quinta-feira, 1 de setembro de 2011

| ATUALIZAÇÃO DO IMAGINE |


Acordei, mas não quis me levantar. Rolei de um lado pro outro, rolei mais uma vez e de tão rápido que aconteceu só fui perceber que tinha caído da cama quando senti minhas costas batendo no chão de madeira. Tentei respirar fundo, mas meu nariz estava entupido. A luz agrediu meus olhos, automaticamente os fechei novamente. Tentei tapar aquele brilho com o travesseiro, mas obviamente eu comecei a me sufocar. Eu estava pronta pra xingar meio mundo quando meu celular começou a cantar Nicki Minaj escandalosamente. Fiquei de joelhos e apoiei os braços no colchão. Tateei a cama ainda com os olhos fechados até achar o celular. Sem opção alguma e irritada com a batida de Super Bass estalando nos meus ouvidos, abri os olhos e tive vontade instantânea de querer voltar pra cama. Parei o alarme apertando varias vezes o vermelho, só de raiva mesmo. Fiquei parada tentando lembrar meu nome e só acordei de verdade quando recebi um vento frio no rosto. Fiz careta sentindo meu corpo todo arrepiar e então conclui que estava de nariz entupido por ter dormido de janela aberta.
“Ótimo (seu nome) conseguiu concluir isso sozinha?” pensei enquanto fechava a janela.
 O tempo estava nublado. NUBLADO. Em Los Angeles. Entendeu né? Boa coisa não se passa.
 Deslizei sobre a cama, peguei uma toalha - estrategicamente posicionada em um lugar prático pra dias como este, em que não estou a fim de pensar, nem um pouco com vontade de levantar e muito menos animação pra tomar um banho – e fui pro banheiro.
 Arranquei o pijama e entrei no chuveiro.
Cinco minutos exatos de banho e eu saí enrolada na toalha. Dei um pulo ao ver um garoto branquelo sentado na cama. Nota mental: Acostumar em ter um homem no meu quarto.
- Bom dia vadia. – Tom murmurou sem tirar os olhos da revista Capricho aberta em mãos.
- Bom dia... – Falei por educação.
 Só educação mesmo, porque até aquele momento, a única coisa que eu tinha pra responder era: “Quê que tem de bom?”. Hesitei em tirar a toalha do corpo por ter um ser de: topete castanho propositalmente desarrumado, olhos extremamente verdes, nariz arrebitado e uma boca quase transparente de tão clara olhando pra mim. Não sei se era por ser canadense, mas Tom tinha pele exageradamente branca. Quase como leite.
 Abri o armário e peguei uma calça preta, uma camiseta branca justa pra ficar perfeita com uma jaqueta de couro. Muita gente acha que jaquetas de couro só ficam bonitas em garotos, pois você garota fique sabendo que garotas com jaquetas de couro além de lindas e sensuais, ficam aparentando ser mais decididas.
 Arranquei a toalha do corpo e Tom arregalou os olhos. Até aquele dia ele nunca tinha me visto pelada.
- NOSSA NÃO FAZ ASSIM SENÃO EU VIRO MACHO! – Tom berrou com a voz afetada de sempre me fazendo corar.
- Não exagera... – Falei me virando e pegando a calcinha.
- Não exagera? Olha isso menina, daria tudo pra ter esse corpinho! – Tom levantou e veio na minha direção.
- O que você vai... – Fui interrompida pelas mãos de Tom me virando de frente pra ele. Arregalei os olhos, mas ele não notou por estar olhando outra coisa. Ai meu Deus, me salva.
- Esses peitos são seus? – Ele perguntou desviando o olhar pra minha cara. A expressão dele se tornou risonha ao encontrar meus olhos arregalados de susto. – Calma, sou gay lembra? – Ele segurou o riso.
- É que... – O fiz soltar minha cintura. – Tirando o Cody, não fui tocada por outro homem... –
- O QUE? – Tom arregalou os olhos e forçou uma cara de “OH MY GOD!”.
- É ué, qual o problema? – Perguntei pegando o sutiã. Ele voltou a se sentar na cama, mas dessa vez na minha.
- O problema amiga, é que você ta sempre na mesma. – Tom disse como se fosse obvio. Peguei a calça e comecei a colocar.
- Ainda não ente... Entendi. – Falei me desequilibrando.
- Você tem que transar com outra pessoa amiga... – Tom disse e eu olhei espantada pra ele.
- Tu ta é doida béchona. – Falei rindo dele. Coloquei a camiseta e fui pentear o cabelo. Tom se levantou e ficou ao lado do espelho pra olhar pra mim. Encarei-o e bufei. – Quando eu transo com o Cody eu sinto a melhor sensação do mundo, não tem como sentir melhor. –
 Tom riu sozinho.
- Como você sabe? – Tom disse e eu ergui uma sobrancelha.
- Hã? – Perguntei besta.
- Como. Você. Sabe. ? –
 Eu entendi, só não tinha uma resposta.
- Sabendo. – Esse é o tipo de resposta que se dá quando não se tem a resposta.
- Sou bicha, não besta. – Tom cuspiu as palavras.
- Não sei do que você ta falando... – Dei ombros pra ele e sentei na cama.
- Como você sabe que é a melhor transa do mundo se você nunca transou com nenhum outro homem, em? – Tom perguntou enquanto eu colocava o salto o mais rápido possível a fim de dar um ponto final naquela conversa.
- Olha, eu amo o Cody, ele é gostoso e me excita, então pra que outra transa? – Perguntei colocando a jaqueta.
- Melhor ainda, pode até ser bom pra vocês, imagina, vocês transam com alguém, não gostam e quando transarem denovo vai ser tipo ‘Uau, ele é bem melhor’ – Tom dizia gesticulando.
Parei de mexer na minha pasta e o encarei com cara de mocha.
- WTF? – Falei pegando meu celular, minha carteira e minha chave de uma vez só.
- Mas é serio, o... – Ele ia continuar, mas eu o interrompi.
- Ótima conversa, gostei mucho, mas tenho que ir. – Ironizei abrindo a porta. – 1Beijo. –
 Segurei o rosto dele e beijei a bochecha branca.
- Mas... – Ele tentou, mas eu já estava fechando a porta quando escutei as últimas palavras. – PEENSA NISSO! –
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Passei pela catraca e fui caminhando até o elevador.
- Droga. – Comecei a correr. – SEEEGUUURAA! -
 A mão segurou a porta e eu entrei. - Obrigado – Sorri sem olhar pro lado. O botão do ultimo andar já estava pressionado, então me concentrei em organizar os papeis que estavam na minha mão.


