lado e ele suspirou.
- Tudo bem então… - Ele virou pra frente.
Ir ao cinema virou o passatempo favorito de Cody. Nos últimos meses eu diria que fomos mais ao cinema do que o homem que pega o ingresso na porta. Mas por outro lado era a nossa única chance de conseguir ficar sozinhos por um tempo.
Virei pro lado novamente e vi Cody distraído, anotando alguma coisa que o professor falava.
Eu ia abrir a boca pra falar e então fui interrompida.
- Dois minutos. – Fred falou atrás de mim.
Senti uma empolgação subindo a espinha e sorri.
Faltava pouco.
Tentei entender do que o professor estava falando.
As aulas extras que eu e toda a galera fazíamos mudaram pro mesmo horário. Por coincidência conseguimos pegar o mesmo professor de Filosofia, um homem alto, forte, e por mais velho que fosse o cabelo branco, tinha charme.
Voltei a bater o lápis no mármore do laboratório.
O relógio fazia um TIC TAC lento. A sala toda estava olhando pro relógio, que então chegou ao máximo.
O sinal tocou.
- FÉÉÉÉÉÉRIAAAAS! – Cody subiu na bancada e jogou as folhas do relatório pra cima.
- Cody desce daí, isso aqui não é High School Musical não! – Alli tacou a borracha na cabeça do irmão.
- FINALMENTE, ÓH SENHOR, GLÓRIA PAI AMADO! – Dylan ergueu as mãos pro céu e se ajoelhou.
- Pronto, agora virou Show da Fé. – Emma resmungou.
Pegamos nossas mochilas e saímos da sala.
- Preciso fazer compras. – Tom caminhava todo animado pra fora da escola.
- Boa sorte pra você. – Emma resmungou novamente.
- O que você tem Emma? É VEERÃO! – Cole apontou pra fora. Ela bufou.
- Eu não tenho nada pra fazer nas férias! É sempre a mesma coisa: TV, livros, TV, geladeira, TV, cama, TV, sofá… TV. – Emma falou com voz de tédio.
- Eu também amiga, sem vida social. – Tom fez um HI-5 com Emminha.
- Ah, porque a gente não viaja então? – John passou o braço sobre o ombro de Tom que sorriu.
- Acho uma boa idéia. – Tom respondeu segurando a cintura do namo… O que eles eram?
- É, mas pra onde? – Emma falou ainda sem ânimo.
- Que tal Miami? – Cody sugeriu.
Esse menino está viciado em Miami. Só pode.
- DENOVO? – Dylan se pronunciou.
- Afe e eu não tenho boas lembranças daquele lugar. – Falei e Alli fez HI-5 comigo.
- Tem que ser um lugar novo, que tenha um lugar pra gente ficar e seja bem legal, porque se for pra ficar no tédio, eu fico em casa mesmo. – Emma sentou na grama.
Fui atingida por uma ideia e parei de andar.
- Que foi? – Cody parou também. – Qual é a ideia? –
- Já sei pra onde a gente vai! – Não disfarcei a empolgação. Todos me encararam.
- Você vai falar ou eu vou ter que ir aí te espremer? – Tom ameaçou vir na minha direção.
Ri sozinha.
- A gente vai… pra minha casa. – Falei e Dylan deu as costas.
- Eu vou pra lá todo dia! – Dylan bufou e eu ri.
- Caralho, não ESTA casa, to falando da minha outra casa! – Joguei a mochila nele.
- Você tem duas casas? PORRAN, E EU PENSANDO QUE VOCÊ TAVA NA PIOR! – Fred falou e todos riram.
- NÃAO, eu to falando do BRASIL! –
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Cody e eu estávamos de mãos dadas indo pra república dele.
- Adorei sua ideia de ir pra sua casa… - Ele falou sorrindo.
- É mesmo, aí eu aproveito pra ver minha família. – Dei um pulinho de felicidade.
- Nem imagino a saudade que você sente deles. – Ele falou e eu assenti.
- Que filme você quer ver? – Perguntei mudando de assunto e ele fez careta.
- Quando? – Ele retrucou e eu suspirei.
- A gente não vai ao cinema? – Perguntei e ele parou de andar.
- Então você quer ir? – Cody segurou minha cintura.
- Se for pra ficar com você, sempre. – Juntei nossos corpos e ele roçou o nariz no meu.
- Mas tive uma ideia melhor. – Ele afastou o rosto, mas continuou me abraçando.
- Qual? – Perguntei brincando com o cabelo e encostando a cabeça no ombro dele.
- Passar a tarde toda juntinho de você, na minha república. – Ele falou me grudando ao corpo dele.
