domingo, 28 de agosto de 2011

Mudança Já!

    Heey pípou!
Como vocês já sabem, Titia Lilah vortou à ativa.
Há menos que você seja muito despercebido (tipo, eu), você deve ter notado que eu mudei o layout do Blog.
MAAAS, mudei muito mais do que isso Angels!

Mudei minha descrição, coloquei os baguín ali do lado, mudei cor de tudo quanto é coisa, mas o melhor de tudo foi:

          QUALQUER UM PODE COMENTAR!

Sim, ninguém tem a desculpa "Não consigo comentar...", pq agora vc pode comentar mesmo se não tiver blog, mesmo se não tiver orkut, mesmo se não tiver OpenID, sim caro amigo, até mesmo se vc for da Máfia, você pode comentar! E não precisa escrever aquelas letrinhas que apareciam, é só escrever e postar o comentário.  NÃO É DEMAIS? O.O

:) Comentem  KK'  

sábado, 27 de agosto de 2011

Volta do Imagine II - Cap. 1 | ATUALIZAÇÃO |


Dois meses atrás X

Cody saiu do carro dando pulos de felicidade, eu ia abrir a porta, mas nem deu tempo, Cody já havia aberto e me puxado pra fora do carro.
- CALMA AÊ CABRITO REBELDE, PRA ONDE TU VAIS FÍ? – Berrei enquanto ele corria me puxando. Eu ia batendo em tudo quanto é coisa. Cody riu gostoso e diminuiu a velocidade.
- Pra onde você acha cabrita? – Ele perguntou e eu ri. A gente continuou correndo até chegar à casa do Fred. Cody ficou de frente pra porta e pediu pra eu esperar um pouco, pra fazer uma surpresa eu fiquei longe da porta, distante da vista de qualquer um da casa. Cody se chacoalhou, abriu os primeiros botões da camiseta, bagunçou o cabelo e tocou a campainha todo desajeitado.
“Se liga na atuação do Cabrito!” pensei.
 Fred abriu a porta em clima de luto. Cabeça abaixada, nenhum sorriso e animação zero. Cody parecia imitar Fred, ou seja, os dois pareciam zumbis. Os dois trocaram algumas palavras, Cody estalou o dedo atrás da camiseta.
Eu fui atingida por uma idéia, e saí em disparada dali. Cody fez uma careta ao me ver correndo inclinada pelo jardim do vizinho do Fred e disfarçou depois. A ultima coisa que vi foi Cody entrando na casa.
 Fui pra parte de trás da casa do Fred. Uma das desvantagens das casas dos Estados Unidos é o fato de não ter portão, lá, no máximo uma cerca de um metro! Já imaginaram, no Brasil, as casas sem portão? É, tem coisas que até eu não consigo imaginar. Dei a volta na piscina e encostei a cabeça na porta de vidro da cozinha na chance de tentar ver alguma coisa. Ninguém na cozinha. Virei a maçaneta, mas a porta não abriu. “SAKOLA!” pensei, ou eu falei? Não sei. Fred nunca fechava essa maldita porta, e só porque eu resolvo fazer uma surpresa, ele fecha. Tentei mais algumas vezes só por insistência. Olhei pros lados e só vi uma solução.
 Subi em cima da maquina de lavar, coloquei um pé na mureta e o outro no telhado da sacadinha. Quem passasse por ali devia achar que eu estava invadindo a casa do Fred, mas espera aí, de fato: Eu estava invadindo a casa do Fred! Mas com essa cara de meliante que eu tenho, eu seria até presa, já pensou? “Garota de dezoito anos é presa por invadir casa”? Meus pais berrando, faculdade indo pro lixo, dois anos de cadeia, dormir no chão e comer sobras! Será que na cadeia tem Wi-Fi liberado? Continuei escalando até chegar à janela do quarto dos pais do Fred. Passei uma perna pro lado de dentro.
- Não olhe pra baixo, não olhe pra... CARAÍ! – Eu berrei e depois tampei a boca com as mãos, mas logo voltei às pro muro pra não cair. Respirei fundo e me inclinei pro lado de fora do prédio, dei mais uma olhada na altura, Cody me procurava no jardim. Estalei o dedo e assoviei pra ele ouvir, dito e feito, Cody olhou pra cima e arregalou os olhos. Fiz joinha pra provar pra ele que eu não estava fora de mim (ou estava?) e me concentrei em sair dali logo. Ofeguei algumas vezes antes de jogar meu corpo pra fora do prédio e depois me jogar no chão do quarto. Amassei meu peito com o baque no carpete verde, o que devo dizer que amaciou minha sutil e nada barulhenta queda. “Fred me paga!” levantei do chão amaciando o peito, os homens não têm noção do quanto dói uma batida no peito.
 Dei um pulo ao ouvir passos na escada.
- O que o Cody tem? Ele ta estranho... – As vozes eram distantes, mas se aproximavam cada vez mais. Olhei pros lados quase tendo um infarto e corri pra debaixo da cama.
- Estranho? Estranho como? – Outra voz, agora eu já podia diferenciar, as duas vozes eram masculinas. Saí debaixo da cama com um pressentimento ruim e entrei no armário da mãe do Fred. Eram homens, então não mexeriam ali... Ou mexeriam?
- Sei lá, parece feliz. Eu até o vi sorrindo! – A porta do quarto foi aberta. A porta do armário tinha um espaço que dava pra ver o quarto todo, entre a abertura das duas portas.
- E daí cara? – Cole perguntou dando ombros e se jogando na cama.
- Como assim e daí? A namorada dele acabou de ir embora e ele sorri? Tipo SORRI? – Dylan dizia inconformado. Dylan estava acabado também. Ainda lindo, mas acabado.
- Ele deve estar tentando superar... – Cole coçou o saco. Dylan procurava alguma coisa, mas não achava, então encarou o irmão que nem precisou olhar pro Dylan pra saber o que ele procurava, apenas apontou pro canto, atrás da porta. Fui pro outro lado do guarda-roupa pra ver o que havia ali. Eram várias mochilas, eles deviam estar passando a semana na casa do Fred, ele havia dito que os pais viajariam denovo. Pelo que parece todos estavam ali, a roxa só podia ser da Alli. Dylan fechou a porta.
- Superar? Faz dois dias que ela foi embora! Eu não supero nem um chocolate vencido que minha mãe compra em dois dias! – Dylan pegou uma mochila e colocou em cima da cama.
- Ah cara, vai que ele já ta em outra né? – Cole falou e Dylan virou a cabeça pra encarar o irmão.
- Outra? É do Cody que estamos falando maninho! – Dylan disse revirando os olhos, tirando uma roupa da mochila e jogando a mochila pro canto denovo.
- Mas eu nunca vi o Cody sofrer por uma garota. – Cole disse pegando uma revista que estava jogada por ali.
- Não é uma garota, é a (Seu Nome), além do mais todo mundo sabe que o Cody ama ela mais do que tudo, ele não superou ainda, não é possível! – Dylan bateu o pé e fez negação com a cabeça.
- Você só diz isso porque ainda não a superou... – Cole disse e Dylan assentiu olhando pro chão.
- E você superou? – Dylan perguntou mudando de assunto. Foi uma boa tentativa, mas não deu certo, o irmão bateu na mesma tecla. Cole jogou a revista pro lado pra olhar pro irmão enquanto falava.
- É diferente, eu não superei a minha amiga ter ido embora, você ao superou o seu amor ter ido embora! – Cole gesticulou exageradamente pra falar. Dylan respirou fundo e desviou o olhar pra um ponto qualquer.
- Já falei que não gostava dela... –
- Já falei que você não me engana. – Cole retrucou o irmão. Assim como o Dylan, eu dei um pulo quando a porta foi aberta.
- Interrompi? – Cody perguntou olhando pros dois irmãos que se encaravam.
- Não, não, a gente tava falando sobre... – Dylan disse tentando disfarçar o fato de que estavam falando sobre o Dylan e como ele me amava.
- Patos. – Cole complementou e Cody ergueu uma sobrancelha.
- Ah ta... E vocês querem que eu saia pra vocês continuarem falando desses patos? – Cody ironizou e os três riram.
- Não precisa não... – Cole voltou a folhear a revista e Cody se jogou na cama.
- Onde ficam as toalhas? – Dylan perguntou e Cody se levantou, comecei a ofegar quando percebi que ele vinha na minha direção. Cody abriu uma porta e enfiou a cabeça dentro do armário. Tampei a boca dele e ele arregalou os olhos quando me viu. Ficamos nos encarando por um tempo até eu destampar a boca dele e ele respirar fundo pelo susto, eu acho.
- Tu vai fabricar a toalha aí mané? – Cole disse gozando com o Cody que pegou a toalha, virou e fechou a porta.
- Vou tomar banho. – Dylan pegou a toalha e foi pro banheiro do quarto.
- Vou descer! Vamo? – Cole olhou pro Cody que fez não com a cabeça.
Cole saiu devagar e Cody deu um pulo pra fechar a porta. O chuveiro começou a fazer barulho e o Cody correu pro armário.
 Saí do armário e pulei na cama.
- Ufa, ali é quente sabia? – Perguntei e ele riu.
- Tu quer me matar do coração cabrita? – Ele perguntou e eu ri.
- Cabrita? O apelido pegou? – Zoei. Ele assentiu e deitou em cima de mim.
- Pegou! Agora você é minha cabrita. – Cody me deu um selinho rápido.
- E você meu cabrito. – Devolvi o selinho.
- Acho que somos o casal mais romântico da Califórnia. – Cody disse com voz afetada e eu ri alto.
- Shh! – Cody tampou minha boca. Ele tirou a mão de cima da minha boca e deslizou pra minha nuca. Juntei nossos lábios e esperei ele pedir passagem pra língua. Quente.
 Quando a temperatura entre eu e o Cody já estava pelando, ouvi o chuveiro parar.
- Cody... – Ofeguei e ele continuou deixando chupões no meu pescoço.
- Hm... – Ele murmurou sem parar.
- O Dylan ta vindo. – Falei distanciando Cody.
- Calma, ele ainda vai trocar de roupa e... – Cody foi interrompido pela maçaneta sendo aberta. Dei um pulo, saí debaixo do Cody, deixando-o todo amassado ali e entrei no armário denovo.
- AAAH, MAS AGORA QUE A BRINCADEIRA TAVA FICANDO BOOA? – Cody gritou e Dylan ergueu uma sobrancelha.
- Brincadeira? O que tu tava... Se tava se masturbando? AQUI? – Dylan arregalou os olhos e eu segurei o riso.
- Não, é que eu tava... – Cody tentou se explicar, mas a risada do Dylan interrompeu.
- Isso fica entre nós, amigão. – Dylan deu um tapinha no ombro do Cody que mandou um olhar medonho pro armário, quero dizer: pra mim.
 Dylan estava com a parte debaixo enrolada por uma toalha branca. Cody olhou pro amigo e depois pra mim.
Dylan começou a tirar a toalha, mas Cody interrompeu.
- CARA! – Dylan deu um pulo com o grito do Cody. – Se troca no banheiro. –
- Pra que? Vai ficar excitada amor? – Dylan zombou do Cody e pela primeira vez naquele dia eu o vi sorrindo.
- Não, mas é que... –
- Afe viu, deixa de ser mulherzinha, - Dylan arrancou a toalha e eu arregalei os olhos. Ok sou comprometida, não cega! Mas em respeito ao meu namorado, não vou descrever o MINIDYLAN, quero dizer... Grande Dylan. Respirei fundo pra não dispersar. Cody não parava de olhar pro armário. Fiquei olhando pro Dylan, consciência pra que te quero? Desviei o olhar pro Cody. Quando o voltei pro Dylan, ele já estava de cueca. Suspirei aliviada.
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 Cody e Dylan saíram do quarto e eu saí atrás. Passei por todos os cômodos até chegar na sala. Se lá fora o clima era de luto com o Fred, dentro a Alli era o defunto. Alli estava jogada no meio da sala, de blusa e toca. BLUSA E TOCA, EM LOS ANGELES! Isso é suicídio. Cole e Fred estavam comendo. Dylan e Cody conversando no canto da sala. Emma tentava animar Alli que apenas fazia não com a cabeça.
 A cena era de chorar.
 Dei mais alguns passos a frente, ficando visível para todos na porta da cozinha para a sala.
Cruzei os braços e esperei alguém notar minha presença.
 Fred deu uma garfada no arroz, olhou pra mim rápido e desviou o olhar, mas assim que viu algo estranho ergueu a cabeça novamente, como um susto, ele arregalou os olhos e abriu um sorriso.
- BRAAAZILIAN GIRL! – Ele gritou saindo em disparada da mesa e pulando em mim. Dylan e Cole foram os primeiros a acordar do mundo da lua. Cole me abraçou com tanta força que eu quase cuspi meu pulmão e Dylan nem se fala.
- AI MEEU DEEEUS! – Alli deu um pulo. Olhou pro Cody e depois pra mim. – ISSO É COISA SUA NÃO É? –
Alli correu até mim, fez questão de pegar a gola do Dylan que me agarrava e fazer o menino voar pra parede, pra depois me abraçar.
- SURPRESA! – Cody gritou se aproximando.
- Mas quem? Como? Onde? Por quê? Quando? ALGUÉM ME RESPONDE! – Emma empurrou Alli e me abraçou com muita força, quase me levantando.
- Calma que eu explico tudo... – Falei sorrindo. Era impossível não sorrir, estar ali novamente era tudo o que eu queria.
- Desenrola carretel! – Cole disse e eu sentei no sofá. Todos sentaram em volta pra ouvir toda a historia.
 Contei tudo. Contei do Cody gritando no meio da rua, da policia na minha casa, dos meus tios falando que eu poderia voltar! Dos meus pais me deixando ir sozinha pra Los Angeles, da invasão na casa do Fred, do quarto dos pais do mesmo, mas é claro que não contei do Dylan pelado, tudo isso com comentários bobos e risadas desnecessárias.
- E aonde tu vai morar enquanto isso? – Emma perguntou ainda rindo dos comentários do Fred.
- Ah, na casa do Cody, a gente vai começar a faculdade daqui dois meses... – Falei e eles assentiram. Pra quem não sabe, nos Estados Unidos, quando as pessoas vão pra faculdade, a faculdade tem uns dez prédios ao lado e os alunos podem ou não, morar lá. No meu caso eu iria morar. No Brasil também tem, mas é só pra quem não tem renda pra pagar um hotel. Brasileiro é uma merda mermo.
 Ficamos nos encarando por um tempo.
- Sentimos sua falta... – Dylan disse e todos assentiram.
- Vocês não vão se livrar tão fácil de mim! – Fiz careta e todos riram.
- Esperamos que não mesmo! – Cody disse e eu ri.
 Eu não sabia como ficaria na faculdade, se seria muita responsabilidade, ou seria tranqüilo como o Ensino Médio, mas sei que com essas pessoas do meu lado, nada seria ruim.