- Me deve duas. – Olhei pro lado e vi John sorrindo.
- John! Nossa, nem tinha te visto. – Dei um beijo na bochecha dele.
- Tudo bem, eu relevo essa. – Ele disse e eu sorri.
- Então, preparado para os negócios? – Fiz cara séria e ele riu.
- Acho que não, sabe, não suporto esse lugar. – Ele torceu a boca e eu ri.
- E do que você gosta? – Perguntei e ele deu ombros.
- Música, livros... Música. – Ele disse e fiz cara de surpresa.
- Música? Eu também amo música. – Falei como se fosse muito interessante pra ele. Ele entortou a cabeça num gesto de compaixão eu diria.
- Você toca? – Ele perguntou com meio sorriso.
- Canto... Mas gosto de tocar piano também. – Falei e ele fez cara de surpreso.
- A gente pode marcar um dia pra tocar um som. Eu, você, seu namorado não é? – Ele disse sorrindo e eu reprimi o riso com força.
 Claro, o Cody ia A-D-O-R-A-R! 
- Eu adoraria. – Falei com meu melhor sorriso. Só eu mesmo.
- Ta a fim de tomar um café hoje? Depois do trabalho. – Ele perguntou sorrindo. Não era má idéia. Ele sabia que eu tinha namorado e não me parecia o tipo de cara que corre atrás de garotas compromissadas. Ele parecia mais o tipo de cara que gostava de fazer amizades.
- Tenho faculdade. – Falei e ele fez um barulho estranho com a boca.
- Eu sei... – Ele disse e eu o encarei.
- Então porque perguntou? – Me vi falando e ele sorrindo malandro.
- Ora, eu estudo lá também. – Ele disse e a porta se abriu. Ele saiu em direção ao balcão me deixando de queixo caído no elevador.
 A porta ameaçou fechar, mas eu acordei a tempo de botar a mão na frente.
- Como assim “estuda lá”? – Bati o pé até ele.
 Marie assistia a cena. Fiquei de frente pra ele, que estava encostado ao balcão para bater ponto.
- Estudando... – Ele respondeu que nem besta. Agora eu entendo Tom, me lembre de pedir desculpas pra ele pelo “Sabendo...”. Que resposta mais ridícula.
- Que curso você faz? – Perguntei e ele sorriu.
- Adivinha. – Ele parou de escrever pra me encarar.
- Hm... – Parei pra pensar. Ele ficou me olhando sapeca. “Eu, você, seu namorado...”. – MÚSICA! – Berrei e ele fez shiu.
- Isso mesmo. – Ele encostou-se ao balcão pra me esperar bater ponto. – Como adivinhou? Só porque gosto de música? –
- Você disse que a gente podia marcar de tocar um som, eu, você e meu namorado, mas eu não te disse que tinha namorado. Você é da turma do Cabrito. – Falei orgulhosa de ter conseguido raciocinar pelo menos uma vez nessa vida. Ele fez cara de impressionado fazendo bico e balançando a cabeça.
- Droga, eu devia ter tomado mais cuidados com as palavras. – Ele disse negando com a cabeça.
- Pois é. – Falei assinando. – Bom Dia Marie – Sorri pra minha amiga.
- Bom dia, Bom dia senhor John. – Marie disse e eu segurei o riso. John olhou pra ela assustado.
- To tão velho assim? – Ele arqueou as sobrancelhas.
- É que, é que... – Marie se atrapalhou e eu fiz “Shiu”.
 Ambos me olharam e eu apontei pra frente.
- Teu pai. – Sussurrei e ele se endireitou em pé. Como eu poderia dizer? Ficou ereto.
 Mr.Sullivan fechou a porta e veio caminhando robótico em nossa direção.
- Lá vem... – Marie soltou sem nem pensar no John que estava ali do lado.
- Bom dia Mr.Sullivan. – Falei sorrindo e ele apenas acenou com a cabeça.