Sorri maliciosa.
- Juntinho? – Ergui a cabeça pra olhar nos olhos verdes dele.
Cody deu um sorriso sapeca.
- Bem, eu não tinha pensado nesse juntinho, mas se insiste… - Ele falou me fazendo rir.
- Adorei a ideia. – Dei um selinho nele e virei pra continuar a caminhar.
- Ei! – Ele não soltou meu braço. Virei confusa. - E MEU BEIJO? – Ele falou com voz afetada pelo drama.
- Ain, desculpa. – Ironizei voltando pros braços dele.
Passei os meus por cima dos ombros dele e o senti me envolvendo com os braços fortes. Mesmo se eu quisesse, jamais conseguiria sair daquele abraço com aquela força que ele tinha.
Rocei meu nariz no dele e sorri ao o ver sorrindo. Fingi que ia beijá-lo levando a cabeça pra frente e depois voltando.
- Ei!Isso é maldade. – Ele falou e eu ri.
Selei nossos lábios e dei passagem pra língua dele entrar. Senti a onda quente entrar e deixei ela me levar.
A língua dele acariciava a minha de tal forma que eu poderia ficar ali beijando ele até o anoitecer.
Senti ele me puxar com ainda mais força pro corpo dele. Meus pés saíram levemente do chão e eu tive que segurá-lo com mais força, quase me pendurando no pescoço do Cody.
Ele deslizou a mão pras minhas coxas e fez com que eu ficasse com uma perna de cada lado do tronco dele. Cruzei os pés pra ter mais equilíbrio.
Sim, no meio do campus da Faculdade.
Meu pulmão estava implorando por ar. Sem largá-lo afastei um pouco a boca e ofeguei. Ele inclinou a cabeça e começou a distribuir chupões no meu pescoço.
- Cabrito… - Sussurrei e ele soltou um “hum” sem parar de fazer a festa do meu pescoço. – Melhor a gente sair daqui. –
Ele me colocou no chão com cuidado. Afastei os lábios dele de mim (contra a minha própria vontade) e respirei um pouco.
- Acho que… a gente tem que parar de fazer isso na frente das pessoas. – Cody falou ofegante observando alguns estudantes que riam do nosso descontrole.
Só acha gênio?
- Tem razão. – Falei desviando o olhar pra ele. Quando nos olhamos ficamos uns segundos sérios e depois caímos na risada.
Chegamos ao prédio que estava vazio – já todos os estudantes tiram as coisas das repúblicas pra viajar nas férias – e entramos no elevador.
- O Cole não ta na república? – Perguntei e ele negou.
- Só a gente. A sós. – Cody me abraçou por trás.
- Aí sim… - Fiz cara de sapeca e ele riu.
A porta abriu e nós saímos do elevador.
Cody me prensou na parede e me beijou.
Começamos a nos pegar ali no meio sem medo nenhum de sermos pegos.
Ele voltou ao meu pescoço. Os chupões com certeza deixariam marcas. Soltei um gemido sentindo um volume roçar em mim abaixo da cintura. Cody começou a descer os chupões até meu decote. Não fiquei surpresa quando ele simplesmente tirou minha camiseta ali no corredor mesmo.
- Quarto… - Ofeguei virando pra abrir a porta. Tentei girar a maçaneta, mas nada aconteceu.
Quem é que trancou essa porta meu Deus? Logo agora?
Cody e eu estávamos sem transar desde antes da festa.
Eu precisava daquele corpo sobre mim. Dentro de mim.
- Aqui… - Cody me entregou a chave.
O difícil foi colocar a chave no buraco enquanto Cody fazia movimentos meio explícitos comigo inclinada pra colocar a chave.
Quando consegui, praticamente arrombar a porta, virei pro Cody. Ele fechou a porta com o pé, me segurou contra o corpo dele e pulou na cama de costas pra não me machucar.
Empurrei o tênis do meu pé e ele o mesmo.
Arranquei a camiseta dele e joguei longe. Cody estava mais forte do que antes. O tanquinho ainda mais definido e os braços mais musculosos. Abri o zíper dele e empurrei a calça pra baixo com os pés. Envolvi a cintura dele com as minhas pernas o sentindo arrancar e depois jogar meu sutiã longe.
- Pode entrar… - Ouvimos alguém falar e demos um pulo. Cody sentou assustado e ofegante e eu peguei um lençol que estava ali do lado pra tampar meus seios.
Jake, Josh e Cambo gargalharam absurdamente alto.
- Seus FDP, O QUE estão fazendo AQUI? – Cody perguntou fechando o zíper.
- Não o mesmo que você. – Jake falou ainda rindo.
