quarta-feira, 14 de agosto de 2013
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Minha mafiosa...
Angels, hoje é aniversário de uma pessoa muito especial
e eu não podia deixar de fazer um post sobre isso.
Thaynara Marques,
vulgo Thay,
vulgo minha vaca
mafiosa.
Era 26 de Abril de
2011 quando nos falamos pela primeira vez, ainda no Orkut do meu fã clube pro
Cody. Era meu primeiro dia lá. Eu estava um pouco perdida por ser fã a pouco
tempo e até um pouco tímida em falar com Simpsonizers mais antigas, mas uma
garota repentinamente falou comigo. Começamos a conversar e isso se tornou
rotina nos meus dias do fã clube. Trocamos MSN e a amizade foi crescendo.
Crescendo tanto que quando me dei conta, já estava a amando. Rimos de tudo,
conversamos sobre tudo, trocávamos segredos e momentos, fossem eles felizes ou
nem tanto. Por diversas vezes me vi a um passo de pegar um voo para a cidade
dela, só pra abraçá-la e dizer que tudo iria ficar bem. Ficamos madrugadas no
MSN, montamos nosso próprio grupo, participamos de alguns barracos do twitter,
incentivamos uma a outra e nos apoiamos quando mais precisávamos.
O tempo foi
passando e a comunicação entre nós foi diminuindo. Começamos a nos falar uma ou
duas vezes por semana no máximo, mas quando falávamos parecia que o tempo não
tinha mudado nada. É como se o tempo não afete nossa amizade. Nesse tempo em
que nos conhecemos eu fiz várias amizades, tive pessoas entrando e saindo da
minha vida como se meu coração fosse um aeroporto, mas só uma pessoa está
comigo desde o começo, apenas ela, a Thay.
Hoje é o
aniversário de 13 anos dessa garota maravilhosa que eu amo tanto. Não me
surpreende saber que amanhã fará um ano e sete meses que nos conhecemos. Ela é
tudo pra mim e dói saber que não posso jogar catorze ovos na cabeça dela hoje.
Eu a amo tanto e quero que todos saibam disso.
Thay, você sabe
que eu te amo, mas nunca vai saber o quanto
eu te amo. Não existem unidades de medidas ou palavras no dicionário o
suficiente pra que eu possa te explicar meu amor por ti. Você é minha mafiosa,
é minha vaquinha, e sempre será. Sei que às vezes pode parecer que eu te
esqueço, ou algo do tipo, mas é impossível. Tudo que a gente já conversou,
todas as vezes que você me fez rir quando o que eu mais queria era chorar, nossos
desabafos e zoações... Impossível simplesmente apagar tudo isso. Eu quero que
você saiba que eu desejo tudo de bom pra você, não só hoje, mas sempre. Não só
quero, mas sei que todos os seus sonhos vão se realizar um dia. Você
sempre fala dos seus futuros fãs, só que tem uma coisa que eu nunca te disse, é
que você já tem uma fã e essa fã sou eu. Eu sou fã de como você é forte, como
você sorri apesar de tudo, do seu humor e de tudo de bom que você carrega. Você
me faz feliz. Se não fosse por você, eu nem estaria escrevendo esse post, pois
não teria começado esse blog. Eu te amo tanto e só quero que você seja feliz, pois
pessoas como você merecem essa felicidade. Você é perfeita exatamente do jeito
que você é. Feliz aniversário mafiosa, eu te amo muito mais do que você imagina
♥.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Continuação do capitulo 4 e capitulo 5
Continuação do Capitulo 4
Ajeitei o top roxo
de forma que não marcasse tanto meus seios através da camiseta branca que
combinava com o short claro, curto e desfiado na barra, que eu estava usando
juntamente com o allstar branco de couro ligeiramente sujo na ponta. Firmei o
rabo de cavalo e joguei o que restava da franja para trás, tentando enxergar
melhor meu reflexo no espelho que ocupava toda a parede a minha frente. Britt
estava ao lado esquerdo de Cody e eu ao direito. Estávamos todos mais sérios
hoje pelo fato de que esse era, finalmente, o último ensaio pra Paradise Tour.
A batida da música começou e nós começamos a coreografia da última música da
setlist. Wish U Were Here bombava no rádio, até que o último verso tocou e nós
paramos em nas poses combinadas.
Matt, Brad, Angie
e Alli bateram palmas, assim como nós três que estávamos dançando minutos antes.
- ARREBENTARAM! – Alli disse correndo pra me dar um abraço,
depois em Britt e no irmão.
- Eu mal vejo a hora de começar. – Cody disse abraçando a
irmã de lado.
- Falta pouco, filho. Só mais quatro dias. – Brad disse
dando alguns passos à frente.
- Seus pais vão vir pra turnê querida? – Angie me abraçou
de lado e eu sorri.
- Só pra alguns shows. – Respondi e ela fez uma expressão
compreensiva.
- O ônibus da turnê está de portas abertas pra eles. –
Matt disse não só pra mim, mas para Britt também.
- Falando nisso… - Brad virou para falar com Matt e eu
dei um jeito de escapar discretamente dali.
Saí do estúdio de
dança e andei pelo longo corredor branco, até chegar à outra porta. Entrei no
vestiário e me apoiei no balcão.
O vestiário era
feito com paredes brancas e armários vermelhos que ficavam em fileiras, formando
corredores. No final dele havia alguns chuveiros e balcões, onde nós normamente
colocávamos nossas mochilas ou sacolas com trocas de roupas.
Puxei minha
mochila rosa claro pra mais perto e abri o bolso menor. Retirei o celular de lá
e chequei o horário. Duas horas da tarde. Isso explicava o porquê de eu estar
com tanta fome.
- Hey… - Ouvi Cody falar logo atrás de mim.
- Oi Coalinha. – Sorri pra ele, que retribuiu erguendo os
cantos da boca.
- Tem programas pra hoje? – Ele perguntou se apoiando no
balcão e eu fiz que não com a cabeça. – Que tal uma festa do pijama em dupla
hoje? –
- Como nos velhos tempos é? – Perguntei desenterrando
algumas memórias e ele sorriu mostrando os dentes pequenos.
- É, tipo isso mesmo. Mas a gente também podia ir jantar
no Breadstix, pra mudar as coisas. – Ele disse arrumando o cabelo e umedecendo
os lábios.
- Lógico, só me deixa passar na minha casa primeiro, pra
pegar umas roupinhas. – Falei e ele chacoalhou os ombros como um “óbvio que
sim”.
Conversamos sobre
como o Breadstix é o melhor restaurante da cidade até chegarmos ao lado de fora
do estúdio, onde encontramos Brad, Angie e Alli entrando no carro.
- Carona? – Brad disse e eu sorri grata.
- Você é o cara mais legal da face da terra. – Falei
entrando no carro e ele riu.
Chegamos ao nosso
bairro e eu corri pra dentro da minha casa.
- MENINA! – Cher gritou e eu dei um pulo.
- BEBEZA! – Ela sorriu com o apelido bobo que dei pra
ela. – Tava me esperando desde quando? –
- Quem disse que ela estava te esperando? – Damian bateu
a porta e eu virei.