- Vejo que as senhoritas já conhecem meu filho, John. – Sullivan se aproximou de nós, John foi pra trás do pai. – Ele vai herdar toda minha fortuna e toda essa empresa que eu construí com... – Mr.Sullivan continuou falando, mas John me distraiu fazendo caretas atrás do pai e imitando uma boca com a mão.
 – Não é mesmo filho? –
 John fingiu que estava coçando a nuca.
- Com certeza, tudo isso aí. – John assentiu serio. Mr.Sullivan nem desconfiou.
- Então, senhorita (Seu Sobrenome), esta edição é a sua chance. Hoje mude de espaço, Matt está logo ali. – Sullivan apontou pro fundo, aonde um homem visivelmente bicha – por causa do brinco, do cachecol e da calça muito colada, detalhe: tudo isso extremamente florescente –.
John sorriu assim que o pai deu as costas e voltou pra sala.
- Você não me disse que era escritora. – John fez cara de surpresa. Sorri e virei rebolando.
- Sou uma caixinha de surpresas meu amor. – Soltei uma gargalhada extravagante pra frisar bem que eu estava interpretando uma perua. Ouvi John murmurando algo como “Ta né”.
 Fui até o espaço aonde Matt se encontrava. Ele era de cargo importante, além de escritor, era editor chefe da parte escrita. Caminhei até ele, mas parei ao ver que ele conversava com alguém.
- Olha aqui garota, isso aqui está uma merda, trate de fazer novamente, senão corto seus pulsos e escrevo “Matt W.”, com o sangue que jorrar. Se não sabe fazer nem uma sinopse como poderá escrever uma matéria? – O coloridinho gritava com a garota do espaço a frente. Fiquei esperando ele acabar. A garota assentiu e saiu correndo pro banheiro, provavelmente pra cair em lágrimas. O M&M se virou e deu um pulo a me ver.
- O que você é? – Matt perguntou com expressão superior. Se bem que ele parecia ter apenas aquela expressão.
- Sou escritora, o Mr.Sullivan falou pra eu vir aqui e... – Eu ia continuar falando. Mas o “Ia” me interrompeu.
- AHTÁ, (Nome e Sobrenome), a garota brasileira com textos interessantes e ao mesmo tempo, engraçados... – Ele estendeu a mão e eu a apertei.
- Sim, bem é... – Fui interrompida novamente.
 Já vi que a conversa vai ser difícil.
- Sou Matt Williams, vem comigo. – Ele fez sinal pra eu o seguir e assim fiz. – Você vai ficar bem... Aqui. –
 Ele apontou pro espaço que ficava em frente à sala de quem?
John Sullivan. Cof, Cof, quero dizer: Mr. Sullivan Jr.
 O espaço era bem grande, eu diria três vezes maior do que o meu antigo. Tinha o computador mais moderno, um telefone sem fio, impressora e tudo. Coloquei minhas pastas em cima da mesa e virei pra encarar Matt. Como eu esperava, não tive que falar nada pra ele começar a explicar.
Ouvi tudo com bons ouvidos e ótimas estratégias. Descobri que a cada cem palavras ele tinha que parar pra respirar, e era nesse exato momento que eu deveria fazer alguma pergunta.
 Vivendo e aprendendo.
Sentei na cadeira e comecei a digitar. Cheia de criatividade e idéias, mas sem tempo, fiz uma lista do que ainda tinha em mente e salvei no computador. [nota da autora: dica pra escrever o seu imagine].
Desliguei o computador, me despedi de Matt com apenas um aceno e saí batendo o salto até o balcão de Marie. John estava encostado no balcão e sorrindo pra Marie que só faltava desmaiar.
- Ois. – Falei e os dois me olharam. – Interrompo? –
- Não... Magina. – Marie disse e eu tive a leve (leve como uma âncora), impressão de que realmente atrapalhava.
- Como foi com o Matt? – John perguntou enquanto eu assinava.
- Ah, o homem é pirado. – Falei rindo e ele ergueu as sobrancelhas.
