Continuação - Imagine ||

Continuação | Capitulo – 3 | Party

 - ANDA, RESPONDE! – Me vi entrando no quarto.

- Não é o que você ta pensando! – Alli saiu do colo do Cole e tentou ajeitar o pouco de roupa que ainda tinha em seu corpo.

- AH, não? – Perguntei cruzando os braços. Cole saiu de cima da escrivaninha e colocou a camiseta.

- Ok, talvez. – Alli parecia desesperada.

Encarei Cole e depois ela.

- Ta, só um pouquinho. – Ela forçou um sorriso.

- EPA, ONDE TU PENSAS QUE VAI? – Barrei Cole quando ele tentou sair do quarto.

- Vocês precisam conversar. – Ele disse e depois encarou Alli. – Ela precisa de uns conselhos... – Cole disse dando passos largos e sumindo no corredor.

 Olhei Alli e ela desmoronou.

- Alli? – Abracei minha amiga de lado.

- Me ajuda, por favor. – Ela dizia entre lágrimas.

- Antes preciso saber o que aconteceu. – Falei consolando ela. Alli assentiu secando as lágrimas e engolindo o choro.

 Sentei de frente pra ela no chão.

- Lembra do dia que deu Blackout? Na casa do Freddie. – Ela disse e eu não sei o que me assustou mais: Ela se lembrar deste dia ou chamar Fred de Freddie. – Eu fui procurar a lanterna com Cole e nós batemos um papo. Mas aí ele me beijou. –

 Arregalei os olhos. TODO ESSE TEMPO E EU SÓ FUI PERCEBER O QUE ESTAVA ACONTECENDO AGORA!

Deus, que tipo de amiga eu sou?

- E o que mais? – Parei de me culpar pra voltar pra historia.

- Nós ficamos nos pegando até Emma bater na porta. – Ela estava com vergonha.

Não que não devesse ter afinal trair a pessoa que ama devia ser crime. Mas vergonha de ter escondido isso de mim.

- E depois vocês continuaram ficando? – Afirmei em tom de pergunta e ela assentiu.

- Depois que você foi embora Fred ficou estranho, achei que ele tivesse descoberto, mas não foi nada disso. – Ela hesitou. – Pelo menos eu acho que não. –

- Por que ele estava bravo contigo quando saiu daqui? – Perguntei segurando a mão da minha amiga.

- Bom, enquanto você estava fora, Fred me ajudou muito, mas quando você voltou Cody e Fred começaram a sair mais e Fred me deixou um pouco de lado. – Alli olhava pro chão.

- E você e Cole começaram a se encontrar. – Dessa vez consegui utilizar penas a afirmação.

- E nós ficamos again e again. – Ela disse e eu neguei com a cabeça.

- Vocês transaram? – Perguntei e ela assentiu. As lágrimas dela voltaram e eu tive que segurar o choro ao ver tudo aquilo acontecendo com minha amiga.

 Sou fraca demais pra ver meus amigos chorando. Sempre fui.

- Amiga, você gosta mesmo do Cole? – Perguntei e ela ergueu a cabeça.

- Gosto. – Saiu entre soluços da garganta dela.

- Mais do que Fred? – Perguntei e ela negou.

- Não sei. – Ela pulou pra mim e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem, prometo. – Eu acariciava a cabeça dela.

 A verdade é que eu estava com a cabeça tão cheia que não tinha certeza disso.

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 Que fique bem claro que eu não estava em clima de festa, mas eu havia prometido pro John que iria, então eu iria.

Não que John fosse um grande amigo, acho que era cedo demais pra chamá-lo assim, mas promessa É promessa.

 Ajeitei o vestido no corpo novamente.

Vestido tomara que caia, colado, preto e curto. As pernas de fora, um rabo de cavalo desarrumado que deixa a franja pra frente, um salto vermelho pra combinar com o batom matador.

 Sexy eu? MAGINAA!