- Damian! – Cher disse erguendo o copo de água. –
Finalmente, to aqui desde as onze e meia. Tava quase virando múmia. –
- Poupe-me do seu drama Cher. – Damian me deu um beijo na
bochecha e sentou ao lado de Cher no sofá.
- Peraí… - Ergui o dedo e eles voltaram a atenção pra
mim. – Desde quando essa casa virou ponto de encontro? –
- Desde que sua mãe disse que nós somos parte da família.
– Cher cruzou as pernas e Damian riu.
- Vocês vão dormir aqui hoje? – Perguntei jogando a mochila
no sofá.
- Você não vai? – Damian perguntou confuso e eu ri.
- Na verdade, vou pra casa do Cody. – Falei e Cher
arqueou as sobrancelhas.
- Já fizeram as pazes? – Ela disse e Damian riu.
- Ai, ai, viu… - Damian disse como se tivesse avisado.
- Ele veio aqui ontem com a solução pros nossos
problemas. – Falei sentando ao lado deles no sofá.
- Ele finalmente admitiu que te ama e você fez o mesmo,
aí vocês se beijaram? – Damian perguntou sem tirar os olhos da televisão e Cher
gargalhou.
- Primeiro: Isso não aconteceria, porque nós somos apenas
amigos. – Falei olhando pro Damian. – Segundo: Isso não resolveria nada. –
- Mas seria bem legal, não seria Cher? – Ele perguntou e
Cher assentiu, ainda rindo.
Senti meu celular
vibrar e tirei-o do bolso.
“Cadê você?”
- O que o Cody quer? – Cher perguntou e eu olhei confusa
pra ela. – O que? Se nós dois estamos aqui, então só pode ser o Cody te
mandando mensagem. –
Ri e respondi a
mensagem com um “Estou a caminho Coalinha”.
Peguei minha mochila e subi para o meu quarto pra colocar um pijama e uma
toalha nela enquanto convencia Cher e Damian de que ficar na minha casa sem mim
seria sem graça.
- Ok, nós vamos pra minha casa. – Damian disse e Cher
concordou.
- Nos vemos antes de você ir pra turnê né? – Cher perguntou
e eu assenti como se fosse óbvio.
Fechei a porta e a
tranquei. Nos despedimos e assisti eles se afastarem por um tempo, até que
atravessei a rua e toquei a campainha da casa dos Simpsons.
- AMIIIIIIIGA! – Alli arreganhou a porta e me puxou pra
dentro. Acenei pra Angie e Brad que estavam cozinhando juntos na cozinha e
virei pra Alli novamente.
- Cadê o Coala? – Perguntei procurando por ele na sala.
- Tá no quarto dele, sobe lá. – Ela disse se jogando no
sofá e trocando de canal.
Subi as escadas e
bati na porta do quarto de Cody.
- ENTRA. – Cody berrou e eu arreganhei a porta.
- SHALOW. – Falei e ele me olhou como se eu fosse louca.
Cody estava sentado no pufe branco digitando algo no notebook. – O que você tá
fazendo? –
- Stalkeando minhas Angels. – Ele sorriu como se
estivesse fazendo algo fora da lei.
- Que vida loka você. – Falei rindo enquanto jogava minha
mochila na cama e sentava desconfortavelmente ao lado dele no pufe. – Elas
surtariam se soubessem disso… -
- São uns amores. – Ele disse todo orgulhoso. Cody estava
com uma regata branca e uma bermuda branca com listras azul escuro.
- Realmente. – Concordei e ele riu.
- Mas então, necessito da sua ajuda. – Ele disse fechando
o notebook e dando um pulo pra ficar em pé.
- Diga. – Me ajeitei no centro do pufe já quente pela
antiga presença da bunda de Cody.
- O Buddy tá precisando de um banho e eu me comprometi a
lavar. – Cody sentou na cama de frente pra mim.
- E você precisa de ajuda pra lavar um cachorrinho tão
pequeno Cody Simpson? Cadê o Jeff pra ver isso… - Falei como se estivesse
decepcionada e depois ri com ele.
- Ele é pequeno e ágil. Eu sou alto e desastrado. – Cody
disse e eu ri.
- Vai ser moleza… -
#
- SEEEEEGURA ELE CODY, SEGURA ELE! – Berrei correndo pro
outro lado do gramado que ficava ao lado da piscina. Fazia meia hora que
estávamos tentando capturar Buddy para tomar banho, mas ele só complicava a
situação.
- AGORA EU VOU PEGAR! – Cody entrou na frente do
cãozinho, mas, mais uma vez, falhou na missão. Buddy se esquivou, correu para o
lado de uma árvore um pouco longe de nós e ficou parado ali enquanto Cody, ofegante,
descansava se apoiando nos joelhos.
- Droga, ele era tão quietinho. – Soltei a coleira dele
no chão e me sentei na grama.
- É, mas quando se trata de banho, alguma coisa toma
conta do corpo dele. – Cody ficou com o corpo ereto e respirou fundo. – Vamos
tentar denovo. –
- Ok. – Falei ficando de joelhos. – Buddy, Buddyzinho… vem cá vem, vem cá. - Repeti dezenas de vezes
com voz fina, atraindo a atenção do cachorrinho. Cody foi lentamente se
aproximando dele por trás, até que com um movimento ágil, pegou o cão.
- AH RÁ, QUEM É QUE PEGOU O BUDDY? HÃM? HÃM? QUEM? – Cody
ficou roçando o rosto no focinho do cachorro. Aproximei-me pra colocar a
coleira e Buddy começou a se debater, prevendo o que aconteceria.
- Nunca pensei que um cachorro desse tamanho daria tanto
trabalho. Ele corre mais que uma galinha. – Falei caminhando em direção a
arvore que amarraríamos o Buddy.
- Eu avisei. – Cody respondeu e amarrou Buddy na árvore.
Enchemos alguns
baldes com água e sabão e ligamos a mangueira em um lugar aonde chegaria o mais
perto possível, para podermos colocar mais água depois.
- Sabe… - Me ajoelhei e puxei um balde pra perto. – Ver o
Buddy correndo tanto me lembrou duma coisa. –
- Do que? – Cody se ajoelhou ao meu lado e puxou o balde
mais próximo dele.
- Se lembra de quando a gente ficou brincando na rua por
umas quatro ou cinco horas e sua mãe ficou brava porque você não queria ir
tomar banho? – Eu perguntei segurando o riso e ele soltou uma risada alta. Cody
se levantou e puxou a mangueira pra mais perto, pra encher mais o balde com
água.
-Eu fiquei correndo dela pela casa durante quase uma hora
– Ele pressionou o botão que fez com que a água saísse e depois fez uma pausa.
- Eu odiava tomar banho naquela época. –
Eu gargalhei
enquanto já ensaboava o Buddy.
- Isso explica porque você ainda não toma banho direito
né… - Falei zombando dele e ele fez cara de ofendido. Voltei a esfregar o Buddy
que de vez em quando fazia um barulhinho pra reclamar da situação.
- Olha só, eu tomo banho direitinho ok? – Ele falou em
tom de voz alto por causa do barulho da água.