- Você quis dizer que “a bicha é louca” né? – Ele disse e nós rimos.
- Ele só é exigente... – Mentira, ele era pirado, egoísta e metido. Mas não merecia ter fofoca pelas costas.
- Urum, sei. – Marie fez careta e eu ri.
- Quer carona? – John perguntou e eu olhei pra Marie, que negou com a cabeça.
- Não precisa, Cody veio me buscar. – Falei sorrindo e ele riu.
- Ai que romântico. – Ele deu um pulinho fazendo voz afetada.
- Marie, você vai sair hoje? – John perguntou e eu tive a impressão de ver Marie apertando a coxa com força.
- Não, por quê? – Ela disse sem respirar.
- Ta a fim de tomar um Milkshake? Eu pago. – Ele falou e ela assentiu. – Te pego as quatro, beijos. –
Ele saiu rebolando e entrou no elevador. Voltei o olhar pra Marie, ainda sem respirar ela via a bunda do garoto sumir.
- Marie... MARIE! – Berrei e ela deu um pulo.
- Acredita nisso? – Ela perguntou e eu ri.
- Acredito. Nós acreditamos. – Falei e ela abriu mais ainda o sorriso.     Se é que era possível.
 Entreguei a ficha e me despedi.
Olhei pros lados e vi Cody encostado na Mitsubishi. Caminhei tranquilamente até ele, quando estava chegando ele olhou pro lado e nem percebeu minha presença, mas depois virou a cabeça bruscamente e sorriu. Fui até a frente dele, ainda encostado.
- Oi. – Ele disse me puxando e abraçando forte.
- Oi meu amor. – O abracei e depois distanciei apenas a cabeça.
Ele selou nossos lábios e pediu passagem pra língua.
 Abri a boca e apenas deixei o beijo rolar. Sua língua praticamente escovando minha boca, esquentando. Nossa; que delicia.
 Encerrei o beijo com alguns selinhos e deitei minha cabeça no ombro dele.
- O que foi? – Só ele mesmo pra perceber que eu não estava bem.
- Não consegui dormir direito... – Falei acariciando a ponta dos cabelos louros dele.
- Por quê? – Ele encostou a bochecha na minha e abraçou minha cintura um pouco mais forte, juntando mais nossos corpos.
- Tive um pesadelo. – Falei e ele juntou as sobrancelhas loiras.
- Que tipo de pesadelo? Fantasmas, espíritos, mortes, bichos... – Ele ia continuar a lista de coisas horríveis pra se sonhar, mas eu tinha a definição perfeita pra minha.
- Monstro. – Falei e ele virou o rosto pra me olhar. Tirei a cabeça do ombro dele e encostei nossos narizes.
- Quer me contar como foi? – Ele perguntou com aquele olhar suplicante, implorando pra eu contar.
- Ahãm. – Respirei fundo. – Eu estava na janela me arrumando pra dormir, e então vi uma pessoa debaixo de uma arvore. –
- Quem? Você conhecia? – Cody parecia interessado. Eu não podia contar a verdade, ou poderia?
- Não... Eu não o conhecia. – Menti. O sonho era bem claro, eu na janela, ele debaixo da árvore, olhando pra cima com aquele olhar absurdamente quente sobre mim.
- Bom, fica calma. Foi só um pesadelo e agora eu to aqui com você, ok? – Cody me segurou em frente ele, olhando nos olhos.
 Respirei fundo cedendo à pressão daqueles olhos lindos.
- Brigada amor. – Dei um selinho nele.
- Agora dá um sorrisinho pra mim, em? – Ele fez voz de bebe e eu acabei sorrindo.
- Melhor a gente ir ou o professor vai me matar! – Falei e ele sorriu.
- Entra vai. – Ele abriu a porta do carro.
- JÁ FALEI QUE TENHO MÃO CODY! – Brinquei e ele fez careta.
- BLABLABLA! – Ele mostrou a língua e entrou no carro. – Vamos bebê... –
 Demorei pra entender que não se tratava de mim, mas do carro.

