- GENTE ACORDA! PODE SAIR! O AQUÁRIO TÁ LIMPOOOO! – Fred batia as panelas no meio do quarto.
- CALA A TUA BOCA HOMI! – Dylan gritou e enfiou a cabeça debaixo do travesseiro. Eu só observava na porta. Ele tinha feito a mesma coisa com as meninas. Alli jurou que da próxima vez ela mete o sopapo na fuça do menino.
- ACORDA!- Fred gritou novamente tacando a almofada no Cody, que devolveu com o triplo X da força. Fred levou uma almofadada na cara e caiu em cima do Dylan que o empurrou pro Cody, que empurrou Fred pra estante que chegou a balançar com a topada das costas do Fred. - ACORDA CARALEO! O SOL TÁ LÁ FORA ESPERANDO POR NÓS! DIA DE BEACH!-
Dylan deu um pulo da cama, mas não perdeu a oportunidade de dar um peteleco na cabeça do Fred.
- Da próxima vez, eu meto minha mão no meio da sua poker face ok?! – Dylan disse e Alli gritou um “Eu também” lá de baixo. Eu ri.
- Brazilian Girl, acorda seu namoradinho, por favor? – Fred sussurrou e eu fiquei com cara de espanto. Como ele sabia? Era segredo. Depois do nosso beijo na cozinha, a gente ficou ficando por todos os cantos da casa, mas em nenhum momento um deles ficou sabendo.
- Como você sabe? – Respondi. Ele deu um sorriso misterioso e saiu rebolando aquela bunda enorme que... Se me permite dizer, com todo o respeito, é grande. E muito.
Fechei a porta do quarto e verifiquei se Dylan tomava mesmo banho. Cole já tinha acordado e comprado pão. Mas o Cody... Estava lá, jogado. Deitado de barriga pra baixo e cabeça enfiada do travesseiro.
Passei minha mão pelas costas nuas dele, que se arrepiou. Cheguei mais perto e beijei seu pescoço.
- Hm... – Ele gemeu e eu ri. – Acho que vou querer acordar assim todos os dias. – Ele falou com a voz abafada pelo travesseiro.
- Não fica mal acostumado! – Eu disse.
- Tarde demais... – Ele se virou e me puxou pra cima dele.
Um beijo longo, calmo e carinhoso.
- Anda, levanta, dia de praia! – Eu gritei e ele riu alto com minha infantilidade/felicidade.
- É mesmo né? Amo praia. – Ele disse. Puxa, nem parecia. Sentei-me na cama e a porta do banheiro foi aberta pelo Dylan.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Gritamos em uníssono pela segunda vez na minha longa morada de 72horas naquela casa.
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E mais uma vez, Fred rolava de rir e Dylan estava corado, parecendo um pimentão de tão vermelho.
- Desculpa ter ficado peladão na sua frente? Não era minha intenção e... – Ele parou pra fazer biquinho. Eu pulei pra abraçar ele.
- Não precisa pedir desculpas não querido... – Eu disse apertando a bochecha dele.
- Ih, acho que alguém gostou do que viu! – Alli disse debochada e Cody teve uma crise de tosse. Fred riu alto novamente.
- Má cadê aquela pau de vira tripa? – Cole disse enfiando o pão na boca.
- Deve ta procurando os peitos... – Madison disse e eu ri alto.
- Tadinha, a Brazilian Girl a humilha né? – Dylan me abraçou de lado e eu jurei ouvir o Cody rugir do outro lado da sala.
- Meus queridos, eu estou aqui! – Bella desceu as escadas. Momento descrição de look da Bella: Chapéu enorme, que faria sombra não só pra ela, mas pras pessoas do lado também; Biquíni rosa-choque com babado na parte de baixo; um chinelo amarelo.
- Gente, quem vai comigo lá na pedra? – Madison apontou pra pedra gigante que era ligada à praia. Era assim: Tinha a praia, e do lado havia uma montanha em que, fizeram uma trilha, cheia de obstáculos pra chegar numa pedra gigantesca que fica suspensa há vinte metros da pedra, e a água lá de baixo tem provavelmente uns dois metros de fundura.
- Vixi fia, nem vem. - Cole chegou jogando cabelo de um lado pro outro pra secar. Parecia um cão molhado.
- Não conte comigo. – Dylan disse tomando um gole do refrigerante e pegando uma coxinha do estoque de coxinhas que o Fred pediu.
- Cadê o Fred? – Madison disse e olhou pro mar. Lá estava Fred com uma ruiva aos beijos. Alli empurrou a cadeira pra trás e saiu batendo o pé pela areia quente.
- Brazilian Girl, porque você não vai? – Cole perguntou e eu me encolhi.
- É que, eu não sei nadar. Tenho medo de água. – Eu disse. Viu? Explicado porque não entrei na piscina, satisfeitas?