Cody levantou e pegou minha camiseta do lado de fora do quarto.
- Oi Brazilian Girl! – Josh chorava de rir.
- Oi. – Falei um pouco sem graça.
Eu disse “um pouco”? ALGUÉM CAVA UM BURACO PRA EU ENFIAR A CABEÇA? Cadê a pá nessas horas.
- Toma amor – Cody me entregou a camiseta e olhou ao redor. – Cadê o seu sutiã? –
Dei uma olhada rápida e não achei.
- Serve aquele? – Cambo apontou pra panela de feijão.
- Droga! – Exclamei brava. – Era meu melhor sutiã! – Resmunguei.
Jake gargalhou mais ainda. Josh caiu no chão sem forças pra ficar em pé de tanto dar risada.
- Qualé gente, pára. – Cody falou irritado.
- Cabrito; vou colocar a roupa ta? – Sussurrei e ele assentiu. Dei um selinho nele e fui pro banheiro.
Conversa no quarto *
- Tadinha, ficou com vergonha. – Jake falou secando algumas lágrimas.
- Claro, vocês invadem o quarto sem avisar e pegam a gente num momento tão íntimo! – Cody resmungou indignado.
- NÓS? – Josh exclamou. – Como a gente ia imaginar que vocês dois iam arrombar a porta e começar a arrancar a roupa na cama? –
Cody ficou sem resposta.
- Mas então, o que fazem aqui? – Cody mudou de assuntou e os amigos fingiram que não perceberam.
- Saudades. – Cambo falou com voz afetada e todos riram.
- To falando sério. – Cody falou dando um pedala no amigo.
- Nossas mães viajaram e pediram pra gente vir aqui ficar com você, afinal, era muito tempo pra ficar sozinho lá. – Josh falou e ele assentiu.
- E depois que o Jake tentou catar a babá gostosona a mãe não confia em nenhuma. – Cambo falou e eles riram.
- Longas noites inesquecíveis com a Bell, sem dúvida. – Jake fez cara de pensativo.
- Trouxeram bastante roupa? A galera vai viajar pro Brasil. – Cody perguntou.
- De avião? – Jake falou e Cody bufou.
- Não, de jegue. LÓGICO QUE É DE AVIÃO. – Cambo deu um soco no ombro do amigo.
- Vai saber. – Jake se justificou
- Beleza, sempre quis ir pra lá. – Josh falou e todos concordaram.
- Conhecer as Brazilian girls. – Jake fez pose.
- A propósito… - Cambo fez uma pausa. – que peitos hein Cody? –
Cody deu um soco com força no ombro do amigo.
- ÓIA O RESPEITCHO! – Cody berrou e Jake assentiu.
- Foi o que a gente fez. – Cambo falou e todos riram menos Cody.
- Ela ta saindo, calem a boca. – Cody falou e eles assentiram.
Conversa no quarto desligado*
- Por que tão me olhando assim? – Perguntei com medo de Jake, Cambo e Josh.
- Nada. – Os três falaram juntos.
- Os ignora amor… - Cody entrou na minha frente.
O meu celular começou a cantar We’ll be Alright e eu atendi.
- Fala. – Falei pra Alli do outro lado da linha.
- AMIGA, VEM VER ISSO AQUI! – Alli berrou (novidade) no meu ouvido.
- Ver o que? – Perguntei.
- O FRED COMPROU UM PRESENTE PRA VOCÊ. – Ela gritou denovo e eu me animei.
Meu aniversário estava próximo, mas não achei que ia ganhar presente logo naquele dia.
- To indo. – Desliguei o telefone e sorri pro Cody.
- O que? – Ele sorriu também.
- GANHEI UM PRESENTE! – Berrei e ele sorriu.
- De quem? – Jake se intrometeu.
- Do Fred. Vem, ele ta na república. – Falei puxando Cody.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
- Isso é sério mesmo? – Cole perguntou e Fred assentiu.
- Não acredito. – Cambo falou.
- Um cabrito? – Cody perguntou.
- AWWWN, NÃO FALA ASSIM, ELE É TÃO LINDINHO! – Gritei pegando ele (o cabrito) no colo.
- Na verdade, é uma cabra… - Fred falou e nós rimos.
- Ainda assim: Uma cabra? – Dylan perguntou e Fred chacoalhou os ombros.
- Ela disse que queria um cachorro, mas não achei nenhum legal, então o moço da carroça falou que era parecido, então lembrei que ela chama o Cody de cabrito porque ela gosta de cabrito… - Fred acariciou a cabra que estava no colo da dona.
- Mas… não é justo! – Cody bateu o pé e cruzou os braços.