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 - Fred seu filho da puta! – Alli gritou e todos arregalaram os olhos, até Fred.
- Nossa que amor. – Emma disse irônica.
- O que eu fiz? – Fred perguntou fazendo cara de choro e eu ri.
- To com saudade... – Alli agarrou a cintura de Fred e deu um beijo nele.
- AI QUE NOJO, VAI PRA CAMA! – Cody tampou os olhos e Alli o olhou com cara de safada.
- Não é uma má idéia. – Ela retrucou e foi à vez de Cody fazer cara choro. Fred fez cara de safado e eu ri alto.
- Olha, a gente cria os irmãos, tenta educar, mete as bofetadas que são precisa e acabam assim, pegando qualquer um. – Cody disse “chorando” e todos riam.
- EEEEEPAAAA – Fred entrou na frente de Alli e tacou a mochila no chão. – EEEPA, EPA, EPA! – Fred balançava os ombros freneticamente mostrando estar revoltado. Emma já se mijava de rir.
- Fala logo! – Dylan gritou.
- QUALQUER UM, VIRGÚLA. EU SOU MUITO É DECENTE! – Fred berrou que nem lady Kate e todo mundo riu. Até quem passava.
- DEEECENTE É? – Cody começou a berrar também, mas foram interrompidos pelo sinal.
- OS DOIS CALEM A BOCA, HORA DE ESTUDAR PRA ORGULHAR OS PAPITO! – Cole berrou e nós rimos.
- ótima noticia. Adivinhem? – Emma disse enquanto caminhávamos pro pátio.
- Descobriram a fonte da juventude? – Foi Fred que falou.
- Yakult vai ser vendido a Litro? – Dylan.
- Vai ter “A Fabrica de Chocolate 2”? – Cole.
- Calem a boca. – Cody disse fazendo sinal pra Emma continuar.
- Sexta-feira tem festa. – Ela disse e todos fizeram cara de “aff”.
- Só isso? – Falei e ela fez cara de ofendida.
- Não é SÓ uma festa. É A festa. – Ela se corrigiu.
- Nossa aonde vai ser? – Cole perguntou.
- Na República do Joe. – Emma disse e todos pararam de andar.
- Quem. É. Joe? – Perguntei e ela riu.
- Um amigo, ele quer que a gente vá. – Emma disse orgulhosa de si.
- Ah, é? – Dylan fez cara de não acreditar em uma palavra dita.
- Ou você o seduziu com essas pernas? – Cole apontou pras pernas de Emma, destampadas pelo short curto.
- Ok, tenho minhas táticas. – Ela disse piscando pro Cole. Tive a impressão de ver Cole ficando vermelho, mas ignorei. – Espera aí, você tava olhando minhas pernas? -
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 Dei um beijo no Cody e fui andando pelo corredor. Esperei Tom aparecer, mas ele não estava por lá, então fui pra sala sem ele. Com o salto preto batendo no chão e meu caderno nos braços, entrei na sala.
 Fitei com o olhar a minha cadeira e então quase tive um Ataque de Pelanca. Mentira, eu TIVE um A.D.P. Tentei respirar, mas não consegui.
 Dei um passo pra frente só pra confirmar o que estava vendo, não podia ser real, foi tudo um sonho.
“Apenas um sonho (Seu Nome), apenas um sonho.” Repeti em voz alta.
Sei foi ou não um sonho, eu não sei.
 Ele olhou pra mim.
Meu corpo estremeceu, um arrepio subiu minha espinha e eu senti meu coração batendo mais rápido do que o normal.
 Ele sorriu.
Sacudi a cabeça tentando tirar aquela miragem da vista, mas não saiu. Ele realmente estava ali, me olhando, após quatro anos.
Não consegui sentir minhas pernas, a visão estava disfocada, ou melhor: Focada nele. Tentei dar um passo, mas caí.
 Ouvi alguns gritos lá de cima e antes de tudo escurecer e eu desmaiar, consegui pensar em apenas um nome: Bryan.
