sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sem tédio durante a semana


 Olá meus amores, to aqui pra fazer uma espécie de enquete.
 Eu fico fora durante uma semana aqui, até que atualizo o blog novamente com o Imagine e vou tentar fazer disso uma espécie de "padrão" pra vocês saberem quando tem atualização.
 Mas queria saber se tem alguma pessoa maravilhosa, sexy e caliente que tem uma sugestão de algum tipo de post pra eu fazer toda semana pra não deixar aqui muito parado. 
 Falem a sugestão de vocês aqui nos comentários Angels. 

Com muito love, Tia Lilah

ATT GYC → Fim do cap. 3 e cap. 4

Continuação do Capítulo 3

 Não é terrível quando as coisas simplesmente saem dos seus planos? Por exemplo, meus planos eram bem específicos: Ir para Los Angeles com minha família e meu melhor amigo, ajudar ele a viver os sonhos dele, porém viver os meus também e ir levando a vida.
Ok, não eram tão específicos, mas ainda assim eram planos.
 Planos que foram interrompidos pelo meu visto cancelado, assim me deportando para a Austrália novamente. A notícia foi um choque. Matt nos explicou que meu visto foi negado pois era preciso um documento que eu não tinha e este documento demora vários meses para ser feito, e eu não poderia esperar o documento em Los Angeles.
Olhei para Matt, que dirigia o carro. Estávamos voltando pra casa após o ensaio e o clima estava muito tenso. Cody não abriu a boca em momento algum depois daquele anuncio. Alli me mandou um olhar triste e eu torci a boca. Cody havia sentado do outro lado da janela, longe de mim.
- Chegamos… – Matt quebrou o silêncio quando carro estacionou em frente minha casa.
- Bom, obrigada pela carona denovo Matt. – Forcei um sorriso. – Até amanhã. –
- Até amiga – Alli disse suspirando.
 Cody se manteve imóvel, olhando pro outro lado da rua. Nenhum olhar, nenhum aceno, nenhuma palavra… nada. Só um grande pote de ignorância.
 Dei as costas e caminhei até a porta. Matt manobrou o carro para o outro lado da rua e eu virei pra espiar Cody e Alli entrando em casa. Cody olhou pra mim triste, como se estivesse segurando algo muito forte na garganta, virou e entrou em casa. Fiz o mesmo. Entrei em casa, subi a escadaria e entrei no meu quarto.
 Meu quarto sempre foi, por incrível que pareça, limpo. Não organizado, mas limpo. As paredes azuis e o piso branco combinavam perfeitamente com o armário lilás e minhas roupas de cama. Minha cama ficava no canto do cômodo, enquanto no outro canto havia uma escrivaninha branca cheia de livros e papéis. Uma das paredes era feita com uma camada fina de metal, onde eu conseguia colocar fotos em qualquer canto da parede com imãs coloridinhos.
 Retirei meu allstar com facilidade e o joguei pra longe de mim. Deitei na cama e fiquei olhando para o teto como se dali fosse sair uma solução pro meu problema.
 Será que Cody estava bravo comigo? Creio que não, eu não fiz nada! Mas o jeito que ele me olhou antes de entrar em casa foi tão diferente.
 Senti o celular vibrar no meu bolso e o peguei.
Dá pra abrir a porta ou a gente vai ter que escalar sua sacada?”
Não aguentei e ri com o sarcasmo de Cher. Desci as escadas e abri a porta.
- Finalmente menina – Cher disse batendo o pé e Damian riu fofinho como sempre. Fiz sinal pros dois entrarem e assim eles fizeram. Subimos as escadas ouvindo os resmungos de Cher sobre o dia na escola e entramos no meu quarto.
- E depois o professor teve a cara de pau de falar que a culpa foi minha! – Cher terminou e se jogou em cima da minha cama. Damian fez o mesmo.
- O que foi? – Damian notou que eu não estava muito bem.
- Ah, se eu falar vocês nem vão acreditar. – Suspirei sentando na cadeira giratória da escrivaninha. – Eu vou ser deportada. –
- O QUE? – Os dois disseram em uníssono.
- Como assim? – Damian disse de olhos arregalados.
 Contei tudo o que Matt me disse e eles ouviram de olhos e ouvidos atentos.
- Eu não to acreditando nisso. – Cher disse cruzando as pernas.
- Eu avisei. – Torci o nariz e suspirei.