X Agora X


 Capitulo 1 X Apresentações, explicações & Reencontros:
Meu salto alto batia constantemente no chão. Virei-me e encarei o espelho. “Estagiária - Los Angeles Recorde” é o que meu crachá marcava. A Faculdade me deu a chance de não só trabalhar, mas escrever para uma das maiores revistas dos Estados Unidos. Eu já estava a duas semanas no cargo. Eu não preciso usar uniforme, pois só trabalho no período da manhã, então eu costumo ir de calça skinning, uma camiseta qualquer e o salto alto indispensável. Ajeitei o rabo de cavalo desajeitado, mas lindo e virei pra esperar a porta abrir. A porta se abriu e eu saí do elevador batendo o salto até a bancada pra bater ponto. Todos os dias têm que “Bater Ponto”, que simplesmente é assinar uma ficha quando você chega e quando você sai, pra provar que você realmente foi trabalhar. Apoiei-me na bancada alta e esperei Marie desligar o telefone. Marie é a faz tudo da Editora. De café até relatórios pros presidentes. E ela gosta. Costumo sair pra comer alguma coisa no horário de almoço com ela, eu me apeguei, já que ela foi a primeira a se apresentar pra mim quando eu cheguei, e com as conversas, risadas e tudo mais, eu acabei gostando dela, não chega a ser uma amiga, mas digamos que um dia, ela será.
- Oi Brazilian Girl... – Marie colocou o telefone no gancho. Fred costuma me levar pro trabalho, já que Alli trabalha no prédio ao lado, um dia ele resolveu subir e berrou quando foi se despedir “FLW BRAZILIAN GIRL”. Depois disso, tirando meu chefe demoníaco, todos me chamam assim.
- Oi Marie, tudo bom? – Perguntei enquanto ela pegava a ficha.
- Como sempre, e você? – Ela respondeu entregando a ficha com um sorriso no rosto. Marie esta sempre bem e se um dia ela me disser que esta mal, é porque realmente algo está muito errado.
- To ótima, ele já chegou? – Perguntei fazendo careta.
- Já sim, melhor você correr. – Ela apontou pra sala do chefe.
Assinei, coloquei data, as horas e entreguei a ficha pra ela.
- Bom trabalho – Sorri pra Marie que assentiu.
- Pra você também. – A ouvi dizer enquanto caminhava até meu espaço.
 Em volta do pátio havia cerca de vinte salas com parede de vidro, para os cargos mais importantes. E o pátio era divido em espécies de espaços, como madeiras em jogo da velha. Cerca de setenta espaços ocupavam o lugar, o meu ficava bem em frente à sala do chefe, Sr.Sullivan. Um homem charmoso, aquele tipo de velho rico galã de novela, que todas as moçinhas se apaixonam e disputam, mas no final ele morre. Trágico. Cabelo cinza, olhos escuros e uma imponência de dar medo. O cara é chato, exigente e autoritário, na maior parte das vezes egoísta, mas sendo chefe de uma editora, isso não me surpreende.
 Sentei na minha cadeira e liguei o computador. Meu espaço continha o computador, telefone, pilhas de papeis que eu tinha que ler e revisar a gramática, ou responder os recados dos leitores e providenciar melhoras. Minha caneca em forma de vaquinha e uma foto minha com toda a turma. A porta do Sr.Sullivan se abriu e eu imediatamente peguei uma caneta e um bloquinho. Com certeza ele pediria alguma coisa. Eu disse pedir? Mandar é o termo correto. Na verdade, “imediato”, “agora” e “é pra ontem” são os termos que ele mais usa. Quem saiu da sala não foi ele, e sim a secretaria Brittany, aquela mulher me da nos nervos. Sempre me contestando, mandando, gritando, arrumando defeito... Só o Sr.Sullivan pode fazer isso, mas não, como ela transa com ele, ela tem impunidade e pior: tem proteção. Ela devia ter uns vinte e dois anos, cabelo liso, loiro e longo, até a cintura, sorriso falso, sobrancelha erguida, assim como o nariz em pé, uniforme colado e olhar mortal. Fim da descrição, ela está caminhando até meu espaço agora. Se segura.
- Brazilian Girl, o Senhor Sul quer te ver. – Ela disse com a voz fina e irritante. Quem ela pensa que é pra o chamar de “Sul”? Ah, me esqueci, a amante dele. – E não esqueça o café... -
 Assenti e esperei ela sair rebolando pra me levantar da cadeira. Caminhei até a maquina de café. Quente, metade do copo, sem açúcar, mas com uma colher de mel. Olhei pra Marie que fez joinha me olhando de cima abaixo e bati na porta.
- Entre. – A voz grossa disse. Abri a porta, mas não entrei. Ele estava sentado de costas, na poltrona.
- Sr.Sullivan, me disseram que o senhor quer me ver. – Falei e ele fez sinal para que eu entrasse. Coloquei o copo na mesa e ele se virou com a poltrona.
- Sim, eu quero lhe contar uma coisa Senhorita (Seu Sobrenome). – Ele tomou um gole do café e apontou para a cadeira. Sentei-me e cruzei as pernas, esperando ele terminar o outro gole do café.
- Então? – Perguntei enquanto ele apenas me encarava.
- Então o que? – Ele retrucou.
- Qual é o assunto da minha visita ao seu escritório? – Falei delicadamente, qualquer alteração no tom pode resultar em um dedo apontando pra minha cara e um “Você está: Demitida”.
- Oh sim, me desculpe. – Ele se arrumou na poltrona. – Você, mais do que ninguém, sabe que nós recebemos muitas criticas nesta editora. –
Assenti.
- E ultimamente, os seus textos estão recebendo uma maior quantidade de criticas positivas. Em alguns lugares as pessoas estão até perguntando se seus textos podem ser comprados avulsamente na revista... – Ele disse surpreso. Reprimi o sorriso e engoli o “Sou foda” que subia minhas cordas vocais. Fiz sinal para que ele continuasse.
- Eu me surpreendi com os comentários dos meus sócios, e li seus textos. Você tem muito talento para isso, precisa de mais espaço, mais páginas talvez... –
- Aonde o senhor quer chegar? – Perguntei de sobrancelhas juntas.
- Eu vou te promover, vou te dar a chance de virar uma das nossas principais escritoras, amanhã mesmo você terá um espaço novo, no final do pátio, com todos os outros escritores da revista. Inicialmente, procure o Matt, ele dividirá a coluna dele com você. – O senhor Sullivan se levantou e caminhou até a porta. Eu estava paralisada. Duas semanas e uma promoção? Era inacreditável.
 Ele abriu a porta e eu me levantei entendendo o recado. Fiquei de frente pra ele.
- Obrigada. – Sorri estendendo a mão pra ele. Ele apertou minha mão, mas não sorriu.
- Eu estou de dando uma chance Senhorita (Seu Sobrenome). – Ele disse sério.
- Não vou desperdiçá-la. – Respondi me retirando da sala. Ele fechou a porta e eu não pude deixar de sorrir. Caminhei até meu espaço e comecei a ajeitar minhas coisas, minhas pastas, para amanhã trocar de espaço.
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Olhei no Champion branco no pulso e dei um pulo. Desliguei o computador, peguei alguns papeis e fui até o balcão de Marie.
- Oi. – Coloquei os papeis no balcão.
- Hm, olha a promovida aí. – Ela sorriu e eu retribuí.
- Não to nem acreditando, você conhece o... –
- Matt? – Marie adivinhou.
- É, ele mesmo. – Falei pegando a ficha.