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Abri os olhos com dificuldade e encontrei Dulce me olhando assustada. Olhei pros lados estranhando o local.
- Você ta no Pronto Socorro, nina. – Ela sussurrou. Assenti e bocejei, me espalhando na cama. Dulce já era uma segunda mãe pra mim, mas depois que me mudei ela se tornou quase oficial. Afinal, agora que minha mãe não estava por perto, ela que cuida de mim. Coloquei o telefone dela como emergência, então depois que desmaiei, devem ter ligado pra ela.
- Oi pra você também Dulce. – Falei e ela sorriu. Não sei o que mais me impressionante, eu desmaiar ou Dulce sussurrar.
 Segunda opção.
- Oi nina, não assuste Dulce assim mais ta? – Ela parecia implorar. Segurei a mão dela e não pude evitar o sorriso.
- Ok, prometo. – Falei e ela assentiu agradecendo. A enfermeira abriu a porta sem nem bater e olhou pra mim.
- Acordou? – Ela disse e eu segurei o “NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! TO DORMINDO DE OLHO ABERTO”. – Tem uma pessoa querendo te ver –
Devia ser Cody.
- Deixe entrar. – Falei. A enfermeira assentiu e fechou a porta.
Olhei pra Dulce que entendeu o recado. Ela se levantou, deu um beijo na minha testa e saiu. Ajeitei-me na cama e tentei dar um jeito no rosto, que devia estar amassado.
 A porta foi aberta, mas não era Cody. Tudo veio como flash.
- Oi. – Bryan disse entrando no quarto.
Demorei um pouco pra assimilar toda a situação. Ele deve ter percebido que eu estava um pouco discada, na verdade devia ter uma placa na minha testa, escrito “Loading...”. Ele ficou parado na porta e eu peguei fôlego pra falar.
- Sai daqui. – Falei desviando o olhar do rosto dele.
- Eu tenho que te falar uma coisa. – Ele tentou, mas eu neguei com a cabeça.
- Deve ser muito importante pra você me procurar. – Ironizei e ele suspirou.
- Queria te pedir desculpas... – Ele falou dando um passo pra frente.
- Se foi pra isso que veio não precisa nem continuar. Tchau. – Falei acenando.
- Não foi pra isso que vim, por mais que isso fosse importante. – Ele disse olhando pro chão e depois voltou a me olhar nos olhos. – Eu vim pra te explicar o que realmente aconteceu. –
- Acho que tudo já ficou muito claro, você me abandonou. – Falei pela primeira vez olhando nos olhos dele.
- Eu te amava. – Ele disse dando mais um passo.
- AH, JURA? Você sempre ilude e depois joga fora as garotas que ama? – Perguntei cheia de sarcasmo.
- Não te abandonei. – Ele disse num tom de voz desesperado.
- AH TÁ, VOCÊ APENAS FOI EMBORA SEM ME AVISAR! – Gritei sentindo as lágrimas se formarem.
- EU PRECISO TE EXPLICAR! – Ele gritou e as lágrimas saíram.
- SAI DAQUI! – Gritei ainda mais alto.
- PELO MENOS ME ESCUTA! – Ele gritou e eu olhei pros lados a procura de algo realmente duro. Fitei um abajur e não pensei duas vezes antes de pega-lo e mirar bem na cabeça do desgraçado. Não acertei, e agradeci à Lei de Newton por isso (créditos pro professor de Física) depois de ver o vidro se partir em mil pedaços na porta.
 A enfermeira abriu a porta desesperada e Alli veio atrás. Bryan saiu sem nem dar explicação e Alli nem o olhou, apenas correu até mim e me abraçou.
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- Me conta agora? – Alli perguntou quando eu terminei de tomar meu copo de água.
