domingo, 26 de junho de 2011

Finalizado,


                                             Sim! O Imagine II foi finalizado *o*
E eu queria agradecer à todas vocês, pessoas lindjas que leram.
Pois bem, viram ali : "Fim... ou não?"
Posé meus caros, agora depende de vocês.

EU FAÇO CONTINUAÇÃO DESSE IMAGINE?

Pra quem não conseguir comentar, ou manda scrap ou aprende aí ok? Só colocar "Conta do Google".
xoxo -gostaram da imagem? muito linda né?

Imagine II

Capitulo 7                      - Ciúme, bom ou ruim? 

- Esse avião saí ou não saí hoje Fred? – Alli perguntou tirando a cabeça do meu colo. Estavam todos deitados no chão do aeroporto da Austrália, há pelos menos duas horas.
- Mano, já falei que saí véi! – Fred falou sério, mas riu depois.
- Eu to com fome, alguém quer um café? – Perguntei já me levantando.
- Frapuccino. – Bella pediu sorrindo. Ela anda pior ainda, esses dias a gente até conversou.
- Capuccino – Fred falou e Alli disse que queria um também.
- Queridos amigos, sinto informar, mas não sou um polvo! – Falei e eles riram.
- Fred, vai ajudar ela vai! – Alli disse e Cody deu um pulo.
- Eu vou! – Ele disse já se levantando.
- Não precisa Cody, o Fred vai! – Bella disse e ele olhou feio pra ela.
- Não, não, deixa o Cody ir... – Fred disse Cody sorriu pro amigo.
- Então ta né. – Alli disse e Cody ficou ao meu lado. A gente começou há andar em direção a Starbucs.
- Não agüento mais ficar sentada, minha bunda ta quadrada! – Falei e ele parou de andar. Olhei pra trás e ele tava inclinado. - Que foi? –ele juntou as sobrancelhas.
- Tem nada de errado com sua bunda! – Ele disse e eu corei.
- Besta! – O puxei até a lanchonete.
- O que desejam? – A moça perguntou. Loira, alta e de olhos claros.
- Dois Capuccinos, um Frapuccino e duas vitaminas de morango... – Cody disse olhando pra mim e depois sorriu pra moça, que retribuiu o sorriso. Ergui uma sobrancelha e olhei pra cara do Cody, que riu de mim. RIU DE MIM.
- Aguardem do outro lado. – Ela disse entregando a nota fiscal. Ele olhou, sorriu e saiu em silêncio. O segui inconformada.
- O que foi ISSO? – Perguntei e ele se virou.
- Isso o que? – Ele perguntou rindo.
- ISSO! – Peguei a nota fiscal e virei o papel, onde havia um numero de telefone e um “Me liga”. Ele riu e pegou a bandeja com os copos.
- Você ta com ciúme? – Ele perguntou com um sorriso se formando no rosto enquanto voltávamos.
- Ciúme? NÃAAO, só não gostei do que vi. – Disse e ele parou de andar.
- Vem aqui vai! – Ele passou o outro copo pra mão direita e me puxou com a mão livre. – Não fica com ciúm... –
- Não to com ciúme! – Falei o interrompendo.
- Ok, não fica assim! – Ele disse rindo e me deu um selinho. Dei outro selinho e outro, e outro, até eu segurar a nuca dele e o beijar.
- Vem, acho que a gente tem que voltar. – O puxei de volta pro “acampamento” no aeroporto. Fred e Alli estavam sentados juntos, um do ladinho do outro e riam de alguma coisa que eu nem ousei perguntar o que era. Alli estava corada e Fred com a covinha do sorriso aparecendo. Eu ia sentar no chão, mas uma voz eletrônica anunciou o vôo 102 e nós levantamos.

Procurei minha poltrona e sentei. Cody sentou-se ao meu lado com o melhor sorriso de “Vem sempre aqui broto?”. A porta do avião se fechou e Cody respirou fundo. Olhei pro lado estranhando uma movimentação da perna dele. Ele começou a estralar os dedos fazendo aquele “tec” em todos.
- Você tem medo de altura? – Perguntei tranqüila e ele olhou pra mim franzindo a testa.
- Eu? Claro que não, eu sou lá homem de ter medo dessas coisas bobinhas? – Ele disse e eu ergui uma sobrancelha.
- Amor, se tiver tudo bem, pode me falar... – Eu disse passando a mão no cabelo dele.
- Eu to apavorado! – Ele fechou os olhos com força. Uma voz anunciou o inicio do vôo e ele se encolheu na cadeira. Segurei a mão dele com força e virei o rosto dele com minha mão.
- Eu to aqui contigo. – Falei dando um selinho nele e sorrindo. Ele segurou minha mão com mais força ainda quando o avião começou a subir.
Afrouxei o aperto de nossas mãos quando estávamos voando e eu senti minha mão formigando. Medo de avião, anotado.
- Ta melhor? – Perguntei e ele acariciou meu rosto e sorriu.
- Do seu lado quem não estaria? – Ele me beijou, mas o beijo foi ganhando força. Ele me aquecendo e eu o esfriando, choque térmico, já sentiu? Um dia, quando for tirar a cutícula da unha, coloca a mão na água quente e depois coloca a mão debaixo da água fria da torneira. Aquilo é choque térmico, uma dor prazerosa.
 Escutamos uma tosse e eu parei o beijo.
- Que foi? – Cody perguntou tirando a mão da minha nuca. Apontei pra frente com o nariz e ele virou.
 A aeromoça nos encarava de braços cruzados.
- Os senhores poderiam parar de se agarrar? Temos crianças aqui, e os passageiros não estão gostando do que estão vendo. – Ela disse com aquela voz nasalada irritante.
“Véia encalhada” pensei.
- Desculpe, não acontecerá novamente... – Falei e Cody virou bruscamente pra olhar pra minha cara. – Não é Cody? –
- É isso mesmo, nunca mais, nem pensar, ó: - Cody passou o dedo pela boca como se fechasse um zíper. A aeromoça se virou e saiu rebolando naquela saia tensa. Cody virou e me beijou denovo. Com muito esforço o empurrei pra trás e ele me olhou assustado.
- Não... Quer me beijar? – Ele falou assustado e eu ri, mas fiquei séria depois.
- Não ouviu a velha? – Sussurrei e ele ergueu as sobrancelhas.
- O que ela vai fazer? Botar a gente pra fora? – Ele disse apontando pra janelinha que mostrava uma cidade das alturas. Ri e tapei a boca com uma mão depois.
- Não podemos. Não aqui, na frente de todo mundo... – Falei e ele bufou e se sentou direito. Ouvi um baque e virei. Um homem alto riu envergonhado.
- Desculpem-me, a porta do banheiro bateu sem querer. – Ele disse e Cody sorriu malicioso, como se tivesse tido uma idéia. Senti uma mão quente alisar minhas coxas descobertas pelo short. Virei pro lado e Cody se inclinou pra sussurrar no meu ouvido:
- Me encontra no banheiro em cinco minutos. – Ele disse e eu sorri. Ora, ora, Mr. Simpson ta lotado de hormônios em pleno vôo à nossa Paris. Bem, se ele diz quem sou eu pra discordar? Ele se levantou e saiu rebolando no corredor de poltronas. Ajeitei-me e esperei um pouco. Levantei e saí rebolando também. Havia uma cortina e após ela tinha um corredor de portinhas brancas. Senti uma mão no meu ombro e virei. A velha me encarava de maneira sarcástica. Olhei no crachá preto com foto no peito dela e voltei a olhar pra ela.
- Diga Dona Lurdes. – Falei dando um passo pra trás. Ela arrumou o crachá.
- Onde a senhorita pensa que vai? – Ela disse cruzando os braços.
- Vou ao banheiro... – Falei apontando pra portinha.
- Jura? E o loirinho abusado? Onde está? – Ela disse abrindo a cortina pra eu ver que não havia ninguém na poltrona.
- Não sei, deve ter ido pedir algo à outra aeromoça. – Falei mexendo os ombros como se não ligasse. Ela sorriu novamente e saiu. Virei-me bruscamente pra continuar procurando, mas ela se virou e eu dei um pulo.
- Não fique muito tempo longe da sua poltrona, pode haver uma turbulência. – Ela foi sincera e eu assenti. Esperei ela sumir da minha vista pra continuar procurando. Abri uma, duas, três portas e nada. Quando fui abrir a quarta porta, uma mão me puxou pro outro lado e eu entrei no outro banheiro. O espaço era minúsculo, mas quem disse que eu precisava de espaço?
- Porque a demora? – Ele falou roçando o nariz no meu.
- Imprevisto... – Falei passando minha mão por baixo da camiseta dele, subindo pra nuca e enrolando os cabelos dele entre os dedos. Ele sorriu e me puxou pra mais perto – se é que tinha como fazer isso -. Sua língua queimou minha boca ao invadi-la com ferocidade. Nossas línguas guerreavam cada vez mais e minhas mãos faziam uma turnê pelo corpo dele. Ele fazia o mesmo. Desci minhas mãos pra barra da camiseta dele e a puxei pra cima. Joguei-a no canto do banheiro e voltei a beijá-lo com ainda mais força. Ele desceu as mãos pelas minhas costas, passou pela minha bunda, apertando aquela região de leve e segurou minhas coxas, cada uma com uma mão. Puxou-me pra cima e eu prendi minhas pernas no quadril dele, ele me virou e me colocou em cima da pia. Tirou minha blusa com cuidado sem parar de me beijar e jogou-a longe. O resto de nossas roupas tomou o mesmo rumo em questão de alguns minutos, e logo as roupas íntimas também tomaram o mesmo rumo que o resto das roupas - qualquer rumo que eu não vi por estar ocupada demais-. Transamos. Transamos como eu nunca pensei que transaria e muito menos onde eu nunca pensei que perderia minha virgindade. Foi bom, bom nada, foi ótimo. Foi a melhor coisa que eu já senti na minha vida. As mãos dele: livres sobre meu corpo; aquecendo-me realmente, por inteira.
Nós estávamos ainda nus, abraçados. Com os narizes juntos e de olhos abertos, um encarando o outro. Expressando seus sentimentos sem palavras. O sorriso que iluminava meu rosto refletia nos olhos dele, que sorriam junto com a boca também.
- Eu te amo. – Ele sussurrou e me deu um selinho.
- Também te amo meu am... – Falei sendo interrompida por uma batida na porta. Um “toc, toc” palpitava na porta do banheiro, mas logo foi interrompido por alguém:
- O avião irá pousar! O senhor, ou senhora precisa se retirar e se sentar em sua poltrona. – O que eu reconheci como Dona Lurdes disse.
- Essa véia de novo pra me assombrar? – Cody sussurrou e eu tapei a boca pra não rir.
- Ok querida, irei sair. - Falei e escutei o salto dela bater em direção à cortina.
 Como eu disse, o espaço era pequeno, e foi osso pra se vestir. Eu dei uma bundada na cara do Cody que meteu a cabeça na pia e por pouco não mergulha na privada. Sorte que a tampa estava abaixada. Saí primeiro e me sentei. Logo Cody chegou e se sentou ao meu lado. Alli e Fred dormiam como anjos. Alias, Alli estava deitada no colo de Fred. Ambos sorriam dormindo.
 Eu estava morta de cansaço por causa do esforço físico, se é que entende. Cody também, eu estava deitada em seu colo e ele me acariciava. Uma voz anunciou o pouso e eu coloquei o sinto. Cody não parava de olhar nos meus olhos, e nem de me acariciar.