- Ele é gente boa, sincero e talentoso, é gay, então é bem extravagante, você vai conseguir achá-lo rapidinho. – Marie pegou a ficha de volta. O interfone tocou e ele fez sinal pra eu esperar.
 Olhei pro elevador e depois pro relógio. Marie colocou o interfone no gancho sorrindo.
- O teu cabrito ta te esperando. – Ela zombou e eu mostrei a língua.
- Até amanhã linda, bom final de dia. – Falei e ela assentiu mandando um “Pra você também.”.
 A porta do elevador estava fechando.
- SEEEGUUUURAAAA! – Berrei e uma mão parou a porta. Entrei no elevador rindo.
- Obrigado! – Falei e depois percebi.
- Não por isso. – O garoto de cabelos castanhos, olhos claros e uns dezenove anos falou sorrindo. Ele se parecia muito com alguém, mas eu não sabia quem. A porta se fechou e eu apertei o térreo.
O silêncio era perturbador. Quinze andares.
- Será que chove? – Ele perguntou e eu o encarei com cara de “Aff”. Ele riu. – Ok, péssima idéia. –
- Bota péssima nisso meu amigo. – Falei e ele riu. – Sou (Seu Nome), mas me chama de Brazilian Girl. – Sorri e estendi a mão.
- Johnny, mas me chama de John. – Ele apertou minha mão.
- Johnny? John Sullivan? – Perguntei de olhos arregalados e ele assentiu.
- Sim, filho do dono desta joça toda. – Ele disse com voz afetada e eu ri.
- Prazer em conhecer, as garotas lá de cima falam muito de você. – Falei e ele sorriu.
- Você trabalha aqui? – Ele perguntou e eu assenti.
- Há duas semanas, mas sim... Eu nunca te vi aqui – Falei e ele riu.
- Eu venho pouco aqui, mas acho que vou ter que começar a vir aqui mais vezes. – Ele disse com expressão séria.
- Por quê? – Perguntei curiosa.
- Meu pai quer que eu assuma os negócios. – Ele suspirou e eu ri. A porta do elevador se abriu.
- Então até a próxima John. – Falei dando um beijo na bochecha dele.
- Até Brazilian Girl. – Ele deu tchau e eu saí caminhando até a porta.
 O pátio era enorme, com catracas e vários seguranças.
Passei meu crachá em cima da catraca e passei pro outro lado. Caminhei mais um pouco até a porta automática de vidro, aquelas que a gente brinca que sabe fazer mágica no shopping. Cody estava de frente pra mim. Desci alguns degraus, mas quando faltavam uns três, pulei no Cody que me segurou rindo.
- Ah, minha cabrita! – Cody me colocou no chão e selou nossos lábios. Ele pediu passagem pra língua e eu logo dei. Apoiei meus braços em cima dos ombros de Cody, que segurava minha nuca com uma mão e minha cintura com a outra. A língua dele queimava minha boca e a sensação era ótima. Cody desceu a outra mão pra minha cintura também e a envolveu com os dois braços, me puxando pra cima e me rodando no ar. Desgrudei nossos lábios.
- Bom dia coisa linda! – Falei dando alguns selinhos nele.
- Ótimo dia! – Ele me corrigiu e eu ri.
- Vamos? – Perguntei e ele me olhou risonho.
- Que pressa é essa mulé? – Ele perguntou e eu ri.
- Hoje tenho umas aulas mega importantes! – Falei empolgada e ele assentiu.
- Eu também, mas calma, Não Criemos Cânico. – Cody imitou o Chapolin e eu ri.
 Eu saí da infância, mas a infância não saiu de mim.
- Ta com fome? – Perguntei e ele fez bico.
- To, mas to sem grana. – Ele fez cara de choro e eu ri.
- Também to, topa uma coxinha na Lanchonete do Léo? – Perguntei e ele riu.
- Topo! Mas antes... – Ele disse e eu já virei pra ir andando, mas ele me puxou de volta. – Mais uma beijoca! –
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 Dei uma mordida monstro na coxinha, fazendo Cody rir assustado.
- Se eu soubesse que você tava como tanta fome, tinha até passado no pasto Cabrita! – Cody zombou e eu mostrei a língua (Com a boca cheia, eta delicia!).
 Senti o telefone vibrando no meu bolso e dei um pulo. Peguei o celular com a mão toda suja e atendi de boca cheia mesmo.
- Alo... Ka? – Falei e Alli riu do outro lado da linha.
- Amiga, onde se ta? – Alli perguntou rindo de alguma coisa, provavelmente de alguma graçinha do Fred.
- To comendo aqui, com o Cody. – Falei mastigando.
- O que vocês tão comendo? – Alli perguntou curiosa.
- Coxinha. – Respondi e ela fez “Aff”.
- Pobre é o cão mermo né? – Ela disse e eu ri.
- O que você quer afinal? – Perguntei rindo.
- Nada não, tava entediada. – Alli disse com voz de choro e eu ri.
- Vai matar esse tédio com o Fred, beijo. Tenho uma coxinha me seduzindo aqui. – Falei e ela riu alto.
- Ok, até a Facul. Beijo. – Alli disse e desligou o telefone.
- O que ela queria? – Um Cody todo sujo de Ketchup e de boca cheia disse. Fiz careta.
- Nada não amor, pode comer. – Falei rindo da cara dele.
- O que foi? – Ele perguntou. Até o nariz estava sujo de Ketchup. Soltei uma gargalhada e ele me encarou sério. – Ta rindo de mim? –
- NÃÃÃÃÃÃO! Magina amor, toma se limpa. – Entreguei um guardanapo pra ele que não entendeu.
- Boiei. – Cody disse fazendo bico e eu fiz carinho no cabelo dele.
- Não foi nada... – Falei ainda rindo.
- Ok, acabamos de comer, vamos? – Cody perguntou e eu me levantei.
- Vamos! – Ele se levantou e me segurou pela cintura.
Paguei as coxinhas e nós fomos caminhando até o Mitsubishi do Cody. Sim, Brad havia dado de presente para o filho, nada mais, nada menos do que um Mitsubishi Vermelho monstruoso.
- Olha meu bebê! Oi Bruce, foi tudo bem? Alguém judiou de você? – Cody falava.
- Eu ainda vou sentir ciúmes desse carro... – Falei entrando no Bruce e ele riu.
- Não sinta, os dois tem espaços iguais no meu tumtum. – Cody disse acariciando o volante. Coloquei o cinto rindo.
- Nossa, me sinto bem melhor agora. – Falei e ele riu alto.
 Cody dirigi bem, como todo homem, ele adora xingar o transito, mas nada descontrolado. Eu, com minha moto, alias eu tirei uma Carta Mista, serve para carro e moto. Eu tenho uma moto, mas depois falo dela.
Chegamos à Faculdade rindo do povo da rua, ele colocou na vaga e saiu do carro correndo pra abrir a porta pra mim.
- Já falei que não precisa amor! – Falei quando ele abriu a porta.
- Mas eu faço questão! – Ele disse segurando minha cintura com uma mão e com a outra acionando o alarme.
 Eram dez prédios de um lado e mais dez do outro, cada um com vinte andares e 25 pessoas por andar, umas quinhentas por prédio e dez mil pessoas no total (Cálculos reais. Pode pegar a calculadora se quiser). Eu moro no último prédio, o que me faz caminhar toda noite um corredor de um quilômetro de prédios. Cody termina o horário de aulas uma hora mais tarde do que eu, o que me faz andar sozinha à noite. Os prédios são divididos em um prédio só de homem, outro só de mulher, outro de homem... E assim vai pra não gerar muita putaria, se é que me entende. Cody mora no do meu lado. Emma e Alli moram no primeiro, Dylan e Fred no outro corredor e Cody e Cole no do meu lado. Aqui vai uma lição: Funciona assim, cada prédio é chamado por uma letra e um número, e cada andar é chamado de República e por um nome criativo que alguém do andar inventa e os outros moradores do andar concordam.