- Tom, a festa é hoje ou amanhã? – Ironizei esperando ele sair daquele banheiro.

 Nem eu passo tanto tempo me arrumando.

Ele só perde pra Alli, que demora mais de duas horas e meia.

- CAAALMA! – Ele disse deixando cair alguma coisa.

- Vou indo, a gente se encontra lá ok? – Perguntei pegando minha bolsa.

- Ok, você pode me encontrar aonde tiver vodka, é lá que eu vou estar. – Ele soltou uma gargalhada bandida.

Saí do quarto e entrei no elevador.

- Vai matar quem de tesão gata? – Virei o rosto e encarei o menino com cara de safado encarando minhas pernas.

 Ok lembra-se do “fim de semana tem putaria permitida”? Eu não estava brincando.

- Muita areia pro teu bico. – Falei e saí batendo o salto assim que a porta abriu.

 Pode parecer errado, mas eu me sentia poderosa. E isso me fez lembrar que eu tinha um fim de semana de solteira.

Sim, Rebecca Black, eu concordo com você.

FUN, FUN, FUN, FUN.

 De repente me animei pra festa.

Eu podia esquecer, ou pelo menos tentar, esquecer todos os problemas, as responsabilidades, tudo, por uma simples sexta-feira à noite.

Bom? Ótimo.

 Eu estou solteira, linda e disponível. PARTY!

Entrei no prédio e tentei lembrar qual era o andar. Devia ser o último.

- SEGUUUURA! – John gritou, mesmo que caminhando, só pra tirar uma com a minha cara.

- há. – Eu disse e ele riu.

 Nossa como ele estava gostoso.

A calça não muito apertada preta realçando as coxas e a bunda gostosinha, a camiseta roxa deixava os braços extremamente fortes realçados e os cabelos jogados.

- Nossa, se produziu! – Tentei disfarçar, mas não acho que tenha dado certo.

- E você? Cadê seu namorado pra te ver tão linda assim? – Ele parecia ter uma pontada de curiosidade verdadeira na voz.

- Essa noite to solteira! – Falei e ele deu um sorriso sapeca.

- Como assim? – Ele perguntou curioso.

- Bom, - Contei tudo pra ele, até da aposta.

 Ele riu e chamou Cody de doido.

- Com uma namorada linda dessas, se eu fosse ele, nem arriscaria. – John disse e eu acho que corei.

 Saímos em direção à festa e seguimos o barulho.

Um hip-hop eletrônico que eu reconheci como Usher e John como Neyo tocava e as pessoas dançavam no meio da pista, mais conhecida como sala-sem-sofá.

 Alguns já caiam de bêbados nos cantos, outros dançavam erguendo as garrafas e outros apenas conversavam sentados no chão.

 A republica era muito grande com quatro portas diferentes e em cada uma rolava um som diferente.

Entrei em cada uma delas, mas fiquei com ultima porta, que Tom estava e John também.

 Brokencyde gritava e as garotas iam até o chão.

Andei até Tom que ria de algo com outro garoto gay.

- Oi gostoso. – Falei e ele se virou pra me olhar.

- MEENINE, QUE PERNAS EHM? – Tom berrou e eu ri.

- Viu o John? – Perguntei e ele riu.

- TA LÁ Ó! – Ele apontou pro canto, aonde John conversava com o  

 Garoto do elevador.

Ri sozinha deixando Tom curioso.

- Conhece? – Ele perguntou e eu assenti.

- Depois de conto amiga, continua com o bofe aí. – Pisquei e ele assentiu se virando pro menino.

 Atravessei a pista e sorri pro John.

- Olha ela aí! – John disse como se estivesse falando de mim.

- Oi. – O garoto disse e eu fiz careta, mas beijei a bochecha dele.

- Esse aqui é meu Brow, Ryan. – John disse e eu ri com o jeito dele falar.

- Sou (Seu Nome), mas pode chamar de Brazilian Girl que eu atendo. – Falei e ele deixou o queixo cair.