- A gente precisa de dinheiro! – Fred disse tirando o leite da boca. Nós estávamos na lanchonete que ficava ao lado do aeroporto.
- Como assim? Não temos dinheiro? – Cody disse coçando os olhos vermelhos de cansaço e dando uma mordida monstro na coxinha
- Não. Nós temos só: 50 dólares, o que dá em libras francesas, uns vinte reais. – Bella disse colocando o canudinho na boca. Alli engasgou e Fred a acudiu, passando as mãos por trás (enconchando ela) e depois fazendo força pra ela botar pra fora. Não sei o que deixou minha amiga mais corada. O fato de ela ter engasgado, ou o fato de que Fred acabara de encaixar “certas partes” nela. Ri alto e engoli a seco o Hot dog.
- A gente pode fazer umas coisas pra ganhar dinheiro né? – Falei e eles franziram a testa.
- Que tipo de coisas amiga? – Alli disse e eu sorri.

Demorou, mas eu consegui convencer a Alli e a Bella a lavar uns carros. Era inverno, então ninguém gostava de lavar carros... Era tão obvio. Bella decorou uma placa que tinha escrito “Lavamos carros. Vinte libras.”. Que seria uns vinte reais no Brasil. Soltei os baldes no chão e arrumei meu short. Alli com uma regata branca e um short mais curto ainda que o meu. Bella iria apenas cobrar, então estava devidamente mal vestida como sempre. Eu estava com um all star cano médio preto, um mini-short jeans escuro e com um top vermelho. Ri ao me imaginar estar pronta pra dançar num clipe do 50Cent ali mesmo. Um carro se aproximou e um homem alto e provavelmente casado saiu dele.
- Estão lavando carros? – Ele disse e eu dei meu melhor sorriso.
- Estamos sim senhor, vai querer? – Alli disse e eu segurei o riso. Impressão minha ou minha amiga estava sendo... Sexy? Respirei fundo e ergui uma sobrancelha. O homem sorriu e suspirou.
- Vou poder assistir vocês duas lavando? – O pedófilo disse. Arregalei os olhos por impulso e cruzei os braços pra cobrir os peitos. – Vocês ficam com a gorjeta. – Ele falou tirando uma nota alta do bolso.
 Esse aí sabe usar chantagem!
Olhei pro lado e vi o homem com um sorriso malicioso olhando pro meu corpo cheio de espuma, talvez o dia fosse mais longo do que eu pensei.
Foram ao todo trinta carros. TRINTA CARROS! Bella já estava tirando a placa quando um Mitsubishi lotado de homens estacionou do meu lado.
- Oi gatinha, já ta fechando? – Um garoto de cabelos morenos e olhos azuis que parecia ter no mínimo uns dezenove anos falou. Alli olhou o loiro que estava do lado e praticamente implorou com os olhos pra que eu cedesse a última lavagem.
- Estamos, mas... – Eu tirei a placa da mão de Bella que me olhou assustada. – Vocês podem ser os últimos clientes. -
Ele sorriu e eu também.
Um garoto loiro, um outro loirinho um pouco mais novo, um alto de cabeça raspada e o próprio moreno de cabelos cacheados e olhos azuis saíram do carro sorrindo e se se encostaram à parede. Cada um segurando uma latinha de refrigerante de sabor diferente.
- Eu sou Danny. – O moreno de olhos azuis disse.
- Sou Dougie e esse é o Tom. – O loiro mais novo falou e apontou pro outro loiro.
- Sou Harry. – O de cabeça raspada disse. – E vocês são? –
- Sou Alli, e essa é Bella. – Alli disse jogando um balde de sabão em cima do carro e já começando a esfregar.
- E você minha linda? – Danny disse sorrindo pra mim.
- <Seu Nome>, mas pode me chamar de... – Eu fui interrompida pela memória de Cole e Dylan me abraçando. – Brazilian Girl. –
- Você é Brasileira? Explicado! – Dougie disse e eu corei.
 Nós ficamos conversando durante a lavagem do carro. Estávamos quase acabando quando Cody e Fred chegaram com uma cara nada boa.
- Oi. – Soltei dando um pulo de trás do carro. Cody sorriu e Fred cutucou Cody apontando pros caras mais velhos.
- Quem são eles? – Cody sussurrou e eu fiz cara de inocente.
- Fregueses. Último carro. – Sorri e apontei pra eles. – Danny, Dougie, Tom e Harry. – Apontei pra cada um e Cody ergueu uma sobrancelha. Eles se cumprimentaram com um simples “Eaê” e ficaram quietos.
 Joguei o pano longe e abri os braços.
- ACABAMOS! – Gritei e os meninos riram e pagaram pra Bella.
- Hey, obrigado. Ficou dahora mesmo, mas na verdade... – Tom disse sorrindo pra Alli que riu feito boba da carinha dele.
- O que? – Falei e Cody me olhou de longe.
- Nós não precisávamos da lavagem. – Harry disse e eu ri.
- Eu percebi isso quando vi vocês vindo do lava - rápido ali do lado. – Falei e Alli me olhou com cara de “Não acredito!”. Danny coçou a nuca e se aproximou.
- A gente queria é convidar vocês pra uma festa bem legal que vai rolar hoje à noite, lá em casa. – Danny disse com o melhor sorriso.
- Que tal? –

