segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Capítulo Oito & Nove. | Continuação. | Manda UP e eu posto a continuação hoje ainda.

Just Smile – Capitulo Oito | Continuação.
(Apenas Sorria – Capitulo Oito.).

- Vira pra direita! – Alli berrou e Fred virou o carro.
- VOLTA, VOLTA! – Cole disse e Fred freou fazendo a gente bater a cabeça no banco.
- QUE VOLTA O QUE, PISA FUNDO, TAMO CHEGANDO. – Dylan se intrometeu.
- PORRAAAN, DÁ PRA SE DECIDIREM MOÇAS? – Fred bateu no volante e eu ri.
- A gente ta indo pro aeroporto ou pro Cu De Judas? – Falei fechando o vidro do carro.
- Olha, a esse ponto, nem eu sei. – Bryan me olhou pelo espelho.
- MAS EU SEI! – Alli voltou a gritar. – ESTAMOS AQUI E VAMOS AQUI. PISA FUNDO. – Ela largou o mapa e apontou pra frente.
Fred acelerou.
O celular do Dylan começou a tocar/berrar e ele atendeu.
- Fala boi. – Dylan disse e Emma revirou os olhos.
- Hã… hã… aham… ok… até. – Dylan desligou e Alli virou pra perguntar quem era, mas Dylan a interrompeu adivinhando.
- Era o Cody, ele trouxe os meninos também e eles tão saindo de lá. – Dylan falou e todos assentiram.
- Que meninos? – Emma falou curiosa e eu tive que rir.
- Jake, Josh e o Cambo. – Pensei alto.
Todos ficaram em silêncio com medo de tocar no assunto “O Cody te falou?”. Sabe, eu não os culpo. É tão difícil pra mim, quanto pra eles, saber que eu e Cody estamos separados. Eu tento parecer bem, tento parecer feliz, mas não estou. E todos eles sabem disso. Principalmente Alli, que deu um tapinha na minha perna como se fosse um “A gente te entende…”.
 Pra encerrar o momento tenso, Alli virou pra frente.
- FREEEEEED, OLHA A PLACA, O LIMITE É SESSENTA, VOCÊ QUER MATAR A GENTE É? -
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
 Eu não sabia o que esperar dessa tal Hailey Baldwin. Eu não sabia se conseguiria olhar nos olhos de Cody. Eu não sabia de nada, a não ser que a coxinha do aeroporto de Miami era terrível.
 Voltei-me pro telão que marcava os vôos que chegavam e conclui que eu ia explodir.
- Oi princesa. – Bryan disse me fazendo olhar pro lado.
- Oi, er… Bryan. – Falei meio sem jeito. Ele riu um pouco de mim e me entregou um café. – Valeu, eu estava precisando. –
- É eu sei. – Ele tomou um gole e tomou fôlego pra continuar. – Pronta? –
- Pra quê? – Retruquei.
 Ele riu fraco.
- Ora, não minta pra mim, eu sei que você ta ansiosa pra chegada de Cody. – Bryan disse e eu encarei o chão.
- Ta tão na cara assim? – Perguntei ficando corada.
 Ele ergueu meu rosto com a ponta dos dedos.
- Não fica com vergonha, você ainda ama ele… É normal. – Bryan me consolou e eu não pude evitar o sorriso.
- Verdade… Será que ele já me esqueceu? – Perguntei mais pra mim mesma e ele riu.
- Só se tivesse perda de memória recente, qualé, foram três dias. – Bryan tirou com a minha cara e eu ri. Dei um soquinho no ombro dele e percebi que a cena já estava ficando intima demais. Ergui o rosto olhando pra frente e…
Droga, ele estava bem ali.