- Não tem como esperar aqui mesmo em Los Angeles? Essa leis de deportação são cheias de becos… deve ter alguma coisa! – Damian disse passando a mão no topete.
- Não sei… creio que não. – Falei juntando as sobrancelhas. – E se eu for embora não tenho como voltar depois. Só daqui uns 4 ou 5 anos -
- Por causa do tempo de deportação né? Já ouvi falar sobre isso. – Cher disse indignada. – Você já tem data pra ir embora? –
- O representante ficou de ligar pro Matt pra avisar. Eu fiquei sabendo hoje, nem sei se meus pais já sabiam. – Levantei e entre Cher e Damian.
 Alguns segundos de silêncio até que Damian decidiu falar algo.
- Eu vou sentir sua falta… - Ele me abraçou de lado e eu deitei minha cabeça no ombro dele.
- Idem, amiga. – Cher disse com os olhos cheios de lágrimas e depois segurou minha mão.
- Ah bebês, eu também vou. Amo muito vocês. – Falei emocionada.
- Mas e sobre o Cody? – Damian disse se ajeitando e eu me joguei pro colo de Cher, deitando minha cabeça nas pernas dela e colocando minhas pernas no colo de Damian.
- Ele tá estranho comigo. Não falou nada até agora. – Comentei e Damian torceu o nariz.
- Talvez ele esteja com medo de te perder pra sempre. – Cher disse brincando com uma mecha do meu cabelo.
- Talvez ele esteja pensando em como te dizer adeus, ou ele tenha algo muito importante pra te falar antes de você ir embora e não esperava essa notícia… - Damian disse como se soubesse de algo e eu juntei as sobrancelhas notando a pretensão das palavras dele.
- Como assim? – Sentei direito ao lado dele.
- Ah amiga, tanto tempo juntos, às vezes a gente acha que as coisas são pra sempre, e quando descobre que não são, o choque pode ser grande. – Cher filosofou em sua própria experiência com a vida.
- Exato. – Damian apontou pra Cher como se ela tivesse tirado as palavras da boca dele.
- Certo, e o que eu devo fazer? Ficar na minha ou ir falar com ele? – Perguntei levantando da cama e ficando de frente pros dois.
- Melhor esperar ele falar com você. – Damian disse como se tivesse certeza do que ele estava falando. – Espera até ele sair desse choque e tomar coragem pra falar contigo. –
- Eu não concordo. – Cher disse jogando os ombros. – Acho que você tem que ir falar com ele o mais rápido o possível, pois nunca se sabe… vai que você tem que sair de Los Angeles amanhã? –
- Odeio quando vocês não concordam nos conselhos. – Falei passando a mão na testa.
- Ah amiga, só segue seu coração. – Cher disse e eu ri fraco.
“Segue seu coração” é uma frase tão inútil pra alguém que pede um conselho. Se eu soubesse pra onde meu coração estava me mandando, eu não pediria um conselho certo?
- Eu vou pensar no que fazer mais tarde… - Encostei minha bunda na escrivaninha.
- Ok. – Eles disseram em uníssono.
- Mas agora você vai fazer um rango pra gente. – Damian disse levantando e Cher fez o mesmo.
- Tem comida na casa de vocês não é? – Perguntei rindo e desencostando da escrivaninha.
- Lógico que temos, mas tem que preparar, cozinhar, colocar num prato, depois lavar a louça… - Cher disse como se ficasse cansada só de pensar. – Aqui é mais fácil, é só mandar você ir fazer. –
- Ah, que bacana da parte de vocês. – Ri e desci a escada acompanhada por eles.
 Passamos pela sala e fomos pra cozinha. Damian se jogou em cima do balcão e Cher correu pra abrir a geladeira.
- AH MEU DEUS, TEM NUTELLA. – Cher berrou e Damian deu um pulo.
- Nunca viu um nutella na tua vida não menina? – Perguntei tirando o pão do armário e ela me encarou de testa franzida.
- Tomar no cu você não quer né amiga? – Ela disse e Damian gargalhou.
- Você tá na minha casa, vai comer da minha comida e ainda me pergunta se eu quero tomar no cu? – Perguntei rindo da situação e ela riu alto.
- Pega o nutella, o iogurte, duas facas e três copos. – Eu ordenei e saí batendo o pão em todas as paredes até chegar na sala. Logo vieram os dois passa fome discutindo sobre quem iria lamber a tampinha de alumínio do nutella. Jogaram o iogurte, as facas e os copos em cima da mesinha de centro e sentaram no sofá.