- Hm, BRAZILIAN! Amo Brazilians. – “Como a maioria dos americanos” pensei.

 Peacock da Katy Perry [recomendo] começou a tocar me dando uma vontade de dançar indescritível.

- Quer dançar? – John leu minha mente, se levantou e eu assenti.

 Ele segurou minha cintura e me levou pro meio da pista, aonde o povo dançava adoidado. Adoidado de bêbado e de doido mesmo.

 Ele segurou minha cintura me deixando de frente pra ele e eu passei os braços sobre os ombros dele.

 Pensei onde Cody estaria naquele momento e cheguei à conclusão de que estaria na republica um, aonde tinha mais garotas.

  Ignorei meus pensamentos referidos ao Cody e me aproximei mais ainda de John, colocando uma das minhas pernas entre as dele.

- Sabe, sei de alguém nessa festa que quer muito transar com você. – John disse risonho e eu sorri.

- Ah é? – Perguntei enquanto nós íamos até o chão no ritmo da música.

- Aham, e ele ta bem perto de você agora. – John disse me dando a entender que era ele.

Só não sabia eu, que o pior estava por vir.

 Passei minha mão sobre os ombros dele e segurei sua nuca. Selei nossos lábios sem nem pedir passagem, minha língua entrou, mas foi expulsa.

- TA DOIDA MENINA? – John berrou dando passos largos até a porta.

 O que estava acontecendo?

 Ryan parecia assustado e deu um pulo. Tentei ir atrás do John, mas Ryan segurou minha mão.

- Hey, ele não é isso que você ta pensando. – Ryan disse rindo.

- Hã? – Juntei as sobrancelhas.

- O John é gay. -

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AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH.

Esse é o tipo de hora em que eu quero ter uma pá pra cavar um buraco e enfiar a cabeça.

Eu ainda estava desnorteada e se existe uma coisa pra curar esse tipo de sentimento, o nome dela é: VODKA.

- Mais uma. – Falei pro garoto que estava servindo. Depois que Ryan me disse aquilo, bati um papo com ele e sai daquele lugar. Pensei em ir embora, mas a noite estava só começando então apenas fui pra outra porta.

 Nessa as pessoas já estavam bem bêbadas mesmo. Se pegavam em todos os cantos do lugar. Algumas ainda dançavam, mas caiam pro lado a cada batida. Sentei num pufe preto e fiquei assistindo as cacetadas. Eu tava quase filmando pra mandar pro Faustão quando me ofereceram Vodka e eu acabei caindo na manguaça.

 Peguei o copo com gelo e limão e virei.

- Vai com calma aí. – Ouvi uma voz familiar dizer ao meu lado.

 Bryan segurava uma garrafa de cerveja e me olhava risonho. O encarei e neguei com a cabeça.

 E quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece.

- Noite difícil. – Falei e ele riu.

- Nossa! Nem percebi. – Ele disse fazendo graça e eu tive que rir.

- Mais uma. – Falei e até o próprio cara que servia riu. – Ta rindo do que? Paiaço. – Eu disse já ficando bêbada e Bryan gargalhou.

- Nunca tinha te visto assim... – Ele levou a garrafa à boca.

- Pois é, o tempo passa e as pessoas mudam. – Falei e ele assentiu.

- Fiquei sabendo que você fez uma aposta com seu namorado. – Ele disse e eu estava sóbria o suficiente pra conseguir ter o reflexo de virar a cabeça bruscamente pra o encarar. – As informações correm! – Ele disse erguendo as mãos num gesto de redenção.

- Foi mais “Ele apostou comigo”. – Falei e ele riu.

- Aproveitou a noite? – Ele perguntou com um tom que por causa do álcool, não consegui identificar.

- Como eu disse: Noite difícil. – Falei tomando mais um gole do copo.