Ponto de vista do Cody – ligado.
  Ela estava bem ali. Senti um arrepio percorrer a espinha.
Já teve vontade de enfiar o dedo no cu e sair correndo?
Eu tive naquele momento.
 Droga, ela estava tão linda.
Tão linda, tão angelical, tão… Perfeita.
Ele estava ao lado, erguendo o rosto dela com as mãos e ela sorria.
Senti algo se formar dentro de mim, mas um cutuco me interrompeu.
- Onde estão seus amigos lhaminho? – Hailey perguntou e eu suspirei.
Lhaminho?
Tanto bicho… e ela me chama de lha-mi-nho?
- Eles estão bem ali. – Apontei pras cadeiras e ela sorriu.
- Nossa, quem é aquela gatinha ali? – Jake se apoiou no meu ombro e eu tive que me segurar pra não enfiar o punho na garganta dele.
- (Seu Nome)… - Respondi respirando fundo.
- Opa, foi mal. – Jake ficou quieto e eu neguei com a cabeça.
- A gente vai ficar esperando aqui? – Josh perguntou e eu neguei novamente.
 Eu não sabia se estava pronto pra falar com ela novamente, eu não sabia se tinha errado em julgá-la ou algo assim. Recusei todos os telefonemas de Alli e do resto da turma. Eu precisava esfriar. Provavelmente minha irmã me amarraria em uma cadeira e começaria a falar mil coisas, mas não sei exatamente o que eu estava sentindo.
 Eu to tão gay.
Não sou do tipo de cara que chega, cospe no chão e bota o pau em cima da mesa. Nunca fui nem nunca serei. Tive educação o suficiente pra saber como se trata uma garota. Mas a garota da minha vida estava bem ali, com outro cara. Pior, com o ex-namorado dela.
 Toda vez que eu fecho os olhos eu lembro da ultima vez que a vi. Com os joelhos sangrando, implorando pra que eu ficasse. Droga. Não sei de onde tirei forças pra sair dali sem voltar correndo, segura-la no meu peito e dizer que tudo ia ficar bem.
 Será que eu fiz a coisa errada?
Quero dizer, eu amei amo e sempre a amarei, mas e o que aconteceu entre ela e Bryan?
 Eu não me sentia bem fazendo ela sofrer, mas tudo o que fiz, tem um objetivo máximo, e esse objetivo é pra que ela respire fundo e se decida muito bem de quem gosta.
Eu sei que ela me ama, mas sei que ela o ama também.
- Cody, vamos. – Hailey envolveu o braço no meu e fomos caminhando até a galera.
 Hailey? Eu não tinha boas recordações do nosso namoro. Ela sempre foi histérica com tudo e isso me deixava louco. Toda vaidosa, isso tudo bem, mas ela não era tão bonita quanto achava que era. Se dizia brasileira, só dizia mesmo.
 Morar dois anos em um lugar e ter parentes de outra geração que nasceu neste mesmo lugar, não a faz anfitriã de uma nação. [opinião da tia]
- CODY! – Emma me viu primeiro. Todos se levantaram e vieram até nós.
Enquanto Jake, Josh, Cambo e Hailey eram cumprimentados, eu fiquei olhando pro lado.
 Ela estava rindo verdadeiramente, com todos os dentes aparecendo e aquela expressão fofa, que eu sempre fiz de tudo pra que ficasse nela. Com os olhos exprimidos pela força do riso.
 Sorri ao ver ela se contorcer de rir.
Ela era tão minha.
 Bryan continuava falando e ela ria mais a cada segundo.
Como eu queria estar com ela denovo. Mas naquele momento parecia impossível.

Ponto de vista do Cody – Desligado.
°°
SEU Ponto de vista – ligado.