- O que foi? – Emma perguntou colocando a mão no ombro do Cody.
- É que… eu sou o cabrito dela! – Ele falou e todos riram.
- Ownt. – Falei.
- Ta falando sério? – Josh perguntou e Cody resmungou algo inaudível.
- CLARO QUE TO! – Cody deixou o corpo cair na cadeira de trás.
- Cody, não fica assim, você ainda é meu cabrito. – Coloquei a cabra no chão e sentei no colo de Cody. – E também, ela é uma cabra, não um cabrito. –
- Qual é a diferença? – Jake perguntou.
- Ora, você ainda não sabe? – John perguntou e todos riram.
- Jura? – Cody falou e eu assenti.
- MAS GENTE, QUAL VAI SER O NOME? – Alli gritou.
- Hm, nome do que? – Jake perguntou.
Esse menino só pergunta.
- TA LENTINHO HOJE EM? – Alli deu um pedala nele.
- Que tal BÉ? – Cole sugeriu e eu neguei com a cabeça.
- Por que BÉ? – Emma falou e a cabra respondeu com um “BÉÉÉ”.
- Ah, tendi. – Emma falou rindo sozinha.
- Ou então Bééélla. – Tom falou e a galera mais antiga riu se lembrando da Thorne.
- NÃO! Definitivamente não! – Alli negou com a cabeça.
- Ta então. – Tom deu ombros.
- Creuza. – Cody falou e a cabra olhou pra ele.
Ela entende o que a gente fala?
- Tadinha, além de ter que conviver com esse bando de louco ainda vai se chamar Creuza? É sofrimento demais pra ela. – Cambo falou com voz de indignação.
Emma tacou uma almofada nele, mas acabou rindo junto com a galera.
Ajoelhei-me na frente da cabra. Ela virou pra me olhar.
- O que você acha? – Perguntei pra cabra.
- Isso aqui é brincadeira né? – Cole perguntou incrédulo. – Ela ta falando com a cabra! –
A cabra fez BÉÉÉ pra mim e pelo olhar dela eu entendi que sim.
- GENTE, EU VOS APRESENTO: CREUZA (Seu Sobrenome) – Berrei e eles aplaudiram.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
(OMFG’ – Caralho Meu Deus!)
Entramos no avião segurando o número das poltronas.
- Já falei que odeio aviões? – Cody perguntou e eu ri.
- Pensei que tinha superado esse medo. – Falei caminhando no corredor de poltronas.
- Engraçado, eu também achei. – Ele falou e eu ri denovo.
- Aqui. – Sentei na do lado da janela. Ele olhou pro papel e ficou me olhando meio triste. – O que foi? –
- Eu não vou sentar do seu lado… - Ele falou e eu paralisei.
- Own, troca com o que vai sentar aqui. – Falei e ele assentiu.
- Quem será que teve essa sorte? – Cody falou e Cambo chegou berrando.
- JÁ FALEI QUE BOB ESPONJA É BEM MELHOR! – Ele gritava pro Jake que estava no outro corredor. – Opa, achei. – Ele sentou do meu lado.
- Ah não, não é possível. – Cody falou pro ar.
- Oi Brazilian Girl. – Cambo acenou como se estivesse há quilômetros de mim. Sorri e ele retribuiu.
- Cambo: troca comigo. – Cody ordenou estendendo o número da poltrona.
Cambo virou pra olhar onde iria sentar. Uma velha gorda estava tricotando e comendo coxinha.
- AHTÁ! – Ele falou inclinando a poltrona e fechando os olhos.
- Cambo, por favor, vai moleque! – Cody deu um tapinha no amigo.
- E trocar essa garota linda aqui do lado por aquela véia nojenta? – Cambo fez uma careta.
- Essa garota bonita é minha namorada. – Cody deu um soco no ombro do Cambo.
- De qualquer maneira, é bonita. – Ele retrucou.
- Mas… - Cody ia insistir, mas decidi interromper.
- Cabrito, acho melhor você ir sentar. – Levantei e ele me olhou confuso. – Vocês vão acabar discutindo, olha, vai dar tudo certo! –
- Mas eu… preciso de você. – Cody ficou com um pouco de vergonha ao falar isso.
Segurei a nuca dele e dei um selinho.
- Desculpe, mas… - A senhora interrompeu.
- Dona Lurdes. – Falei e ela me encarou sorrindo.
SORRINDO!
- Olá Cody, olá (seu nome). – Ela disse. – O que você tem Cody? –
Expliquei nossa situação e ela riu.
- Que pena, mas não posso ajudar dessa vez, você vai ter que ir sentar, já vamos decolar. – Ela falou apontando pra poltrona.