- Conto. – Falei suspirando e ela sentou ao meu lado na cama.
- Quem era aquele garoto? – Ela começou e eu respirei mais fundo ainda.
- Bryan, Bryan Rocha. – Falei pegando fôlego pra continuar. – Conheci Bryan em São Paulo, até lá eu nunca tinha acreditado em amor à primeira vista, mas quando o vi, foi inevitável mudar de opinião. – Lembrei do rosto de Bryan. Ele era branco demais pra ser brasileiro, mas não chegava a ser pálido como Tom, tinha cabelos pretos e lisos, caídos pro lado, olhos azuis penetrantes e olhar quente, o corpo era magro, mas musculoso, como os braços de Cody. Então a parte que eu mais gostava; a boca: o sorriso perfeito e os lábios carnudos como os de Cody, mas eram de uma cor diferente, não era rosa, nem transparente, eram vermelhos sangue.
 Olhei pra Alli, ela segurava a minha mão com força. Pensei um pouco antes de continuar.
- Então ele veio até mim e nós começamos a conversar, fomos rápidos, duas semanas depois nós já estávamos apaixonados, ele me pediu em namoro e eu aceitei, estava tudo perfeito. – Falei sentindo um nó formar na minha garganta.
- Não precisa continuar se não quiser amiga. – Alli disse e eu neguei.
- Eu preciso continuar. – A corrigi e respirei novamente antes de prosseguir. – Tudo parecia um sonho. Meus pais o adoravam, eu o amava e nada estava fora do lugar. Foi então que antes do nosso aniversário de um ano de namoro, eu fui à casa dele. – Lembrei agora de como estava tudo perfeito, eu havia comprado o que ele sempre quis: O disco do AC/DC.
- E o que aconteceu amiga? – Alli perguntou tentando acabar logo com aquilo.
- Um dia antes do nosso aniversário de um ano, fui à casa dele pra entregar a surpresa. Quando cheguei lá, não havia ninguém em casa... – As lágrimas saíram. – Eu tentei ligar pra ele, mas ele não aparecia, depois de duas semanas desesperada, fui falar com o vizinho dele. –
- E o que ele disse? – Ela perguntou quase chorando também.
- Ele disse que Bryan tinha se mudado pra longe, ele não sabia pra onde, mas eu não queria saber mesmo, não importava. – Falei secando algumas lágrimas.
- Ele te abandonou? Sem avisar nem nada? – Alli perguntou não se conformando.
- Foi amiga, ele me abandonou. E eu o amava! – Respondi dando um soco no colchão. – Aí, eu voltei pra casa chorando, meus pais ficaram desesperados. Eu fiquei doente, parei de comer, não acreditei mais nas pessoas, no amor, nem nada. –
- Então você se mudou? – Alli concluiu, mas saiu num som de pergunta.
- Foi. Meu pai espalhou que foi por causa de um emprego no exterior, mas era tudo mentira. Meus tios cederam a casa pra nós e nós viemos. Por isso que meus tios iam pegar a casa de volta, eles ficaram sabendo que eu estava bem e acharam que podiam voltar, então quando viram Cody, viram o quanto eu estava melhor. – Desabafei parando de chorar.
- E o Cody? – Alli perguntou e eu sorri.
- Cody foi um anjo na minha vida, ele me curou. Fiquei um ano sem nem pensar em amar e quando entrei na escola e o vi, senti a mesma coisa do que quando vi Bryan pela primeira vez. – Falei olhando pro nada e depois fitei Alli me olhando sem ter o que falar.
- Eu amo Cody, muito mesmo. Só que... – Não consegui terminar de falar.
- Só que o que? – Alli se aproximou um pouco.
- Não sei se esqueci Bryan... –