- Pára de falar, por favor! – Implorei sentindo a barriga doer de tanto rir.
- Calma aí, tem mais. – Bryan disse risonho e eu ri mais ainda.
Ele estava contando como seria o fim da minha historia.
- Aí você e o Cody vão ter sete filhos, eu vou ser padrinho do Sebastião e da Sebastiana, alias, eles vão ter uma dupla sertaneja que vai se chamar PassaFome&ZéMarmita que vai fazer o maior sucesso! – Ele disse e eu continuei rindo. – Ih, eles chegaram, se recomponha. – Bryan ergueu meu ombro e eu continuei rindo.
 Ele sem minha permissão começou a me puxar pra perto do Cody. E detalhe: eu só sabia que era o Cody porque Bryan estava falando, caso contrário, eu iria caminhando, não sendo arrastada.
- Fala ae Cody? – Bryan tentou cumprimentar Cody, mas o cabrito não estendeu a mão. – Er, oi. – Bryan beijou a bochecha de Hailey e cumprimentou os meninos.
 Não sei por que, mas eu continuava parada. Eu estava suando que nem porco, minhas mãos molhadas, a minha roupa pareceu ser mais apertada, já que meu corpo esquentou de tal forma que eu já não aguentava mais. Eu poderia arrancar a roupa e ficar pelada ali, mas acho que não seria permitido… só acho. Ergui um pouco a cabeça e encontrei o tênis azul do Cody. Ele estava bem de frente pra mim. Ergui a cabeça totalmente, como num impulso, e olhei nos olhos dele, que me encaravam.
- Oi. – Soltei sem pensar. E foi sem pensar mesmo. Como se fosse a força do costume.
- Oi… - Ele colocou as mãos no bolso. Como se fosse um milagre, um garoto loirinho surgiu beijando minha bochecha.
- Oi, me chama de Cambo. – Ele sorriu e eu forcei o sorriso.
- Sou (Seu Nome), mas me chama de Brazilian Girl. – Respondi como de costume. Tive que dar oi pra todo mundo, incluindo pra garota magrela e com cara de Hamster que me deu um beijo em cada bochecha, parecia até carioca.
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- TIRA ESSA BUNDA BRANCA DA MINHA CARA JAKE! – Josh berrou emburrando Jake que caiu em cima do Cody.
- MÁ QUE DROGA, NÃO TINHA COMO TRAZER OUTRO CARRO? – Cody empurrou Jake (o menino tava parecendo uma bola de ping pong) e deu um peteleco no Dylan.
- Ah cara, como EU ia lembrar que não cabe onze pessoas em um carro? – Dylan disse fazendo todo mundo rir.
- Agora cabe. – Bryan disse no meu colo e eu ri. Sim, ele estava no meu colo. Ao lado tinha Cody com a Hailey em uma perna, Alli em outra, Fred dirigia tranquilamente (tirando nossos berros), Cole e Cambo estavam ao lado de Fred, Emma estava em cima do Dylan, que estava em cima do Cole, no banco do carona do lado do Cody. Tinha Josh com Jake no colo, bem, o fudido da turma, sentou no colo do Cambo, que não gostou da ideia e jogou o amigo pro banco de trás.
- MÁ TAMO CHEGANDO? – Gritei no ouvido da Hailey sem querer (querendo). Fred riu.
- Calmo ai pow, teve que desviar da policia, senão eles prendiam a gente. – Cambo falou tentando virar pra trás.
- Desviar por quê? – Hailey falou e Bryan riu da garota.
- Transporte irregular. – Cody respondeu antes de alguém fazer alguma gracinha.
- Hã? – Ela retrucou.
- Transporte excessivo de animais – Alli bufou e todos riram.
- É, daqueles com cara de babuíno. – Falei baixinho, mas todos ouviram. Principalmente Bryan, que gargalhou.
 A viagem pareceu durar séculos. Hailey no colo de Cody, que estava com o braço envolvido na cintura dela. Ela não parava de olhar pra ele, mas ele ficou totalmente diferente, só olhava pra frente. Sem contas visuais com ela. E comigo.
 Eu não sabia o que fazer.
Quando chegasse a casa, aquela que o Cody alugou pra recuperar meu amor, o que eu iria fazer? As coisas dele ainda estavam no armário, algumas em cima da cama, que eu tirei só pra sentir o cheiro.
 A gente teria que conversar mais cedo ou mais tarde... De preferência: mais tarde. OUVIU DESTINO?
Levantei a cabeça e encontrei um Bryan pescando de tanto sono. Acho que pela intensidade do meu olhar, ele ergueu a cabeça num impulso, mas não abriu os olhos, deixou a cabeça cair novamente.
 Segurei o riso.
 Vi que tinha uma lombada. Ok, hora de pensar. Se eu envolvesse a cintura dele com meu braço, haveria segundos pensamentos de todos naquele carro, mas se eu não o segurasse, ele ia se machucar.
 Nesse tempo de pensamento, Fred já estava na lombada e por impulso, envolvi meus braços na cintura dele e o segurei.
 Eu estava praticamente abraçada com ele.
Praticamente? Fala sério, eu estava abraçada nele.
O puxei com força pra tentar segurar o corpo mais pesado dele. Ele sentiu minha força e abriu os olhos assustado.
 A lombada passou, mas o momento ainda estava indescritível. Cody virou a cabeça pra encarar Bryan e eu. Os olhos assustados e a boca vermelha contraída de Bryan se transformaram em brilho e um sorriso sincero.
 Eu reconheci aquele sorriso. Reconheci como se tivesse o visto ontem.
Demorou até eu parar de olhar pros lábios dele e me tocar de que já tínhamos chegado, o carro estava parado e todos estavam esperando a gente sair.
 Uma pá seria ótima nesse momento pra cavar um buraco e enfiar a cabeça.
 Abaixei a cabeça e limpei a garganta.
- Er, pode sair… - Falei e ele parou de olhar nos meus olhos.
- Desculpa… - Ele levantou do meu colo e saiu.
- Respira, respira. – Repeti freneticamente enquanto caminhava sem olhar pros lados até o quarto.
 Fechei a porta de costas e encostei a cabeça na madeira. Droga. Eu tinha que lembrar disso logo agora?