- Ah, mas… - Cody ia começar.
- Cody… confia em mim? – Perguntei acariciando o rosto dele.
- Muito. – Cody respondeu me abraçando.
- Então, eu te prometo que nada vai dar errado e no final da viajem eu vou poder te beijar e abraçar o quanto você quiser! – Eu disse enquanto Dona Lurdes e Cambo assistiam a cena.
Cody hesitou um pouco e eu juntei nossas testas.
- Eu te amo. – Falei e ele fechou os olhos como se aquelas três palavras estivessem ecoando na cabeça dele. Ele me abraçou com mais força agora.
- Eu te amo também. – Ele falou me soltando aos poucos.
Por fim, Cody foi pra poltrona ao lado da véia da coxinha.
- Pronto Dona Lurdes… - Falei e ela assentiu agradecendo e saiu rebolando a poupança caída.
Olhei pro lado e vi Cambo com cara de cu.
- Quer sentar aqui? – Ele perguntou e eu demorei pra absorver. – Pra você poder olhar pro Cody. –
- Ah, quero sim. – Falei e ele pulou pra poltrona da janela. – Valeu, é… Cambo não é? –
- É Campbell, mas me chama de Cambo que é mais legal. – Ele falou e eu ri.
- A gente nem foi apresentado direito! – Falei e ele assentiu.
- Você e o Cody estavam mal e tal. – Ele falou fazendo careta e eu assenti.
- Mas já passou. – Complementei e ele sorriu.
- Vocês dois se gostam mesmo né? – Cambo perguntou. Olhei pra trás e vi Cody me olhando fixamente. Ele soltou uma tentativa de sorriso, que saiu mais como uma careta por causa do medo, eu retribuí com o meu melhor sorriso.
- Muito mesmo. – Respondi Cambo. – Mas e você? –
- Hã? – Ele retrucou e eu revirei os olhos.
- Você ta com alguém? – Falei pausadamente e ele negou.
- Estou só… curtindo. – Ele não parecia feliz com a resposta.
- Ah, entendi. – Saquei tudo.
Ele estava solteiro, mas não porque queria.
Cambo olhou nos meus olhos e voltou a olhar pra janela.
- Ok, você venceu. – Ele virou pra me encarar novamente.
- Conta. – Me ajeitei na poltrona.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Cambo riu alto do meu comentário fazendo o vizinho da poltrona acordar e resmungar alto.
- Passageiros, iremos aterrissar. – Ouvi Dona Lurdes berrar do fundo do avião.
Eu estava voltando pra minha terra. Nossa apenas um ano, mas faz tanta falta. BRASIL!
Virei pra trás e chacoalhei a cabeça como um “Tudo bem” pro Cody. Ele respirou fundo e me mandou um beijo. Retribui e voltei o olhar pro Cambo.
- Nossa. Já? Parece que foi só meia hora de vôo. – Ele falou e eu ri.
- É porque a gente conversou o percurso todo, Castanha. – Falei e ele riu do apelido que eu dei pra ele.
Cambo passou a viagem inteira falando comigo, mas conseguiu acabar com quatro saquinhos de Castanha.
“O senhor gosta de castanha mesmo hein?” A aeromoça falou entregando o potinho.
- Gostei mesmo de conversar com você viu? – Ele falou me abraçando de lado.
- Gostei muito também. – Dei meu segundo melhor sorriso (o primeiro é só pro Cody).
Cambo ia falar alguma coisa, mas a Dona Lurdes interrompeu.
- Podem sair. – Ela disse e eu assenti me levantando. – O senhor ganhou um brinde… - Dona Lurdes falou pro Cambo e ele ficou sem entender até que ela tirasse o brinde do bolso.
- Uau, um saquinho de castanha! – Ele falou irônico e eu gargalhei.
- Me disseram que o senhor é fã. – Dona Lurdes complementou e eu ri mais alto ainda.
- Pois é… gostei mesmo viu? Obrigado. – Ele falou sincero agora. Ela assentiu e saiu rebolando.
“Cody!” lembrei e saí correndo do avião. Parei antes de descer a escada e vi que ele me esperava. Desci tentando não tropeçar nos meus pés e pulei nele.
Cody me abraçou com força. Tipo, muita força.
Olhei nos olhos dele e sorri.
- Eu to aqui agora cabrito. – Selei nossos lábios com carinho.
Ele foi relaxando durante o beijo.
- OOWN, QUE CASAL MAIS FOFO! – Só podia ser Jake e Josh.
- Pqp, vocês enchem o saco hein? – Cody falou e eu ri.
- É nosso papel né? – Josh falou e Cody revirou os olhos.