- Hey, coloca na FOX que tá passando Glee. – Cher disse apontando pro controle na mão do Damian e ele assentiu.
- Mas é tudo reprise. – Falei passando o nutella no pão e lambendo meu dedo sujo do chocolate cremoso.
- E daí? É Glee do mesmo jeito. – Cher disse e eu ri.
- To ansiosa pela quarta temporada… - Falei despertando o interesse de Cher em conversar.
 Passamos uma hora e meia conversando sobre televisão, cinema e música (assuntos que sempre vem após falar de Glee) e depois os dois foram pra casa.
 Lá estava eu, novamente, sozinha em casa.
Subi as escadas e entrei no meu quarto. Abri a porta da sacada e me apoiei no mármore branco. A vista da sacada era um lago lindo que ficava no centro de um ponto cheio de árvores do bairro. Era como uma praça, mas com um lago. Havia alguns banquinhos em volta do lago e uma ponte de madeira que parecia um arco dava passagem de um ponto do lago para o outro lado.
 Passei a mão no cabelo e pensei em como minha vida mudaria sem Los Angeles. Sem meus amigos. Sem o Cody.
 Ah, o Cody. É incrível como não importa o quanto eu cresça ou mude, meu mundo continua girando em volta desse garoto. Quer dizer, ele é meu melhor amigo desde sempre. A verdade é que não importa pra onde eu vá, eu posso mudar de continente, trocar corte de cabelo, ter uma vida completamente diferente, completar sessenta anos e me mudar pra uma casa que fica de frente pro mar pra esperar a morte, mas nunca vou esquecer ele. Nunca vou esquecer os sorrisos que ele me forneceu, as lágrimas que compartilhamos e o amor e carinho que ele sempre me deu… Droga, lágrimas.
 Deixei minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto e funguei. Eu não conseguiria ficar quieta enquanto não soubesse o que exatamente ele está sentindo.
 Caminhei de volta pro meu quarto e peguei meu celular que estava em cima da escrivaninha. Disquei o número da Alli e esperei chamar.
- Alô? Amiga? – Alli disse como se estivesse surpresa.
- Oi amoreco, bem? – Sentei na minha cama.
- Sim e você? – Ela disse estranhamente.
- To bem também, tirando as notícias de hoje… - Falei puxando assunto e ela concordou.
- Mas qual é o motivo da ligação? – Ela perguntou e eu suspirei.
- É o Cody. – Falei tensa e ela suspirou como se fosse óbvio. – Ele tava estranho comigo quando chegamos e eu to muito preocupada… -
- Ele tá mal, muito mal. – Alli disse e meu coração quebrou em trocentas partes.
- Sério? Tem como eu falar com ele? – Perguntei e ela sussurrou um “eai?” como se estivesse falando com alguém fora do telefone. Ele estava ao lado dela, eu tinha certeza.
- Agora não. – Ela disse e eu senti uma dor no coração. Como assim “agora não”? Ele não queria falar comigo?
- Hm… pode ser que horas então? – Perguntei e ela ficou em silêncio por uns momentos.
- Mais tarde talvez. – Ela disse como se não quisesse dizer aquilo.
- Hm… ok então… até. – Falei e ela desligou o telefone na minha cara.

Ponto de vista de Cody Simpson - On

- Mais tarde talvez – Alli falou contra a vontade dela. Não acredito que eu estava dispensando ela. Ignorei o olhar negativo da minha irmã e voltei a olhar pro teto.
- Hm… ok então… até. – Panda disse magoada e Alli desligou o telefone, cheia de raiva.
- Não to acreditando nisso. – Ela falou jogando telefone em mim. Eu estava deitado na cama e ela estava sentada no pufe branco que fica perto da janela.
- Eu não tive escolha, não fala como se a culpa fosse minha. – Eu disse como se ela estivesse completamente errada.
- Não teve escolha? Sempre tem uma escolha Cody! – Ela aumentou o tom de voz.
- Aé? Cite uma. – Ele me desafiou.
- Você podia ter falado com ela, ou pelo menos dito que ainda não tinha esfriado a cabeça ou algo do tipo. – Ela levantou e apontou pra janela do quarto da Panda. – Agora ela deve estar lá, magoada e confusa, achando que você não quer falar com ela. –
- Mas eu não quero falar com ela. – Eu disse e ela riu.