#Flashback Ligado

 A noite estava mais escura do que o normal. A praça do bairro estava iluminada pelo único poste que funcionava. Um carro tocava um som distante, provavelmente forró (realidade brasileira) e nós éramos as únicas pessoas no local.
 O silêncio predominava e eu não conseguia desviar os olhos pra ele. Eu não tinha muita experiência com garotos, mas sabia como era quando eles gostavam de você. E nesse caso era obvio. Nós éramos grandes amigos, mas era inevitável dizer que rolava uma química. Desculpe, eu disse química? O caso era amor mesmo.
 Sentei no balanço que ficava embaixo do poste iluminado e ele no balanço ao lado.
- Então… - Ele tentou puxar assunto com um olhar sapeca. – Me conta um segredo sobre você. – Ele falou e eu devo ter corado.
- Conta você primeiro. – Falei e ele bufou.
- Mas eu perguntei primeiro! – Ele fez bico e eu ri.
- Mas eu to com vergonha, anda, fala. Depois eu falo, prometo. – Retruquei e ele cedeu assentindo.
- Hm… Meu primeiro beijo… - Ele começou e eu olhei curiosa pra ele.
- Anda Bryan, conta! – O apressei.
- Fui horrível, eu a mordi e a boca dela começou a sangrar! – Ele fez careta e eu desatei a rir.
- Você queria beijar ou comer ela? – Falei acordando os moradores num raio de dez metros.
- Pára de rir! – Ele bateu o pé e eu me recompus. – Agora você. –
- Ah, mas pra quê? – Perguntei e ele negou com a cabeça.
- Você prometeu! – Ele fez não com o dedo indicador e eu assenti.
- Promete que não vai rir? – Perguntei e ele assentiu. – PROMETE? –
- Pro… Prometo vai! Conta. – Ele hesitou, mas até se ajeitou no balanço pra me ouvir.
- Meu primeiro beijo… - Comecei olhando pro horizonte. – ainda não aconteceu. – Falei e ao contrário do que pensei que ele fosse fazer, ele apenas ficou me encarando.
 Ele se levantou do balanço e ficou de frente pra mim. O dedo polegar acariciou minha bochecha me fazendo erguer a cabeça, ficando olho a olho. Bryan beijou minha testa lentamente, depois deu um beijinho na ponta do meu nariz, e só então beijou meus lábios.
 Nossos lábios apenas se encostaram, mas eu senti uma corrente elétrica percorrendo meu corpo todo. Ele semi-abriu a boca e ficou esperando eu dar passagem. Assim que o fiz senti a língua dele entrando e só então consegui saber o que era beijar.
 Não importa aonde seja; o gosto; o cheiro; o que importa é a pessoa que você beija. Você pode beijar mal, ou beijar alguém que beija mal, mas se você gostar dessa pessoa verdadeiramente, o beijo vai ser bom. E não adianta ler quinhentas revistas que explicam como se beija que no momento, você vai esquecer de tudo, é só… deixar rolar.
 Bryan finalizou o beijo com alguns selinhos. O polegar dele erguia me queixo. Abri os olhos lentamente e encontrei o sorriso mais lindo e mais sincero que eu já havia visto na minha vida.

#Flashback Desligado

 Acordei das minhas vagas lembranças quando alguém bateu na porta. Fiquei de pé e tentei me ajeitar pelo menos um pouco. Virei a maçaneta e quase morri ali mesmo.
 VA-LEU DESTINO!
- Posso entrar? – Cody perguntou e eu abri a porta sem nem pensar.
 Cody estava lindo como sempre. Com a calça jeans clara, camiseta verde clara, pra combinar com os olhos e o tênis preto. Ele havia cortado o cabelo. Não o suficiente pra chamar de “novo corte”, mas o suficiente pra eu dizer que ficou diferente.
- Gostei. – Soltei enquanto ele abriu o guarda-roupa. Ele me encarou confuso e depois se tocou.
- Ah, brigada, pensei que ninguém ia notar. – Cody respondeu se voltando pro armário.
Eu precisava falar. Precisava perguntar.
- Então eu ainda sou alguém? – Perguntei deixando o momento ainda mais tenso. Eu estava parada em frente à porta, com as mãos nos bolsos da calça.
 Ele parou de mexer nas coisas dele, mas não me encarou. Eu entendo. Se ele virasse pra olhar nos meus olhos eu não agüentaria falar, ele devia sentir a mesma coisa.
 Um suspiro longo vindo dele me deixou impaciente.
- Desculpa. – Abaixei a cabeça.
 Ele não queria falar disso. Mas eu queria.
- Não tem pelo que se desculpar. – Ele disse e eu ergui a cabeça.
HÃ? ENTÃO ELE RESOLVEU ME PERDOAR ASSIM? DO NADA?
- Hã? – Só consegui falar uma das nove palavras acima.
- Não, não te perdoei. – Ele falou pegando um travesseiro e um lençol. – Mas não precisa gastar suas palavras. Só quero que você faça uma coisa: Tenta ser feliz. – Ele ia sair, mas eu o parei colocando uma mão no peito dele.
- Cody… - Senti um nó na garganta.
 Pela primeira vez depois de tudo aquilo, nossos olhares se encontraram. Os olhos dele estavam sem aquele brilho. Era como se não fosse ele. As lágrimas escorreram em nossos olhos. Ambos chorando.
- Não… não se preocupe… - Ele secou as lágrimas que insistiam em descer. – Vocês vão ter o quarto todinho pra aproveitar. –
 Ele desviou de mim e andou em passos largos pra fora do quarto.
Vocês” ouvi ecoando na minha mente.
 – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

