quinta-feira, 15 de setembro de 2011

| Continuação: Capitulo 4 e 5 |



 - Alô? – Falei sentindo algo estranho dentro de mim.
- Oi meu amor, tudo bom? – Cody parecia animado.
 Levei a mão à testa pra apertar um pouco, tentando fazer a tontura desaparecer.
- Hm, bem. – Menti. Ele não pareceu ter notado.
- Eu to bem também.  – Ele riu sozinho.
- Que bom. – Que bom que alguém estava bem.
 Segundos de silêncio.
- Como foi a festa? – Ele perguntou e eu senti a respiração falha.
- Foi... – Olhei em volta observando o chão do quarto cheio de roupas, minhas roupas – Ótima... (sussurro) Eu acho. –
- Ah, então, quer tomar café? – Ele perguntou um pouco mais animado.
 A ultima coisa que eu queria ver naquele momento era o olhar brilhante e cheio de carinho do Cody.
- Não. – Respondi rápido e eu pude imaginar as sobrancelhas loiras de Cody se juntando. – Tenho uns trabalhos pra fazer, mas... depois eu passo aí pra te ver ok? –
- Ta. – Ele ia falar mais alguma coisa.
 Bryan se moveu na cama.
- Tenho que desligar. – Falei desesperada.
- Ok, beijos, te amo. – Cody falou.
- Te amo. – Respondi certa do que pensava e desliguei o telefone.
 Olhei em volta procurando meu sutiã e minha calcinha. Encontrei o sutiã pendurado no abajur e a calcinha em cima da cama. Fiquei assustada, mas naquele momento não tinha a mínima vontade de saber como foram parar lá. Peguei meu vestido que estava jogado no canto do quarto, e o coloquei. Minha jaqueta estava em cima da poltrona. Peguei-a, peguei meu salto e saí dali de fininho.
 Caminhei descalça e toda destrambelhada, até meu prédio.
Entrei no elevador e apertei o botão e fiquei apressando o elevador com alguns palavrões.
 A republica estava silenciosa. Provavelmente estavam todos dormindo, ou na casa de outras pessoas.
Putaria liberada, lembra?
 Virei a maçaneta e empurrei a porta com força.
Tom não estava lá, então já fui arrancando as poucas peças de roupa que havia no meu corpo e jogando pelo quarto todo.
 Entrei no banheiro e pude relaxar os músculos quando senti a água quente escorrendo sobre meu corpo.
Foi então que eu pude parar pra pensar.
 Encostei-me à parede, ainda sentindo a água cair, deslizei meu corpo pela parede, sentando no chão.
 O que eu havia feito?
Eu não conseguia tirar a culpa de mim.
Eu sei que Cody não sabia quem era Bryan, nem o que ele havia feito pra mim, mas desde criança eu nunca soube acreditar em “O que os olhos não veem o coração não sente”.
Como eu olharia no fundo dos olhos verdes de Cody e diria que não havia acontecido nada? Eu não sei se conseguiria dizer a verdade, e provavelmente, Cody jamais me perdoaria. E com razão.
 Bryan viria atrás de mim. Eu sabia disso desde o começo. Ele poderia contar pro Cody, só pra me ver longe de Cody e perto dele. Ou poderia ficar quieto e me ver sofrer até Cody descobrir a verdade.
 O que eu faria?
Eu estava sem saída. Cody e Bryan eram da mesma faculdade que eu. Bryan morava ao lado do meu prédio e não descansaria até falar comigo. Cody, bem, nem precisa falar certo? E eu não conseguiria fugir dele por muito tempo.
 Senti vontade de voltar pro Brasil.
Minha mãe com certeza teria um bom conselho nesse momento e meu pai um comentário bobo também. Se Sammy me visse daquela maneira, diria que ia ficar tudo bem, “mana”.
 Senti as lágrimas se misturarem coma água do chuveiro.
Mas eu não estava chorando por Cody, e sim de saudades. Eu queria apenas ouvir a voz da minha mãe, sempre preocupada e meu pai sempre distraído... Queria minha família.
 Levantei-me do chão sentindo a cabeça rodar um pouco e peguei o sabonete.
Eu ainda estava com o cheiro do Bryan e dos lençóis dele.
 Peguei a bucha e passei com força no meu corpo. Passei com tanta força que meu corpo ficava vermelho cada vez que eu esfregava a bucha em mim. Acho que tentei tirar toda a culpa também, mas isso não saía. Pelo menos, não tão facilmente.
 Quem dera fosse tão simples assim.
Ouvi alguns barulhos no quarto e garanti mentalmente que ficaria naquele banheiro até o ultimo segundo. Ou até a água acabar. Pobres descendentes meus, logo viverão sem água por minha culpa. Naquele momento nem me interessei nisso.
 Depois de lavar o cabelo e fazer um pouco mais de hora no chuveiro, fui obrigada a sair do banheiro.
 Sentei na cama ainda enrolada na toalha e olhei pro telefone fixo da faculdade no criado-mudo.
 Peguei-o e o encarei na minha mão por um tempo.
Eu precisava.