- Ah, mas como você só toma de sábado, então tem que
tomar direitinho mesmo… - Eu zombei novamente, sem olhar pra ele. Cody ficou
quieto por alguns segundos, o que achei estranho e quando o olhei, ele apontou
a mangueira pra mim e apertou o esguicho fazendo com que um jato de água
acertasse minha camiseta.
Ele gargalhou e eu
fiquei em estátua pensando em uma vingança.
- É assim é? – Perguntei e ele, ainda rindo, assentiu.
Peguei o balde com
sabão mais próximo (o que eu estava usando pra ensaboar Buddy segundos antes) e
joguei inteiro no Cody, que parou de rir e fez uma expressão de “você me paga”.
Ele pegou um balde e eu saí correndo pelo quintal. Cody começou a me perseguir
e nós ríamos sem parar. Continuei correndo e desviando da borda da piscina e
baldes, até que vi algo no chão que me chamou atenção e parei.
- Oh, oh… - Cody percebeu que estava encrencado quando me
viu segurando a mangueira apontada pra ele. – Calminha aí Pandinha, muita calma
nessa hora, abaixa a mangueira e… - Não deixei ele terminar a frase, apertei o
esguicho e molhei ele todo com o jato de água. Gargalhei extremamente alto
quando ele se contorceu pela temperatura baixa da água. Fiz questão de mexer na
mangueira, me certificando de que ele ficasse completamente encharcado.
Cody, mesmo
recebendo constantes jatos de água, começou a vir em minha direção, apenas
desviando o rosto. Ele segurou a mangueira e trocou de posição, fazendo com que
quem se molhasse agora fosse eu. Tentei correr, mas a água estava tão gelada
que eu não consiga me mover direito. Ele ficou jogando água em mim por
completo, com um sorriso sapeca no rosto, até que eu peguei um balde com sabão
e joguei nele. Ele largou a mangueira e nós começamos a brincar com os baldes
de água e sabão.
Ficamos por ali
brincando com a água por quase uma hora, até que o cansaço nos atingiu e nós
nos sentamos na grama.
- Essa foi boa… - Cody ainda ria das nossas caretas.
- Foi mesmo, só esquecemos uma coisa. - Falei olhando pra
trás dele e Cody fez o mesmo.
Buddy estava
sentado, nos olhando como se não entendesse o que se passava.
Cody gargalhou e
eu também.
- Acho melhor a gente terminar de enxaguar ele e depois
ir tomar um banho. – Eu falei e ele assentiu.
Cody ficou em pé e
estendeu a mão pra me ajudar a levantar. Aceitei a ajuda e depois me ajoelhei
em frente Buddy.
- Pega um balde e enche. – Falei sem tirar os olhos do
cãozinho. Cody pegou um balde e começou a encher.
Virei para olhar
pra ele e percebi que suas roupas estavam coladas, principalmente a parte de
cima. A camiseta branca estava praticamente transparente, deixando à mostra o
abdômen definido e contraído de Cody. Os braços reluzentes pela água tinham
algumas veias saltando, por causa da força pra apertar o botão da mangueira. A
expressão relaxada no rosto e os olhos verdes pareciam brilhar. Cody me fitou
sério, mas sua expressão foi mudando. Os cantos da boca rosa se ergueram lentamente,
até abrir um sorriso mostrando seus dentes brancos e pequenos por completo.
Percebi que já
estava o olhando por muito tempo e desviei o rosto novamente para Buddy.
Respirei fundo algumas vezes pra ajustar a temperatura do corpo, se é que me entende.
Cody se ajoelhou
ao meu lado e entregou um balde. Comecei a enxaguar o cãozinho com Cody, até
que percebi que algo estava o incomodando.
- O que foi Coalinha? – Perguntei e ele torceu o nariz.
- Essa camiseta tá me sufocando, peraí… - Ele se levantou
ao meu lado, segurou a ponta da camiseta com as duas mãos e lentamente a puxou
pra cima, deixando todo seu abdômen à mostra. – Pronto. –
Ele jogou a regata
branca na grama e voltou a enxaguar Buddy comigo. Tentei ao máximo evitar olhar
os músculos dos braços dele se movendo ao meu lado, mas quando terminamos, dei
aleluia por ter conseguido me segurar diante de tal perfeição.
Droga, o que
estava acontecendo comigo? Atração física pelo meu melhor amigo? Sério? Por
favor, eu estou delirando.
- Aw, olha que lindinho. – Cody disse com voz afetada.
Espantei os pensamentos impuros sobre o corpo dele e desviei o olhar pro Buddy,
que estava choramingando pela água gelada.
- Acho que já terminamos. – Falei soltando o balde e
apertando os pelos de Buddy, tirando o excesso de água. Enrolamos o cãozinho em
uma toalha seca e recolhemos a bagunça.
- NOSSA – Alli deu um pulo do sofá quando entramos na
sala carregando o cachorrinho enrolado numa toalha. – FINALMENTE! –
- MAS O QUE É ISSO? – Angie largou o notebook ao nos analisar.
– Achei que vocês fossem dar banho no cachorro, não em vocês mesmos! –
- Imprevistos. – Cody disse me olhando torto e eu ri
alto.
- Parem de molhar o chão. Subam e tomem banho. – Angie
apontou pra escada.
Cody entregou
Buddy à Alli e nós subimos correndo.
- Quem toma banho primeiro? – Perguntei me jogando
sentada na cama dele.
- As damas vão primeiro. – Ele sentou no pufe e puxou o
notebook.
- Ok, bom stalkeamento. – Falei pegando uma toalha na
minha mochila e indo pro banheiro do quarto.
Fechei a porta
atrás de mim e coloquei a toalha na pia. O banheiro de Cody era todo decorado
em preto e branco, como ele gosta. O piso preto e os azulejos brancos com uma
faixa preta no meio, rodeando todo o banheiro. Os armários brancos e a privada
preta, assim como os potinhos de colocar sabonete e escova de dente. O Box de
Cody era feito de um vidro negro completamente opaco, não dando visão de quem
está fora do Box ou dentro.
Saí do banheiro enrolada na toalha e com o cabelo cheio
de grampos e bobis, parecendo a Dona Florinda. Cody analisou meu cabelo e deu
umas risadinhas.
- Você pare de rir. Gosto do meu cabelo meio cacheado e
meio liso, você sabe disso. – Falei sentando na cama e ele deu ombros. Retirei
um roupão da minha mochila e coloquei-o sem deixar nada aparecer. Fiquei de
costas para o Cody e comecei a me vestir.
O roupão estava um
pouco curto, à quase dois palmos acima dos joelhos. Peguei uma calcinha
colorida da mochila e mantendo o equilíbrio, coloquei-a. Senti algo estranho e
olhei pra Cody. Ele estava olhando minhas pernas, mas quando percebeu meu
olhar, voltou-o para o notebook.
Peguei o sutiã e
abri o roupão sem deixá-lo cair. Enganchei o sutiã de cabeça pra baixo e depois
o virei, ajeitando-o nos meus seios. Coloquei um short curto do pijama, amarelo
com estampa de estrelinhas azuis pequenas, e peguei uma camiseta rosa que tinha
três desenhos do Piu-Piu fazendo caretas diferentes na altura do peito. Deixei
o roupão cair, me mantive de costas e coloquei a camiseta o mais rápido
possível.