Nós tínhamos apenas mais dois dias em Miami e eu só queria que acabasse logo. Levantei da cama não conseguindo dormir.
 Só consegui pensar em Cody e como eu o amava.
O relógio marcava duas da madrugada.
Em um ataque de loucura, coloquei um short, uma regata e um all star. Desci as escadas e cinco minutos depois já estava pegando a brisa quente.
Que falta que fazia a brisa fria da madrugada de Los Angeles. Ajudava a esfriar a cabeça e pensar sem estresse.
Fiquei de frente pro mar e respirei fundo.
Só quero que você faça uma coisa: Tenta ser feliz.”.
Sentei na areia.
Ele queria que eu tentasse ser feliz sem ele. Isso era quase impossível. Exagerei. Era TOTALMENTE impossível.
 Mas ele teve um motivo pra falar isso. Ele queria que eu “provasse” que o amava, mas pra mim mesma.
Porra! Eu sabia que o amava. Eu sei.
E ele queria que eu fizesse isso com uma pessoa em especifico.
Vocês”.
Eu amo Cody o suficiente pra passar por isso novamente. Eu amo Cody o suficiente pra encarar a vida de uma forma diferente.
Eu amo Cody Simpson o suficiente, para largá-lo.
 Fiz o caminho de volta pra casa em uns dois minutos e subi as escadas sem medo de acordar alguém, abri a porta e encontrei quem eu precisava encontrar.
- Bryan, pode conversar agora? –
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# Exatamente um mês depois.
 Olhei-me no espelho novamente.
Droga, to tão fútil.
 Um mês de namoro com Bryan. Bem, eu não estava exatamente feliz, mas estava do jeito que Cody pediu, certo? Estava tentando.
 Cody havia viajado pra Austrália passar um tempo por lá, mas voltaria na próxima semana. Não tive contato com ele, mas fiz questão de perguntar tudo pra Alli. Ele perguntou de mim também, pelo que Alli me disse, mas… não sei bem o que pensar.
 A calça jeans justa, o salto vermelho, a camiseta preta caída pro lado e o batom vermelho sangue. Cabelos presos em um rabo de cavalo desarrumado, com a franja pra frente.
 Peguei minha bolsa e saí da república.
- OPA! – Ouvi Tom falar e voltei. – Não esqueceu nada bitch? –
 Tom segurava a caixa azul clara, que tinha um laço azul marinho preso em cima.
- Ah, valeu. – Beijei a bochecha dele e peguei o presente do Bryan.
 Ele e eu íamos jantar fora, mas combinei de encontrar com ele na portaria. Eu já estava atrasada, mas e daí? Normal é pouco.
Entrei no elevador sorrindo.
Bryan não era Cody, mas não era nenhum psicopata/terrorista. Meio doidinho, mas tudo estava bem comigo.
 Faltava um mês pro fim do primeiro ano. Depois disso apenas mais um ano de Faculdade e depois formatura. Depois? Nada certo.
 Depois de colocar a bolsa e o presente no compartimento da moto, subi na mesma e acelerei. Depois de alguns prédios, estacionei na portaria do prédio dele (que ficava bem perto da minha republica, mas preguiça é foda.) e esperei um pouco.
 Ele não atendia o celular, então resolvi subir. O elevador abriu e eu busquei a chave na minha bolsa.
 Depois de passar por duas civilizações diferentes, tirei a chave da minha bolsa e abri a porta.
Virei a maçaneta e senti um embrulho no estômago.
Murmurei todos os palavrões que conhecia e entrei.
- SEU FILHO DA PUTA! – Gritei fazendo Bryan pular de susto.
- PRINCESA, NÃO É… - Ele estendeu a mão e a Hailey entregou a cueca pra ele.
- O QUE EU ESTOU PENSANDO? – Complementei e ele negou com a cabeça.
- ME ESCUTA! – Ele gritou.
Opa, um abajur dando sopa.
- VAI SE FUDER. – Mirei o abajur no meio da testa dele.
Não acertei. (Coro de “aaaah L”).
- FICA CALMA PRINCESA! – Ele foi pra trás do sofá que Hailey estava pelada.
Visão do inferno no sofá – On.
- ME CHAMA DE PRINCESA DENOVO E EU VOU AÍ TE DAR UMA SURRA! – Ameacei ir, mas fiquei parada.
 As lágrimas de arrependimento começaram a escorrer.
- COMO VOCÊ PÔDE? SEU FILHO DA MÃE, EU ACREDITEI… ACREDITEI QUE VOCÊ TINHA MUDADO! – Gritei chutando tudo o que eu via pela frente. Virei pra ir embora.
- ESPERA! – Bryan gritou e eu neguei.
- Eu sou uma burra por acreditar que um canalha como você pudesse realmente mudar e saber amar uma pessoa, mas parece que me enganei… - Falei secando algumas lágrimas e desviando o olhar pra Hailey. – Vocês formam um belo casal sabia? Fiquem longe da minha vida, eu tenho nojo de vocês. –
 Virei e entrei no elevador. A porta ainda não tinha fechado quando Bryan apareceu segurando uma almofada pra tampar as partes. Apertei o botão de fechar as portas quinhentas vezes em um segundo e assim que fechou comecei a soluçar.
EU SOU TÃO BURRA.
Eu acreditei. Porra, eu realmente acreditei. Perdi o amor da minha vida, perdi o canalha da minha vida, perdi uma vida, perdi mais um mês da minha vida, perdi. Apenas PERDI.
 Caminhei até minha moto quase furando o chão com tanta força que batia o salto. Gritei todos os palavrões que conhecia e dessa vez, até inventei alguns novos.
Subi na moto procurando desesperadamente o acelerador. Assim que o achei, até empinei a moto de tanta força que o virei. Eu estava perdida.
 A estrada era cercada por um tipo de precipício de mata. Como uma serra de decida pro litoral.
“Todos esse trinta dias sofrendo em silêncio. Forçando os sorrisos. Tudo isso em vão. Enquanto ele me traía, me fazia de boba, sussurrava coisas que sussurrava pra outra, quem sabe, para outras. E todas as noites mal dormidas de tanto forçar a mente a tentar esquecer os sorrisos de Cody, os toques.” Pensei.
 Tudo o que sofri durante um mês.
“Fiquei longe do meu homem. E tudo o que eu queria era ter ele nos meus braços.” Pensei desesperada.
A moto devia marcar 220 Km/h, eu estava sem capacete e com os olhos embaçados o suficiente pra não ver um caminhão na minha frente. Senti o celular vibrar no bolso de trás da calça e o peguei com uma mão.
Olhei na tela, mas não deu tempo de ver quem era.
Tudo aconteceu muito rápido.
A roda da moto virou e eu perdi o controle. Capotei com a moto três vezes na estrada, soltei o guidão e senti o sangue jorrando por todos os lados enquanto rolava batendo todos os membros nas árvores e pedras. A moto descia logo atrás de mim, essa já estraçalhada esbarrou por ultimo em uma árvore e explodiu. Já eu, continuei rolando até chegar num ponto cheio de pedras e bater a cabeça com força o suficiente pra apagar.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Ponto de vista do Cody – ligado.