- NÃO, NÃO, NÃO EEEE NÃO! – Cody gritou pela décima vez. Nós alugamos um quarto no hotel. UM QUARTO! Pra cinco pessoas. Duas camas. Enfim, Alli não disse que sim, nem que não. Pegou o endereço e o horário e agora tentava convencer Fred e Cody, que resistiam. Um à zero.
- Mas vocês vão ficar aqui sozinhos? – Alli disse marcando um ponto. Um a um.
- Eu fico! – Fred apareceu sem camisa e Alli chacoalhou a cabeça.
- Mas, mas... – Alli disse e Fred fez “SHIU”
- “MAS” Nada! Não vamos e ponto final. – Cody disse e Alli me encarou como um pedido de ajuda.
- Ok, - Falei tirando o roupão e ajeitando o vestido preto curto que deixava as pernas de fora e colocando os pés no scarpin vermelho de ponta redonda. Cody me olhou de olhos arregalados e queixo caído. – Ficaremos sozinhas na festa. –
 Cody e Fred se encararam e deram um pulo da cama.

Paramos em frente uma casa enorme. O som estava tão alto que minha barriga palpitava. Lembra das festas do CSI Las Vegas? É isso aí. Tinha gente caindo de bêbada, garotos e garotas se pegando pra todos os lados, gente sóbria dançando, as bêbadas também tentavam dançar, mas sem muita excelência na missão. Meus olhos rolaram pela multidão até encontrar Danny, com uma calça apertada, mas não colada, uma camiseta que destacava os músculos e um Nike. Ele conversava com um garoto, olhou pro lado rápido, mas manteve o olhar em mim depois. Acenei e ele saiu esbarrando em todo mundo até chegar a mim.
- Você veio! – Ele disse beijando minha bochecha e colocando a cerveja no balcão.
- E eu também. – Cody apertou a mão de Danny que até se assustou.
- Querem algo pra beber? – Tom surgiu atrás do Danny e Alli abriu um sorriso que iluminou o rosto dele.
- Não precisa não! – Fred disse e Alli deu uma pisada no pé dele.
- Queremos sim! – Alli disse toda sorridente enquanto Fred se equilibrava segurando um pé machucado.
- Venham comigo graçinhas! – Tom passou o braço pelos ombros largos da Alli e fez sinal pra segui-lo. Eu ia o seguir, mas uma mão me puxou pro outro lado. Cody me encarava com olhar de suspeito.
- Eu não to gostando desses caras amor! Vamos embora, vai! – Ele disse e eu ri e cruzei os braços.
- Cody Robert Simpson, você está com ciúme? – Falei achando que ele negaria, mas ao contrário disso ele ergueu as mãos pro céu e berrou:
- EU TO POSSESSO DE CIÚME! –
Eu segurei o riso. Olhei pro Cody e pro Danny do outro lado do salão.
- Amor, eles só querem ser simpáticos! – Falei e Cody deixou o queixo cair levemente.
- Ta tirando com a minha cara? – Ele arregalou os olhos verdes. – Vai me deixar sozinho aqui pra falar com um cara que mais parece ser da máfia, que você conheceu a seis horas no máximo? –
- Não vou “te deixar” – fiz aspas nessa parte – Só vou ficar na festa! –
- E se eu quiser ir embora? – Ele disse e eu fiquei encarando ele com o cu na mão. (força de expressão) – Ta bom então, te encontro em casa, porque EU vou esperar. – Ele virou e saiu andando.
- Cody, espera! – Eu dei um impulso pra frente e ele virou, mas quando fui andar Danny me segurou.
- Tenho uma coleção de guitarras, quer ver? – Ele disse e Cody soltou um riso irônico e saiu andando.

Capitulo 8                     - Lição de moral.

- Quero. – Falei segurando o nó na garganta com força.
- Vamos, é lá em cima. – Danny apontou pra escada. Subimos a escada e ele abriu uma das portas.
 Tinha mesmo uma coleção de guitarras se é o que você está pensando, mas elas estavam penduradas na parede do lado da cama de casal redonda, que tinha uma hidromassagem do lado e vinho. Muito vinho.
Dei um passo pra trás, lembrando do que toda mão diz “Não fale com estranhos” foi a primeira coisa de que me lembrei. Ele bateu com o peito nas minhas costas, me empurrando pra frente. Virei pra trás e ele sorria, ainda com aquela cara de inocente. Talvez ele só quisesse me mostrar a coleção mesmo, ou talvez ele fosse da máfia, como o Cody disse. Não importava mais, ele havia trancado a porta e colocado a chave no bolso.
- Uau, são lindas. – Falei enquanto ele passava na frente. – Essa aqui tem autógrafo de quem? –
 Olhei pra trás, aonde ele estava de costas colocando alguma coisa na taça de vinho, mas não era vinho. Era um... Comprimido. Virei pra frente novamente. Saquei, saquei TUDO. Restava saber como iria sair daquilo. Já sei.
- Richie Sambora... – Ele disse estendo uma taça de vinho pra mim. “Nunca aceite coisas de estranhos” lembrei. Peguei a taça e ele a dele.
- Tchim, Tchim. – Ele disse batendo na minha taça e dando um gole. Eu dei um gole também. Ele sorriu e pediu pra eu me sentar. Ficamos em silêncio enquanto ele me observava, esperando algo. Provavelmente, me esperando apagar. Ele colocou Boa Noite Cinderela no meu vinho, tenho certeza de que era isso. Eu não engoli o gole de vinho que tomei, não queria desmaiar, cuspi na mesma hora na taça novamente. Lembrei das minhas aulas de Proerd na escola, onde nós aprendíamos sobre drogas e seus efeitos e eu achava tudo uma perda de tempo. Ok, lembrando da professora, o que ela dizia mesmo? Recusar. Isso recusar, mas sem perigos. Levantei e fique de frente pra porta. Ele ficou em pé em frente a cama.
- Eu sei que você colocou aquilo no vinho... – Falei de sobrancelha erguida e ele arregalou os olhos. Sorri maliciosa e o empurrei pra cair deitado na cama. – Não precisava seu otário. –
 Deitei em cima dele, e até ele se assustou. Passei uma perna pro outro lado, ficando sentada em cima dele, que me agarrava com ferocidade. Tanta ferocidade que em menos de cinco minutos, estávamos apenas de roupas íntimas. Minha bolsa estava do meu lado, na cama. Estendi uma mão enquanto ele me lambia inteira. Procurei meu celular e apertei a discagem rápida sem que ele percebesse. Cody atendeu, ele realmente estava esperando. Naquele mesmo momento Danny virou a cabeça e olhou com fúria pra mim.
- Que porra é essa? – Ele pegou meu celular e tacou na parede. Filho da puta, ele sabe quanto custou aquilo? Dois anos da minha suada mesada.
Ele se levantou e tirou a chave do bolso da calça jogada no chão, ia me expulsar, mas mudou de idéia após me olhar de cima a baixo só de calçinha, sutiã e salto. Eu estava sentada na cama, espantada. Cody tinha razão, mas eu precisei ser levada pra um quarto, sofrer tentativa de abuso, esperar meu plano falhar, e... Apanhar pra perceber isso. Ouvi um baque na porta, mas Danny ignorou.
 Danny correu até mim e me pegou pelo cabelo. Outro baque. Arrastou-me até o meio do quarto e ia me dar um tapa, mas outro baque aconteceu na porta, e nesse, eu descobri que meu plano não dera tão errado. Cody chutou a porta que bateu com tanta força que quebrou o abajur pornográfico que ficava atrás da porta.
- Cody! – Gritei e Danny riu sarcástico.
- Que bonitinho! O casalzinho vai apanhar junto... – Danny disse, mas foi nesse exato momento em que Cody saiu da minha frente e deu um soco no meio da fuça do mafioso.
- Filho da puta! – Cody gritou chutando o Danny que tentava se proteger sem muita eficiência.
- Cody, vamos! – Gritei olhando pra porta, aonde vi Fred puxando Alli com pressa e Bella gritando e correndo, mas parou quando passou pela porta. Cody cuspiu no Danny que sangrava e me puxou. Pra melhorar minha situação, na pressa, ao passar pela porta tropecei no degrau e o salto virou, meu tornozelo fez um “tec” tão alto que Fred fez careta ao ouvir. Cody tirou a blusa, colocou em mim, passou uma mão por baixo das minhas pernas e outra nas minhas costas e me carregou. Chegamos à calçada e Cody me colocou no chão. Fred abraçava Alli que choravam que nem bebes, provavelmente com motivo. Não agüentei e caí no chororó também. Cody segurava o choro, eu pude sentir. O abracei com força. Segurei se rosto com as duas mãos e apenas o olhei com os olhos vermelhos cheio de água. Ele deixou escapar uma lágrima, encostei nossas testas.
- Desculpe, - Falei chorando um rio ali mesmo. – Você tava certo... Eu fui tão idiota! –
 Ele sorriu fraco e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Lógico que eu te desculpo sua boba! – Ele falou e eu chorei novamente. Mas agora de felicidade.