- OOOH POVO, VAMBORA OU NÃO? – Alli berrou e todos gritaram de volta.
Fomos pro bagageiro. Esperei minha mala aparecer na esteira e peguei.
Pedi informação pro carinha de terno e fui pro lugar aonde eles entregavam a bagagem especial.
- CREEEEEEEEUZAAAA! – Peguei a cabra e beijei a cabeça dela. – Sentiu saudade da mãe? –
- E ela está falando com a cabra denovo gente! Alguém interna essa menina? – Cole falou e todos riram.
Estávamos em dez pessoas e precisávamos de alguém pra me levar pra casa.
- CARÁI, PORQUE NINGUÉM QUER LEVAR A GENTE? – Alli perguntou fazendo algumas pessoas pararem pra ver o bando de gringos.
- Ah, algo me diz que é porque nós estamos em DEZ pessoas e com uma CABRA. – Dylan frisou algumas partes.
- Ok, tive uma ideia. – Falei e eles me encararam confusos.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
- BRAZILIAN GIRL, ISSO AQUI É AMOSTRA DO INFERNO É? – Fred berrou e o povo do fundão o mandou calar a boca, mas ele não entendeu então tudo bem.
- Não Fred, isso aqui se chama: Ônibus. Transporte coletivo. – Falei defendendo minha pátria.
- Qualé, essa coisa ta lotada, não tem espaço pra andar, esse povo ta fedendo e as janelas tão emperradas. É O INFERNO! – Josh falou fazendo careta.
- Gente, isso aqui é São Paulo, as pessoas trabalham ok? – Defendi novamente.
- Mas elas podiam passar um desodorante pelo menos né? – Cole falou e todos riram.
- E A SENHORITA PODE ME EXPLICAR PORQUE SÓ VOCÊ PODE SENTAR? – Alli berrou do outro lado do busão.
- Ora, vocês vão dormir na minha casa durante um mês inteirinho! Além do mais, a Creuza ta cansada por causa do fuso horário… - Respondi com ‘crasçê e eles riram.
- Porque todo mundo fica me olhando assim? – Cody apareceu no meio do povo.
- É que é estranho mesmo… se acostumem. – Falei fazendo carinho na Creuza.
- Gente… - Emma sussurrou e a galera olhou pra ela. – Tão me bulinando. –
A galera riu alto, até que o motorista freou do jeitinho brasileiro e a galera rolou o busão todo.
Demorou mais um pouco. Mas finalmente chegamos ao ponto certo.
- ÓH SENHOR, OBRIGADA! – Josh respirou fundo na calçada.
- Ih, outro seguidor do Show da Fé. – Emma falou e eu ri.
- Então, bora caminhar? – Perguntei colocando a Creuza no chão. Todos assentiram e nós começamos a andar.
Só agora eu podia pensar um pouco. Tudo estava tão bonito. Quero dizer, bonito da maneira brasileira.
Os muros pixados e grafitados, o sol forte na nossa cara. A poluição era a mesma que em Los Angeles. A única diferença era que a brisa também é quente, já em LA, é fria. As pessoas bebendo e rindo nas lanchonetes. Só agora eu podia concordar com a mídia. Realmente, o brasileiro é bem mais feliz do que os americanos e outros gringos.
Eu mal podia respirar direito quando chegamos à rua da minha casa. Meus pais, Sammy, minhas amigas… que vontade de correr pra chegar mais rápido.
- É aqui. – Falei parando de andar.
A casa é grande. Dois andares e com uma espécie de salão de festas em cima. Meus pais sempre foram muito festeiros. A casa toda azul claro e com um portão branco. Dava pra vê-la do inicio da rua.
- Pra quê é isso aqui? – Jake perguntou apontando pro portão.
- É pra não roubarem. O Brasil é trash, cuidado com as coisas de vocês. – Alertei e eles assentiram.
Toquei a campainha cinco vezes seguida, pra irritar minha mãe.
Sam pulou no sofá e me olhou pela janela.
- MAAANA! – Ele berrou e eu acenei. – OOW MÃE, A MANA TA NO POLTÃO. – Sammy soltou aquele L que eu sempre corrigi.
Ouvi minha mãe gritando algo do tipo “AI MEU DEUS DO CÉR” e ri sozinha.
- Esse é seu irmão? – Cambo perguntou e eu assenti.
Minha mãe apareceu com um avental e um coque na cabeça segurando a chave, toda emocionada.
- Filha… que saudade! – Ela quase me sufocou com o abraço. Eu também me emocionei e nós acabamos chorando que nem bobas, falando coisas desconexas e ao mesmo tempo.