- A gente não vai pular fia, só vamos olhar a paisagem. – Madison sorriu e te puxou. No meio do caminho você ouviu uma voz – infelizmente – conhecida.
- Hey, meninas, esperem! – Bella gritava e pisava com cuidado pra não bater o pé em nada não-identificado.
- Mate-me. Se possível, agora. – Madison disse e no mesmo estante a Bella chegou.
- Ufa... – Ela disse e vocês continuaram. Madison encontrou um carinha no meio do caminho e sentou distante de vocês pra conversar com ele.
- Agora estamos sozinhas... – Bella disse visivelmente sarcástica.
- É, parece que estamos. – Respondi cheia de tédio.
- Eu vi sua vadia! – Ela disse um pouco mais alto e eu a encarei com cara de “O que eu te fiz?”. Ela deu uma gargalhada falsa e enfiou o dedo na minha cara. – Você e o Cody, no maior love♥ -
- E o que você tem com isso? – Nós estávamos em pé, no ponto mais alto da pedra.
- Não se finja de boba, porque eu sei muito bem que você não é sua filha da puta! – Ela apontou pra frente. – Vocês ficaram! –
- Eu mantenho a pergunta: O que você tem haver com isso? Alias o que minha querida mãe tem com isso? – Eu disse na maior cara de pau.
- O Cody é meu entendeu? MEU! – Ela gritava que nem doida. Madison e todos por ali nos olhavam desesperados. Madison sacou o celular, sim, ela levou o celular no short.
- Desde quando? Você por acaso COMPROU os direitos Autorais dele? Em? Ele ficou comigo por escolha própria, não é culpa minha se ele preferiu ficar COMIGO! – Eu gritei e ela fervia de raiva, mas eu também. – Desculpa se ele gosta de mim, e não de você! –
- O CODY ME AMA! – Bella te empurrou e a última coisa que você ouviu foi um gritou desesperador saindo pela sua garganta. Depois disso, só água e nada de ar.
Abri os olhos com dificuldade, minha cabeça doía muito e meu corpo não obedecia meus comandos. Eu estava sem energia, devia ter ficado muito tempo sem comer. Olhei no relógio: Três e meia da madrugada. Sentei-me na cama. Bella sonhava como anjo, mas dormia como um demônio. Alli dormiu sentada na cama dela ao meu lado. Tadinha, melhores amigas sofrem. Madison devia ter ido pra casa, já que ela, ao contrário de nós, estava perto de casa. Uma cadeira estava vazia ao lado da minha cama. Passei a mão na barriga e de acordo com meu estomago, que fez um barulho alto e envergonhante: Eu estava com fome.
Desci as escadas sentindo tudo doer. Era braço, perna, braços... Só não doía o cabelo e a unha. Passei pela porta da cozinha e encontrei um Cody de costas pra mim preparando café, com uma calça de pijama, uma blusa de moletom cinza e uma... Pantufa de joaninha?
- Bonita pantufa. – Eu murmurei à caminho da geladeira. Ele virou e ergueu as sobrancelhas.
- <Seu Nome>? – Ele disse não acreditando. Sorri enquanto pegava uma pizza velha e fechava a geladeira.
- Esse é meu nome. – Eu falei rindo e ele sorriu de uma forma, mais do que linda. Ele se aproximou e me abraçou. Forte, com uma força que eu nunca sentira antes. Ele parecia estar mandando um recado do tipo “Você está segura aqui, comigo.”.
- Você me deu um susto e tanto. – Ele disse franzindo a testa.
- Serio? Então me conte. – Eu falei apoiando a pizza no balcão e procurando um prato naquela imundice de cozinha.
- Não lembra? – Ele disse e eu fiz não com a cabeça. – Quando eu cheguei na mesa você não tava e me disseram que vocês tinham ido pra pedra, e eu fui ir procurar vocês. No meio do caminho a Madison me ligou e falou que você e a Bella estavam discutindo, eu nem liguei, é normal. – Ele balançou os ombros.
- Sim, sempre. – Eu disse concluindo que estava muito cansada pra procurar prato e peguei a pizza na mão e dei a primeira mordida. Delicia, a pizza de atum parecia ter uns cinco dias na caixa de papelão sem tampa. Micróbios, você pode até dizer são ruins, mas que o gosto da comida suja fica melhor, fica!
- Aí eu lembro de escutar um grito, e sair correndo. Eu pulei na água e te puxei pra cima. – Ele disse e eu parei de mastigar e abracei-o.
- Obrigada, não sei o que seria sem você Cody. – Eu disse e ele me abraçou também.
- Agora me diz o que aconteceu? Você pulou? – Ele disse segurando meu rosto com as duas mãos.