 Fechei o punho e enfiei na cara dele. O puxei pelos cabelos até onde eu conseguia olhar nos malditos olhos azuis dele.
 Uma enfermeira viu e saiu correndo para algum lugar.
 Eu não estava nem começando. O joguei na parede e dei outro soco.
Eu podia sentir minha pele vermelha, queimando.
 Passei minha perna por cima dele e dei uma sequência de socos. O rosto dele já sangrava.
- SEU FILHO DA PUTA! – Explodi.
- Fique calmo senhor! – Um homem que passava por ali me jogou pra trás. Levantei em menos de dois segundos e voei em cima dele novamente.
 O peguei pela gola da camisa e o pressionei na parede.
- O QUE VOCÊ FEZ COM ELA DESSA VEZ DESGRAÇADO? – Gritei o jogando contra a outra parede.
 O barulho do impacto poderia ter acordado alguém do coma.
- FIQUE CALMO! – O segurança tentou, mas precisou de ajuda de mais dois pra me segurar.
- FALA! – Gritei pro garoto sangrando no chão.
- Eu… traí ela. – Bryan murmurou tentando conter a dor.
 Senti um ódio tomar conta de mim.
 Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter deixado pra falar com Alli tão tarde e muito menos pra ligar pra ela tão depois.
 Eu ia avançar nele novamente, e então minha irmã chegou.
- Cody! – Alli me abraçou fazendo os seguranças me soltarem.
Ela estava com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. – Vem, o deixe aí, por favor. – Ela implorou.
Alli me virou e me puxou pelo corredor. Um telão de vidro dava vista pro quarto que ela estava. Deitada, à base de soro e ligada a vários aparelhos que ficavam apitando.
 Como eu pude ser tão egoísta? Egocêntrico? Idiota?
Tão… insensível.
- Você conseguiu? – Alli perguntou e eu neguei com a cabeça.
 Ela não disse nada, não precisou. Puxei-a e a abracei com força.
- Vai ficar tudo bem. – Tentei conter não só as lágrimas dela, mas as minhas também.