Cody sorria que nem bobo pra mim enquanto eu me secava depois de sair do banho. Fred e Alli tinham ido dar uma volta. Depois de seca prendi a toalha no corpo e fui até a cama, onde tinha separado um pijama fofinho rosa com desenhos de ovelhinhas pinks. Qualé, me deixa ser feliz. Cody deslizou cama abaixo e ficou sentado na ponta, me encarando.
- Cody... – Comecei me aproximando e ele segurou minha cintura.
- Diga. – Ele se levantou, sem me soltar.
- Queria pedir desculpas denovo por hoj... – Cody me interrompeu colocando um dedo na frente da minha boca.
- Shiu! – Ele me deu um selinho. – Não fala disso –
- Quer falar do que então? – Sorri maliciosa enquanto ele subia uma mão.
- Disso! – Com um impulso ele puxou a toalha e eu rodei até ela sair totalmente do meu corpo. Corei e me encolhi, ele sorriu e disse:
- Não fica com vergonha, você é ainda mais linda assim... –
Puxei Cody pra mim, ele ainda sorrindo que nem bobo, me beijou, com carinho e depois... Eu preciso mesmo dizer o que aconteceu depois?
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Escutei um berro e dei um pulo da cama. Fred e Alli estavam de mãos dadas na porta. Demorou até eu perceber que estava pelada, sentada ao lado de Cody... Pelado. Alli perplexa e Fred segurando o riso com tanta força que as lágrimas surgiam em seus olhos. Peguei o lençol e me cobri, taquei uma almofada no Cody que abriu os olhos sem entender nada.
- O que ta acon... AAAAAAAAAAAH – Pegou o abajur pra se tampar, mas devido há tamanhos exuberantes (hehe), teve que pegar outra coisa pra se cobrir e pegou a almofada. Ficamos nos encarando até Alli entrar completamente.
- O QUE É ISSO? – Ela berrou.

- Todo mundo sabia menos... EU? – Alli lamentava pra mim. Fred se borrava de rir ao nosso lado.
- Ele tava... E ela tava... – Fred dizia entre gargalhadas. Cody fechou o zíper da calça e tacou a almofada mais próxima no amigo.
- Cala a boca! – Cody disse e Alli murmurou alguma coisa que nem EU entendi.
- Eu sou irmã e melhor amiga, - Ela apontava pra cada um de nós. – E NINGUÉM ME CONTA? Por quê? –
 Cody se aproximou e se ajoelho em frente à irmã que estava sentada na cama. Deu um abraço forte nela e ela sorriu.
- Ficamos com medo da sua reação... – Ele disse e ela riu.
- É amiga, desculpa... – Falei abraçando ela que riu mais ainda.- Do que você ta rindo mulé? –
- Eu simplesmente... AMEI ISSO! MEU IRMÃO E MINHA MELHOR AMIGA! JUNTOS! Pelados eu não gostei muito da visão não, mas JUNTOS! – Ela disse frisando algumas partes. Cody me olhou pasmo e sorriu.
- Então... – Ele a interrompeu que olhou sem entender e olhou pra mim.
- Tudo bem? – Completei e ela deu um pulo.
- TUDO ÓTIMO! – Gritou e Cody pulou em mim e me beijou.
- Isso foi mais estranho na prática... – Alli disse colocando uma mão no queixo. Fred se aproximou de Cody meio corado.
- Que isso homi? – Cody disse pro Fred que parou na frente do amigo.
- Já que todos estão contando os romances secretos... – Fred disse e Cody arregalou os olhos e eu abri um sorriso. Ele ia admitir. Ai nossa senhora da bicicletinha, daí me equilíbrio.
- Todos quem? – Falei e Fred foi até Alli e a abraçou por trás.
- AI MEU DEUS! – Soltei sem perceber e Alli deu aquela risada gostosa seguida de um beijo rápido do Fred.
- Fred. Alli. Paris. Amor. AAAAH! – Falei e Fred riu. Cody estava quieto e sem expressão. O cutuquei disfarçadamente e ele deu um pulo.
- Cara... – Fred disse meio assustado. Vi de longe que Alli apertou a mão de Fred. Cody deu alguns passos até ficar de frente com Fred.
- Relaxa, vim em paz. – Cody estendeu a mão pro Fred e eu dei uns pulinhos de alegria. Fred apertou a mão do amigo, mas logo pulou em cima dele e eles se encheram de porrada. Anotado.

Capitulo Nove
- Se a sorte existe pra qualquer um, o azar existe pra todos?

Era nosso sexto dia em Paris. Ou seja, restavam 24h para termos que voltar pra Los Angeles.
 Sem muito esforço Alli conseguiu encontrar o hotel em que o pessoal da escola estava hospedado. Bella resolveu ficar por lá, já que de acordo com o que um passarinho moreno de olhos castanho chamado Fred me contou, ela havia achado “O amor da vida” dela na festa do Danny. Ri só de imaginar a próxima vítima, que dó, que dó!
 Fred que nem da escola era, mas conseguiu usar o charme na secretária – coisa que a Alli não gostou muito-, a convenceu a deixar a gente hospedado em outro hotel. O difícil foi explicar onde estávamos nos últimos dias pro professor, que além de rir da nossa cara, ainda cobrou o trabalho.
Ergui a folha em branco na minha frente. Por onde começar?

“Os defeitos e qualidades de Cody Simpson.”

“Acho que isso vai ser realmente difícil. São tantas qualidades que acho que posso ficar aqui até amanhã escrevendo, coisa que eu nunca consegui fazer em redação alguma. Cody sempre me impressionou não só com o aspecto físico, mas com tudo que ele faz, ou diz. Sempre surpreendendo cada vez mais. Mas graças a essa viajem, eu descobri algo que jamais descobriria sozinha. Não é no jeito de mastigar o lápis, não é no jeito de ignorar as críticas das pessoas em volta, não é no medo de altura, não é no jeito que ele trata os amigos ou no jeito que ele ignora os inimigos que estão as qualidades dele. É no jeito que ele sorri, não só com a boca, mas com os olhos, é no brilho do olhar, é no jeito humilde que fala mais alto, é na proteção e confiança que ele passa, no amor pelas pessoas que estão a volta dele, não é no “Aonde ele esta”, mas sim do “De onde ele veio”, é no jeito irreverente de cumprimentar os amigos, é nele. Posso até ser meio suspeita pra falar, mas não estou mentindo e muito menos puxando o saco.”
 “E os defeitos?”
“Até agora achei apenas dois.”
“Um: Ele fez eu me apaixonar por ele”.
“Dois: Essa paixão apenas aumenta.”