- Você devia se considerar ninja. – Cody disse sem tirar
os olhos do notebook e eu ri.
- Você ainda não me viu correndo pelada pela casa pra
pegar uma toalha. – Falei enfiando as roupas sujas dentro da mochila.
- Uma pena… - Cody falou e eu taquei a primeira almofada
que vi no rosto dele, o fazendo gargalhar. – BRINCADEIRINHA PANDINHA, RESPIRA
FUNDO. –
Eu gargalhei e
sentei com perninhas de índio na cama dele.
- Sua vez. – Apontei com o pente para o banheiro e ele
assentiu fechando o notebook, pegando uma cueca e uma toalha e depois entrando
no banheiro.
Ajustei todos os bobis
e grampos do cabelo cantarolando alguma música de Cody. Minutos depois a
campainha tocou e alguém foi abrir a porta. Ouvi um murmurinho no andar debaixo
e depois alguém batendo os pés na escada. Segundos depois, Matt entrou no
quarto de Cody com um sorriso.
- Oi Matt coisa linda. – Falei levantando e dando um
beijo na bochecha dele.
- Um dia minha mulher te bate. – Ele disse e nós rimos. –
Cadê o Cody? –
- Banho. – Apontei pra porta do banheiro e ele deu ombros
se sentando ao meu lado. – Seu cabelo é lindo naturalmente liso, não precisa de
cachos. –
- Aw Matt, que fofo. – Falei sorrindo. – Mas eu gosto
mais dele quando tá um pouco enrolado. –
A porta do banheiro foi aberta e de lá saiu um Cody só de
cueca vermelha.
- Matt? – Cody fez uma expressão confusa e depois aliviou
o rosto com um sorriso. – Tudo bom? –
- Tudo sim carinha. – Matt disse fazendo um toque
planejado com Cody. – Tenho noticias. –
- Diga. – Sorri me ajeitando.
- Bom, vai rolar o iTunes Night, que é a noite que os
artistas mais destacados do iTunes desfilam em um tapete vermelho e participam
de uma festa nessa quinta-feira e você foi convidado. – Matt disse fazendo um
sorriso lindo brotar no rosto de Cody, que já tinha colocado uma calça de
moletom e sentado no pufe. – Lá vai ter vários fotógrafos e enfim, vai ser bem
badalado. Acho que é o maior evento que você vai até hoje. –
- Ai que leeeeegal! – Falei dando pulinhos e sorrindo pra
Cody que fez o mesmo só com um sorriso no rosto.
- Você tem direito de levar uma acompanhante e eu acho
que talvez essa seja sua oportunidade pra anunciar pro mundo que você tá
“namorando”. – Matt disse fazendo aspas com os dedos e eu arregalei os olhos.
- Oi? – Perguntei tentando compreender as frases
anteriores.
- Ele tá certo panda. É melhor já fazer isso de uma vez.
– Cody disse em um tom carinhoso e eu suspirei assentindo.
- Então fechou. – Matt deu um pulo da cama e fez um toque
com Cody. – Vejo vocês quinta-feira e no domingo de manhã pra nós irmos pra
turnê. –
- Até Matt coisa linda. – Dei um beijo na bochecha dele.
- Até Pandinha coisa linda do Matt. – Ele disse e eu abri
um sorriso de orelha a orelha.
- AAAAAAAAAAAAAW – O puxei de volta e o abracei pela
cintura. Ele riu e acenou enquanto saía do quarto.
- “Pandinha coisa
linda do Matt” – Cody disse com voz resmungona e depois fez careta.
- Ele é um amor. – Falei mostrando a língua pra ele.
- Mas você é a Pandinha
coisa linda do Coala, não do Matt. – Cody disse sentando ao meu lado e eu
ri.
Cody apenas com a
calça de moletom vermelha deixando aparecer o abdômen e os traços do final da
barriga. O cabelo molhado penteado pra trás pingava e molhava as costas largas.
Enquanto eu estava de pijama do Piu-Piu e bobis na cabeça.
Ri com o
pensamento e olhei as horas no meu celular que marcava cinco da tarde. Suspirei
derrotada pelo sono e joguei meu corpo pra trás na cama de casal de Cody. Ele
riu da minha atitude e deitou de barriga pra baixo segurando a cabeça com a mão
e o apoio dos braços ao meu lado. Fixei o olhar no teto e respirei fundo
tentando espantar a vontade de ficar na cama pelos próximos quatro dias. Cody
soltou o apoio e deixou a cabeça encostar à cama. Olhei para o lado e percebi
que ele estava me observando com os olhos verdes cansados por causa da guerra
de água e a pele levemente bronzeada. Sorri.
Ponto de
vista de Cody Simpson - On
Eu queria que ela
se visse como eu a vejo. O olhar cansado, os bobis no cabelo e a carinha de
sono não espantam a beleza desta garota. Ultimamente eu estava achando ela tão
atraente… não que ela não fosse atraente antes, mas agora ela parecia estar
ainda mais.
Continuei
observando os traços de seu rosto pensativo e preocupado com o futuro até que
ela me olhou. O sorriso mais lindo do mundo iluminou seu rosto cansado ao me
ver. Ergui os cantos da boca como um sorriso, mas meu rosto estava tão cansado
que quando o fiz parecia que eu estava chapado. Ela gargalhou me fazendo rir
junto.
- Sem mais guerras de água. – Falei praticamente dormindo
e ela assentiu secando algumas lágrimas da gargalhada. Ela sempre fora assim:
duas risadinhas e já escorriam lágrimas dos olhos. Tão meiga.
- Aaaaah – Ela se espreguiçou e depois soltou o ar. – Que
sono. -
- Nem me diga. – Falei esfregando o rosto no edredom
preto da cama. Ela se sentou direito e me olhou sapeca.
- Me ajuda aqui? – Ela disse rindo de si mesma enquanto
tentava tirar um grampo do cabelo. Ri junto e me sentei atrás dela.
- Já falei que você é linda sem esses cachos. – Eu disse
enquanto tirava os grampos. Ela juntou as sobrancelhas e torceu a coluna pra me
olhar.
- Você não gosta do meu cabelo com cachos? – Ela perguntou
com um olhar que pedia pra eu ser sincero.
- Não muito. Eu acho que ele liso é tão bonito, tão mais…
- Acariciei as mechas soltas dos bobis – natural. –
Ela mordeu o lábio
inferior e suspirou. Parecia decepcionada.
- Você nunca tinha me dito isso. – Ela disse tirando um
dos bobis da franja.
- Bom, você nunca tinha me perguntado. – Falei rindo da
minha atitude de quarta série e depois parei pra pensar melhor no que falar. –
Além do mais, eu te acho linda de qualquer jeito. –
Eu vi as maçãs do
rosto dela subirem por causa dos cantos da boca erguidos e depois ela foi
abrindo o sorriso pra mostrar os dentes brancos.
- Obrigada. – Ela disse entre dentes e eu sorri enquanto
retirava os últimos bobis.