Alli e Emma moram:
 Prédio (Feminino) A1, República Só Peitões.

Dylan e Fred moram:
 Prédio (Masculino) B5, República Cheiro de Testosterona.

Cody e Cole moram:
 Prédio (Masculino) A9, República Nóis Trupica Maí Nun Caí.

Eu moro:
 Prédio (Feminino) A10, República 20Seduzir.

 Cody foi até a republica dele pegar uns papeis e o violão, já que ele faz a Faculdade de Música e eu fui pegar meus livros, já que faço Faculdade de Leitura. A maioria das pessoas nunca ouviu falar em Faculdade de Leitura, então: é uma faculdade para futuros escritores. Alli faz Moda, o que a deixa por dentro de tudo e Emma de Psicologia, por isso ela anda com um caderno, pra ficar anotando a reação das pessoas, e ela entende. Cole faz de Administração (ADM), o que o deixou ainda mais nerd, se é que é possível. Fred de Biologia, o que explica a nova mania de corpo saudável e natureza dele e Dylan de Medicina, o que o faz usar roupa social sempre.
O elevador abriu e eu saí batendo o salto até o prédio do lado. Cody apareceu com o violão nas costas e sorrindo.
- Vamos antes que a gente chegue atrasado! – Falei segurando a mão dele com a mão livre. Fomos caminhando de mãos dadas. A Faculdade de verdade, ficava um pouco longe dos prédios por ser muito grande.
A universidade tinha uma área verde em volta do prédio das salas que mais parecia um castelo, havia corredores cobertos com divisões de colunas esculpidas maravilhosamente. A Faculdade inteira é marrom, uns tons opacos de vermelho e uns de bege. Cores que eu não julgo serem bonitas, mas naquela ocasião ficaram lindas. Entramos na faculdade, passamos pelas catracas com nossos cartões de estudantes e ficamos um de frente pro outro. O pátio já estava cheio de alunos com instrumentos, cadernos, laptops e tudo que você conseguir imaginar.
- No intervalo? Lugar de sempre? – Cody perguntou e eu assenti.
- A Máfia toda. – Falei e ele riu. No intervalo a galera se reunia sempre no mesmo lugar do campo.
- Ok, até mais tarde minha cabritinha... – Cody envolveu minha cintura e me deu um selinho demorado. Segurei a nuca dele e pedi passagem pra língua. Ele deu, lógico. Ficamos nos beijando até que o sinal tocou. Desgrudei nossos lábios e ele fez bico.
- Já to com saudades. – Ele disse e eu ri.
- Eu também, mas é melhor a gente correr. – Falei vendo que o povo já estava indo pras salas.
- Ok. – Cody me deu mais um selinho e virou-se. Fiz o mesmo e fui caminhando pra minha sala. As salas ficavam nas portas que tinham ao longo do corredor com as divisórias esculpidas.
- Oi vadia. – Tom pulou na minha frente. Camiseta rosa, calça skinning demais e allstar rosa. Preciso dizer? Gay.
- Oi mona, como que tão as coisas? – Perguntei dando um beijo na bochecha dele e continuando a caminhar.
- Tudo ótimo, céu de purpurina, e você? – Ele gesticulava exageradamente, quase batendo em quem passava.
- ÓTEMA, fui promovida! – Dei um pulinho. Droga, eu não contei pro Cody.
- UHUL, Que tal um chop pra comemorar? – Tom era viciado em bebidas alcoólicas. Entramos na sala e fomos subindo os corredores de escadas. As salas da Faculdade são como o cinema, inclinados e embaixo uma lousa de canetão pro professor que fala gritando.
- Em plena Terça-Feira? – Perguntei rindo e ele assentiu. Sentamos na terceira fileira, pra poder ouvir o professor.
- Qual é o problema? – Ele perguntou dando ombros.
- E o senhor Peter? Acha mesmo que ele vai permitir? – Perguntei e ele deu um tapa na testa, lembrando do Senhor Peter. O Senhor Peter é o encarregado do Prédio A10, ele tem que supervisionar todos os alunos deste prédio pra que eles não saiam nunca. Só é permitida a saída em fins de semana, assim como os meninos só podem entrar nos prédios das meninas e as meninas nos dos meninos de fim de semana.
 Ou seja: Fim de Semana é Putaria Liberada.
 Fiquei sabendo que esse é o nome de uma República nos prédios. Todo sábado tem festa, às vezes as festas vão de sábado até domingo a noite, mas como tem muito dever, seminários, etc. Sempre rola um desespero no domingo.
- Ah, esqueci daquele velho chato, resmunguento e calvo. – Tom cuspiu os xingamentos me fazendo rir.
- Pois é! – Falei vendo o professor entrar.
- Bom dia alunos! Primeiramente, se alguém não quer ver a aula, pode sair. – O professor disse. Uns quatro alunos preguiçosos saíram e o professor fechou a porta quando viu que ninguém mais iria sair.
- Então sem mais vagabundos, começaremos a aula. – O professor disse sorrindo.
Na Faculdade, você só assiste a aula se quiser, o problema é seu. Como diria o professor “Tudo que eu estou te explicando, eu sei de cor, se você não quer ouvir, o problema é seu, não altera minha memória e muito menos minha inteligência”.

Nós estávamos no meio da aula quando Tom resolveu me incomodar.
- Você sabia que vai entrar um aluno novo na Faculdade de Leitura? Na nossa sala. – Tom disse como se eu estivesse interessada.
- Hm, e daí? – Falei terminando de escrever minha redação e tentando ouvir a explicação do professor.
- Como assim “e daí?”? – Tom sussurrou. – E daí que as línguas bândidas dizem que ele é um bofe ótimo querida. –
Eu encarei Tom.
- Como sabem disso? – Perguntei baixinho.
- Ora, sabendo. Dizem até que ele veio de terno. – Tom disse e eu ri.
- Não é porque uma pessoa usa terno, que ela é bofástica. – Falei e ele ergueu as duas sobrancelhas.
- Bofástica? Nem eu falo esse tipo de gíria, que coisa mais gay – Tom disse e eu ri.
- Usar terno em qualquer tipo de lugar não te torna Bofástico, te torna da Máfia... – Falei e ele riu.
– O que importa é: Torce pra ele ser gay, porque se for querida... –
- Sr.Fletcher? – O professor chamou Tom, que deu um pulo na cadeira.