Ergui a folha agora com exatas vinte linhas ocupadas e coloquei dentro do caderno pra não amassar. Olhei pro lado e vi Cody que estava muito quieto, encarar a folha com carinho. Caminhei até ele sorrindo que nem boba. Sentei ao lado dele e o abracei de lado. Ele pegou a folha e escondeu debaixo do caderno.
- Hey, me deixa ler! – Falei tirando a folha da mão dele.
- Não, e se você não gostar? – Cody disse e eu ri. Não segurei a vontade e o beijei naquele momento mesmo. Ele sorriu.
- Isso é chantagem! Não vale. – Ele entregou a folha e eu ri. A letra era meio torta, mas eu entendi.

“Os Defeitos e Qualidades de <Seu nome e Sobrenome>”

 Essa pergunta vem se tornando meu maior desafio desde duas semanas atrás, quando me contaram que eu faria dupla com uma completa desconhecida. Talvez não tão desconhecida por mim quanto ela pense. Eu não sou muito bom em expressar meus sentimentos, principalmente em redações, sendo que de dez redações, nove eu tiro nota baixa por escrever pouco e não ser sincero sobre minhas opiniões, mas algo me diz que essa vai ser diferente, pois o sentimento é diferente, eu posso escrever trinta, quarenta, CEM linhas sobre o que eu sinto e penso sobre essa garota que entrou na minha há pouco tempo e já me conquistou. Então, me desculpe caso ultrapasse das linhas.
 No começo eu achei que essa viajem seria um porre. Achei mesmo. Foi aí que ela apareceu na minha vida. Claro, um pouco “doidinha”, mas apareceu. Eu sempre a observei me olhando, notando tudo o que eu fazia e como eu fazia, teve um tempo que cheguei a achar que ela era da máfia, sempre fui paranóico com essas coisas. Mas o que ela não sabia era que a partir do momento em que ela mergulhou de cabeça no lixo ou cuspiu todo aquele cereal no chão do aeroporto, nunca mais se livraria de mim. Fui descobrindo aos poucos cada parte dela. Os sorrisos, as ironias, as caretas pra Bella, os medos e até as quedas repentinas de sorte que ela sempre tem, e então me apaixonei. E ela nem percebeu que eu fazia de tudo pra ela me notar. Meus amigos nem acreditaram quando eu cheguei neles e disse: É ela. Acho que foi realmente um trauma pra eu ouvir a frase “Ela é boa demais pra você” sair da boca dos meus próprios amigos, mas enfim, estou aqui pra falar dela; que nos melhores e nos piores momentos estava comigo. Que é além de inteligente e engraçada: linda, de todas as maneiras imagináveis e inimagináveis. Exatamente como ela é, perfeita. Pode não ser perfeita pras outras pessoas, mas é perfeita pra mim. É complicado eu falar isso pra ela, já que como eu disse, sou péssimo em me expressar, mas eu queria era que ela soubesse que eu a amo, que cada beijo se torna melhor do que último e que  toda vez que ela sorri, eu quero mais e mais ela só pra mim.”

Senti as lágrimas de felicidade se formar e olhei pro lado. Cody me encarava assustado.
- Ta tão ruim assim? – Ele disse realmente pasmo. Sorri fraco.
- Ta lindo! – As lágrimas caíram e ele abriu o melhor sorriso. Abracei-o com força e o beijei.

Depois daquele abraço, não saímos mais daquela cama. Ele deitado com a cabeça nas minhas pernas, assistindo o especial de Friends na Fox e comendo pipoca.
- Amor, quer jantar fora hoje? – Cody disse fazendo carinho no meu rosto. Olhei pra baixo e sorri.
- Vou verificar na minha agenda... – Falei e ele fez cara de ofendido.
- Eu não aceito não como resposta. – Cody se sentou no meu colo. Que cena linda de se ver, Cody Simpson sentado no meu colo que nem bebê.
- Hm... – O abracei e dei um selinho.
– Se você diz, ta dizido. – Assassinei o português.
 Ele riu alto.
- Oito horas, que tal? – Ele juntou nossas testas.
- Perfeito. – O beijei.

Oito horas em ponto a porta do elevador abriu e Cody estava parado na porta do hotel. Ele estava absurdamente lindo, por incrível que pareça de terno. Eu estava com um vestido é preso no pescoço, preto com alguns detalhes indescritíveis, aquele que a Alli me obrigou a levar, mas enfim, era lindo, e um salto não muito alto preto. Caminhei até Cody que nem havia me visto. Cutuquei-o com o dedo e ele deu um pulo girando.
- Uau... – Foi a única coisa que ele disse quando me olhou com os olhos brilhando e um sorriso no rosto.
- Você também não está dos piores... – Falei com nariz empinado e ele riu.
- Tinha que ficar à vossa altura Majestade! – Ele fez reverência e eu ri. Ele tirou a mão das costas e estendeu-a.
- Own! – Peguei o buquê de rosas vermelhas. Ele corou todo fofinho.
- Não tinha azuis, as suas favoritas... – Ele disse sorrindo e eu dei um beijo nele. – A moça disse que é a cor da paixão então... –
- Eu amei! – Cheirei as rosas com força, mesmo sabendo de uma coisa que ele não sabia.
 Fomos até o carro. Pensei em perguntar de onde ele tirou aquele carro, mas deixei pra depois, pra perguntar também de onde ele tirou carta pra dirigir. Espirrei.
- Saúde. – Ele desengatou o freio de mão. Espirrei denovo, e denovo, mais uma vez e ele olhou estranho pra mim.
- Você ta bem? – Ele disse diminuindo a velocidade. Eu não queria contar, mas era capaz dele cancelar o jantar se eu continuasse espirrando que nem doida.
- É que eu tenho... – Espirrei denovo. – Alergia de rosas vermelhas. –
 Outro espirro e ele sem parar o carro arregalou os olhos me encarando.
- Ai meu deus! Eu tentei te matar, por que você não me disse? Você podia morrer e... – Ele pegou o buquê e ia tacar pela janela, mas eu impedi.
- Ta doida? Tenho que jogar isso fora! – Ele disse tirando minha mão de perto.
- Espera! Me deixa pelo menos pegar uma de recordação. – Peguei uma e coloquei no banco de trás. Ele respirou fundo e parou o carro no estacionamento do restaurante.
- Cody... – Ele olhou pra mim. – Esse restaurante é muito caro! –
 Ele riu.
- Lógico. Achou que EU ia colocar terno pra comer um dogão ali na esquina? –
 Ri e saí do carro.

Ao chegar na porta do restaurante um cara baixinho disse que “A reserva não foi reservada”. Cody só faltou pular na cabeça do homem e esganar ele, mas eu o fiz manter a calma e nós ficamos esperando do lado de fora uma mesa ser liberada.
- Eu vou matar aquele homi, olha aonde ele colocou a gente! – Cody resmungava baixo e eu olhei em volta. Poxa, a culpa não era do moço se a única mesa liberada era na ala dos fumantes ao lado do lixo que vinha do banheiro. Ri alto e ele me encarou.
- Pára com isso Cody! – Disse sorrindo boba. – Mas o que você queria me dizer? –
 Ele deu um pulo e sorriu, como se lembrasse de algo. Segurou a minha mão e se inclinou um pouco pra frente.
- Eu queria te... – Ele foi interrompido pelo garçom que colocou os pratos na mesa. Esperamos o garçom sair e eu ri boba denovo. Ele voltou a me encarar.
- Eu queria te... – Ele foi interrompido pelo garçom que estava atrás de mim.
- O vinho que voc... – Minha vez de interromper o garçom. Esbarrei nele, que derramou toda a raça de vinho no meu vestido. Aquele que eu elogiei tanto e que a Alli se apaixonou.
- AAH!- Soltei um grito que acordou todos os casais de suas fantasias românticas do recinto e Cody deu um pulo e ficou em pé.
- Meu deus, senhora, me desculpe, sou novo aqui e... – O garçom loirinho implorava desculpas tentando me limpar e eu ri. Boba denovo.
- Relaxa querido, - Falei. – Ta tudo bem! –
 Olhei pro Cody que estava vermelho de tanta... Raiva? O que ele tinha?
- Vamos embora! – Ele disse já me puxando. Até o término do caminho da saída o gerente, o garçom, o dono do recinto e até o chefe da cozinha tentaram parar o Cody, mas não funcionou.
- Mas Cody... – Tentei convencê-lo, já dentro do carro. Não funcionou.
Cody parou o carro e eu dei um tranco e bati a cabeça no vidro e logo começou a sangrar.
  