- Prontinho. – Peguei todo o cabelo dela e joguei para
trás dos ombros. Ela sorriu agradecida e levantou pra guardar os bobis na
gaveta do meu banheiro.
Empurrei o edredom
pra baixo e me enfiei debaixo dele. Ajeitei a cabeça no travesseiro alto e
respirei fundo. A Panda voltou batendo os pés descalços no chão alguns minutos
depois. Ela me viu deitado e sorriu sapeca. Ela pegou impulso e dois segundos
depois senti o peso de seu corpo caindo sobre o meu. Nós gargalhamos juntos.
- Um dia você me mata com isso. – Falei ainda rindo e ela
deu ombros se ajeitando ao meu lado.
- Duvido muito. – Ela sorriu entrando debaixo do edredom
e me abraçando. Ficamos em silencio por alguns minutos até que percebi que ela
estava com aquele olhar preocupado novamente.
- O que foi? – Perguntei a fazendo acordar dos
pensamentos. – Você parece preocupada. –
Ela suspirou e
deitou a cabeça no meu peitoral.
- Sobre essa coisa de fingir ser sua namorada. – Ela disse
passando as unhas na minha pele. – Tenho medo de que alguma coisa mude entre
nós. –
- Ah… - Fixei o olhar no teto branco do quarto. – Mudar pode
ser uma coisa boa. –
- Mas já tá bom do jeito que tá. – Ela disse erguendo um
pouco o rosto pra falar melhor. – Não precisa mudar. –
- E se mudar pra melhor? – Perguntei desviando o olhar
pro dela. Ela encarava o horizonte, pensativa, como se não estivesse convencida
com meus argumentos. – Eu prometo que nada vai mudar pra pior, ok? O importante
é que você fique na América até o seu visto sair e depois nós voltamos a ser
apenas amigos. –
- Eu confio em você. – Ela ergueu o rosto pra me olhar fazendo
com que minha mão que estava nos cabelos dela escorregasse para a sua bochecha.
Nossos narizes se encostaram e eu podia sentir sua respiração quente se
misturando com a minha. Os olhos castanhos mel buscavam algo nos meus olhos. Eu
senti algo diferente, algo que eu nunca tinha sentido antes.
Eu senti vontade
de beijá-la.
Acariciei o rosto dela com o polegar e suspirei desviando
o rosto. Ela também suspirou e encostou a cabeça novamente no meu peitoral.
Eu não podia
sentir aquilo, quer dizer, não por ela. Ela é minha melhor amiga desde sempre e
jamais iria querer algo mais do que isso comigo. Prometi a mim mesmo de que
guardaria essa vontade e não a usaria, a menos que um dia a Panda me desse uma
chance pra isso.
Ponto de
vista de Cody Simpson - Off
Derrotada pelo e confusa pelo que acabara de acontecer,
deixei minha mente esvaziar e dormi.
Abri os olhos e esperei a visão voltar ao normal.
Esfreguei a testa com a mão e bocejei. Cody ainda estava em sono profundo,
dormindo como um anjo. Sentei na cama e alonguei o pescoço. Caminhei para o
banheiro, escovei os dentes, fiz toda a higiene necessária e descia as escadas
em busca de algo pra comer. Na noite anterior nós não tínhamos comido nada,
tamanho o sono que estávamos. E ficar sem comer não é algo que eu costume
fazer.
Passei pela sala
vazia e encontrei Alli tomando café da manhã na cozinha.
- Bom dia! – Sorri e ela retribuiu com um joinha enquanto
mastigava a maçã.
- Bom dia. – Ela disse quando engoliu. – Dormiu bem? –
- Dormi sim. To acostumada já. – Falei e ela riu
concordando com o fato de que eu dormia ali mais do que dormia na minha própria
casa.
- Pega alguma coisa pra comer aí. – Ela apontou pro
armário e eu assenti. Levantei e peguei um cereal. Acrescentei o iogurte na
tigela com cereal e sentei de frente pra Alli.
Ficamos alguns
minutos em silêncio, só mastigando nossos cafés da manhã.
- Alli… - quebrei o silêncio. – o que você usa nas festas
que vai com seu irmão? –
Ela juntou as
sobrancelhas provavelmente se perguntando o porquê de eu estar questionando
algo desse tipo.
- Vestidos, algo confortável, salto… mas por quê? – Ela perguntou
e eu suspirei.
- Eu vou na iTunes Night com Cody pra gente anunciar o “namoro”
– Larguei a colher pra fazer aspas com os dedos. Ela abriu um sorriso animado
que virou um sorriso sapeca segundos depois.
- Acho que isso exige um chamado. – Alli, sem parar de
sorrir, pegou o iPhone ao lado da maçã e digitou alguma coisa.
- O que? – Perguntei confusa e ela se levantou, jogou as
sementes da maçã no lixo e fez sinal pra eu me levantar também.
- Sobe, coloca uma roupa e me encontra aqui daqui meia
hora. – Ela disse apontando pro relógio do celular. – Nós vamos ter um dia só
pras garotas. –
#
Alli estava
terminando de passar o delineador quando Cher buzinou na frente da casa.
Arrumei os cabelos pela última vez me checando no espelho do quarto de Alli e
peguei minha bolsa. Eu estava com um short, para conseguir provar as roupas
mais facilmente, uma camiseta branca e larga caída no ombro, um salto alto
preto e um Ray Ban. Passei um batom vermelho e limpei um borradinho do
delineador. Conferi novamente e sorri pro reflexo.
- Vamos gatinha? – Alli perguntou e eu ri. Alli estava
linda com uma calça preta justa, uma camiseta rosa claro amarrada na cintura,
deixando aparecer um pedacinho da barriga, e um salto também preto.
- Vamos. – Saímos do quarto e descemos as escadas.
Cody estava na
sala e quando nos viu arregalou os olhos e sorriu. Pro meu desgosto, Ryan
estava com Billy e Cody sentado no sofá. Billy estava passando uma semana na
casa de Cody porque seus pais haviam viajado e Ryan é amigo da família.
- Lindas pernas. – Ryan disse olhando pra mim e eu fiz
careta deixando claro que não suportei o comentário.
- Vocês estão lindas. – Billy disse olhando pra Alli.
- Aonde vão tão lindas assim? – Cody perguntou se
levantando. Ele ainda estava de moletom vermelho, mas agora tinha uma regata
branca tampando o abdômen.
- Primeiramente: Nós somos lindas o tempo todo, então não
houve muita preparação ok? – Ela disse, eu concordei e os meninos riram alto.
- E nós vamos sair pra um Dia das Garotas no shopping. –
Falei jogando os cabelos cacheados nas pontas pra trás.
- Algum de vocês quer ir? – Alli perguntou pretensiosa e
eu ri alto.
- Ih Codes, sua irmã tá chamando a gente de viado. – Ryan
disse e Cody riu.
- Acho que elas descobriram sobre seu caso com o Billy. –
Cody disse pro Ryan e nós gargalhamos.
Ouvimos a buzina
da Cher e demos um pulo.
- Então a gente vai indo. – Falei dando um beijo na
bochecha de Cody, Ryan e Billy. Alli fez o mesmo e nós saímos da casa e demos
de cara com o conversível
vermelho de Cher.