- Cody Simpson? – Uma voz grossa perguntou e eu me virei.
- Sou eu. – Falei me aproximando do médico.
- Pois bem, encontramos seu telefone nas ultimas chamas recebidas, você chegou a falar com ela? – Ele perguntou e eu neguei.
- Ela vai ficar bem doutor? – Perguntei.
Ele suspirou.
- Ela está em estado grave. – Ele respondeu e eu juntei as sobrancelhas.
- Grave quanto? – Perguntei e ele olhou pro chão.
- Ela precisa fazer um transplante. – Ele disse e eu senti um arrepio subindo a espinha.
- Transplante? – Perguntei sentindo um nó se entrelaçar na minha garganta.
 O médico apontou pra cadeira ao lado e eu me sentei. Ele se sentou ao meu lado e suspirou antes de continuar.
- Ela sangrou muito durante a queda e ao chegar às pedras, o rim dela “pifou”. – Ele fez aspas. – Ela tem O positivo. -
- O transplante tem que ser feito hoje. Caso contrário… - Ele deixou as palavras se perderem no ar.
A fila de pessoas que precisam de um transplante é imensa.
 Segurei com muita força o choro.
 Eu não podia chorar.
Não ali. Com minha irmã observando o irmão mais velho.
 Eu precisava pensar, eu precisava chorar, eu precisava… dela.
Levantei, sem pensar, da minha cadeira e caminhei em passos largos pelo hospital.
 Virei pra direita e encontrei um corredor vazio.
Deixei as lágrimas escorrerem disparadas.
Meu peito parecia que ia explodir. Meus olhos já doíam junto com todo meu corpo.
Esmurrei a parede com o punho fechado. Esperei que uma dor anulasse a outra, mas foi totalmente ao contrário.
 Meu coração doía muito.
Eu devia ter ligado mais cedo.
Eu podia ter evitado tudo aquilo!
Porque eu sou tão idiota?
 Logo naquela noite em que eu ia pedir desculpas, eu ia implorar pra que tudo voltasse ao normal.
Eu liguei pra ela pra falar isso enquanto ela ainda estava em cima da moto e até atendeu o telefonema, depois disso, ela deve ter perdido o controle e caído penhasco abaixo.
Eu não podia perder ela. Não podia e não posso.
 Só de pensar nisso uma onda de lágrimas me invadia.
 Encostei as costas na parede e tampei o rosto com as duas mãos.
Pensa Cody.
 Tirei as mãos do rosto quando ouvi um bebê escandaloso. Eu estava de frente pro berçário.
Devia ter uns cinqüenta bebês. Cada um com uma roupinha.
 No canto havia um casal bem jovem segurando uma bebêzinha, eles estava maravilhados e dava pra ver que completamente apaixonados.

#Lembrança on.