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- AAAAAAAAAH NÃO ACREDITOOOON! – Alli pulou em mim.
- Parabéns pow! – Fred disse de boca cheia.
 Estávamos sentados na grama comendo o que a gente compra na cantina todo dia.
- Duas semanas e uma promoção! É incrível. – Dylan disse sorrindo.
- Parabéns meu amor, vemk comemorar! – Cody pulou em mim e me beijou.
- Esses dois parecem que vieram do México de tão picantes, credo! Tudo é motivo pra se pegar! – Tom disse e todos riram.
- Ce não viu nada querido, eu descobri que eles estavam namorando quando encontrei os dois abraçados pelados na cama... – Alli disse e Tom fez “oh”.
- Como se vocês fossem mais quietinhos né Alli! – Parei o beijo pra falar e Cody riu.
- Mas é diferente ok? – Alli disse e Fred ergueu uma sobrancelha.
- Diferente? Onde? – Fred falou e Alli fingiu estar brava.
- Come! – Alli pegou o pão e enfiou na boca do namorado, que riu.
- Esse fim de semana vai ter festa? – Emma perguntou largando a caneta do caderno de anotações.
- LÓÓÓGICOOO! – Tom berrou fazendo escândalo.
- Onde? – Cole perguntou e Tom deu ombros.
- Sei lá, mas vai ter e se não tiver, eu faço. – Tom disse dando um Hi-5 com Emma.
- Tom, casa comigo? – Emma fingiu estar emocionada com o fato de Tom ser tão viciado em festas quanto ela.
- Credo Emma, sou gay! Mas se não fosse, eu casaria. – Tom disse e Emma simulou um choro.
- Ta tão sozinha a ponto de pedir um gay em casamento Emma? – Alli perguntou e todos riram.
- Pior que to. – Ela disse e Alli riu alto.
- Brazilian Girl, será que não tem nenhum bofe pra ela lá no seu trabalho pra Forever Alone aqui não? – Dylan disse e eu fiz cara de pensativa.
- Hm, na verdade tem. O nome dele é John, filho do dono da editora, o conheci hoje... – Falei e Emma fez cara de senhora rica.
- Vai se sentindo. – Dylan fez voz afetada pra Emma.
- Vixe fi, sou madame agora ~~joga cabelo~~ - Emma disse e todos riram.
- E o bofe é bofástico? – Tom perguntou e todos o encararam. – O que? Não me olha assim, foi a Brazilian Bith que inventou a gíria. –
- Bofástico... Olha há que nível nós estamos... – Cody fez negação com a cabeça.
- Ele é? – Emma perguntou e eu fiz cara de “Que?”. – BOFÁSTICO, O BOFE É BONITO? –
- Hm... – Comecei e Cody me encarou. – Não... –
 Cody sorriu.
- O BOFE É L-I-N-D-O! – Berrei fazendo voz afetada e todos riram, até Cody.
- Opa, então xá comigo! – Emma disse fazendo pose e Tom fez também.
- E se ele não Xá Contigo Emminha, passa e XÁA COMIGO! – Tom berrou e todos riram.
- ELE NÃO É GAY! – Eu berrei e o Tom fez cara de ofendido.
- E QUEM DISSE QUE EU SOU? – Ele disse fazendo todo mundo rir.
- Com essas roupas Tom, todo mundo que olha já sabe! – Dylan disse rindo e todos concordaram.
- OLHA AQUI, ISSO É BULLYNG! – Tom berrou fazendo cara de ofendido.
- ENTÃO CATA LÁ O PÓ QUE NÓIS FAZ CAFÉ! – Cody berrou e todos riram. #Sóprosfortes
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As últimas aulas passaram voando. Várias tarefas pra casa e nenhum tempo. Pelo menos, é o que parece. Peguei meus livros e fui caminhando com o Tom e sua monótona tagarelice pro meu prédio. De Terça-feira Tom pode ir comigo, pois a gente tem as mesmas aulas. Fomos conversando até chegar à parte escura, foi quando eu vi um carro diferente chegando. Era grande, e preto. Meio máfia.
- Quem é aquele? – Perguntei interrompendo Tom que falava empolgado de algo. Se bem que ele fala empolgado de tudo.
- O Bofástico. – Tom disse com meio sorriso e arrumando o cabelo.
- O novo? – Perguntei e Tom assentiu.
- O próprio. – Tom disse e eu ergui as duas sobrancelhas.
- Eu tenho a impressão de que já vi esse carro... – Falei e Tom me encarou.
- Você ta doida amiga, anda, vamos logo. – Tom disse e nós saímos correndo pra dentro do prédio.
 Tom é meu colega de quarto. Ele conseguiu provar, se bem que eu não achava preciso, só de olhar já dava pra saber, que ele é gay e acabou tendo que ficar no Prédio Feminino.
 A porta do elevador se abriu, deixando a vista uma placa com letras grandes e vermelhas cheias de purpurinas (preciso dizer quem fez?).

República do sétimo andar.
 Lavo, passo, faço miojo e 20Seduzir.
Bem-Vindo (a)

Entramos no nosso quarto. Tom se jogou na cama e eu fui desviando de roupas dele até chegar à minha, do lado da janela.
Tomamos banho, algumas cervejas enquanto fazíamos deveres e decidimos dormir era uma da manhã. Já de pijama deitei na minha cama e fiquei olhando na janela. O garoto novo estava sentado embaixo de uma árvore, olhando pro nada. Fiquei de joelhos na cama pra poder ver melhor, abri a janela sentindo a brisa fria de Los Angeles, apoiei o braço na janela e a cabeça no braço. Fiquei encarando o garoto, eu o conhecia, tinha certeza. Inclinei-me e peguei um Toddynho no frigobar.
 Coloquei o canudinho e continuei o encarando.
 Quando terminei de tomar, deixei a caixinha apoiada na janela, foi aí que o vento fez a caixinha voar da janela e ir pro chão, ao lado do garoto.
Então eu vi.
 O garoto ergueu a cabeça e olhou pra mim. O vento gelado agora não se comparava ao frio que percorreu minha espinha ao ver aquele sorriso se formando, malicioso, diabólico talvez. Respirei fundo. Devia ser a sombra da arvore que tampava a luz do rosto dele. Eu não podia estar certa, não podia ser ele.

X Continua X

EU VORTEEEI *-*
Como vocês estão? Vou direto ao assunto: O QUE ACHARAM? EHM, EHM?
Esse capitulo foi só de “apresentação, explicação & reencontro”, acredita? Tem tanta idéia rebolando na minha cabeça.  Esse capitulo não teve capa pq o Blogspot ta um cuzin e nao quer colocar a foto.
E aí, alguma idéia de quem seja o Bofástico, ou porque você ficou tão assustada ao ver ele?
Uma dica: Nunca apareceu no Imagine, personagem novo.
Então pensem aí e me digam o que vocês acham que ele já fez pra vcs, e olha, não foi coisa boa não.
COMENTEM EM HOMENAGEM AOS VELHOS TEMPOS ANGELS *----*

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

| Imagine - Continuação | Sinopse ||


 Vocês votaram e a decisão foi tomada!
O Imagine vai até a formatura :) - q coisa mais High School Musical kk'
Eu tive uma caída de criatividade, por isso a demora, mas adivinhem? Eu já escrevi um capitulo \o/
Mas eu não passei aqui só pra matar a saudade de vocês Angels, passei também pra deixar o gostinho disso aqui:

 Imagine – Continuação.

  As férias acabaram, mas trouxeram no lugar mais um ano letivo, e esse parece que vai ser mais difícil do que nunca, claro que você vai ter ajuda dos melhores e mais bobos amigos que uma pessoa pode ter e ainda o melhor namorado que uma garota pode querer.
Você e Cody mais apaixonados do que nunca, Alli num conflito amoroso, reencontros nada agradáveis, festas, amigos novos e nada normais, mais festas, você enlouquecendo e seu novo bicho de estimação bizarro. Você com tudo isso, o próprio apartamento e nenhum juízo. Pronta?

DÁ LICENÇA QUE TITIA LILAH VOLTOU!

COMENTS ME POSSUAM!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Xx Uma pergunta básica pras leitoras...

Oi, como vai você?   :)


Autora aqui (dã, só eu tenho a senha!), vou direto ao ponto ok?
Mentira, vou enrrolar vocês.
Primeiro eu queria agradecer. Eu abri o Blog e dou de cara com nove comentários, eu sei que não são só nove pessoas que lêem, porque tem como ver quantas visitas o blog tem, o que me deixa ainda mais feliz.
Agora ao ponto: Imagine.
É lógico que eu vou continuar escrevendo gente, eu não vivo sem digitar histórias há um ano. Mas o que vocês querem.
Eu crio outro Imagine, com outra história;
Ou continuo escrevendo esse Imagine, com uma continuação até a formatura, ou talvez até depois?
Pra mim tanto faz, afinal eu gosto das duas opções. Eu gosto de inventar novas histórias (apesar do medo), mas gosto muito de continuar a vida dos personagens, criando novos e tal. 
Diga, digam *-* Não quis tomar uma decisão precipitada, dependo do que vocês disserem, eu começo a digitar hoje. 
Comentem ok? É preciso. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

xx Fim xx Ultimos capitulos do Imagine II *-*

Nota da Autora: Eu não pude atualizar ontem à tarde, pois passei mal e acabei indo pro Hospital, mas aqui está. Então antes de tudo eu queria agradecer vocês por todo o apoio que me deram durante mais esse Imagine, toda a paciência que tiveram com meus problemas com datas de postagem... Serio, vocês são foda. Eu fiz o melhor possível pra dar um final que vocês gostem.
Comentem e é isso Angels, é o fim.