- WASSUUUP BITCHS – Cher gritou e nós gritamos empolgadas
em resposta. Madison e Cher estavam na frente e nós pulamos o carro pra poder
sentar atrás.
- Preparadas pra um dia de compras? – Madison perguntou e
Alli soltou um “YEWWWW” como reposta.
Cher ligou o rádio
e acelerou. The Wanted começou a tocar e nós ficamos divididas entre arrumar os
cabelos bagunçados pelo vento e cantar Chasing The Sun.
Chegamos ao
shopping e saímos do carro, tontas pelo vento forte no rosto.
- Cher, você realmente precisa subir a calota desse carro
da próxima vez. – Madison disse tentando abaixar o volume do cabelo cacheado.
- Ou me avisa que eu nem faço o esforço de pentear em
casa. – Alli disse e eu gargalhei enquanto passava os dedos entre as mechas.
- Ah genteeen, cadê o espírito de aventura de vocês? –
Cher perguntou gesticulando.
- Deve ter ido embora junto com meu creme pra cabelo. –
Falei e elas riram alto.
- Vamos logo pra uma loja. – Madison disse ajeitando a
camiseta estampada.
Fomos conversando
pelo shopping e rindo de alguns meninos que nos olhavam. Entramos em uma loja
que parecia ter roupas bonitas.
- MEU DEUS, olha que vestido lindo. – Cher passou por
duas sessões diferentes até chegar a um vestido colorido caído no ombro.
- Sou mais esse aqui. – Madison apontou pro preto tomara
que caia.
- Vai por mim, esse é mil vezes mais apropriado. – Alli
puxou um bege bem marcado na cintura.
- Senhoritas… - Um garoto, de cabelo preto em topete;
olhos azuis bem marcantes; e uma boca rosinha, se aproximou.
- Você trabalha aqui? – Alli perguntou estranhando um
garoto tão bonito trabalhando em uma loja.
- Não Alli, ele veio aqui pra comprar o uniforme da loja
e sair usando pelo shopping. – Cher se intrometeu e Madison gargalhou.
O garoto sorriu
pra mim e eu sorri de volta.
- Hmmm… - Cher gemeu pretensiosa sobre meu flerte com o
garoto. – Vamos dar uma volta e pegar vários vestidos pra você experimentar. –
- Vamos? – Madison perguntou e Cher fuzilou ela com os
olhos, olhou pro garoto e pra mim e depois fez sinal pra duas irem andando. –
Ah, claro que vamos. –
- Aproveite. – Cher saiu rebolando e puxando Madi.
- Ele é fofo. – Alli sussurrou em meu ouvido antes de
sair correndo atrás das duas.
Assistimos elas se
distanciarem e voltei meu olhar pra ele.
- Então… - Ele começou. – qual é o seu nome e de onde
você é? –
- (Seu Nome) –
Dei meu melhor sorriso. – Sou do Brasil e da Austrália. –
- Como assim? – Ele juntou as sobrancelhas e eu ri.
- Longa história. – Pressionei os lábios. – E você? –
- Sou Travis, daqui de Los Angeles mesmo. – Ele deu um
sorriso charmoso. – Mas me diz, o que você tá procurando? –
- Um vestido pra um… grande evento. – Falei jogando o
cabelo pro lado.
- Que tipo de evento? – Ele perguntou já olhando em volta
pra achar alguns vestidos.
- Itunes Night. – Eu disse torcendo o nariz e ele
arregalou os olhos. – Sou amiga do Cody Simpson. –
Ele levou alguns
segundos pra absorver a frase e riu.
- Isso é o que eu chamo de ocasião especial. – Ele riu
sozinho e quando eu ia responder, três loucas apareceram com uns quinze
vestidos em mãos.
- O que diabos é isso? – Perguntei temendo a resposta.
- São os vestidos que você vai experimentar. – Alli disse
como se fosse óbvio e eu ri com ironia.
- Você só pode estar brincando. – Falei sem acreditar que
teria que vestir e despir tudo aquilo.
- Não, e vai logo. – Alli jogou os vestidos que estavam
em suas mãos em mim, seguida de Madison e Cher que fizeram o mesmo.
#
#
- QUE DIABO É ISSO? – Madison gritou e eu bufei de
cansaço.
- Próximo, por favor. – Alli fez sinal pra eu ir colocar
outro modelo. Fechei a cortina e suspirei diante do espelho.
Arranquei o
vestido extremamente decotado e joguei no canto do provador. Eu já havia
experimentado oito vestidos diferentes e nada estava bom o suficiente pras
loucas.
Peguei o último vestido
e me enfiei de alguma forma ninja dentro dele. Ajeitei os cabelos novamente e
abri a cortina.
Alli e Cher
conversavam empolgadas quando pararam o que estava falando pra me olhar. O
queixo de Alli caiu levemente e Cher formou um sorriso sapeca no rosto, assim
como Madison.
- Esse. – Alli disse se levantando pra conferir de perto.
– Sem dúvidas, esse. –
- Certeza? Não é muito exagerado? – Fiquei de costas pra
ela e me olhei no espelho novamente.
- É lindo, ficou perfeito em você. – Madison disse se
levantando também e puxando Cher junto.
- Vai abalar aquele tapete vermelho. – Cher disse ajeitando
uma mecha do meu cabelo. Ainda sem saber se levava ou não, avistei Travis em pé
ao lado do sofá de espera, apenas observando a cena.
- Travis… - Virei e caminhei batendo o salto até ele. – O
que acha? –
Ele sorriu com
minha atitude e colocou a mão no queixo, como se estivesse pensativo.
- Deixa eu ver… – Ele segurou minha mão e me girou. Travis
continuou fazendo feição de pensativo, me olhou de cima abaixo e sorriu ao ver
minha expressão de expectativa – Você tá maravilhosa -
As meninas
soltaram uma risada atrás de nós e eu sorri aliviada e agradecida.
- Então é esse que vou levar. – Falei afetadamente
sorrindo como se a opinião dele tivesse mudado completamente minha compra e ele
sorriu. Voltei pro provador e coloquei minha roupa inicial (short, camiseta solta branca,
salto preto e óculos).
Quando saí
entreguei o vestido que iria comprar pro Travis e esperei ele se distanciar pra
efetuar a compra. Voltei pra perto das meninas e encontrei elas dando
risadinhas abafadas.
- O que foi? – Perguntei querendo rir também.
- “Então é esse que
vou levar” – Elas disseram em uníssono zombando da minha tentativa de
flerte.
- Parem. – Falei rindo junto com elas.
- Aqui. – Ouvimos Travis e demos um pulo. Peguei minha
carteira e paguei com meu cartão de crédito.
Saímos da loja
rindo dos meus flertes que resultaram em um número a mais nos contatos do
celular de Travis. Demos algumas voltas no shopping e depois entramos no
conversível de Cher.
- Próxima parada: SPA. – Alli disse apontando pra frente
como se estivesse montada em um camelo.
- AAAAH, eu a-do-ro SPA! – Madison disse surtando com a
voz aguda que ela sempre teve.
- Eu nunca fui. – Falei atraindo o olhar das três.
- Oi? – Madison disse como se não estivesse acreditando.