Último capitulo.

- Ta melhor? Desculpa denovo meu amor.  – Ele implorava enquanto caminhávamos pro tal lugar secreto que ele tanto comentou enquanto eu passava álcool no machucado monstro.
- To sim! – Passei a franja pro lado do machucado pra tampar.
- Chegamos! – Ele apontou pro outro lado da rua.
- AI MEU DEEEEUS! – Gritei no meio da rua e ele riu. Do outro lado da rua ficava o Teatro que passaria Cats! Eu sempre quis assistir ao espetáculo.
- Ta esperando o que? – Cody tirou dois convites do bolso.
- AI MEU DEEEEUS! – Gritei denovo e ele riu. – Vambora! –
 Puxei-o até o outro lado da rua, mas o segurança me parou.
- Senhora, você não pode entrar com esse vestido! – Ele disse e eu arregalei os olhos. SENHORA? To tão veia assim...
- Vou pegar o meu casaco. – Corri pro carro e Cody correu atrás.
Voltei e já ia passando, mas ele me barrou denovo.
- O QUE AGORA MANO? – Cody perdeu a cabeça e eu ri. Boba.
- Acabou o horário de entrada. – Ele disse e fechou a porta na nossa cara.
Cody falou 12 palavrões novos no carro e eu olhei assustada.
- Cody, o que você tem? – Falei e ele parou e saiu do carro. O segui correndo. Eram mais ou menos onze horas da noite e nós estávamos na praia. Ele estava de costas pra mim com as mãos na cabeça. Ouvi soluços de choro e me assustei.
- Cody... – Sussurrei colocando a mão no ombro dele, mas ele tirou minha mão dali. – Eu fiz algo de errado? –
- NÃO! – Cody gritou e se virou pra mim. Ele estava vermelho de tanta força pra segurar o choro e ainda assim não adiantava, as lágrimas escorriam sem parar pelos olhos verdes. – EU FIZ! –
- Amor, você não fez nada de errado! – Falei segurando o nó na garganta. Apenas ver ele daquele jeito, já me fazia mal. Mesmo sem saber o por quê.
- FIZ SIM! DEU TUDO ERRADO! O ENCONTRO DEU ERRADO! TUDO QUE EU PLANEJEI, TUDO QUE EU IMAGINEI, DEU TUDO ERRADO! – Ele limpou algumas lágrimas que logo foram substituídas por outras.
– E LOGO HOJE QUE EU IA PEDIR PRA NAMORAR VOCÊ! – Ele tirou uma caixinha do bolso.
Lembra do nó na garganta? Pois é. Ele desfez e saiu em lágrimas.
- Cody... – Sussurrei me aproximando e segurando o rosto dele pra ele me olhar nos olhos. Ele ainda chorava.
- O encontro não deu errado, sabe por quê? – Ele tentou responder, mas a voz não saiu. – Porque a gente ta junto meu amor! –
- Mas aconteceu tudo errado! – Ele disse e eu juntei nossas testas.
- Você ta errado. Deu tudo certo! Olha a gente ta aqui, juntos! Ok, eu posso não ter visto Cats, mas a gente ta aqui! – Eu disse e ele soluçou.
- Mas não deu pra eu te pedir em namoro! – Ele apertou a expressão e eu ri. Boba.
- Eu aceito. – Respondi. E ele ergueu a cabeça e me encarou com dúvida.
- O que? – Ele demorou pra entender, até que sorriu. Bobo. – Você aceita namorar comigo? –
 Sorri e ele me puxou pra um beijo. Rodou-me no ar e depois tirou a caixinha do bolso. Todo atrapalhado colocou o anel brilhante no meu dedo.

Encontramos com a escola no aeroporto de Paris, onde foi complicado, mas Cody conseguiu explicar pros amigos tudo o que aconteceu.
- É ela. – Cody disse segurando minha mão com força e os amigos dele deixaram o queixo cair levemente. Depois de muitos “Parabéns” a gente saiu do meio da multidão.
- Dá pra acreditar naquilo ali? – Cody disse e eu me soltei dos braços dele pra ver. Fred e Alli se beijavam na fila da Starbucks.
- É maninho, ela cresceu... – Falei e ele sorriu.
- Esquece ela vai, vem cá namorada. – Cody me puxou e me beijou.

Voltamos pra Los Angeles já eram tarde, umas quatro da tarde. Cody queria dar uma volta então passamos na casa dele pra deixar nossas malas e fomos dar uma volta.

Chegamos à reta final dessa viajem.
Eu vou descrever como ela termina:
Fred se declara pra Alli que aceita o pedido de namoro e o beija ali mesmo, no meio da locadora do bairro.
Alguns quarteirões ao lado, Bella chora porque o “amor da vida” dela, não atendeu as quinhentas chamadas.
E em um ponto avulso, muito longe dali, Cody caminha pela praia de mãos dadas com a namorada.

Lembrei-me de como eu estava catorze dias atrás: Sentada na cadeira do pátio, sonhando com a possibilidade de um dia estar vivendo esse sonho.
Essa viajem tomou um rumo completamente diferente do que eu achava que seria, na verdade, ela tomou exatamente aquilo que eu sonhava. Apesar de todos os hematomas que eu ganhei, toda a água que eu bebi, veja só quanta coisa eu ganhei.
Lembrei do Fred, bobão, só de pijama sorrindo pra mim na porta da casa dele.
Lembrei do Dylan só de cueca enquanto eu saía do banho, e depois Cole todo charmoso pra cima de mim, depois de soltar um palavrão bem alto.
Lembrei da Madi, com aquele jeito extravagante e metido, mas engraçado e divertido.
Lembrei de como a gente se divertiu junto. As risadas absurdamente altas que cada um soltava e aquele abraço em grupo quando estávamos indo embora. Tudo aquilo que eu não tenho palavras pra expressar; o que eu senti e sinto por aquele povo, que talvez, eu nunca mais veja.

Olhei pro lado e vi Cody. O resto do brilho do sol iluminava os olhos grandes e verdes que pareciam me levar pra outro mundo. Ele sorriu e retribui o sorriso.

Aquele garoto que acha você engraçada mesmo quando você conta a piada errada, que coloca a mão no bolso do seu jeans apertado, aquele mesmo garoto que te canta e encanta, que fica lindo até contando piada de pedreiro, que te protege acima de tudo. Agora eu sabia o que era ter um garoto desses nos seus braços. E ele estava bem ali, do meu lado, agora sendo meu namorado. E isso, não tem preço.
Aquele menino loirinho por quem eu sempre tive amor platônico e que sempre disse que era meu mundo. Lembrei dele correndo atrás de mim naquela madrugada fria em que eu o vi aos beijos com a Thorne, com aquelas pantufas de joaninha cheias de areia e dizendo que eu era o mundo dele. Ele me aquecendo de forma tão corajosa pela primeira vez no balcão da cozinha da casa do Fred.

Cody parou de andar e ficou de frente pra mim. Sorriu de uma forma tão linda que eu tive que sorrir junto. Ele fechou os olhos e se aproximou, fechei meus olhos também e apenas esperei, esperei aquele beijo começar e finalmente conseguir terminar aquele sonho que a Alli me interrompeu há catorze dias atrás.
Ele me beijou, segurava minha cintura e eu com os braços sobre o ombro dele, apoiada. A língua quente novamente me aquecendo, como ele mesmo disse, como se fosse a primeira vez.
Naquele momento, ali mesmo, iluminados pelo nascer do sol e refrescados pela brisa fria da madrugada da Califórnia, eu soube que aquilo não acabaria ali, que aquele sonho não terminaria, porque dessa vez, não era um sonho, era real.