 Olhei no relógio quando o avião aterrissou. Uma e meia da tarde. Desviei o olhar pro Cody, que me encarava de olhos inchados e cheios de olheiras. Nós não conseguimos dormir. Cody sorriu fraco, mas não me convenceu. Ele estava acabado. Ergui levemente os cantos da boca na tentativa de reanimá-lo. Ok, eu também estava acabada. Alli ainda não sabia. Ninguém teve coragem de contar pra ela. Eu estava me preparando pra contar, afinal: Restavam dois dias.
 Desembarcamos e quando eu percebi já estávamos dentro do carro, indo pra casa. Cody veio comigo e com o Sammy no banco de trás, meus pais na frente e a Alli, Fred e o resto da família Simpson em outro carro. Cody me abraçava forte, como ele fez nos últimos dois dias sem parar. Sabe quando você sente culpada? Quando você acha que tudo em volta que está acontecendo de ruim, é culpa sua?
 Agora soma quinhentos e multiplica por mil. Sabe o resultado?
Dez vezes pior.
 Meu pai puxou o freio de mão fazendo a gente meter a cabeça no banco. Isso me lembrou quando nós entramos no táxi no aeroporto da Austrália, e o taxista dava uns trancos fortes.
 Abri a porta de casa exausta, meus pés não agüentavam mais meu corpo e meus olhos pareciam pesar quinze quilos cada.
Cocei os olhos com a mão que o Cody não segurava.
- Ta cansada amor? – Cody acariciou meu rosto quando nos jogamos no sofá.
- Muito. – Falei e ele sorriu fraco.
- Quer dormir? – Ele perguntou brincando com uma mecha do meu cabelo.
- Não, eu preciso fazer... – Olhei pra porta onde Alli e Fred surgia sorrindo. – Outra coisa. –
 Cody assentiu e soltou minha mão.
- Quer que eu vá com você? – Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. Ele me deu um beijo e eu fui atrás dos dois pombinhos.
 Fui pra cozinha e não encontrei ninguém, passei pelo corredor, pela sala e fui pra sacada. Alli e Fred brincavam de guerra de areia.
 Eles riam alto e junto. Estavam felizes e visivelmente apaixonados. Senti os braços do Cody me envolver e sorri instantaneamente.
- Desistiu? – Cody murmurou e eu fiz não com a cabeça.
- Não quero interromper eles... – Falei e ele beijou minha nuca.
- Eles não estariam felizes assim se não fosse você. – Cody disse e eu senti um nó de felicidade. Cody continuou: - Você que fez os dois passarem um tempo juntos e não só a deles, mas a do Dylan e do Cole, ele viviam brigando, e agora tão super juntos, como irmãos mesmo. A Emma ta mais feliz, mais viva. Nós temos que encarar os fatos, você mudou a vida de todos, pra melhor. Você fez todos eles mais felizes... –
 Senti as lágrimas escorrerem e Cody rapidamente limpar.
- Nós só temos a agradecer. – Cody terminou e eu virei pra abraçar ele.
 Alli subiu os degraus da escada correndo e rindo, mas parou quando me viu chorando. Fred já sabia de tudo e desfez o sorriso.
- O que foi? O que vocês tão escondendo de mim? – Disse a baixinha com cara de medo.
- Alli... – Cody me soltou pra eu terminar de falar. – Eu preciso falar com você. –

- Pode falar amiga. – Alli disse enquanto eu virava pra fechar a porta. Encostei a cabeça na porta respirando fundo.
- Alli, eu te amo amiga, então isso vai ser difícil pra mim. – Falei e ela engoliu a seco.
- Eu também te amo, então pega o atalho antes que eu pule em você pra te espremer até você falar. – Alli riu sozinha e eu fiz sinal pra ela sentar na cama, e assim ela fez.
- Lembra dos meus tios? Aqueles que eu te disse que são donos dessa casa? – Perguntei e ela assentiu. – Eles... Eles precisam da casa por um tempo. –
- Ah, e você vai se mudar pra outro bairro? Porque se você for eu posso... –
- Alli, eu vou voltar pro Brasil. – A interrompi. Alli parou de falar e os olhos começaram a lacrimejar, as bochechas ficando vermelhas e a boca inchando.
- Quanto tempo? – Ela apertou as palavras com esperança de não chorar. As lágrimas escorreram do meu rosto e eu ergui a cabeça.
- Muito... Muito tempo. – Falei e as lágrimas dela apareceram de tal forma que ela começou a soluçar.
 Alli se levantou e me abraçou com muita força ainda chorando.
- Você não pode ir amiga, não! – Alli dizia desesperadamente e a única coisa que eu podia fazer era abraçá-la.
 Choramos muito.
Duas garotas que construíram uma amizade em seis anos e agora iriam ser subitamente separadas.
 Passamos a tarde deitadas na minha cama, eu no colo dela e nós lembrávamos de todas as coisas que passamos juntas, tudo que realmente marcou os últimos anos. Faltava apenas um ano pra entrarmos na faculdade. E eu não veria minha melhor amiga se formar.


Tive que me despedir da Alli e do Fred.
 Foi a coisa mais difícil que eu já havia feito (até aquele momento) na minha vida. Alli começou a chorar, depois eu, minha mãe e até a Angie.
Foi um rio de lágrimas.
 Entrei em casa secando as lágrimas e fui direto pra cozinha. Eu estava quase desmaiando de tanta desidratação. Tirei a garrafa de água da geladeira e dei um gole. Cody estava tomando banho no banheiro do meu quarto. Abri a porta do meu quarto e fiquei sentada na cama. Lembrei do banheiro do avião e de todas as outras vezes que transamos. Lembrei também da Dona Lurdes. “Vocês não tomam jeito não?” Ela disse no vôo pra Miami. Imediatamente lembrei de outra pessoa: Dulce. “ESCUTCHEI NINA, escuchei.” Dulce berrou fazendo careta na cozinha, quando ela me contou que havia escutado barulhos estranhos no quarto. Não pude evitar o riso que preencheu meus lábios e tive uma idéia louca, mas uma idéia. Levantei e fui até a porta. Coloquei a cabeça pra fora e olhei pros lados pra me certificar de que não havia ninguém naquele andar. Voltei pra dentro e tranquei a porta com a chave. Tirei a camiseta, a calça e me olhei no espelho pra me certificar de que estava... Você entendeu.
 Cody saiu do banho só de boxer e chacoalhando os cabelos molhados. Ele parou na porta quando me viu deitada na cama só de calcinha e sutiã. Sorri deslizando a cama e indo lentamente até ele.
 Coloquei minhas mãos no ombro dele e as soltei, fazendo minhas mãos deslizarem sobre o abdômen nu dele. Ele fechou os olhos ao sentir o meu toque. Juntei nossos corpos e ele segurou minha cintura.
- Seus pais estão lá embaixo. – Ele disse e eu juntei nossas testas.
- Não ligo. – Dei um selinho nele e ele sorriu. – É nossa última oportunidade. –
Ele apertou minha cintura e me levantou. Cruzei as pernas na cintura dele e selei nossos lábios. Ele me deitou com cuidado na cama, sentou em cima das minhas pernas e foi roçando o nariz pela minha pele, como um rastro quente de respiração, passando pela barriga e pelos peitos até chegar nariz com nariz. Nos olhamos no fundo dos olhos tentando aproveitar o momento ao máximo. Ele selou nossos lábios fazendo mais uma vez, aquele momento ser único.

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 Abri os olhos um pouco tonta. Cody dormia como um anjo e eu o abraçava. Demorou um pouco pra eu perceber que o abraçava com força. O soltei levemente e sentei na cama. Peguei um roupão azul marinho e coloquei. Abri a porta da sacada e senti a brisa da noite gelada. O céu estava coberto por nuvens cinza que pareciam que iam desaguar a qualquer momento. Apoiei-me na mureta pra refrescar a cabeça. Todas as coisas que eu passei naquele lugar. Tentei agradecer por tudo e todos, como se eu estivesse falando com todos eles ao mesmo tempo. Olhei pro lado e vi um caderno e uma caneta roxa. Eu acho que devia usá-las quando era menor pra escrever um ‘Diário’, daqueles que a gente começa toda empolgada, mas aos pouco percebe que não consegue se adaptar a escrever naquilo todo dia. Sorri involuntariamente e peguei-os. Abri o caderno e comecei a folhear. Não há nada mais engraçado do que ler as coisas que você pensava ou fazia e achava o máximo quando era menor. Ri de mim mesma ao ler uma parte em que dizia que minha mãe me explicou como se beijava e eu fiquei toda empolgada. Ri alto ao ler minhas bobagens e quase chorei quando vi meus erros de português. Cheguei à última página em que tinha uma confissão. A data era de 28/04/2006, a folha marcava um coração e no meio havia o nome de Cody. Sentei na rede e comecei a escrever.

Fechei a porta da sacada sentindo meu corpo congelar e coloquei o caderno em cima da cômoda. Cody estava do mesmo jeito que antes: Deitado de barriga pra cima.
Sentei no colo dele e passei meus dedos no tanquinho dele. Como dez pedras de gelo escorrendo pelo abdômen. Um sorriso minucioso surgiu no canto dos lábios de Cody eu não pude deixar de sorrir.
- Assim você me deixa mal acostumado... – Ele disse e eu ri sozinha.
- Você já está mal acostumado. – Falei e ele abriu os olhos. Dei meu melhor sorriso pra ele.
- ÁH VEM CÁ VAI! – Cody começou a fazer cosquinha em mim e depois segurou minha cintura e me virou me fazendo deitar na cama do lado dele, que agora estava em cima de mim. Continuei rindo e me contorcendo enquanto ele fazia cosquinha na minha barriga, de repente o sorriso no lábio dele sumiu e só restaram os olhos brilhantes. Ele parou de fazer cosquinha.
- O que foi? – Acariciei a nuca dele.
- Vou sentir tanto a sua falta. – Ele respondeu passando o polegar na minha bochecha.
- Você sabe que eu ficaria se pudesse, não sabe meu amor? – Falei e ele assentiu.
- Tem certeza de que seus tios não podem mudar de idéia? – Ele deitou no meu ombro e eu ri.
- Tenho... – Falei e Cody suspirou.
- Então essa é nossa última noite juntos? – Cody perguntou e eu assenti.
 Senti meu ombro úmido e acariciei o rosto de Cody. Ele estava chorando... Denovo.
- Desculpa. – Sussurrei e ele ergueu o rosto. Ele limpou as lágrimas com força e me encarou.
- Isso não é culpa sua. – Ele disse e eu senti um nó na garganta.
- Eu sei, mas ver você sofrer assim... – As lágrimas escorreram e ele me abraçou com força.
- Eu te amo, muito. – Ele beijou minha testa. – E nunca vou deixar de amar. –
 Cody começou a chorar denovo e eu também.
Passamos a noite abraçados, dizíamos algumas coisas as vezes, mas na maioria delas, dissemos em silencio.