Quando conseguimos nos recuperar minha mãe foi dar oi pro resto do povo.
- Nossa, vieram de caravana? – Ela falou em inglês agora e eles riram alto.
- MAAANA! – Sammy pulou nas minhas costas e eu berrei.
- SAMMY, MANINHO! – O puxei pra minha frente e abracei-o com força.
- VOCÊ VEIO! – Sammy sorria de ponta a ponta.
- Claro que vim. Não te falei que viria? – Apertei a bochecha dele e ele riu.
Tive que apresentar todo mundo pra minha mãe e pro meu irmão, e só então entramos em casa.
A casa estava diferente. Minha mãe sempre teve a mania irritante de mudar os moveis de lugar quase todo dia.
Agora o sofá estava ao lado da mesa do computador do meu pai, a poltrona do papai estava distante da mesa de jantar e a TV em cima da raque, que estava ao lado da passagem pra cozinha.
- Que linda! – Emma ironizou rindo da minha foto da primeira série.
Qualé, eu tinha dentes tortos, precisava usar aquele aparelho, e a visão ainda não tinha sido operada, por isso os óculos e além do mais: os óculos redondos estavam na moda.
- Não liga não amor, você ainda era linda do mesmo jeito. – Cody me confortou e eu ri.
- FILHA, O QUE ANIMAL É ESSE AQUI? – Ela apontou pra frente e eu virei.
- Tadinho do Fred mãe, ele é tão legal… - Falei e a galera gargalhou, até minha mãe.
- TO FALANDO DA CABRA! – Ela falou e eu ri.
- Ah ta, é a Creuza. – Respondi como se fosse normal.
- CREUZA? – Ela torceu a cara.
- Com Z porque ela é xiquê. – Fiz pose e ela riu.
- Ok, a deixa longe do meu sofá, soube que esse tipo de bicho come de tudo. – Minha mãe virou e foi pra cozinha.
- OW SOGRONA, SOLTA UM RANGO AÊ. – Cody berrou e todos riram.
- Ok, esperem um pouco. – Ela respondeu e ele riu.
Dei um pulo ao lembrar uma pessoa.
- Vou visitar uma amiga, querem ir? – Perguntei e eles assentiram.
- MÃNHÊ, VOU SAIR, TU FICA COM A CREUZA? É RAPIDIN – Implorei berrando. Ela resmungou algum palavrão.
- OK, MAS SÓ HOJE! – Ela disse e eu já fui saindo.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
- CHEGA TO MUITO CANSADO! – Josh se jogou na calçada.
- Qualé, a gente andou duas quadras. – Falei parando e ele me olhou bravo.
- Ok; espero que essa pessoa seja muito legal. – Ele bagunçou o cabelo castanho com a mão e se levantou.
Chegamos à casa laranja e eu bati palma.
- TEM PÃO VÉI AÊ? – Gritei e a galera riu.
Ela apareceu na porta de pijama e pantufa de joaninha.
- NÃO, SÓ PÓ DE MIOJO, SERVE? – Ela respondeu e eu ri.
Ela abriu o portão e pulou em mim.
- TUAA PUTA DE ESQUINA, ACHEI QUE TINHA ME ESQUECIDO! – Ela só faltou enfiar o dedo na minha goela.
- CLARO QUE NÃO! – A coloquei no chão. – E olha, trouxe minha galera. – Apontei pro povo.
- Nossa, e QUE galera. – A tarada disse ajeitando a chapinha.
- Oi. – Josh deu um beijo na bochecha dela. – Sou Josh... –
- Oi, sou Dalila! – Ela respondeu rindo de algum pensamento besta dela mesma.
- Mas a chama de Mioja. – Falei me intrometendo.
- Por quê? – Cody leu a mente de todos.
- Ela é viciada, come miojo todos os dias… até de café da manhã essa menina já comeu miojo! (tudo verdade) – Respondi e eles riram.
- Entra aê gente, mas não repara na bagunça… -
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Passamos algumas horas na casa da Lilah e depois voltamos pra casa. Passei a tarde mostrando o bairro pra galera e nós rimos muito quando o Cody tentou arriscar algumas palavras em Português.
Definitivamente é melhor ele falar só Francês e Inglês mesmo. Eu prometi pro Sammy que sairia com ele outro dia, já que os meninos insistiram em sair, afinal: “É MEU PRIMEIRO DIA NO BRASIL, TENHO QUE TOCAR O PUTERO” como Jake disse.
Olhei no relógio: 23h30min. Arrumei o vestido e me olhei no espelho denovo. O vestido preto extremamente colado no corpo, o salto scarpan de ponta redonda vermelho e o cabelo preso num rabo de cavalo desajeitado.