Fim... ou não??

terça-feira, 21 de junho de 2011

Personagens do Imagine

Esses dias, alguém me perguntou de onde que eu tirei os personagens.

O Fred, que é, tirando o Cody e eu, meu personagem favorito na história, é na minha imaginação, ele:


O Fred de ICarly, Nathan. Eu sempre fui apaixonada por esse menino lindo *-* Aí eu imaginei ele e pronto :)

O Dylan&Cole, os meus gêmeos tarados, que só faltam andar pelados pela casa do Fred no IMAGINE, são os que vocês já conhecem ué:


Ps: Sou eternamente apaixonada por essa foto.

A Madi -nossa, sou super próxima dela, chamo até pelo apelido-



E a Alli e o Cody nem precisa postar a foto né? Ain, precisa sim, só pra apreciarmos


Gostaram?

Capitulo 6 -Todos choram.

Capitulo 6

Dei um pulo da cama ao ouvir um grito masculino.
- MÁ QUE DIABO É ISSO INFERNO? – Berrei olhando pra porta, aonde Cole, Dylan e Cody riam alto. Olhei pro chão e vi Fred com a mão no olho. Voltei o olhar pra Alli que bufou e disse:
- Eu avisei que ia te meter o sopapo na fuça! –

- Aí, me desculpa Fred, eu não pensei direito... – Alli implorava pro Fred que estava sentado no sofá. Eu ia passar um álcool no olho dele, pois ela bateu com tanta força que o anel raspou na cara dele e agora lá estava o menino, com a testa sangrando e o olho roxo.
- Que nada Alli, - Fred foi interrompido por mim.
- Se doer fala pára... – Eu disse e ele assentiu.
- Eu que devia ter te acordado de outra forma, afinal, você... Pára... – Ele disse e eu tirei o pano e voltei a colocar.
- Afinal, você me avisou né? Pára. – Ele se virou pra ela e depois pra mim. Coloquei o pano novamente. Cole entrou feito ninja na sala, pulando que nem uma gazela.
- Que isso homi? – Cody olhou fazendo careta pro Cole que mostrou o dedo do meio.
- Adivinhem? – Cole disse empolgado.
- Pára... – Fred disse. – O que? –
- Eu... – Cole segurou o riso ao ver o sofrimento do amigo. – Eu consegui achar um cara que aluga pranchas e...-
- Aí, eu disse PÁRA PORRA! – Fred gritou quase chorando e a gente riu.
- Eu to tentando de ajudar, se você não quer ajuda me fala e eu paro! – Eu disse rodando o dedo no ar e ele soltou o ar.
- Desculpa Brazilian Girl? Vem cá neném, me ajuda aqui. – Fred disse e Cody fechou a cara. – Com todo o respeito pow! –
- Do que vocês estão falando? – Alli ergueu uma sobrancelha e Madison riu da cara da amiga. Fred e Madison sabiam do meu amor proibido pelo irmão da minha melhor amiga.
- Nada não. – Fred respondeu rápido e recebeu um peteleco seguido de uma panada na cara. Eu ri sozinha e voltei a passar o pano no machucado. – Continua Cole-purpurina... –
- Purpurina é o caralho! – Cole disse e Fred riu.
- Não, não, é glitter em português... – Fred disse e fez uma cara de “Só os fortes entendem” pra mim.
- Hã? Voltando, aí a praia ta vazia e as ondas tão chegando há cinco metros! – Cole disse empolgado e eu me encolhi.
- Vou pegar minha roupa! – Alli subiu as escadas, seguida por Madison, e Bella-psicopata. Alias depois que ela tentou me matar, ta toda boazinha, to até desconfiando. Essa manhã ela me deu “Bom Dia” beliva? Eu não belivo ainda.
- Eu também. – Dylan deu um pulo, seguido animadamente por Cole e Fred que sequer pediu licença ou falou obrigado pela ajuda.
 Fiquei sentada no sofá pensando em alguma desculpa. Cody sentou do meu lado e tirou uma mecha do meu cabelo do meu rosto.
- O que foi meu amor? – Ele disse me abraçando de lado.
- É que eu... Tenho medo de água. – Falei e ele não riu.
- Serio? – Cody juntou as sobrancelhas e eu assenti abraçando ele.
- Não sei surfar, nadar... Nem sei boiar na água!! – Falei/choraminguei e ele riu.
- Que drama amor, faz assim, eu te ensino à surfar hoje ok? – Ele parecia realmente querer aquilo. Era impossível dizer não. Respirei fundo e bufei.
- Ta bom vai! – Eu falei cedendo e ele sorriu.
- Agora me dá um beijinho de Bom Dia. – Ele disse e eu fiz não com a cabeça brincando. – Ah, é? É assim agora? –
 Eu levantei e ele veio correndo atrás de mim, me abraçou pela cintura e me levantou e girou, me deixando de frente pra ele. Nós dois sorrimos e ele me beijou. Aquela língua quente, me aquecendo novamente.

A areia da praia estava quente e da calçada da nossa casa – comprei a casa do Fred agora né? - dava pra escutar as ondas quebrando. Senti um arrepio e continuei caminhando com aquela roupa mais do que justa no meu corpo. Cody carregava minha prancha e a dele. Fred carregava a da Alli, da Madison e a dele, já que Cole e Dylan carregava os isopores com alguma coisa dentro. Quando perguntei o que tinha Dylan respondeu “Frango com farofa!” e eu ri.
- É aqui. – Cody parou e todos se bateram atrás dele. A praia era limpa, vazia, mas não era calma. O som das ondas quebrando eram intensas, altas e aterrorizantes. Pra mim, já que Cody encarava o mar como se fosse uma divindade. Era isso que ele devia achar que era: Uma coisa divina.

- Prancha dahora Brazilian Girl! – Cole sorriu apontando pra minha prancha e do Cody, que se completavam fomando uma imagem do mar furioso.
Tive vontade de mandar ele enfia-la em um lugar feio, mas me contive quieta e me mantive com um “Ah, valeu”. Cody me olhava empolgado enquanto nós passávamos... O que era aquilo? Cera? Sabão? Enfim, passávamos na prancha.
- Pronta? – Cody e eu íamos à direção ao mar.
- Não, definitivamente: Não. – Eu disse e ele sorriu e segurou minha mão.
- Eu to com você. – Cody disse olhando no fundo dos meus olhos e eu assenti. Aqueles olhos verdes. Entramos na água e eu mal conseguia levar a prancha até onde ele queria. O mar estava agitado e eu senti um calafrio subir minha espinha (ossos) inteira e para num nó na garganta.
- Olha, você faz assim: - Cody começou há explicar e depois de um tempo eu cheguei há gostar da idéia. – ENTENDEU? –
- Acho que sim... – Respondi e ele sorriu.
- Quer tentar a próxima? – Ele perguntou apontando pro fundo, aonde uma onde enorme se formava. Senti aquela sensação novamente subir minha espinha e assenti engolindo a seco a idéia de surfar naquilo que estava vindo.
- Quer que eu vá contigo?- Cody perguntou sorrindo com os olhos. Assenti novamente. Eu estava muda. Não sentia nada que não fossem calafrios subindo a espinha do meu corpo.
 Ali estava ela, com uns seis metros de altura e vindo em minha direção. Segurei o grito e a vontade de correr também. Deitei na prancha e esperei começar a ser levada por ela. Fiquei em pé na prancha e quando estava na crista da onda (topo da onda), olhei para baixo. Um “Puta que pariu!” saiu arranhando minha garganta, me desequilibrei e caí.