[N.A: Coloque essa música pra carregar: http://www.youtube.com/watch?v=erspkBDsTm0 ]
  
 Sim, o dia chegou.
Olhei pro meu armário vazio e me condenei. Como eu poderia dizer tchau pra um lugar em que eu passei quase metade da minha vida, e detalhe: Foram os melhores anos da minha vida. Como? Você sabe me dizer? Porque eu estava morrendo por dentro.
 Cody estava sentado na cama só me olhando. Sem sorrisos por parte dele, já que eu dava uns sorrisos fracos pra tentar animá-lo, mas parecia que só piorava a situação.
- Você vai ficar bem sem mim? – Perguntei abraçando ele.
 Cody abriu a boca pra falar alguma coisa, mas pensou denovo. Passou os braços pela minha cintura, ainda sentado e deu um beijinho na minha barriga.
- Não sei. – Ele disse e eu beijei a testa dele.
- Me faz um último favor? – Perguntei e ele assentiu.
- Todos. – Ele disse olhando pra cima.
- Tenta, tenta ficar bem. – Falei segurando o rosto dele e ele olhou pra baixo.
- Não sei se consigo. – Ele me abraçou com mais força.
- Mas tenta. – Falei e ele assentiu.
- Por você. – Ele disse e eu assenti sibilando um “Obrigado”.
Eu sabia que aquilo não era um ‘adeus’, era um ‘até logo’. Mas de alguma forma, isso não parecia aliviar a situação. Cada vez que eu tentava melhorar a situação, só parecia piorar. Pensei em tudo, mas nada me fez mudar da idéia de que “Isso era um desastre.”.
Porém, todavia, entretanto: Eu parecia estar tranqüila, mas tudo o que eu sentia era dor. Uma dor no peito que não curava.
 Principalmente quando eu desci as escadas e encontrei toda a galera chorando na minha sala.
 Dylan ergueu a cabeça e me olhou com os olhos molhados.
- Lindona! – Ele levantou e correu pra me abraçar. – Você não pode fazer isso, por favor. –
 Dylan me olhava choroso.
- Eu tenho que ir. – Falei e ele me abraçou denovo.
- Eu te amo ta? – Dylan disse e todos pararam pra olhar pra ele. Até Cody.
- Como assim “AMA”? – Alli disse arregalando os olhos vermelhos.
- Eu gosto dela, sempre gostei. – Dylan disse e Cody me encarou confuso.
- E vocês não me contaram? – Cody perguntou e Emma riu, mesmo que chorando.
- No dia da festa eles se beijaram no jogo da garrafa, mas não passou disso gente, a minha amiga mostrou que ela amava o Cody e o Dylan encarou numa boa... – Emma disse e Dylan assentiu.
- Meu deus, to Barbie na caixa! – Alli disse e pude até rir da situação.
- Sai da frente que aqui tem fila! – Cole empurrou o Dylan e me abraçou com força.
- Ain, meu amorzin, vou sentir saudade! – Falei o abraçando e ele sorriu.
- Brigada. – Ele disse e eu me afastei.
- Hã? – Perguntei e eles riram.
- Brazilian Girl, a gente tem que te agradecer, olha você fez a gente feliz, e isso é tudo. A gente te ama sua vaca! – Cole disse e eu senti as lágrimas caírem.
- Filha, temos que ir. – Minha mãe apareceu na porta. E foi aí que a ficha caiu. Todo mundo começou a chorar e eu tive que entrar no meio e confortar todo mundo. Por mais que não tivesse como confortar. Despedi-me de todos, com direito há muitas lágrimas e abraços com “eu te amo”’.
- Gente, antes de ir... – Sequei as lágrimas e peguei a carta. – Quero que leiam isso aqui depois. –
- O que é? – Fred chorava.
- Só... Uma carta. – Respondi. Alli e Emma soluçavam.
- Ok amiga. – Emma disse me dando um último abraço pela décima vez.
 Cody se aproximou olhando o carro do meu pai estacionar na frente de casa.
- Acho que chegou a hora da verdade... – Falei e ele apenas se inclinou e me deu um beijo.
- Eu te amo. – Ele disse e eu segurei a nuca dele. As lágrimas tomaram conta dos nossos rostos novamente enquanto dávamos um ultimo beijo.
- Eu te amo. – Falei e ele secou minhas lágrimas.
- Eu nunca, nunca mesmo vou te esquecer. – Ele disse segurando firme meu rosto.
- Nunca... – Eu o abracei com força. Mais um beijo, sentindo aquela língua quente na minha boca.
Meu pai buzinou.
- Eu tenho que ir. – Falei e ele assentiu cerrando os olhos pra enxergar por causa das lágrimas que embaçam. Demos mais um beijo.
- EU TE AMO! – O ouvi gritar quando entrei no carro. Abri a janela e a última coisa que vi foram os rostos tristes do melhores amigos do mundo. Os meus amigos.

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- Gente, pára de falar, vou ler a carta em voz alta. – Alli ainda chorava. A chuva caía com toda a força do lado de fora da casa da família Simpson.
 Dylan e Cole, Fred, Emma e até mesmo Cody, que não parava de chorar pelos cantos sentou em volta do sofá.
- “Oi gente, não sei bem como começar a falar sobre isso, provavelmente eu já devo estar bem longe quando vocês lerem esta carta. Já que não sei por onde começar, que tal começar pelo começo?” –.
- Típico dela. – Fred disse sorrindo ao se lembrar da amiga.
- Cala a boca e deixa a Alli continuar. – Dylan fez sinal pra Alli continuar e ela assentiu.
- “Quando entrei na casa do Fred eu sabia que algo grande me esperava, mas não esperava que fosse tão grande assim. Foi lá que eu conheci Dylan, o meu Lindão. Depois Cole, meu amorzin que fala palavrão. Madison, que infelizmente não está aqui, mas eu vou sentir muita falta, Fred por favor, diga isso à ela.” –
- Ta, vou falar. – Fred respondeu como se a amiga estivesse ali.
- Porra, fica quieto moleque. – Cole deu um pedala no Fred.
- “Depois veio Emma, minha menina certinha... EX-certinha né... Safadeenha! Enfim, acho que eu nunca fui tão bem tratada na minha vida, vocês são meio doidinhos, mas eu não bato muito bem da cabeça também.” –
- Muito bem? Ela NÃO BATE bem da cabeça. – Emma disse e todos concordaram.
 Cody ouvia atentamente.
- Voltando... Ah, aqui. – Alli pegou fôlego pra continuar. – “Quando os meninos se mudaram pra Los Angeles, eu descobri uma coisa muito linda. Essa coisa enorme, que eu senti que viria quando entrei na casa do Fred, era nossa amizade. Isso é meio clichê, mas é verdade. Então eu queria fazer meus pedidos pra cada um de vocês...” –
- Lá vem ela. – Dylan sorriu.
- “Cole, pára de estudar tanto e presta atenção na vida menino, saí pra pegar geral, arruma uma namorada e depois outra e outra, mas olha aqui: eu não quero qualquer sirigaita não! Tem que ser decente! Agora Alli, continua assim, linda e amiga de todo mundo. Corre atrás do seu sonho e me liga todos os dias, alias, ME LIGUEM todos os dias, mas a culpa não é minha se a conta vir cara ok?” – Alli secou uma lágrima antes de continuar. – “Fred, toma jeito menino! Porque você não fala logo pra Alli que ama ela e ta completamente apaixonado? Eu sei disso, todo mundo sabe. Menos ela.” –
Alli tirou os olhos do papel e olhou pro namorado, que estava corado.
- “Dylan, você sabe o que fazer, dá uma chance pra outra garota, eu tenho certeza que ela vai te fazer feliz.” –
 Dylan olhou pro lado e viu Emma olhando pra Alli. Ele nunca tinha reparado como ela era tão bonita com aqueles cachos.
- “Emma: Cuida bem do meu Lindão ok? Quero ele inteiro pra revanche de videogame. Cody... Não sei bem como te dizer isso, porque eu estaria mentindo pra mim mesma se te dissesse que vou te esquecer, porque se tem uma coisa que me fez olhar a vida de outra maneira, essa coisa é você. Acho que ninguém nunca me fez tão feliz na minha vida como você, eu te amo, e só te peço pra ser feliz...” –
 Alli parou de ler ao ouvir um soluço do irmão.
Fred deu um “tapinha” no ombro do amigo como consolo.
- “Não sei como expressar meu amor por vocês, então vou terminar com um simples eu te amo, ou até logo. E em hipótese alguma esqueçam que qualquer coisa, eu to logo ali, do outro lado do oceano.” - Alli terminou de ler e colocou a carta no sofá pra poder chorar sem molhar as palavras da amiga.
Todos ali choravam.
- Olha, ela colocou o endereço dela aqui pra gente visitar ela algum dia. – Fred disse olhando o canto da carta.
Cody se levantou e subiu as escadas. Deixou a porta do quarto bater e afogou a cabeça no travesseiro pra tentar abafar o som do choro.
Não funcionou.
- Vou falar com ele. – Fred ia se levantar, mas a namorada fez sinal pra ele parar.
- Ele precisa ficar sozinho, ele sabe o que fazer. – Alli disse e todos assentiram.
A noite seria difícil sem ela.
 Pensando bem... Tudo seria difícil sem ela.

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[ DÊ PLAY NA MÚSICA E ACOMPANHE A LETRA ;)]

Ele achou que conseguiria, mas só achou mesmo. Cody sem conseguir dormir, se levantou da cama e colocou a pantufa de joaninha.
Ele não havia trocado de roupa, ainda de calça jeans e um pólo. Andou lentamente até a janela. A chuva caía com força no chão, fazendo aquele barulho estrondoso. Mesmo assim ela estava ali, ELA estava ali com ele.