- Alo? – Minha mãe falou e eu senti as lagrimas de felicidade se formar.
- Mãe? – Falei e pude imaginar o sorriso dela se formando.
- FILHA, QUE SAUDADE! – Ela foi tão verdadeira quanto minhas lagrimas.
- Mãe, to morrendo de saudade, tudo bom com você? E o papai? E o Sammy? Eles tão aí? – As perguntas foram saindo até eu ouvir uma risada gostosa do outro lado da linha.
- Calma filha, me deixa responder! – Ela disse e eu sorri. – Tudo bem sim, seu pai ta bem e está incomodando os vizinhos com o ronco nesse momento... –
 Ela disse e eu ri, me lembrando que papai dormia até tarde de sábado.
- O Sam ta aqui do meu lado, ele quer falar com você. – Mamãe disse e eu mordi o lábio.
- Passa o telefone pra ele. – Falei rindo e ela pediu pra eu esperar.
- ALÔ? – Sam parecia histérico. – MANA? –
- Oi Sammy, tudo bom? – Perguntei sorrindo.
- MANA, TO MOLÊNDO DE SAUDADE DE VOCÊ! – Sammy disse e eu deixei mais algumas lágrimas escaparem ao ouvir o “ÉLI” que sempre me fazia rir.
- Oh, Sammy, a mana ta morrendo aqui também, queria muito te dar um abraço. – Falei suspirando.
- Quando você volta mana? – Ele perguntou choroso.
- Não sei. – Menti. Eu sabia, mas como eu diria pra ele que só daqui dois anos? – Acho que vou visitar vocês qualquer dia. –
 Ok, essa parte foi verdade.
- EEBAA, (coloca telefone longe da boca) Mãe, a mana vai visitar a gente! – Ele gritou e eu ri.
 Solucei com as lágrimas.
- Você ta bem? – Ele falou todo fofinho.
- A mana ta com alguns problemas. – Falei secando as lágrimas.
- Calma... – Ele fez uma pausa. – Vai ficar tudo bem! Olha, qualquer coisa, liga pa mim. – Ele disse com um ar adulto e eu sorri.
- Ok, preciso desligar agora. – “Preciso chorar agora” pensei.
- AAAH, mas liga depois! – Ele disse e eu assenti mesmo sabendo que aquilo era uma ordem.
- Beijo na bunda fofa. – Falei e ele riu.
- Beijo, te amo mana. – Ele disse e desligou.
“Te amo mana” ecoava na minha cabeça e eu chorava rios.
Abracei as pernas e chorei como uma criança que precisava de colo.
E de fato. Eu precisava.

– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

  Eu necessitava conversar com alguém. Alli estava com muitos problemas, e eu não sei se conseguiria contar aquilo pra ela. Decidi ir à casa do Tom, ele saberia o que me dizer. Tom morava na faculdade a semana letiva, e no fim de semana ia pra casa dele.
  Desci da moto colocando o tênis no chão e o capacete no guidão da moto. Naquele momento a última coisa que eu me preocupava era minha aparência, por isso quando me vesti peguei as primeiras coisas da gaveta: um short e uma regata branca. O allstar e óculos Rayban pretos. Minha cara não estava das melhores e eu não me sentia confortável ao andar na rua, mas por mais que a casa de Tom ficasse distante, eu queria muito conversar com ele.
 A casa dele era enorme, mas a única que tinha portão também. De acordo com ele, o portão era pra que ninguém visse as companhias de festa dele. Claro, eram homens, e a vizinhança não era das melhores, eram daquelas que fofocava o tempo todo e o fato de ser gay deixava o Tom na boca do povo. O portão branco tampava toda a frente da casa. Toquei a campainha e esperei o portão fazer um estralo. O empurrei e caminhei pelo jardim até a porta da casa dele. A porta da casa era de vidro e eu pude ver a bagunça que estava. Depois da festa Tom havia ido até a casa dele, como sempre, com algum bofe. Provavelmente aquele que ele estava conversando. Tinha cara de gay.
  Fiquei de pé em frente o sofá. A sala era separada da cozinha apenas por um balcão, Tom estava de costas. Nunca soube que Tom era tão forte. As costas fortes, os ombros largos... Não era Tom.
- Tom? – Perguntei e o homem virou.
OH MY FUCK GOD. Eu devo ter feito uma careta bem engraçada, já que o homem riu da minha cara enquanto bebia o copo de água.
- JOHN? – Arregalei ainda mais os olhos.
- Oi minha linda, tudo bom? – Ele falou saindo da cozinha.
- Ai meu deus... Você... Tom... – Tentei assimilar e caí no sofá sentada quando entendi o que se passava.
 John riu e saiu de trás do balcão. Só de cueca. Ok, nem vou descrever. Imagine você mesma.
- Você dormiu aqui? – Eu perguntei. “NÃAO, ELE VEIO SÓ FICAR DE CUECA E BEBER ÁGUA” pensei enquanto ele riu um pouco.
- Dormi. – Ele respondeu se sentando.
- Ah, que beleza. – Ironizei massageando a testa. John não falou nada, ele parecia estar com vergonha. Foi então que me lembrei da noite passada.
-TA DOIDA MENINA? – John berrou dando passos largos até a porta”.
  Suspirei pra tentar parecer calma.
- John, queria te pedir desculpas por ontem. – Falei olhando pro chão. Ele cuspiu um pouco de água no copo e negou com a cabeça.
- Não peça. Eu que devia ter te contado, quero dizer, acho que eu não tenho muita cara de gay... – Ele disse brincando com os dedos e depois me encarou.
- Acha? Eu tenho certeza. Sei lá, mas também por ter te beijado, eu devia ter te avisado, ou... – Fiz uma pausa e cocei a nuca - Sei lá, minha cabeça ta tão cheia. – O encarei. Ele me olhou como se estivesse absorvendo o meu olhar.
- Às vezes o amor deixa a gente confuso né? – Ele afirmou em som de pergunta. Soltei um som como afirmação. – Mas calma, na vida tudo, tudo mesmo, passa. – Ele disse com uma certeza que me deu um pouco mais de esperança.
- Obrigado. – Falei segurando a mão dele.
- Não por isso. – Ele sorriu.
- Oi Bith, to vendo que a noite não foi muito boa pra você. – Tom apareceu só de cueca também.
 Qualé, todo mundo perdeu as calças hoje?
- Ao contrário da sua, pelo que percebi. – Falei desviando o olhar pro John, que sorriu meio embaraçado.
 Tom riu sapeca.
- Realmente, nessa você me pegou. – Ele disse se inclinando pra...
AH NÃO, NÃO!
 Tom beijou John.
 Segurei a careta pra não passar por preconceituosa. Não é preconceito, é apenas uma dor pelo desperdiço entende? Dois homens lindos, príncipes, maravilhosos, inteligentes... Se beijando. Eu não precisava ver aquilo.
 Desviei o olhar pro outro lado e Tom riu entre o beijo.
- Pelo amor Bith, tu ia ter que ver isso algum dia! – Ele disse fazendo John e eu rirmos.
- Mas tinha que ser hoje? – Falei fazendo careta e ele riu.
- Ok, eu relevo. – John disse e eu pude ver pela primeira vez o lado gay dele.
Como eu nunca tinha percebido os sinais? Gestos com as mãos, vocabulário feminino, cabeça torta quando dá risada... Eu ando tão despercebida, é amiga traindo amigo, colega virando gay... Eu hein.
- Bom, vou tomar um banho pra vocês conversarem melhor. – John se levantou e eu assenti agradecendo.  
 Esperamos John virar à direita e seguir pro quarto até Tom quebrar o silêncio.
- Eu avisei que ia pegar pra mim. – Tom fez pose e eu ri.
Realmente, ele disse. Lembrei do episódio há um tempo atrás.

-E se ele não xá Contigo Emminha, passa e XÁA COMIGO!– Tom berrou e todos riram.
 -ELE NÃO É GAY!–Eu berrei e o Tom fez cara de ofendido.”.

Ok, eu estava errada.
- Mas então, me conta tudo. – Tom se sentou ao meu lado e eu limpei a garganta pra começar.