- Eu nunca fui… - Eu repeti ajeitando a sacola no canto
do conversível.
- Meu deus, acelera aí Cher, temos uma Urgência SPA aqui.
– Alli disse batendo no ombro da amiga.
Fomos cantando
Madonna e todas as músicas que passavam na rádio até chegar ao tal SPA. O lugar
era enorme, a fachada bege com tons de amarelo mais escuro e marrom tinha uma
placa escrita em letras uniformes: “SPA Beleza Natural”.
Madison deu
gritinhos empolgados e Cher estacionou na primeira vaga vazia que viu. Saímos
do carro e esperamos a calota do carro subir.
- Vamos, vamos! – Madison foi dando pulinhos até a grande
porta de vidro. Uma mulher loira e bem maquiada que aparentava ter trinta a
quarenta anos abriu a porta para nós e sorriu como se fizesse aquilo o dia
todo.
- Olá meninas, bem-vindas ao SPA Beleza Natural. – O crachá
da mulher marcava o nome Denise. – Vocês já são clientes? –
- Sim. – Madison e Alli disseram juntas e depois
retiraram um cartão colorido com as cores da fachada do SPA da bolsa.
Depois de algumas
conversas, entendi que faríamos o tratamento completo. A mulher nos conduziu
por um longo corredor e abriu passagem para entrarmos em um salão. O salão era
todo branco, tanto o piso quanto as paredes. Várias mulheres estavam deitadas
em tipos de macas pra fazer tratamento de pele e massagem e outras estavam
sentadas em frente penteadeiras para serem maquiadas, terem seus cabelos
arrumados e as unhas pintadas por profissionais uniformizadas de bege. No fim
desse enorme salão havia uma hidromassagem que ao invés de água, tinha algo que
defini como lama, para hidratar a pele.
- Paradise. – Madison disse com os olhos brilhando.
- Vocês podem ir ao vestuário colocar seus roupões para
começar o tratamento. Aproveitem. – Denise disse apontando para uma porta ao
lado e se retirando. Agradecemos a gentileza dela e saímos em disparada ao
vestuário. Colocamos nossos roupões brancos e voltamos para o salão.
Madison correu pra
sentar em uma maca de massagem disponível, Alli foi direto para a cadeira da cabeleireira
sorridente e Cher me puxou para a hidromassagem. Entrei na hidromassagem cheia
de lama com um pouco de nojo, mas logo acostumei com a sensação e o cheiro de
barro.
Ficamos por ali
durante quase três horas rindo e fofocando com as funcionárias, até que todas
já havíamos passado por todos os tratamentos. Saímos do SPA mais sorridentes,
lindas e confiantes do que nunca.
O sol já estava se
pondo quando Cher parou em frente à casa dos Simpsons. Nos despedimos com
beijos na bochecha e comentários hilários sobre o dia no shopping/SPA.
- Olá! – Alli disse quando entramos na casa.
Billy e Cody
estavam sentados no sofá rindo de algo da televisão e pararam para nos olhar
pasmos.
- Wow. – Billy disse e nós fizemos pose como se fossemos
modelos.
- Vocês estão maravilhosas. – Cody sorriu me olhando de
cima abaixo e eu corei.
- Obrigado maninho, nós fomos ao SPA. – Alli disse
jogando os cabelos pra cima e fazendo um coque.
- Não iam ao shopping? – Billy juntou as sobrancelhas e
eu assenti.
- Fomos ao shopping e depois ao SPA. – Respondi colocando
minha bolsa e a sacola da loja onde comprei o vestido e cima do sofá.
- Essas garotas estão poderosas demais né Cody. – Billy disse
com voz afetada e nós rimos.
- Sempre fomos. – Alli falou jogando a cabeça pro lado e
eles riram.
- Eu comprei meu vestido pra ir à iTunes Night. – Revelei
olhando pro Cody e ele sorriu.
- Isso depois de flertar por quase uma hora com o
vendedor né… - Alli zombou rindo de mim. Billy riu e Cody juntou as
sobrancelhas.
- Como assim? – Cody perguntou se ajeitando no sofá.
- Um vendedor super gatinho deu bola pra ela e ela deu
bola pra ele e no final eles trocaram os números do celular. – Alli se apoiou
no meu ombro pra tirar o salto.
Cody ergueu os
cantos da boca pra esboçar um sorriso, mas não funcionou. Uma expressão
diferente, um pouco desconfortável de formou em seu rosto.
- Mas não foi nada… - Falei me aproximando dele e dando
um beijo em sua bochecha.
- Espero que não. – Cody disse baixinho e eu fingi que
não escutei. Beijei a bochecha de Billy e subi as escadas com Alli.
Entramos no quarto dela e caímos deitadas na cama.
- Meu irmão pareceu enciumado. – Ela disse ficando de
barriga pra cima e olhando pro teto. Fiquei na mesma posição e suspirei.
- Acho que não… quer dizer, não tem motivo. – Eu falei
passando a mão na testa. Alli riu sozinha e eu juntei as sobrancelhas. – O que
foi? –
- Você e o meu irmão são dois idiotas viu… - Alli disse
escorrendo pela cama e ficando em pé. Ela me fitou mais uma vez enquanto
caminhava pro banheiro e repetiu. – Dois idiotas. –
#
Quarta-feira passou rápida e desta vez, eu dormi na minha
casa. Eu estava bem empolgada para o evento da noite de quinta e passei o dia
todo imaginando como seria e como as pessoas reagiriam ao anuncio. Quando o
relógio marcou seis da tarde, comecei a me arrumar na companhia de Alli. Após
colocar o vestido e arrumar o cabelo, peguei minhas maquiagens no armário e
sentei na cadeira da escrivaninha.
- Passa uma maquiagem suave. – Alli se levantou da minha
cama e pegou o estojo de maquiagem da minha mão. – Um pó básico e blush fraco,
já que do jeito que você é vergonhosa, quando chegar lá sua bochecha vai estar
vermelha naturalmente. –
Alli começou a
passar a maquiagem no meu rosto pedindo pra eu sorrir quando necessário.
- Lá vai ter muitos fotógrafos e você sai estranha na
foto se estiver sem algo escuro no rosto, e é aí que o lápis, rímel e
delineador entram em ação. – Alli disse retirando os três itens do estojo e
passando em mim enquanto ouvia minhas ameaças sobre caso ela enfiasse aquele
lápis no meu olho. – Sombra clarinha porque seu tom de pele é lindo e um gloss
quase transparente. –
Passei o gloss e
me levantei pra olhar no espelho. Não sou de me gabar, mas eu estava linda.
Sorri orgulhosa e agradeci Alli.
- Ansiosa? – Alli perguntou quando me sentei na cama pra
colocar o salto.
- Muito. Quer dizer, eu nunca fui a um evento desses e
ainda mais pra anunciar algo assim. – Falei colocando o primeiro sapato e ela
torceu o nariz.
- Mas você vai estar com o Cody, então relaxa. – Ela disse
gesticulando bastante. – Ele sempre sabe o que dizer nesses eventos amiga. –
- Tomara. – Falei colocando o outro sapato e ela assentiu
como um “confia em mim”. Me levantei pra dar uma volta no quarto enquanto
respirava fundo dez vezes. A campainha tocou e ouvi meu pai abrindo a porta e
murmurando algo.