X Continua.

Autora:
 Hey pípou, o que acharam? Gostaram? E o Bryan?  Amei a capa do capitulo 3!
To atrasada pra janta e minha mãe ta me olhando feio aqui do sofá.
Comentem J

11 comentários:

Kethellen Cristina disse...

Ai Meu Deeus !!!!!
E agoora ?
Continuua,ameei s2s2

My husband Cody disse...

Como assim menine?
So mais apaixonada pelo tal do Bryan do que pelo Cody?
TO DE MAL U.U
CONTEEEEEEEENUA,aqui é a Nath só pá consta.

ზ Fc Cody Simpson ¿Perfect Boy? disse...

Aaa voc precisa continuar ..
Aaa eu quase chorei aqui, mto triste ..

Anônimo disse...

AMEEEEEI! Eita, complicado isso hein! Ri com o ataque do Fred kkk amore, eu estou fazendo um imagine também, dá uma olhada por favor? #Mimi http://prasemprecody.blogspot.com/ Preciso da opinião sua, fico até com vergonha já que você escreve tão bem e seus imagines são bem engraçados! k beijinhos! @prasemprecody

Anônimo disse...

Sou um xuxuzin kkkk eeeeeh!

Marida do Simpson disse...

continuaaaaaaaa pfpfpfpfpfpfpf eu estou mt curiosa *-*

nathalia disse...

continua super curiosa amei

ზ Fc Cody Simpson ¿Perfect Boy? disse...

Amor entra no meu blog, segue e comenta ..
http://imaginesepuder.blogspot.com .. Me ajuda a divulgar . Obrigada .

Gabriela Ananda disse...

[aa] Contiinuaa.. To mto curiosaa
Ta perfeitoo (cmo sempre neah Tiaa).. hehe

Daiana Pimentel disse...

Continua por favor estou quase morrendo aqui '

Duda disse...

Perfect.... Amei, Amei Amei!!!
\o/