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 Tom parecia preocupado, mas não como eu. Ele não parecia achar que aquilo era o fim do mundo.
- Amiga: todo mundo já passou por isso. – Ele disse e eu ergui uma sobrancelha.
 Ele ta tirando com a minha Poker Face né? Ele falou como se fosse completamente normal trair.
- Isso é serio? – Falei e ele assentiu.
- Em primeiro lugar, você não traiu, até porque foi uma traição permitida. – Ele se levantou e eu o acompanhei até a cozinha.
- Tom! – Exclamei e ele me encarou incrédulo.
- Pow, se vai me ouvir ou não? Porque tem um bofe tomando banho na minha banheira, e poderia ir meter nele agora! – Ele disse e eu me encolhi sentando no balcão.
- Continua. – Falei cedendo.
- Foi o que eu pensei. – Ele se virou pra geladeira e abriu. – Segundo que você só está assim por ter mentido pro Cody. – Tom tirou a cabeça de dentro da geladeira pra ver minha reação.
 Ele tinha razão, eu nunca tinha mentido dessa maneira pro Cody. Eu não falei sobre Bryan e não falei que estava mal pelo telefone.
- Terceiro, o fato de você ter reencontrado com seu ex afetou seu amor pelo Cody. – Ele tirou pão e queijo branco da geladeira, apoiou no balcão e ergueu o dedo indicador pra mim. – Você tem admitir isso. –
 Só naquele momento eu percebi que não amava o Cody da mesma forma.
- Fato: Você não quer amar o Bryan. – Tom sacudiu os ombros e se virou pra geladeira denovo. – Quarto: O Bryan ainda de ama e se o Cody descobrir o que aconteceu, ele não vai te perdoar tão fácil. –
 Ótimo, estava me ajudando muito. Eu já sabia de tudo aquilo. Espero que ele tenha mais argumentos depois.
- E por último, - Tom se apoiou na pia e me olhou. – você tem mais medo de magoar Cody, do que ser magoada. – Ele falou e eu olhei pra ele.
 Aquela era a mais pura verdade. E nem eu tinha percebido isso.
- Como você sabe? – Perguntei sentando com perninha de índio.
- É obvio. – Ele parou com olhar de reprovação. – Obvio e errado. –
- O que você quer dizer com isso? – Perguntei e ele caminhou até o pão e o queijo.
 Espera, ele acha que eu tenho que parar de me preocupar com Cody?
- Olha, não há mal em se preocupar com Cody. – Suspirei de alivio quando ele falou, mas previ um “Mas”. – Mas, você tem que entender uma coisa: Cody te ama... Você pode até magoar ele, mas se VOCÊ se magoar, ele vai sofrer em dobro. – Tom terminou colocando a parte de cima do pão e levando à boca.
- Então você acha que eu sou quem vai acabar se magoando? – Perguntei tentando entender o que aquela bicha falou.
- Tenho certeza. – Ele disse de boca cheia. – Bith, das duas formas, você vai se magoar. – Ele lambeu o dedo sujo de queijo.
- Tem razão. Se eu ficar com o Bryan, vou me magoar pelo Cody, se eu ficar com o Cody, pelo Bryan... – Falei entendendo minha situação.
- Foi o que eu te disse. – Ele pegou o Ades na geladeira.
- E o que eu faço? – Perguntei suspirando.
- Bem, tem duas opções. – Tom tomou um gole do Ades de uva. – Você pode terminar tudo com os dois e ver o que o tempo quer pra você, ou pode contar a verdade pro Cody e ver como ele reage. – Tom jogou as cascas do pão de forma do lixo e virou pra me fitar.
 Minha cabeça dava voltas e eu não sabia em que pensar.
- Você não tem que escolher agora. – Tom falou se encostando ao meu lado.
- Obrigado. – Virei e o abracei. – Não sei o que eu teria feito sem você... –
 Ele riu.
- Provavelmente se enfiado num sofá com um pote de sorvete e visto vários filmes românticos com final trágico... – Tom disse e eu ri.
- Acho que já sei o que vou fazer... – Falei e ele assentiu.
- Então me conta tudo depois que feito. – Tom falou e eu assenti.
- Se eu sobreviver até lá. – Falei e ele negou com a cabeça.
- Eu li um livro em que dizia uma coisa que eu carrego na minha vida há um bom tempo. – Tom disse e eu o encarei fazendo sinal pra ele prosseguir com a cabeça.
Que apesar de tanto sofrimento, tanto problema, a gente tem que continuar levando a vida, porque um dia a tempestade pára e quanto mais forte a tempestade, mais lindo o arco-íris que vai surgir depois. –