- VAMBORA NEGADA! – Berrei e eles gritaram de animação.
Jake, Josh, Cambo, Dylan, Cole, Fred, Emma e Alli (pra vocês lembrarem, é muita gente kkk) foram na frente.
- Hey gatinha. – Cody segurou minha cintura e me pressionou contra a parede do corredor. Ri alto e rocei minha perna na dele.
- Ta que ta hein? – Falei e ele assentiu.
- Com você nesse vestido então… - Ele colocou a mão embaixo do meu vestido. Ok, ele colocou a mão na minha bunda. Melhor assim?
- Aqui não dá Cody, tem muita gente. – Falei e ele bufou.
- Nem um beijinho? – Ele fez biquinho e eu ri.
- Lógico. – Falei, mas quando fui selar nossos lábios…
- VAAAAAAAAMOoooo… - Alli foi diminuindo o tom da voz.
- Droga! – Cody reclamou e nós duas rimos alto.
- Vem, deixa pra depois. – Torci a boca e saí o puxando.
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- NÃO TEM NADA ABERTO AQUI NÃO? – Cole berrou no meu ouvido. E eu achando que só a Alli fazia isso.
- É QUINTA! – Defendi a Avenida Paulista.
- IDAÍ? TEM GENTE FESTEIRA SABIA? – Dylan protegeu o irmão.
- É a nossa quarta volta nisso aqui, anda, dá meia volta e vamo assistir o especial Maluco no Pedaço do SBT. – Desisti e Emma berrou.
- PERA AÍ GENTE, NÓS ESTAMOS RODANDO ISSO AQUI E NINGUÉM VIU AQUILO ALI NÃO? – Emma apontou para um lugar brilhante.
A placa dizia “Free Love” e uma flecha apontava pra entrada aonde tinha uma escada pra subir.
- Jake sobe primeiro. – Alli ordenou.
- PORQUE EU? – Ele retrucou berrando.
- Ora, o putero é teu. – Emma empurrou o menino que recuperou o equilíbrio e continuou a subir.
Após ele subir e ninguém atirar nele, subimos também.
O lugar era todo colorido. Enfeitado com bandeiras de arco-íris e luzes fortes. A pista estava cheia. Tinha homens e mulheres, mas eu diria que a maioria era homem.
- Que porra é essa? – Jake perguntou e eu gargalhei.
- Isso aqui… - Segurei um pouco o riso.– Isso aqui é uma boate gay!–
#Continua
Autora:
Nesse capitulo teve a participação especial da maravilhosa, diva da laje, linda e fofa……… EU!
Mas é lógico que não sou fixa, foi só aquele pedacinho mesmo.
O Imagine ta mais descontraído, mais engraçado eu diria.
Comentem loves.
E só pra constar: Eu postei o dobro do que deveria ser postado por causa do atraso de dois dias.
E Thay, eu pesquisei sobre canguru e não deu pra colocar no Imagine :[ Então coloquei a Creuza mesmo.
Again: Coments!♥
13/10/11
8 comentários:
AGORA EU QUERO UMA CREUZA PRA MIM! ONDE VENDE ESSES BICHO? U.Ú
Continua Bitch fedida! *u*
OMG , Creuza apareceu nas nossas vidas O.O ( olha lá , olha lá ,é bonde das cabritas para melhorar suas vidas ♪ ) VAMU ATÉ O CHÃO DANÇANDO A MÚSICA QUE EU MESMO COMPUS ... minha fiia , só não reclamo com túúh pq tuh postou grande, pq se fosse miséria , dai-me forças e pra Creuza tbm , pq eu ia rebolar até o chão e botar isso aqui de cabeça pra baixo ~~ virando a cabeça ~~ *RUM*
lHAMA FEDIDAA , CONTINUAA
Tia creuza sedução / continua mulé , na boa cê gosta de miojo mesm ? k
Continua MIOJA *-* #ADOREIISSOS2
Continuuuuuuuuuuuuuua Tiiia .. Ameeeeei s2s2
ÔOOo Tiaaa do Miojo, continua logoo, Ok ??
Amei a Creuzaa, acho que se eu chegasse com um cabrito, ou melhor cabra em casa ela me dava um tapa que eu voava até a Xuxa HAHAHA .
*cONTINUA* por favor eu amei a Creuza ! 143 ♥
Hellou, lhama gabriela aqui, dalila querida se tu ler isso me responda: onde começa a tua ultima imagine? eu procuro e cavoco e procuro e cavoco aqui e não acho, ME RESPONDA OU MORRA EM SETE DIAS, com amor, eu.
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