 Ele virou a garrafa, bateu ela na mesinha de vidro que ficava entre as poltronas, se levantou e estendeu uma mão pra mim.

- A noite ainda não acabou. – Bryan disse.

 Desviei o olhar da bebida para Bryan.

Tive que pensar um pouco. Cody não sabia quem era Bryan, e trato é trato. Eu sabia que a intenção dele era outra, não apenas dançar.

 A noite era minha e ela estava acabando. Eu não podia deixar essa oportunidade escapar, tanto pela aposta quanto por mim... E pela Rebecca Black, claro. Eu havia desculpado Bryan, até porque foi tudo da minha cabeça.

 Além disso, minha noite tinha sido horrível até aquele momento e tudo o que eu queria era relaxar, pelo menos um pouco, antes que a noite acabasse.

 Acho que por causa da bebida meus e demoraram pra ser absorvidos e o braço do Bryan já estava dolorido quando virei o copo e segurei a mão dele.

 Caminhamos até o meio da pista e pra nossa sorte, The Veronicas estava calando a boca, dando inicio à outra musica.

 Fiquei de frente pra ele e não pude evitar o sorriso bebum quando David Guetta começou a tocar Little Bad Girl.

 Bryan segurou minha cintura e me colou no corpo dele.

Minhas mãos sobre os ombros dele, as dele segurando minha cintura com força e nossos corpos se balançando de um lado pro outro.

 No refrão nós nos movíamos lentamente pros lados e depois íamos até o chão quando o ritmo aumentava. Nossas pernas se roçavam e aquilo me excitava de tal maneira que eu tinha que fazer força pra me controlar.

 Foi quando ele começou a distribuir beijos no meu pescoço e eu soltei um gemido de reprovação (ou aprovação?).

Ele enrolou meus cabelos entre os dedos dele com força, me fazendo erguer a cabeça.

 Como aquilo era bom.

Agora ele distribuía chupões.

Taio Cruz diminuiu o ritmo e nós nos movimentamos lentamente até o chão, com uma perna entre a dele roçando em certas partes.

- Ceda. – Bryan sussurrou mordiscando minha orelha.

 Eu não conseguia, era muita provocação.

Cedi.

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 Abri os olhos e fui atingida por uma dor intensa bem no meio da cabeça que fazia até zumbir os ouvidos, chamada: Ressaca.

Eu fiquei bêbada na noite anterior, mas não o suficiente pra não me lembrar do que fiz.

“Que pena.” Pensei.

 Devia ter bebido mais, assim evitaria os flashes dos acontecimentos que passavam em minha mente.

 Depois daquela dança Bryan me levou pro quarto dele.

Eu podia lembrar as coisas que ele sussurrava enquanto nós transávamos. A intensidade do olhar dele em mim.

Tudo tão verdadeiro da parte dele.

 Ouvi um suspiro e virei.

Deus, eu ainda estava no quarto dele.

 Bryan dormia profundamente e eu me sentei na cama pra tentar assimilar os acontecimentos.

 Olhei em volta pude me lembrar mais ainda.

A língua dele deslizando sobre meu corpo.

 Abracei minhas pernas e enfiei a cabeça entre elas.

 Culpa.

 Era só o que eu sentia.

Meu celular começou a tocar e eu levantei da cama com cuidado pra não acordar Bryan. Caminhei até minha bolsa que estava jogada em cima da outra cama e tirei o celular.

A tela marcava o único nome em que minha cabeça tamborilava.

Cody.

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Ok, não fiquem com raiva da Titia Lilah que escreve o Imagine com o maior carinho e a maior dedicação.

Deixa eu me explicar: Desde começo do Imagine, você praticamente nunca cometeu cagada. Pelo menos, não uma que deixe todo mundo bravo... COM RAZÃO.

Cansei de vocês serem santinhas.

 BOTEI A BAIANA PRA FAZER ACARAJÉ MERMO FIAS!

KKKKK’

Comenta bb.

                                                                10/09/11