He woke up from dreaming and put on his shoes
(Ele acordou de seus sonhos e calçou seus sapatos)
Started making his way past
(Começou sua rotina passada)
Two in the morning
(Duas da manhã)
He hasn't been sober for days
(Ele não tem estado sóbrio há dias)

Cody olhou pra lua cheia no céu e levou a mão ao pescoço.
 Do outro lado da América, <seu nome> fazia o mesmo.
Cody teve uma idéia louca, mas uma idéia.
Não pensou duas vezes antes de pegar uma blusa decente e descer as escadas correndo. Não havia ninguém acordado em casa, mas ele não se importou. Olhou em volta e encontrou o que queria. Pegou a carta da namorada, a carteira e saiu deixando a porta bater.
 A noite em Los Angeles é fria, imagine só com chuva. Cody não pegou guarda chuva, simplesmente correu até o ponto de táxi deixando a chuva cair e entrou no primeiro e único que viu.

Forgive me, I'm trying to find my calling
(Me perdoe, eu estou tentando encontrar meu apelo)
I'm calling at night
(Estou chamando através da noite)
I don't mean to be a bother
(Não quero ser chato)
But have you seen this girl?
(Mas você já viu essa garota?)
She's been running through my dreams
(Ela está fugindo dos meus sonhos)
And it's driving me crazy, it seems
(E me levando há loucura, e parece que)
I'm gonna ask her to marry me
(Vou pedir pra ela casar comigo)

- Aeroporto. – Ele gritou pro motorista ouvir por causa da chuva que era mais alta.
 Do outro lado da América, <seu nome> olhava a janela como se esperasse algo, como se sentisse que algo aconteceria. Andou pelo corredor com o pijama e sentou na área da casa. Casa de Interior de São Paulo tem apenas um portão pequeno e uma área com cadeiras de balanço.

Waking the neighbors, unfamiliar faces
(Acordando os vizinhos, rostos desconhecidos)
He pleads though he tries
(Ele suplica, ainda que tenta)
But he's only denied
(Mas só é rejeitado)
Now he's dying to get inside
(Agora ele está morrendo pra entrar)

 Ela se sentou em uma delas e ficou olhando a chuva cair.
 Cody entrou pingando no aeroporto vazio de Los Angeles. Um telão marcava horário pra duas e dez da manhã. Ele olhou no pulso e viu que marcava duas horas da madrugada.
 Ela estaria dormindo?” Ele pensou.
 Não importa” Ele disse a si mesmo.
 Correu pra bilheteria e comprou o passaporte. A moça da bilheteria apontou pra onde pegar o avião e ele correu. A mãe dele dormindo e ele indo pro...
Vôo para Brasil. Embarcar.” A voz eletrônica disse e ele sorriu. O vôo foi tranqüilo, e rápido. Nem ele podia acreditar no que estava fazendo, ele realmente estava fazendo aquilo?

The neighbors said she moved away
(Os vizinhos disseram que ela se mudou para longe)
Funny how it rained all day
(Engraçado como choveu o dia todo)
I didn't think much of it then
(Eu não tinha pensado muito nisso até então)
But it's starting to all make sense
(Mas agora tudo começa a fazer sentido)
Oh, I can see now that all of these clouds
(Oh, eu posso ver agora que todas essas nuvens)
Are following me in my desperate endeavor
(Estão me seguindo em meu empenho desesperado)
To find my whoever, wherever she may be
(Para encontrar o meu alguém, onde quer que ela possa estar)

I'm not coming back(Forgive me)
(Eu não irei voltar (Me perdoe))
I've done something so terrible
(Eu fiz algo tão terrível)
I'm terrified to speak (I'm not calling, I'm not calling)
(Estou com muito medo para falar (Não estou chamando, não estou chamando)).
But you'd expect that from me
(Mas você esperaria isso de mim).
I'm mixed up, I'll be blunt (You're driving me crazy)
(Estou confusa, vou ser insensível (Você está me deixando louca)).
Now the rain is just washing you out of my hair
(Agora a chuva está apenas lavando você dos meus cabelos).
And out of my mind
(E da minha mente)
Keeping an eye on the world
(Mantendo um olhar no mundo)
From so many thousands of feet off the ground
(A milhares de pés afastada do solo)
I'm over you now
(Eu estou sobre você agora)
I'm at home in the clouds, towering over your head
(Estou em casa nas nuvens, me elevando sobre sua cabeça)

- Estou! – Ele disse e Dona Lurdes sorriu. Sim, Dona Lurdes. Ele precisava desabafar. Como no vôo só havia ele e um gordo que dormia como pedra, Dona Lurdes se ofereceu pra desvendar o paradeiro do menino loiro.
- Então corra, pegue um táxi e aponte o endereço, o senhor saberá te levar. – Dona Lurdes disse quando eles pisaram em território Brasileiro.
E foi o que ele fez. O taxista riu do menino o caminho todo, mas o deixou quase na porta de uma casa.
 Cody deu duas notas de cem que ele havia trocado rapidamente com Dona Lurdes e saiu correndo sem nem saber se tinha troco. Tudo bem, ele não entenderia mesmo.
 Ela sentou no sofá com o leite quente na mão, mas deu um pulo ao escutar um berro na frente da casa.
- PEQUENA! – Cody gritava e ela abriu a porta.
- Ai meu deus, CODY! – Ela deu um pulo e ele sorriu. Ela pensou em perguntar pro rapaz o porquê de ele estar de pantufa, mas conhecendo bem o Cody, não era preciso.
- Eu tenho que te falar uma coisa! – Ele disse e ela saiu na chuva. Os pais dela saíram na porta, e como logo estariam de mudança, os tios que estavam dormindo ali também saíram. Eles falavam inglês, então entendiam tudo.
- Cody, - Ela o abraçou. – O que aconteceu? –
- Eu menti! – Ele disse com um sorriso nos lábios. – EU MENTI –
- MENTIU SOBRE O QUE? – Ela perguntou desesperada.
- EU NÃO VOU CONSEGUIR, NÃO SEM VOCÊ! EU TE AMO. – Ele gritou pra todos ouvirem. Ninguém entendia, mas todos ouviam.
- Cody, você pegou um avião pra vir me falar isso? – Ela disse sorrindo como uma garota boba. Que garota não ficaria? O garoto atravessou a América, duas da manhã, pra vir falar que a amava.
- É, PEQUENA, EU TE AMO, E AO CONTRARIO DO QUE VOCÊ PENSA E EU PENSAVA, EU NÃO VOU CONSEGUIR SER FELIZ LONGE DE VOCÊ, NUNCA! – Cody levantou a namorada no colo e a rodou na chuva fazendo-a rir escandalosamente e dar um beijo no garoto.
 Os vizinhos gritaram alguma coisa ofensiva, mas como Cody não entendeu e <Seu Nome> não deu a mínima, ele ignoraram e continuaram se beijando ali no meio da chuva.
 Uma sirene tocou e a policia chegou fazendo Cody e a Pequena correrem pra dentro em disparada. Enquanto os tios dela conversavam com os policiais, Cody se secava com uma toalha e contavam como foi pro Brasil às duas da madrugada. Por mais que nem ele mesmo soubesse.
- Garotos, - O tio dela entrou na casa com a tia rindo. – Adolescentes são loucos. –
 Todos riram.
- Sobrinha, você não me contou que estava namorando. – A Tia disse e a Pequena corou. Cody riu.
- Namorando e cheia de amigos. – Ele continuou e os tios se entreolharam.
- Pensando bem... – O Tio começou.
- O que? – A pequena arregalou os olhos e Cody sorriu sentindo algo bom.
- Acho que a gente pode adiar a mudança. – A Tia disse e a Pequena pulou nos tios.
- Jura? – Ela chorava de felicidade. Cody estava chocado e de olhos arregalados.
- O menino atravessou a América, por você! – A tia disse e Cody deixou uma lágrima de felicidade escorrer.
- Então, ela volta? – Cody perguntou e os tios assentiram.
 A Pequena pulou no Cody que a segurou no colo e a beijou rodando no ar.
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Já ouviu aquele ditado: Tudo acaba bem quando começa bem?
 Acredite nele.
Tudo foi resolvido.
Os Tios da Pequena a deixaram pelo menos ela ir pra Faculdade em Los Angeles e depois os pais dela voltariam e ela moraria na faculdade, já que nos Estados Unidos eles tem moradia na Faculdade.
Cody ligou pra mãe que quase morreu de susto quando o filho disse que “pegou um avião e foi pro Brasil, mas já tava voltando.”.
Ela voltaria pra Los Angeles e ficariam com as pessoas que ela realmente ama.
Dona Lurdes pulou de felicidade quando ficou cara a cara com os dois se beijando no avião. Obvio que deu aquela bronquinha, mas não deixou de sorrir e dar parabéns pelo amor dos dois.
Ela? Sentia-se mais viva do que nunca, sentia que tudo o que ela queria estava ali do lado dela, sentiu que agora, ela era realmente feliz e realizada.
 Ela olhou pro Cody e sorriu. Ele retribuiu o sorriso e a abraçou mais forte ainda.
- Eu não te falei que você ficaria bem? – A pequena disse e ele riu.
- Realmente, você tinha razão. – Ele a beijou. A língua dele aquecia a dela de tal forma que ela nunca havia sentido. Sim, eles se amavam.
Os dois dormiram abraçados novamente, olhando a lua juntos.

Foi ali que eles tiveram a certeza de que nada, nada nesse mundo, separaria o amor dos dois.

Fim.

Nota da Autora:
~~Chorando~~
O que acharam?
Fiz o melhor que pude.
Eu coloquei a música pra dar uma emoção há mais, e eu já amava essa música, então coloquei a letra (que eu sabia de cor).
COMENTEM .