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   A conversa com o Tom tinha me feito bem. Ele me falou o que eu precisava ouvir. Depois eu conversei com John, que me fez rir com alguns comentários da noite passada. Eu ia subir na moto quando lembrei que Tom morava perto da praia e decidi caminhar um pouco, pra tomar uma brisa do mar.
 A rua não estava lotada, mas por ser fim de semana, estava mais cheia do que o normal. Comprei um picolé de morango a fim de finalmente comer alguma coisa.
 Enquanto eu lambia o picolé, sentada no balanço do parquinho que ficava de frente pra praia, pensei em tudo que eu havia passado com Cody.
 Tantas coisas, tantos sentimentos. Quando nós demos o primeiro beijo na Austrália, eu sentada no balcão e ele me provocando. Lembrei da razão e do maldito Danny psicopata, do lava rápido quando a gente precisava de grana. Quando nós transamos no avião, e a velha Dona Lurdes, a chata que pouco depois, ajudou a gente a se encontrar denovo quando Cody atravessou a América e gritou meu nome em frente o portão da minha casa no Brasil.
 Também lembrei das pequenas coisas, as que por menos importantes, se tornaram tão especiais. Como a primeira vez que Cody sorriu pra mim, quando eu cuspi o cereal na cara da Thorne no aeroporto.
 Ri sozinha ao lembrar da Bella.
 O que teria acontecido com ela? Por mais chata e fresca que fosse ela também foi marcante.
Assim como quando ela me empurrou da pedra pra água e eu parei no hospital. Ou quando ela beijou Cody, eu vi e ele correu atrás de mim, duas horas da manhã, na praia, e de pantufa de joaninha.
“Ah, aquela pantufa.” Pensei rindo sozinha denovo.
 Acordei das lembranças com o toque do meu celular.
Olhei na tela que marcava o nome de Fred.
 Tarde demais, eu já havia apertado o verde.
- Alo? AMIGA, AONDE VOCE TA? – Fred berrou e eu suspirei olhando em volta.
- Perto da casa do Tom, por quê? – Falei já me arrependendo de ter atendido.
- Você tem que vir aqui, a Emma ta ficando brava contigo já. – Fred parecia desesperado e eu ri.
- Mais? – Soltei rápido e ele bufou do outro lado da linha. – To meio longe da faculdade, então tem como me falar por telefone? – Tentei convencer ele.
- Preguiça é coisa do demônio viu. – Fred disse rindo. – É que essa semana tem feriado, como você sabe... –
 Dei um tapa na testa. Droga, eu tinha esquecido. Viagem.
Todo feriado emendado a galera se juntava pra alugar uma casa e viajar pra algum lugar, e eu tinha que ter ido pra ver pra onde a gente ia segunda, já que ia emendar a semana inteira da faculdade.
 Chacoalhei a cabeça pra prestar atenção no Fred.
- O que você acha de ir pro Havaí? – Era uma pergunta retórica então fiquei quieta. – Todo mundo concordou, então a gente vai ok? –
 Eu não podia faltar nessa viajem. Emma e Cole estavam doidos pra ir, e ficariam bravos se eu não fosse.
- Ta bom então. – Falei fazendo careta. Fred tirou a boca do telefone e falou alguma coisa.
- Brazilian Girl você quer chamar alguém? – Ele perguntou e eu ri.
- Não. – Respondi. – Quem vai? –
- Ah, o de sempre. Eu, Emma, Alli, Cole, Dylan, Cody, você, Tom e mais algumas pessoas. – Ele disse rápido.
- Quais outras pessoas? – Perguntei e ele suspirou.
- O John, o amigo do John, um tal de Ryan, e um moleque dahora que eu conheci. – Ele falou e eu ri. “Do bonde” pensei.
-Qual o nome? – Perguntei sentindo algo estranho.
- Bryan. -
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Autora: OMFG! E agora? Gostaram? KKK
Gente, quem quiser ver como é o John, vou deixar o link do verdadeiro John, vocalista de uma banda que eu gosto.
Titia Lilah indo,
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6 comentários:

My husband Cody disse...

Mintira que essa praga de Bryan vai me perseguir?? G-suís,vc piora minha vida viu senhorita?
Mais ontinua :D

Daiana Pimentel disse...

Continua estou super curiosa '

Kethellen Cristina disse...

OMG ..
Aiin to tão nervosa aquii !! rsrsrs'
Continhha floor ^^
Ameei s2s2

Duda disse...

Perfectizão frô
continua \o/
bjão
; *

Duda disse...

Aiii G-suiz voltei akew só pra dizer que se o john é esse gatão eu morri' então haha' rimo kkk.

Without Fear Of Live disse...

Tia lila divulga meu imagine poor favoor !
anjosdocody.blogspot.com