- FILHA, CODY CHEGOU. – Meu pai berrou do andar de baixo.
Encarei Alli e ela riu do meu desespero.
- Qualquer coisa é só me mandar uma mensagem. – Ela se aproximou
e me deu um abraço rápido. – Eu vou estar em casa com Billy. –
- Ok, ok. – Falei respirando fundo pela última vez e
saindo em direção às escadas.
Desci os degraus
lentamente, como se não quisesse chegar ao chão. Cody me aguardava na porta,
segurando um buquê de rosas. Ele estava de terno preto, extremamente elegante.
A gravata borboleta ajeitada perfeitamente no pescoço e o rosto apreensivo. Os
olhos verdes pousaram sobre mim e uma espécie de alivio o dominou. Um sorriso Colgate
se formou em seu rosto e eu retribui com meu melhor sorriso.
- Você está… - Ele parecia estar buscando alguma palavra.
– linda. –
Sorri me
encolhendo um pouco e me aproximei pra dar um beijo em sua bochecha. Depois que
fiz, Cody estendeu o buquê de flores em minha direção e mordeu o lábio
inferior.
- São pra você. – Ele disse sorrindo e eu peguei o buquê
com um sorriso de orelha a orelha.
- Obrigado Coalinha. – Falei cheirando as flores e ele
balançou a cabeça como um “de nada”.
- Eu vou colocar isso aqui em um jarro no seu quarto. –
Meu pai disse pegando as flores.
- Vamos? – Cody estendeu a mão e eu coloquei minha mãe em
cima da dele pra ser conduzida. Acenei pro meu pai e pra Alli que observavam atentos
a cena. Meu queixo caiu ao ver uma limusine preta parada em frente meu jardim.
- O que? – Perguntei baixinho e ele riu.
- É uma espécie de padrão da festa. Todos chegam de
limusine. – Cody disse um tanto envergonhado do tamanho do carro que estava à
nossa frente.
Entramos na
limusine e eu continuei pasma com o luxo daquele carro. O estofado bege parecia
ter sido lavado a pouco tempo, o frigobar estava cheio de bebidas e um vidro
preto separava o motorista de nós. Assim que fechamos a porta, o carro começou
a andar.
- Jeff e o motorista estão ali na frente. – Cody apontou
pro vidro e eu sorri com empolgação. – Matt chegou no local do evento antes. –
- Eu to ansiosa. – Confessei arranhando minhas coxas e
ele sorriu virando pro lado e pegando um pacotinho de M&M’s.
- Dizem que chocolate tira ansiedade. – Ele disse
sacudindo o pacotinho na minha frente e eu ri. Ele abriu o saquinho com os
dentes e virou os chocolates coloridos na mão. Fiz o mesmo e entreguei o
saquinho pra ele.
- 1, 2, 3 e… - Nós enfiamos os chocolates na boca e rimos
enquanto engolíamos lentamente.
- Como nos velhos tempos. – Falei quando consegui
engolir. Ele assentiu ainda terminando os chocolates e depois sorriu.
- Então, tecnicamente… - Ele desviou o olhar de mim para
o carpete bege. – Esse é o nosso primeiro encontro? –
Sorri com a cor
rosada que surgiu nas bochechas dele e assenti.
- Acho que sim. – Respondi alegre e tímida ao mesmo
tempo.
- O que você faria se seu acompanhante te desse um anel
no primeiro encontro? – Ele perguntou enfiando a mão no bolso e tirando de lá
uma caixinha vermelha. Gelei por um momento e olhei para a caixinha e depois
para Cody. Ele sorriu e abriu lentamente a tampa da caixa.
Dois anéis lindos
estavam um ao lado do outro na caixa. Um deles era mais fino e tinha uma pedra
brilhante em cima e o outro não tinha pedra e era mais grosso.
- Cody, eu… - Eu não sabia o que falar. Eram os anéis mais
lindos que eu já havia visto na vida.
O carro parou e eu
desviei o olhar pra janela. Estávamos estacionados bem em frente ao começo do
tapete vermelho, onde vários seguranças continham a multidão de fotógrafos e
fãs para que a passagem do tapete ficasse livre. O prédio era luxuoso, com a
parede externa coberta com um vidro escuro e brilhante. Uma placa grande e
brilhante escrito “iTunes Night” ficava alinhada ao centro da porta de vidro
transparente que tinha cinco seguranças de terno na frente.
Senti minhas
pernas tremerem e meu sangue gelar. Senti a necessidade de respirar fundo, mas
meu pulmão, aparentemente, tinha esquecido sua função.
Voltei meu olhar
ao Cody, que ainda estava com a caixinha com os anéis aberta na minha frente.
- Olha, eu sei que você tá fazendo isso não só por mim,
mas pela sua família e amigos, mas eu quero que você saiba que você tem
escolha. Ainda dá tempo de sair daqui e voltar pra casa. Você pode voltar pra
Austrália pra esperar seu visto ser liberado e eu posso pegar umas férias
depois da turnê e passar um mês ou dois com você. – Cody disse com um olhar e
tom de voz compreensivo. Os olhos verdes imploravam uma decisão minha e
brilhavam mais do que o normal. A boca umedecida parecia macia e confortante
naquele momento. Os cabelos loiros pareciam ter sido arrumados fio à fio de tão
ajeitados e a testa franzida indicava preocupação. – Eu só quero que você saiba
que eu te amo e não há distância que nos separe, então se você quiser sair dessa
festa agora e voltar pra casa, eu vou entender. -
Ele estava
preocupado comigo. Preocupado sobre como eu lidaria com toda aquela gente que
estava nos esperando pra fazer perguntas e mais perguntas sobre nosso
relacionamento amoroso que nunca havia passado de um abraço.
A frase “eu te amo e não há distância que nos separe” ecoou
na minha mente e eu respirei fundo.
- Ah Coalinha, eu te amo mais do que tudo e vou em frente
com isso. – Falei segurando a mão dele. – Eu te amo e isso basta. – Eu falei
sincera e ele sorriu.
Cody pegou o anel
que tinha a pedra brilhante em cima e colocou no anelar de minha mão direita.
Fiz o mesmo colocando o anel no anelar de sua mão esquerda. Sorrimos um pro
outro e nos abraçamos por um tempo.
Jeff abriu a porta
ao meu lado e um barulho ensurdecedor de flashs de câmeras invadiu meu tímpano
agressivamente. Segurei a mão de Cody com força e ele me fitou com o sorriso
mais lindo do mundo.
- Hora do show, pandinha. -
Autora:
Olá Angels, espero
que tenham gostado da atualização. Eu digitei bastante e to animada com essa
parte do Imagine, pois é agora que você e o Cody começam a sentir coisas diferentes
sobre o relacionamento de vocês. Jalli dominando as capas dos capítulos, afinal, tem casal mais fofo? (tirando eu e o Cody, claro) Até a próxima att ♥
Comentem por favor, preciso saber o que vocês
estão achando.
Postado por
Dalila Rocha
às
18:18
6 comentários:
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