- Até quando você vai tentar se enganar Cody? – Perguntou cruzando os braços e eu me ajeitei pra ouvir.
- Do que você tá falando? – Perguntei como se não soubesse.
- Eu to falando sobre essa sua insistência de dizer “ela é só minha amiga” quando te perguntam sobre ela. – Ela disse e eu senti um nó na garganta.
- Mas ela é só minha amig… -
- CALA A SUA BOCA. – Alli perdeu a cabeça e dei dois passos à frente. – Olha só, nós dois sabemos que você a ama. E não to falando de amor de amigo, eu to falando de amor de verdade. Pára de se esconder Cody, você sabe que isso faz mal tanto pra você quanto pra ela. –
- Eu vou dormir. – Dei as costas e ela fez um som que eu identifiquei como um suspiro que significa “Não acredito que você falou isso”.
- Eu só estou tentando de ajudar. – Ela explicou dando um passo à frente.
- Então pare de tentar. – Falei seco.
 Ela ficou em silêncio e saiu do meu quarto batendo os pés e a porta quando feito.
Droga, odeio brigar com minha irmã.
 Eu estou tão confuso, realmente não sei o que fazer. A Panda vai sair da América e eu não posso ir junto, mas eu sei que nunca vou conseguir levar minha vida adiante sem ela. Ela é tudo pra mim. Não há nada no mundo que me faça esquecer o quão lindo é o sorriso dela ou os olhos dela, ou… ela.
 Afundei o rosto no travesseiro e chorei pela milésima vez no dia. Ela é a única garota por quem eu sinto isso e sempre vai ser. Essa coisa esmagadora que dizem que é amor me enforca desde que nos beijamos ou até antes, mas agora estava tão forte. Só de pensar em perder ela…
 Chorei mais um pouco e levantei pra tomar um banho. Arranquei a roupa e entrei no chuveiro. Água morna pra ajudar a pensar. Depois me joguei na cama e dormi. Acordei era meia noite e meia.
 Peguei o notebook e fiquei lendo as mentions do meu twitter.
- Oi cara. – Ouvi uma voz conhecida e virei. Billy estava na porta me olhando de testa franzida. Ele ia passar uma semana na minha casa enquanto seus pais viajavam.
- Fala aí. – Respondi sentando na cama. Ele caminhou até o pufe e se jogou pra trás.
- Como que tá? – Ele perguntou e eu suspirei.
- Confuso. – Respondi passando a mão no cabelo.
- Você não vai a deixar ir embora não é? – Billy perguntou e eu ri com ironia.
- Eu tenho escolha? – Perguntei e ele ficou em silêncio por alguns segundos.
- Sempre há escolha. – Billy disse e eu joguei a cabeça pra trás. Segunda vez que alguém me diz isso hoje. Já que “sempre há escolha”, bem que alguém poderia me dizer qual é essa tal escolha nesse caso, pois eu não consigo descobrir.
- Eu não posso sair da América e ela não pode ficar. Então me diz, qual é a escolha? – Perguntei e ele suspirou.
- Ah, sei lá… você fez um trabalho sobre leis, não tem nada que você lembre e possa mudar essa situação? – Ele perguntou e eu arregalei os olhos.
 Em questão de segundos me lembrei de mais de 280 leis, mas encontrei uma que poderia mudar tudo. Peguei meu celular e disquei o número de Matt.

Ponto de vista de Cody Simpson - Off



Peguei a pera, cortei um pedaço e enfiei na boca. Eram quase uma hora da manhã e eu ainda não havia conseguido dormir. Todas as luzes da casa estavam apagadas, exceto a do meu quarto.
 Quando meus pais chegaram tivemos uma longa conversa sobre como seria daqui pra frente. Obviamente, não foi agradável. Meus pais deixaram bem claro que se fossemos embora, não teríamos como voltar. Depois jantamos e fomos dormir. Bem, eles foram dormir. Eu não consegui fechar os olhos desde então, pois Cody não saía da minha mente.
 Todas as lembranças correndo pela minha mente, mas uma delas me fez sentir um nó na garganta inexplicável. Lembrei do dia em que Cody me contou que estaríamos indo pra Los Angeles viver nossos sonhos e eu o fiz uma promessa.