- Ah não. Esse não. – Ela disse negando com a cabeça.
- Mas amor, é tão lindo. – Tentei convence-la.
 Ela estava deitada sobre meu peito. Eu com um braço envolvido em volta da cintura dela e com o outro eu brincava com uma mecha do cabelo dela.
 Ela suspirou.
- Que tal Shelby? – Ela falou e eu fiz careta.
- Argh, que feio. – Falei e ela resmungou alguma coisa inaudível e se sentou do meu lado.
- E se a gente colocasse o nome de alguma coisa que signifique algo? Tipo, não só um nome, uma poesia sabe? – Ela tinha os olhos brilhando.
 Sorri.
Ela é tão linda, tão minha. Ter ela nos meus braços é simplesmente um sonho se realizando. Claro que eu não quero acordar. (por mais gay que tenha sido esse pensamento).
 Acariciei a bochecha dela com o polegar e franzi a testa.
- Quer saber? – Perguntei e ela me encarou curiosa. – Deixa isso pra depois, a gente tem um tempo ainda pra ver qual vai ser o nome dela. –
 Ela riu e pulou em mim denovo.
Toda vez que nossos corpos se chocam eu sinto algo intenso percorrendo todos meus sistemas nervosos. E é tão bom.
 Ela ficou deitada em cima de mim, olhei no fundo dos olhos dela. Aqueles castanhos profundos que eu não conseguia parar de olhar.
Melhor do que sentir isso é só ter a certeza de que ela sente o mesmo quando está comigo. E essa, eu tenho.
 Passei uma mecha do cabelo dela pra trás da orelha e ela corou.
- Você tem razão. Vamos curtir o momento. – Ela falou abrindo um sorriso que eu juro que nunca vou esquecer na minha vida.
 Nós dois sorrimos.
 Ela deslizou a mão do meu tórax até minha nuca e aproximou o rosto.
Garotas de atitude têm meu coração.
 Selei nossos lábios sentindo tudo em volta parar. Como se só estivesse nós dois no mundo inteiro. Sem barulho de onda, sem buzinas, gritaria, ou qualquer coisa do tipo.
 Ela era minha.

#Lembrança off.

 Dei um soco no vidro e dei as costas pro berçário.
Um dia eu e ela estaremos ali, bem ali dentro, com o nosso, ou nossa filha, e estaremos juntos. Como sempre.
Corri até a recepção, passei na frente de todas as pessoas que estavam ali e me apoiei no balcão.
- O que deseja? – A moça jovem perguntou.
 Sorri.
- Eu gostaria de doar um rim. –



#CONTINUA

Se tudo der certo posto o próximo capitulo hoje mesmo.
Comentem bbs *-* (3/9/11 - 17:20)

16 comentários:

Anônimo disse...

Ai eu to chorando aqui, esse capitulo foi perfeito !! to doida pra saber o que vai acontecer !! ♥

Unknown disse...

UP , continua logo isso

Anônimo disse...

EU ODEIO VOCE MANO ! SEMPRE ME FAZ CHORAR QUE ISSO ! SEU IMAGINE É O MAIS PERFEITO DO MUNDO SÉRIO COOOOOOOOOOOOOONTINUA HOJE

Anônimo disse...

UPP

ზ Fc Cody Simpson ¿Perfect Boy? disse...

Aaaa que lindoo ♥
Continua hoje por favor ..

Gabriela Ananda disse...

Tiiiiia Lilaaah Sua Bitch.. Posta Logo, se vc não quiser que Eu e a Mafia toda, vamo na tua casa RUM
Ta perfeito !! e mais uma vez, vc me fez chorar .. :'(
PLEASEEE .. Posta logoo !!!!!

Kethellen Cristina disse...

#UP...
Continuuuua loooooogo..
Ameei,muito mais que perfeeito s2

ზ Fc Cody Simpson ¿Perfect Boy? disse...

Tiaa Lilah, vim te dar um selinhoo .
http://imaginesepuder.blogspot.com/2011/10/selinhoo.html

Anônimo disse...

Liiiindoo amei

Litlle Angels of Cody disse...

OMG ! Perfeito Muito Lindo como sempre não sei o que te dizer nen o que pensar mais so te pesso!
CONTINUA POOR FAVOOR
E NUNCA NUNCA MESMO PARA DE ESCREVER POR QUE É DEMAIS ACHO QUE VC DEVERIA FAZE UM LIVRO UM FILME SEII LA POR QUE TALENTO PRA ISSO VC TEM E DE SOBRA =)
CONTINUA POOR FAVOOR

Cabriteusa disse...

chorando oceano aqui ;(
Muito perfeito continua looogo que eu to curiosa *-*

Duda disse...

Perfectzão, lindão, gatão, sedução uhul \o/
To sem palavras,mas muito legas
mas agora nome de quem? O.O que eles estavam falando? O.o No #Lembrança? Fiquei espantada aqui.
Continua, plz
Você tem muito talento

Anônimo disse...

P-E-R-F-E-I-T-O !

Continua! Urgentemente-

Anônimo disse...

aaammmmmeiiiiiii ! Simplesmente perfeito !-

Anônimo disse...

Caramba, velho, eu amo seu imagine. Continua, ´ta?

Colégio Inter@ção disse...

Tia Liiiilaaaaaah ! Eu já falei que amo seu imagine? já? mesmo assim: eu amo seu imagine. E vou ser sua empresária no futuro. Contiinuaa !