Acordei, mas não consegui abrir os olhos. Respirei fundo e conclui que estava com um aparelho pra respirar, logo, estava no hospital. Encubada em aparelhos pra me manter viva. Terceiro dia na Austrália e segunda ameaça de morte. Abri os olhos fazendo força. Pisquei algumas vezes a fim de tirar aquele embaço da visão. Quando voltou ao normal, conclui o que já tinha concluído. Estava no hospital. A sala branca ganhava cores apenas ao meu lado, aonde um vaso com um buquê de rosas azuis, minhas favoritas, davam contraste. Apertei o botão pra cama subir e me ajeitei sentada. Inclinei pra sentir o cheiro das rosas, e sorri ao ver um cartão:

“‘Para o meu amor, que o que tem de falta de equillibrio, tem de especial em mim’. Amo-te muito.”
By: Cody

Sorri boba com tamanha fofura. Afastei a toalha que me cobria e coloquei um pé no chão. Uma dor de cabeça me atingiu e Flashes começaram a passar pela minha cabeça. Apertei o fio em minha mão e fechei os olhos com força.
 Cody me carregava correndo pela praia e Dylan, Fred e Cole pediam pras pessoas se afastarem. Alli e Madison entravam na ambulância. Uns caras de branco me prenderam na maca e colocaram-me na van.
“O que o senhor é dela?” Um deles perguntou.
“Namorado” Foi o que ele respondeu. Ele entrou na ambulância e segurou minha mão o caminho todo, mas algo me chamou mais atenção do que isso: foi algo escorrendo pelo rosto de Cody que eu ainda não vira antes; Algo que nos quatro anos em que eu o observava nada parecido havia lá. Foi uma... Uma lágrima.
Forcei meus olhos a se fecharem novamente pra tentar lembrar o que aconteceu depois, mas meu cérebro não obedecia.
 A porta do quarto foi aberta com força, me fazendo pular.
- Hey, deite-se, você não pode se levantar ainda! – A enfermeira deu um pulo ao me ver quase de pé.
- Cadê o Cody? – Perguntei enquanto ela me deitava novamente e me cobria.
- O moçinho loirinho? – Ela perguntou e eu sorri fraco. – Está cavando um buraco no corredor do hospital, de tanto andar de um lado pro outro. – Ela disse arrumando o soro e regulando o aparelho de respiração.
- Peça pra ele entrar? – Perguntei e ela assentiu.
- Você forma um casal lindo com ele! – Ela fechou a porta. Dois segundos depois a mesma foi arrombada por um loiro cheio de olheiras. Ele fechou a porta com pressa e correu pro lado da cama. Acariciou meu rosto e beijou minha testa.
- Eu apaguei por quanto tempo? – Perguntei gemendo pra ele que sentou ao meu lado e ficou acariciando meu rosto.
- Dois dias. – Ele disse. Estava quente, muito quente. Ele chegava a estar vermelho. E seus olhos não brilhavam. Levei minha mão, que tinha um tipo de pregador preso pra medir as plaquetas do sangue, até seu rosto, onde fiz carinho e o puxei para perto. Dei um selinho demorado e ele abaixou a cabeça, deitando-a na curva do meu pescoço, e ali, ele começou a chorar.
- Você me assustou, e muito. – Cody secou as lágrimas. Os olhos encharcados pelas lágrimas. A esse ponto eu já chorava também.
- Me desculpe, eu não devia ter tentado surfar. – Eu disse tentando secar as lágrimas.
- Eu é que não devia ter investido nessa idéia louca de te colocar pra surfar. – Ele disse e eu ri. Era tão obvio que idéia era louca?
- Eu vou poder ir pra casa hoje? – Perguntei desejando receber como resposta um “Sim, claro!”, mas tudo que ganhei foi um:
- Não. – Ele respondeu erguendo os ombros. – Disseram que você tomou muita água do mar e tem que tomar bastante soro... –
- Pelo menos meus pais não vão saber disso, certo? – Perguntei fazendo careta e ele fez não com a cabeça.
- Se bem que eu acho que vão nos processar por você ter bebido quase toda a água do mar... – Ele disse e eu ri.
- Mas você vai dormir aqui comigo certo? – Perguntei fazendo bico. Mãe, obrigada. Ele se deitou ao meu lado e me abraçou.

- Adivinha quem chegou? – Cody empurrou a porta e me ajudou a entrar na casa do Fred.
- AAAAAAAAAAAAAAAAH AMIIIIIIIIIGAAAAA! – Alli correu e me abraçou com força. Tipo, esmagando mesmo.
- BRAZILIAN GIRL, essa casa é horrível sem você! – Fred me abraçou e Dylan e Cole também depois dele. Madison já estava de saída, mas me cumprimentou e me abraçou forte também.
- Você ta melhor? – Bella apareceu no meio daquele povo. NÃO DISSE? Estranha demais.
- To sim, obrigada. – Falei falsa. Sentei-me (lê-se: Capotei) no sofá e peguei a Coca-cola da mão do Dylan.
- Surfa muito em Brazilian Girl? – Cole zuou. E todos riram.
- Zica do pântano. – Respondi tirando uma comigo mesma. – Vou tomar banho pessoas! Já volto. –
- Precisa de ajuda? – Dylan perguntou e recebeu um olhar mortal de Cody.
- Porque se precisar estamos aqui! – Vez do Cole recebeu não só um olhar, mas um soquinho. Soquinho que o fez voar pra cima da estante. Ri e subi as escadas.
 Como é bom tomar banho! Meu Senhor.
 Desci as escadas e fui pega de surpresa por um Fred pulante.
- Adivinha? – Ele falou com voz afetada.
- Não me diga que vocês vão surfar, porque não contem comigo se for! – Respondi de olhos arregalados.
- Eu consegui as passagens pra PARIS pra AMANHÃ! – Ele disse pulando que nem gazela em cima de mim. Pulei junto. Alli chegou perto e começou a pular também.
- Porque estamos pulando? – Ela perguntou sem parar de pular.
- Vamos pra Paris amanhã! – Eu disse e todos começaram a pular.
- Chega, cansei. – Alli parou e saiu andando. Eu ri e me sentei no sofá, ao lado de Cody.
- Então nós vamos? – Falei boba. A cidade do romance. O verdadeiro destino dessa viajem e melhor, com o Cody. Minha paixão agora correspondida.
- Lógico! – Fred falou e eu ergui uma sobrancelha.
- Você vai? – Cody pensou mais rápido, ou talvez, tenha lido minha mente.
- Então, eu tava pensando aqui e... – Fred foi interrompido pelo meu pulo. Abracei-o com força.
- AAAAAAH VOCÊ VAAAAAAI! – Berrei e todos não entenderam nada. Eu ri e Fred também. Sabe, Fred podia até ser meio chato às vezes, com todo esse mistério. Mas ele se tornou especial de uma forma tão, mais tão rápida. Ele sorriu e sentou novamente, e eu voltei pro meu lugar.
- Enfim, eu vou! – Fred falou e eu bati palma. Alli juntou as sobrancelhas e fez cara de “Hein?”.
- Dylan, Cole? – Alli apontou pros dois que fizeram carinha triste.
- Nós não vamos. – Eles disseram em uníssono e eu fiz bico e cara de choro.
- Que pena gente! – Falei. – Seria bem legal. –
- É que não dá pra gente ir mesmo, mas serio, foi muito bom conhecer vocês, Alli e, principalmente você Brazilian Girl, muito gente boa! – Cole disse e eu senti os olhos encherem de lágrimas, quero dizer, quando eu os veria novamente? Daqui uns três anos talvez, talvez nunca mais!
- Mas vai ser azarada assim em outro lugar ehm? – Dylan disse e eu ri. As lágrimas caíram sem querer e eu limpei rápido, mas não tão rápido quanto deveria.
- Ai Brazilian, não choooraaa!! – Cole e Dylan me abraçaram.
- É que foi tão bom sabe? Apesar de tudo que aconteceu comigo, os machucados, mesmo que eu tenha bebido o suficiente de água pra nunca mais ficar desidratada, eu realmente amei ficar aqui. – Eu falei e a gente deu um abraço em grupo.
- Mas do mesmo jeito, a cidade do romance nos espera! – Alli disse e Cody olhou pra mim e sorriu. Algo me diz que Paris nunca mais será a mesma.

Continua...