“- Hei. - Ele disse olhando nos meus olhos e eu movi a cabeça o mandando prosseguir. - Promete uma coisa? - 
- O que? - Perguntei e ele corou pegando fôlego.
- Promete que eu nunca vou te perder? - Cody disse e eu sorri. Esse foi o momento mais sincero da minha vida. 
 Ergui o dedo mindinho e ele fez o mesmo.
- Nós contra o mundo. - Falei e ele sorriu, entrelaçamos os dedinhos e ele repetiu:
- Nós contra o mundo.
 Levantei pra ir ao banheiro e caminhei pelo corredor sem fazer barulho. Fiz xixi e quando estava voltando, ouvi barulhos estranhos vindos do meu quarto. Um som de pedras batendo em algo. Entrei no quarto como se estivesse caindo meteoros ou havendo uma invasão alienígena.
 Vistoriei o quarto todo e olhei dentro do armário (pra ter certeza que não havia nenhum monstro S.A), mas não encontrei nada.
 O som ocorreu novamente e então percebi que vinha da janela. Corri por impulso pra olhar e me assustei com a visão.
 Cody estava só de pijama e pantufa jogando pedras na minha janela. Considerando que ele sempre teve uma mira horrível, aquela devia ser uma emergência extrema.
 Abri a janela e fui acertada pro uma pedra bem no meio da testa.
- FOI MAL! – Ele gritou e eu gargalhei.
 Ele fez sinal pra eu descer e assim eu fiz. Fechei a janela e caí escada abaixo. Saí pela porta dos fundos, dei a volta na piscina e passei pelo jardim, encontrando Cody na porta da frente.
- Cody… - Dei mais alguns passos até chegar mais perto dele – Aconteceu alguma coisa? –
- Claro que aconteceu, acha que vim de pijama e pantufa na madrugada treinar atiramento de pedrinha na tua janela por nada? – Ele disse e eu ri.
- Imagino que não. – Falei e ele sorriu.
- Eu descobri um jeito de você ficar aqui em Los Angeles até seu visto sair. – Ele disse empolgado e eu arregalei os olhos.
- JURA? – Berrei e depois me repreendi. – Como? –
- Você tem que ser minha namorada. – Ele disse e eu ri.
- To falando sério Cody, como? – Perguntei denovo e ele franziu a testa.
- Eu também to falando sério. – Ele agitou a cabeça. – Você tem que ser minha namorada. –
 Como se respira mesmo? Cody estava, às uma da madrugada, de pijama e pantufa na porta da frente da minha casa, me pedindo em namoro. Isso mesmo produção?
- C… como assim? Explica direito menino. – Fiz sinal pra ele desembuchar e ele agitou a cabeça novamente.
- De acordo com uma lei, a deportação deve ser cancelada se a pessoa que for deportada tenha um relacionamento sério e público com outra pessoa, ou seja – Ele tomou fôlego. – se você for minha namorada e eu anunciar pro mundo inteiro, você pode ficar aqui em Los Angeles até que seu visto seja liberado novamente. – Ele disse empolgado, como se fosse um gênio por ter descoberto aquilo.
- O que? Você bebeu Cody? – Perguntei e ele juntou as sobrancelhas, desfazendo o sorriso lindo que estava no rosto antes.
- Há um problema? – Ele perguntou e eu ri ironicamente.
- Um problema? Há vários! – Falei e ele torceu o rosto. – Eu não posso fingir ser sua namorada! –
- Por quê? – Ele disse e eu tomei fôlego.
- É óbvio Cody. Pra ser sua namorada de mentirinha eu vou ter que mentir pra mais de três milhões de fãs suas e ainda tem os repórteres e manchetes… - Falei atropelando as palavras e vi Cody abaixar a cabeça.
- Eu achei que você estivesse disposta a passar por isso… - Ele falou baixo, como se estivesse segurando algo.
- Cody… - Ergui o rosto dele com minha mão. – você tá disposto a isso? –
- Você não entende não é? Eu to disposto a fazer qualquer coisa por você! – Ele gritou pra acordar a vizinhança.
- Isso é loucura. – Falei com um tom elevado de voz.
- Loucura? – Ele juntou as sobrancelhas e se aproximou de mim. – Loucura é eu te amar tanto a ponto de não poder seguir a minha vida sem você comigo. –
Senti minha respiração falhar e minha pressão diminuir. Ele realmente havia dito aquilo? Quando recuperei meus sentidos, vi que Cody tinha lágrimas escorrendo pelo rosto.