- A Bella me empurrou por causa da nossa discussão. – Eu disse sem medo. Só fui me dar conta do que tinha falado depois que Cody ficou vermelho de raiva e fechou o punho. Abracei-o novamente. – Deixa ela pra lá vai! –
- Tem razão. Mas isso não vai ficar barato não! – Ele disse e eu dei um selinho nele. Que sorriu e me devolveu um beijão. Terminei de comer a pizza conversando com ele sobre Alli e Fred. Pensei em comentar de como o Fred sabia de tudo, mas resolvi deixar esse assunto pra outra hora. Subimos as escadas rindo de alguma besteira que ele me falou e entramos no quarto. Deitei na cama e ele me cobriu e deu um beijo de boa noite.
- Cody... Fica aqui comigo até eu dormir? – Eu disse fazendo biquinho e ele sorriu.
- Claro amor, - minha mãe sempre me disse “Não há um sorriso e um bico de uma mulher que não faça os homens ceder algo”. Um salve pra minha mãe. – Dá um espaço aqui... –
Eu ri com a dificuldade do menino em entrar debaixo da coberta.
- Experimente tirar a pantufa Mr. Inteligência. – Eu disse e ele riu e tirou a pantufa. Deitou ao meu lado e me abraçou, forte como sempre. Deu-me um beijo na testa e disse:
- Boa noite meu amor. –
- Bom dia pessoas! – Eu dei um pulo no meio da cozinha. E todos gritaram “AE \õ/\õ/”.
- Não há magrela nariguda que consiga matar minha amiga aqui ó! – Alli pulou em mim rindo.
- Çumemo, da próxima vez você empurra ela primeiro Brazilian! – Madison sorriu.
- Gente, bora tirar esses bundão do balcão e ir pra praia porque eu quero é COMEMORAR minha sobrevivência! – Eu disse e todos riram.
Passamos o dia todo na praia, só voltamos quando já estava à noite e não dava pra enxergar nada na rua. Cheguei a casa e tomei banho. Coloquei meu pijama, uma pantufa do Scooby Doo e deixei o cabelo solto. Combinei com Cody de encontrá-lo toda noite no quintal, assim, a gente tinha um tempinho juntos. Desci as escadas pulando e fui até a cozinha. A porta não se abria automaticamente à noite, então a abri devagar e apesar da escuridão, a imagem foi bem clara pra mim: Cody e Bella se beijavam. Ali, ali mesmo, na minha frente.
Bati a porta com força e corri pela sala. Quando me dei conta, já deslizavam lágrimas e mais lágrimas pelos meus olhos. Precisava de ar. Ignorei o grito de Cody e saí disparada em direção à praia. Entrei no meio do mato, mas saí aonde queria.
Aquela era eu, caminhando contra o vento de pijama e pantufas. Com os braços cruzados eu nem me importava, deixava simplesmente as lágrimas escorrerem pelos meus olhos. Do que adiantava limpar? Eu estava chorando um rio. Um rio de lágrimas.
Ouviu um grito e não precisei olhar pra trás pra ver quem era, apressei o passo. Cody pegou meu braço e me puxou contra si.
- Olha, eu não sei o que você viu, mas não foi culpa minha. – Ele disse em disparada. Soltei seu braço do meu e me distanciei.
- Aé? Vai me dizer que aquela não era a Bella? E que vocês não estavam se beijando? É isso? Além de cega sou burra agora é? – Eu disse sentindo um nó na garganta. Aí vêm mais lágrimas.
- Era, mas ela me agarrou! – Cody disse e eu soltei um riso irônico.
- Jura? – Eu perguntei cheia de raiva. Na verdade, não sabia bem O QUE era aquilo.
- Sim, eu juro. Eu estava TE ESPERANDO e ela apareceu com um papo de que eu a amava e de repente ela me beijou e eu a empurrei, mas já era tarde, você já tinha saído correndo e nem parou quando eu gritei! – Ele implorava que eu escutasse com toda minha atenção. Os olhos dele encheram de água. Eu vi. Ele ia chorar. - <Seu Nome> Eu te amo, eu te amo meu amor! Acredita em mim! – Ele implorou.
- Então prova, - Eu disse sentindo as lágrimas queimarem meu rosto. – Grita pro mundo que me ama Cody! – Completei.
Ele se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido “Eu te amo”.
- Eu pedi pra você gritar pro mundo... – Eu disse sentindo aquelas lágrimas saírem em disparada. Ele levantou minha cabeça segurando meu queixo com a ponta do dedo.
- Pra que gritar se meu mundo está bem aqui na minha frente? – Ele disse e eu o abracei. Ele retribuiu o abraço e me beijou. Aquele beijo fez tudo valer a pena. Quando o beijo acabou eu sorri.
- É melhor a gente voltar pra casa... – Ele disse sem me largar. Franzi a testa.
- Por quê? – Eu falei e ele sorriu sem graça.
- Essa pantufa de Joaninha não pega bem pra mim. – Ele falou e eu olhei pro pé dele, lá estava à joaninha suja de areia.
Voltamos pra casa revezando entre beijos, abraços e passos.
Continua...
Um comentário:
Aiiii Amor -q Demais !! Continua
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