- Coala… - Senti lágrimas escorrendo em mim. – eu não posso. –
 Ele soltou um soluço e olhou para o horizonte, como se procurasse algo que explicasse o que estava sentindo. Ele estava com a ponta do nariz vermelho e as veias pulsando nos braços e na testa, como se fossem explodir.
 Ele, rapidamente, pegou minha mãe e pousou em seu peito.
- Sente isso? – Ele perguntou e eu parei pra pensar. Seus olhos verdes penetravam nos meus como se procurassem por algo específico, brilhavam como eu nunca tinha visto antes. Senti as batidas de seu coração mais fortes do que nunca, parecia que o coração dele ia saltar de seu peito. Olhei nos olhos lacrimejados dele e não aguentei. As lágrimas saíam muito rápido, eu não podia sequer enxergar direito. – Isso é como eu fico quando to perto de você, quando eu olho pra você ou quando eu penso em você. Basta lembrar o seu sorriso e meu coração já vai à mil. –
 Aquele garoto era minha vida, sempre foi. Eu não conseguiria dizer não. Era ir ou ficar, e minha única escolha no momento era ficar.
- Não vai embora, por favor. – Ele implorou e eu assenti, não conseguindo falar.
- Eu fico. – Falei e ele me olhou sem acreditar. – Eu fico por você. –
- Sério? – Ele perguntou sorrindo e eu assenti mais uma vez.
 Cody me pegou pela cintura e me girou no ar, o que me fez gargalhar.
- Ah, como eu te amo pandinha. – Ele me abraçou forte e eu retribui. Distanciei nossos corpos, mas ele não soltou minha cintura. O que nos deixou frente a frente, de narizes encostados. Cody olhou meus lábios como se algo ali o estivesse chamando.
 As cenas a seguir foram feitas por uma garota em pânico.
Ele inclinou o rosto e segurou meu queixo com o polegar. Senti sua respiração quente se aproximando e entrei em desespero. Não por ter medo de beijar, mas sim por ter medo de beijar ele. Virei o rosto o fazendo abrir os olhos subitamente e fazer uma expressão frustrada.
- Ér… quer dormir aqui em casa? – Perguntei tentando ser o mais normal o possível e ele assentiu. – Vamos subir então… -
 Peguei a mão dele e envolvi na minha. Entramos em casa pela porta dos fundos e subimos a escada tropeçando.
- Seu quarto é tão limpo. – Ele disse se jogando em cima da cama.
- Como se o seu não fosse… - Falei e ele riu.
- Mas o meu não sou eu quem limpa, é a Sue. – Ele disse se referindo a empregada que limpa a casa nos finais de semana.
- Verdade, você é preguiçoso. – Falei colocando um par de meias nos pés.
- Tá tão frio assim é? – Ele perguntou rindo da minha cara.
- Falou você, senhor-pantufas-de-unicórnio. – Tirei com a cara dele e ele riu.
- São da Alli ok? Eu vim desesperado. – Ele disse empinando o nariz.
- Urum, sei… são da Alli. – Falei me preparando pra deitar.
- Mas é sério! – Ele disse e eu me mantive séria.
- E eu to brincando? – Falei com ironia e ele riu alto. Deitei ao lado dele, de barriga pra cima enquanto ele estava de lado, me olhando.
 Ele me abraçou de lado e eu me aconcheguei pra finalmente conseguir dormir. Eu estava quase entrando no mundo dos Ursinhos Carinhosos, quando Cody resolveu falar.
- Quer saber? – Ele perguntou e eu arregalei os olhos erguendo as sobrancelhas.
- O que Coala? – Perguntei fechando os olhos novamente e deitando de lado pra poder envolver minha mão na dele.
- Fingir ser seu namorado não vai ser tão difícil… -

Continua
Autora: WASSUP Y’ALL! Tudo bom com vocês gracinhas da Tia Lilah? KKKKKKKKK Devo dizer que a cada capítulo eu consigo digitar com mais facilidade e entrar mais na história. To correndo pra terminar essa nota aqui porque ainda não vi o episódio novo da WYWH Summer Series e minha mãe tá berrando pra eu ir jantar ‘-‘ KKKKKKKK Mas enfim, comentem o que acharam da atualização, caso contrário vão virar comida de porquinho da índia.